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P2 - Questões Norteadoras de Prop Clínica

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Aula 12 - Propedêutica Abdominal 1
1. Como podemos dividir anatomicamente a região anterior do abdome? E a região posterior?
Ele pode ser dividido em quatros quadrantes, formados por duas linhas que atravessam a cicatriz umbilical
longitudinalmente e transversalmente, gerando assim quatro setores com dois andares, sendo eles denominados
de andar superior (quadrante superior direito e quadrante superior esquerdo) e de andar inferior (quadrante
inferior esquerdo e quadrante inferior direito). Todavia, além dessa divisão, há outra que utiliza como referência
dois planos que atravessam os pontos médios claviculares (ponto médio da clavícula – linhas hemiclaviculares) de
cada lado e dois planos transversos, sendo que um deles é denominado plano subcostal (uma linha horizontal
abaixo da 10º costela) e o outro de plano intertubercular (uma linha que liga os tubérculos ilíacos – o topo do osso
da bacia). Isso permite a divisão em três andares com três regiões cada, sendo elas: abdômen superior (hipocôndrio
direito, epigástrio e hipocôndrio esquerdo), abdômen médio (flanco direito, mesogástrio e flanco esquerdo) e
abdômen inferior (fossa ilíaca esquerda, hipogástrio, fossa ilíaca direita). Essa divisão é importante para localizar a
anormalidade e correlaciona-la com o possível órgão acometido. Por exemplo: região epigástrica (estômago),
hipocôndrio direito (fígado ou vesícula biliar), hipocôndrio esquerdo (baço), flanco direito (cólon ascendente),
região umbilical ou mesogástrio (cólon transverso), fossa ilíaca direita (ceco e apêndice), fossa ilíaca esquerda
(sigmóide) e no hipogástrio (bexiga ou útero). Para executar o exame, o paciente deve ser posicionado deitado em
decúbito dorsal (deitado de “barriga para cima”), enquanto que o médico deve ser posicionado preferencialmente
do lado direito do paciente, embora seja aceitável que ele mude a sua posição para inspecionar outras estruturas
do abdômen.
2. Quais os tipos de abdome observados na inspeção estática?
Plano: formato normal do abdômen.
Globoso: abdômen aumentado de maneira uniforme com predomínio na região anterior.
Batráquio: abdômen aumentado com predomínio transversal (parece barriga de sapo). Ocorre nos pacientes que
tem ascite (presença de líquido na cavidade abdominal).
Avental: parede abdominal cai sobre as pernas do paciente, comum em obesos.
Pendular: quando apenas a porção inferior do abdome protrui com o aumento do volume abdominal.
Escavado: aspecto visto nas pessoas muito emagrecidas
3. O que é o sinal de Grey-Turner? Onde ele pode ser encontrado?
É a presença de equimose nos flancos, representa pancreatite necrosante e também em outras causas de
hemorragia retroperitoneal.
4. O que é o sinal de Cullen? Onde ele pode ser encontrado?
É a presença de equimose periumbilical. Representa Hemorragia retroperitoneal, causada no processo de
pancreatite necrosante e também na prenhez ectópica rota.
5. Quais os tempos da propedêutica abdominal? Em que ordem cada tempo deve ser executado?
Inspeção, ausculta, percussão e palpação. Nesse caso a ausculta se faz primeiro pois palpar ou percutir pode
modificar os ruídos hidroaéreos.
6. O que é o sinal de Jobert? Onde ele é encontrado?
Timpanismo em área d e macicez, uma vez o que ar tende a ocupar as porções superiores do abdome, entre fígado
e diafragma.
Representa: Pneumoperitônio por ruptura de alça (porém, é falseada pelo sinal de Chilaiditi que pode dar
timpanismo à região).
Aula 13 - Propedêutica Abdominal 2
1. Quais os sinais clínicos de cirrose?
Icterícia; Ascite; Esplenomegalia e hepatomegalia (embora em estágios mais avançados o fígado possa estar
diminuído devido a fibrose); Circulação colateral proeminente (circulação em cabeça de medusa); Edema de
membros inferiores; Diminuição da pressão arterial (pacientes previamente hipertensos podem tornar-se
normotensos ou até hipotensos); Aranhas vasculares (telangiectasias); Ginecomastia e atrofia testicular (no
homem); Eritema palmar; Contratura de Dupuytren (atrofia da fáscia palmar); Baqueteamento digital;
osteoartropatia hipertrófica (periostite proliferativa); distrofia ungueal (unhas de Muehrcke e unhas de Terry).
Stephanie Sousa - UNINOVE Bauru
2. Existe um sinal que discrimina a encefalopatia hepática?
Flapping (movimentos assincrônicos das mãos como “asas de borboleta” desencadeados por sua dorsiflexão), que
geralmente acompanha o quadro de insuficiência / encefalopatia hepática.
3. Quais as complicações da hipertensão portal?
As quatro principais conseqüências clínicas da hipertensão portal são: esplenomegalia congestiva, formação de
shunts venosos portossistêmicos, ascite, e encefalopatia hepática.
