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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara da Família do Foro Regional do Butantã - SP Reverson Storns, brasileiro, solteiro, gerente de vendas, portador do RG e CPF, domiciliado na Rua Astolfo Marques, n° 235, CEP 01420-000, Butantã – SP, vem respeitosamente a presença de vossa excelência, por meio de seu advogado, propor AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA C/C REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS Da menor Barbara Tostines Storns, em face de Eishilei Tostines, brasileira, solteira, dançarina, portadora do RG e CPF, domiciliada na Avenida Vereador José Diniz, nº 132, ap 35ª, Santo Amaro, São Paulo, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: Dos fatos Em meados de setembro de 2009, Reverson conheceu a ré em um hotel de Belo Horizonte – MG, quando passaram a se relacionar e viverem juntos em um apartamento no bairro do Butantã, na rua Astolfo Marques, nº 235, CEP 01420-000, São Paulo, onde hoje reside o autor. O relacionamento andava bem até que Eishilei em outubro de 2020 passou a ter uma agenda noturna com muitos shows, ocasionando que somente nas segundas-feiras ficasse em casa, na companhia da filha do casal Barbara Tostines Storns, de apenas 3 anos a época. Nos dias de folga da mulher Reverson tinha expediente normal de trabalho. Começaram, então, vários desentendimentos, que se agravaram, vindo a findar a relação conjugal do casa em 10. 01.21, quando Eishilei desapareceu de casa, deixando a filha para que o autor cuidasse sozinho da criança, porém em 22.1.21, ligou para o ex-companheiro dizendo que a não procurasse, tendo em vista que não tinha interesse em continuar vivendo com ele, e que já estava morando em um apartamento no bairro de santo amaro, são Paulo. Questão relevante é que a mãe informou a Reverson que ele tem obrigação de custear sozinho todas as despesas de creche, fraldas, alimentação, vestuários e transporte escolar da criança, da qual exigiu o direito de visita-la a qualquer dia e hora, quando tivesse tempo de busca-la e leva-la para o seu atual apartamento. Do direito É inegável a preocupação do Estado com o bem estar das crianças e dos adolescentes, neste sentido aduz a Constituição federal, artigo 227 “é dever da familia, da sociedade e do Estado assegurar a criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o dreito a vida, a saúde, a alimentação, a educação, ao lazer, a profissionalização, a cutura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” Dispõe o Código Civil, artigo 1.583 - “a guarda será unilateral ou compartilhada”. Paragrafo 1º: “compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua...” A pretensão de guarda unilateral do autor esta relacionada ao fato da requerida ter abandonado a menor sem justo motivo aos cuidados do pai, que desde a separação em janeiro de 21 cuida sozinho da criança. Além disso, a requerida é dançarina e trabalha com shows noturnos diariamente, não dispondo de tempo para cuidados com a filha do casal. A criança hoje com 3 anos, já possui uma rotina familiar e cuidados pessoais prestados exclusivamente pelo pai desde que a mae abandonou o lar, assim sendo, o requerente poderá continuar a fornecer um ambiente mais propicio de educação, manutenção e criação da menor. Aduz o artigo 1.584 do Codigo Civil: “a guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: I – requerida por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divorcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar”. Entende o requente ser necessário a regulamentação das visitas a criança para melhor organização da rotina familiar e segurança da menor. Neste sentido Os artigos 1.589 do CC e 19 do ECA, versam que é direito da criança ser criado e educado com a sua familia, sendo assegurada a convivência familiar, e que aquele que não detem a guarda, poderia visita-lo e te-lo em sua companhia. Art 1589 CC - pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação. Art 19 ECA - É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. 1 pelo fato da profissão da requerida não lhe possibilitar rotina certa e determinada de trabalho, propõe o requerente que as visitas ocorrem de forma livre, desde que previamente acordadas entre as partes. 2 No dia das mães e no aniverasario da requerida a menor permanecerá durante todo o dia com a mãe, ficando a cargo desta buscar e devolver a criança ao pai. 3 No natal e ano novo, de forma alternada, a criança permanecerá em uma data com o genitor e em outra com a genitora. 4 No período de férias escolares, a criança permanecerá metade do período com a mae e a outra metade com o pai. Do pedido; Posto isso, requer a Vossa Excelência: A citação da ré no endereço inicialmente referido para comparecer a audiência de tentativa de conciliação, bem como a citação desta para, querendo, contestar a presente ação, sob pena de confissão e revelia; A declaração de guarda unilateral em favor do requerente; A regulamentação das visitas a criança por parte da genitora, em observância ao proposto pelo genitor; Seja a ré condenada ao pagamento de custas judiciais e honorários advocatícios no valor de 20% (vinte por cento} da ação; Requer, por fim, a produção de provas por todos os meios de direito admitidos, depoimentos de testemunhas, bem como novas provas, documentos e outros, que eventualmente venham a surgir. Do valor da causa Dá-se à causa o valor de R$ 1. 000, 00 (hum mil reais}. Termos em que, Pede deferimento Local e data Advogado OAB/UF n°...