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RESISTIVIDADE ELÉTRICA

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Universidade Estadual de Maringá 
Centro de Tecnologia 
Departamento de Tecnologia 
Engenharia Civil 
Física Experimental III 
 
 
RESISTIVIDADE ELÉTRICA 
 
 
Carlos Eduardo Porto 
ra103559@uem.br 
Douglas Bianco 
ra113866@uem.br 
Higor Laurindo Camilo 
ra113869@uem.br 
Mariana Lino Girotto 
ra110557@uem.br 
 
 
OBJETIVO 
Aprender com o experimento a parte 
prática da resistividade elétrica​, além de 
determiná-la em um fio de metal. 
INTRODUÇÃO 
A resistividade elétrica é uma 
propriedade que define o quanto um material 
opõe-se à passagem de corrente elétrica, de 
forma que: quanto maior for a resistividade 
elétrica de um material, mais difícil será a 
passagem da corrente elétrica, e quanto menor 
a resistividade, mais ele permitirá a passagem 
da corrente elétrica. Para entender a 
resistividade elétrica, vejamos primeiro o 
conceito de resistência elétrica. 
Quando um material é submetido a uma 
diferença de potencial, é estabelecida uma 
corrente elétrica entre os seus terminais, que é 
caracterizada pelo movimento das cargas 
elétricas livres em seu interior. Durante esse 
movimento desordenado das cargas, vários 
elétrons chocam-se uns com os outros e com 
os átomos que constituem o condutor 
(normalmente algum metal), o que dificulta a 
passagem da corrente elétrica. Essa dificuldade 
é denominada resistência elétrica. 
Quanto maior for a área de seção 
transversal A, menor será a resistência do 
condutor, uma vez que é mais fácil a passagem 
das cargas elétricas por uma área maior; 
Quanto maior for o comprimento L do 
condutor, maior será a resistência, pois maior 
será o espaço que as cargas elétricas 
percorrerão, aumentando a probabilidade de 
colisões internas e perda de energia; 
A natureza elétrica do material também 
influencia na resistência: quanto maior for a 
quantidade de elétrons livres, maior será a 
facilidade de a corrente elétrica ser 
estabelecida. Essa característica específica de 
cada material é a resistividade elétrica. 
Conhecendo essas relações de 
proporcionalidade entre a resistência e as 
características do condutor, podemos obter 
uma equação para a resistência elétrica: 
 Eq. (01) R = A
ρL 
Sendo que: 
ρ é a resistividade elétrica específica do 
material; 
L é o comprimento do condutor; 
A é a área de seção transversal do condutor. 
A equação acima pode ser reescrita para 
que obtenhamos matematicamente a 
resistividade elétrica do material: 
 Eq. (02)ρ = L
AR 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
Foi observada a montagem representada 
na Figura 1. Usando um multímetro como 
ohmímetro, a qual mediu-se a resistência R de 
um trecho do fio de comprimento I, entre o 
ponto de contato fixo P, e um outro ponto 
variável P,. Obteve pares de valores para Rel 
em número suficiente para definir 
experimentalmente a relação entre essas duas 
grandezas. Por fim, fez-se um gráfico de R 
versus I e, tendo como base a equação 1, e uma 
regressão linear para obter a resistividade do 
fio. A área da seção reta do fio utilizado está 
indicada na montagem. Devido às aulas 
remotas, não realizamos a montagem do 
experimento, porém observamos o mesmo por 
meio do vídeo apresentado pelo professor, 
contudo, realizamos os cálculos e os resultados 
obtidos. 
 
Figura 1: Esquema da montagem utilizada para 
medir a resistência R em função do 
comprimento l de um fio; ao deslizar, o cursor 
P2 determina diferentes comprimentos l do fio, 
que correspondem a diferentes valores de 
resistência lida no ohmímetro. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Na Tabela 1 serão apresentados os 
dados experimentais que serão utilizados para 
o cálculo da Resistividade elétrica. 
TABELA 01: ​Dados para a determinação da 
Resistividade Elétrica 
Com esses dados, foi realizada a plotagem de 
um gráfico de eixos X (comprimento (m)) por 
Y (resistência (ohm)), como mostrado no 
gráfico 1. 
Gráfico 1:​ Resistividade Elétrica
 
 
Diâmetro do fio 
(0,245 ± 0,001) mm 
(0,000245 ± 0,000001) m 
Compriment
o (m) 
Resistência 
(Ohm) 
0 0 
0,06 0,02 
0,12 0,04 
0,18 0,066 
0,24 0,088 
0,30 0,11 
0,36 0,13 
0,42 0,15 
0,48 0,18 
0,54 0,20 
0,60 0,22 
 