4. O que é sinal de Piparote?
Ondas líquidas no lado oposto ao que é estimulado com percussões na parede abdominal.
5. Como é feita a hepatimetria?
A percussão deverá iniciar suavemente, sobre a linha hemiclavicular direita, na altura da segunda costela,
começando do som claro pulmonar até a busca da macicez hepática, que ocorre aproximadamente na altura do 5º
espaço intercostal. Os últimos pontos de macicez encontrados na percussão sobre esta mesma linha imaginária,
determinarão o limite inferior do fígado. O trajeto que une dois pontos, onde o primeiro é o início da macicez
hepática e o último, sendo o ponto limite da macicez ao nível do rebordo inferior, é o tamanho supostamente real
do fígado.5,6 Após a percussão hepática, realiza-se a palpação. Durante essa técnica, o objetivo principal do
examinador é definir o contorno da borda inferior do fígado, mais precisamente do lobo direito. A borda do lobo
esquerdo se ajusta à caixa costal inferior esquerda e freqüentemente é impalpável, até mesmo em condições de
hepatomegalia volumosa.
O tamanho de um fígado normal é proporcional ao tamanho do corpo. Em indivíduos do gênero masculino, mede
de 10 a 12 cm, e no gênero feminino, de 8 a 10 cm.
Aula 14 - Propedêutica Abdominal 3
1. Quais os sinais diferenciais de síndromes diarreicas?
Alta ou Baixa (topografia):
- Alta = delgado = volumosa, baixa frequência, sem tenesmo.
- Baixa = colônica = pouco volume, alta frequência, com tenesmo.
Invasiva ou Não-Invasiva (gravidade)
- Invasiva (disenteria) = com sangue, muco e pus.
- Não-invasiva = sem sangue, muco e pus.
Aguda ou Crônica (sugere etiologia)
- Aguda = menos de 2 semanas.
- Crônica = mais de 4 semanas.
2. Quais são os sintomas das síndromes Diarréicas?
Síndrome clínica de diversas etiologias, que se caracteriza por alteração do volume, consistência e frequência das
fezes, mais comumente associada com fezes líquidas e aumento no nº de evacuações. Com frequência pode ser
acompanhada de vômitos, febre, cólicas e dor abdominal.
- Às vezes pode apresentar muco e sangue (disenteria).
- Representa um sintoma de infecção que pode ser causada por diferentes bactérias, vírus e parasitas ou outros
agentes entéricos (toxinas naturais, produtos químicos, etc.), bem como, estar associada a outras doenças não de
origem alimentar.
3. Quais são as causas?
Vírus (mais comum): Norovírus (adultos); Rotavírus (crianças < 2 anos).
Bactérias: E. coli (EHEC O157:H7) -> SHU. Shigella sp. -> SHU / Alterações do S NC (crises convulsivas).
Campylobacter jejuni -> síndrome de Guillain-Barré. Salmonella sp. -> infecções a distância. Campylobacter e
Yersinia -> pseudoapendicite.
Aula 15 - Propedêutica Neurológica 1
1. Como é dividido o exame neurológico completo e cite ao menos um teste feito em cada uma destas
divisões.
1) equilíbrio e marcha
2) motricidade
Stephanie Sousa - UNINOVE Bauru
3) sensibilidade
4) funções neurovegetativas
5) nervos cranianos
6) neuropsicológico
2. Cite 5 tipos de marchas patológicas e em quais doenças elas são encontradas.
Marcha ou equilíbrio dinâmico: Cada pessoa tem um modo próprio de andar, extremamente variável,
individualizado pelas suas características físicas e mentais. A todo e qualquer distúrbio da marcha, dá -se o nome de
disbasia. A disbasia pode ser uni ou bilateral, e os tipos mais representativos são determinados a seguir:
Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica:Ao andar, o paciente mantém o membro superior fletido em 90°C no
cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o
joelho não flexiona. Assim, a p erna tem de se arrastar pelo chão, descrevendo um semicírculo quando o paciente
troca o passo. Esse modo de caminhar lembra o movimento de uma foice em ação. Aparece nos pacientes que
apresentam hemiplegia, cuja causa mais comum é acidente vascular cerebral.
Marcha anserina ou do pato: O paciente para caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco ora
para a direita, ora para a esquerda, alternadamente, lembrando o andar de um pato. É encontrada em doenças
musculares e traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas.
Marcha parkinsoniana: O doente anda como um bloco enrijecido, sem o movimento automático dos braços. A
cabeça permanece inclinada para a frente, e os passos são miúdos e rápidos, dando a impressão de que o paciente
"corre atrás d o seu centro de gravidade" e vai cair para a frente. Ocorre nos portadores da doença de Parkinson.
Marcha cerebelar ou marcha do ébrio: Ao caminhar, o doente ziguezagueia como um bêbado. Esse tipo de marcha
traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesões do cerebelo.
