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No Brasil, as raças de dupla aptidão precisam ser de lã e carne (questões econômicas) Existem ovinos com e sem lã. Não é a presença de lã que diferencia dos caprinos Ovinos possuem cauda grossa, caída e cumprida, contudo, por questões de modelo de produção, realiza-se a caudectomia (logo após o parto, por questões higiênicas) Não possuem barbas Não possuem odor hircino (característico do bode) Possuem glândulas interdigitais e divertículo infra-orbitário Produzem lanolina pela glândula sebácea Algumas raças possuem cornos, que são triangulares e espiralados Perfil nasal (“chanfro”) é côncavo, mais oval do que nas cabras No Brasil são melhores as seguintes raças: Para produção de lã as raças: Merino Australiano e Ideal Melhores de dupla aptidão: Corriedale, Romney Marsh e Border Leicester Produtoras de carne: Suffolk, Hampshire Down, Ile de France, Texel, Poll Dorset, Santa Inês, Morada Nova e Bergamacia. Santa Inês: raça sem lã, desenvolvida no Brasil a partir do cruzamento de Morada Nova (sem lã) com a raça italiana Bergamácia (lã e leite). Aceita bem o pastejo em vegetação arbustiva. Produtora de carne e pele; fêmeas prolíferas e boas criadeiras, com frequentes partos duplos e excelente capacidade leiteira. Adapta-se bem a ambientes com bons recursos forrageiros. 2 Suffok: raça britânica, originou-se no final do século XVIII, na área de Bury St. Edmunds, em Suffolk , como resultado do cruzamento quando as ovelhas de Norfolk Horn foram colocadas para melhorar os carneiros de Southdown . É uma raça com rosto preto e pesquisada e é criada principalmente para sua carne e lã.A raça é muito afetada pela “síndrome do cordeiro aranha”, uma mutação no cromossomo ovino 6, que inativa a produção de fibroblasto 3 (colágeno), sendo que os animais afetados ficam visivelmente deformados no nascimento e incapazes de permanecer em pé. Texel: ovelha holandesa. Sua rusticidade é proveniente de sua seleção que se deu em meio úmido e impróprio para ovelhas de lã. Cabeça é desprovida de lã, narinas pretas, possui pescoço curto mas ainda assim proporcional ao corpo. Possui corpo harmonioso, musculoso de peito amplo. Pernil musculoso, desprovidos parcialmente de lã, cascos pretos. 3 Dorper: originária da África do Sul, proveniente do cruzamento entre o Dorset Horn e o Blackhead Persian. Tem como características a resistência, a excelente carcaça, boa em cruzamentos, na produção de carne e fertilidade. Pode ser tanto branco quanto possuir o traço distinto da cabeça preta. É a segunda raça com o maior rebanho em seu país de origem e se espalhou por diversos países do mundo. É utilizado no Brasil para cruzamentos com o Santa Inês. Corriedale: mais antiga de todas as raças mestiças, uma cruz Merino - Lincoln desenvolvida quase simultaneamente na Austrália e Nova Zelândia e trazida pela primeira vez para os Estados Unidos em 1914. São de dupla aptidão (lã e carne). 4 Dorset: raça britânica. Às vezes se reproduz duas épocas por ano. Entre as ovelhas britânicas, é a única raça capaz de se reproduzir durante o inverno. É chifrudo em ambos os sexos, com chifres espirais. É de dupla aptidão (lã e carne). Ilê de France: raça de ovelha nativa a região francesa de Île-de-France, próximo a Paris. Ela foi desenvolvida por estudantes de veterinária franceses na década de 1830 a partir de cruzamentos das raças Dishley Leicester e Rambouillet, sendo originalmente conhecida como Dishley Merino. É uma raça de dupla aptidão. 5 Ovinos leiteiros No Brasil, a criação de ovinos somente para produção de leite é pequena, diferente do que ocorre na Europa. Lacaune: raça de ovelha originária de Lacaune, França. É a raça mais numerosa na França, tendo seu leite especialmente utilizado para a produção do Roquefort, dentre outros. É a raça mais utilizada no Brasil. Bergamacia: raça de ovelhas do norte da Itália, Bergamo, também criada no Brasil e em outros países, e foi usada em cruzamentos com a Morada Nova para produzir a Santa Inês. É uma raça de triplo propósito, usada para carne, leite e lã. East Friesian: é uma raça de ovinos leiteiros originários da Frísia Oriental, no norte da Alemanha. É uma das melhores raças de ovinos em termos de produção de leite por ovelha. É muito estressada, o que não combina com a produção de leite. 6 Normalmente não possuem lã, a pelagem é curta e macia. A raça Angorá, entretanto, possui pelagem parecida com a lã (pelo longo) Não possuem glândulas interdigitais Não possuem divertículo infraorbitário Os machos possuem barbas Os machos possuem odor hircino A cauda dos caprinos é curta e levantada e mexe muito rápido As raças que possuem corno, estes são achatados e ovalados (para fora) Perfil nasal é plano e curto O maior rebanho no Brasil está no Nordeste Boer: desenvolvida na África do Sul no início dos anos 1900 e é uma raça popular para a produção de carne. É o principal produtor, sua constituição é mais arredondada, ótimo para produção de carne. 7 Angorá: Foi introduzida na Bahia, em 1932, essa raça conhecida há 2400 anos a.C., originária de Angorá, na Anatólia ou Ankara, na Turquia asiática, onde também são criados os gatos "Angorá" e os coelhos "Angorá", todos de renome mundial, devido ao comprimento, finura e maciez dos seus pelos. Existem apologistas até hoje, frisando que os mestiços, são de excelente aptidão para corte, embora não se conhecem detalhes sobre sua produtividade. Produzem a fibra brilhante conhecida como mohair. Toggenburg: raça leiteira suíça. Está entre as raças mais produtivas de cabras leiteiras e é distribuído em todo o mundo, em pelo menos cinquenta países em todos os continentes. O peito é fino mesmo, sem carne. 8 Moxotó: originária do Estado de Pernambuco. Dentre as raças caprinas nativas do Nordeste, a Moxotó e a que apresenta a pelagem mais uniforme. É criada também na Paraíba, Ceará, Piauí e Ceara. Cruzamento com Boer para produção de carne. Saanen: originária da Suíça. O Saanen é originário da região histórica de Saanen (francês : Condado de Gessenay ) e do vizinho Simmental , ambos no Bernese Oberland , na parte sul do cantão de Berna , no oeste da Suíça. Devido à sua alta produtividade, a Saanen é exportada desde o século XIX para muitos países do mundo. Não seca, é a que mais produz leite. 9 Anglo-Nubiana: originária da África, criada a partir do cruzamento de bodes da Núbia com cabras inglesas. Possui aptidão basicamente leiteira, com boa quantidade de gordura no leite. Possui pouca gordura na carne, tornando sua carne dura e menos apreciável. Alpina: origem nos alpes da França. Surgiram vários subtipos de cabras alpinas: Alpinos de raça pura (francês): o tipo original dos Alpes franceses. Alpinos americanos: Alpinos com outras influências genéticas após sua introdução nos Estados Unidos. Os alpinos americanos têm muito do tipo visual e temperamento dos alpinos franceses, mas podem ter menos marcações ou conformações padrão devido ao cruzamento. Aptidão para leite.