Área da seção reta do fio A: 
A = (π * d²) / 4 
A = (π * 0,000245²) / 4 
A = 4,714352*10​-8​ m​2 
 
Incerteza da área A: 
ΔA = [(π * d) / 2] * Incerteza 
ΔA = [(π * 0,000245) / 2] * 0,000001 
ΔA = 3,848451*10​-10 ​m​2 
 
Assim, teremos: 
A = (0,0000000471 ± 0,00000000038) m² 
 
 
Equação teórica: 
R = ρ * l / A 
 
Do Gráfico: ajuste linear, temos que 
Y = m*x + B 
 
Da comparação com a Equação Teórica: 
m = ρ / A 
 
Resistividade: 
m = ρ / A 
m = (0,371 ± 0,004) e A = (0,0000000471 ± 
0,00000000038) 
 
ρ = m * A 
ρ = (0,371 ± 0,004) * (0,0000000471 ± 
0,00000000038) 
 
Para essa propagação de incertezas, temos a 
regra da multiplicação: 
a * b = ( ± Δx) * ( ± Δy) = (. ) ± ( * Δy + *Δx) 
 
Assim: 
ρ = (0,371 * 4,71*10​-8​) ± (0,371 * 3,8*10​-10 + 
4,71*10​-8 ​* 0,004) 
 
ρ = (1,75 ± 0,03) *10​-8 ​Ωm 
 
Com esse valor encontrado, foi 
comparado com a Tabela 2 que contém os 
valores médios de resistência dos principais 
materiais. 
 
Tabela 2: Exemplos de valores da 
resistividade de alguns materiais 
De acordo com os dados dispostos na tabela 1, 
foi possível estabelecer o Gráfico 1: 
Resistividade Elétrica. Analisando este 
gráfico, conclui-se que a relação entre o 
comprimento e a resistência é inversamente 
proporcional, uma vez que à medida que o 
comprimento aumenta a resistência não 
acompanha, vai diminuindo. Quando o 
comprimento é 0,06 m a resistência é de 0,02 
Ωm, terminando em 0,60 m de comprimento e 
resistência de 0,22 Ωm. 
Com base nestas comprovações, é possível 
observar que conforme o comprimento 
aumenta e a resistência diminui, existe 
aumento da intensidade da corrente elétrica 
pelo condutor. Já que há uma maior área para 
passagem de elétrons com o aumento do 
comprimento. Desencadeando a diminuição do 
choque entre os elétrons livres em movimento 
e os próprios átomos do fio, permitindo um 
maior fluxo eletrônico no fio. 
Através do cálculo da resistividade, foi 
possível identificar o material utilizado, 
relacionando o resultado ​ρ = (1,75 ± 0,03) 
*10​-8 ​Ωm​, com os valores da tabela 2, 
encontrando a partir da aproximação, o cobre 
como material componente do fio condutor. 
Desvio padrão = [(valor experimental - 
valor tabelado)/valor tabelado]*100% 
Aplicando a equação acima, podemos concluir 
que o desvio de erro é de 1,74%. Através 
disso, podemos fundamentar que o 
experimento foi preciso, tendo um percentual 
de erro baixo. 
Desvio padrão = [(1,75 - 1,72)/1,72]*100% = 
1,74% 
CONCLUSÃO 
Por meio da relação de proporcionalidade da 
resistência e do comprimento, chegou-se na 
Lei de Ohm, e realizou-se o cálculo da 
resistividade do material, que foi uma das 
finalidades do experimento. A partir disso, 
encontrar o cobre como material, podemos 
perceber que possui um índice de erro de 
1,74%, menor do que o permitido 
REFERÊNCIAS 
MARIANE MENDES TEIXEIRA. 
Resistividade elétrica. Definição de 
resistividade elétrica. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/resistivi
dade-eletrica.htm#:~:text=%CF%81%20%C3
%A9%20a%20resistividade%20el%C3%A9tri
ca,de%20se%C3%A7%C3%A3o%20transvers
al%20do%20condutor.>. Acesso em: 17 fev. 
2021. 
​LABORATÓRIO DE FÍSICA 
EXPERIMENTAL BÁSICA UFMG. 
Resistividade ElétricaYouTube,27 jul. 2020. 
Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=3juvuqG
kdrs&feature=youtu.be&ab_channel=Laborat
%C3%B3riodeF%C3%ADsicaExperimentalB
%C3%A1sicaUFMG>. Acesso em: 17 fev. 
2021. 
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