Marcha tabética: Para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no chão; os membros inferiores são levantados
abrupta e explosivamente, e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo de modo bem pesado.
Com os olhos fechados, a marcha apresenta acentuada piora, ou se torna impossível. Indica perda da sensibilidade
proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula. Aparece na tabes dorsalis (neurolues), na mielose
funicular (mielopatia por deficiência de vitamina B12, ácido fólico ou vitamina B6), mielopatía vacuolar (ligada ao
vírus HIV), mielopatia por deficiência de cobre após cirurgias bariátricas, nas compressões posteriores da medula
(mielopatia cervical).
Marcha de pequenos passos: É caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito curtos e, ao caminhar,
arrastar os pés como se estivesse dançando marchinha. Aparece na paralisia pseudobulbar e na atrofia cortical da
senilidade.
Marcha vestibular: O paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda; é como se
fosse empurrado para o lado ao tentar mover- se em linha reta. Se o paciente for colocado em um ambiente amplo
e lhe for solicitado ir de frente e voltar de costas, com os olhos fechados, ele descreve uma figura semelhante a uma
estrela, daí ser denominada também marcha em estrela.
Marcha escarvante: Quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar, toca
com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, o que lembra o
"passo de ganso" dos soldados prussianos.
Marcha claudicante: Ao caminhar, o paciente manca para um dos lados. Ocorre na insuficiência arterial periférica e
em lesões do aparelho locomotor.
Marcha em tesoura ou espástica: Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os
pés se arrastam e as pernas se cruzam um a na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O movimento
das pernas lembra uma tesoura em funcionamento. Esse tipo de marcha é comum nas manifestações espásticas da
paralisia cerebral.
3. Cite um teste de avaliação do nível de consciência e um teste de avaliação cognitiva. O que queremos
avaliar com a aplicação destes dois tipos de testes.
Stephanie Sousa - UNINOVE Bauru
Aula 16 - Propedêutica Neurológica 2
1. Quais os graus de força muscular de acordo com a escala Council e o que esperamos encontrar em cada
um destes graus de força?
Deve-se definir a natureza precisa dos sintomas, incluindo localização exata, tempo de ocorrência, fatores
precipitantes e atenuantes e sinais e sintomas associados.
Nos membros, inspeciona-se a fraqueza (um membro fraco estendido move-se para baixo), o tremor e outros
movimentos involuntários. A força de grupos musculares específicos é testada contra resistência, comparando-se
um lado do corpo com o outro. No entanto, a dor pode impedir um esforço total durante o teste de força.
Na fraqueza histérica ou factícia, a resistência ao movimento pode ser normal no início e seguida de liberação
súbita, ou os pacientes podem não usar os músculos de suporte de maneira apropriada. Por exemplo, pacientes
com fraqueza deltóide real usam os músculos acessórios que inclinam o tronco e pescoço parar longe do deltóide
fraco porque querem evitar que o examinador domine sua fraqueza. Em comparação, em pacientes com fraqueza
deltóide factícia (p. ex., devido à simulação), o ombro e cabeça se inclinam em direção ao deltóide fraco à medida
que o músculo é dominado, indicando a falta de esforço.
A fraqueza sutil pode ser indicada por diminuição do balanço do braço ao caminhar, tendência à pronação em um
membro superior estendido, diminuição do uso espontâneo de um membro, rotação externa de membro inferior,
lentidão alternada com movimentos rápidos ou diminuição da destreza fina (p. ex., capacidade de abotoar uma
roupa, abrir um alfinete ou retirar um palito de fósforo de sua caixa).
A força deve ser graduada. A escala a seguir, originalmente desenvolvida pelo Medical Research Council of The
United Kingdom, atualmente é utilizada de forma universal:
0: Contração muscular não visível
1: Contração muscular visível com ou sem indício de movimento
2: Movimentos dos membros, mas não em relação à gravidade
3: Movimento do membro contra a gravidade, mas sem resistência
4: Movimento do membro em relação a pelo menos alguma resistência imposta pelo examinador
5: Força normal
A dificuldade com essa e outras escalas similares é a grande variação de força possível entre os graus 4 e 5.
A força distal pode ser medida de forma semiquantitativa com um ergômetro de preensão manual ou com um
manguito de medidor de pressão arterial inflado apertado pelo paciente.
O teste funcional com frequência dá uma ideia melhor da relação entre força e incapacidade. Conforme o paciente
realiza várias manobras, as deficiências são observadas e quantificadas o máximo possível (p. ex., número de
agachamentos realizados ou de degraus subidos). A elevação a partir de uma posição agachada ou a subida em uma
cadeira testa a força da parte proximal do membro inferior; o andar sobre os calcanhares e na ponta dos dedos
testa a força distal. O esforço com os braços para sair de uma cadeira indica fraqueza do quadríceps. O balanço do
corpo para mover os braços indica fraqueza da cintura escapular. A mudança da posição supina para a prona, o
ajoelhar-se e o uso das mãos sobre as coxas para ficar ereto (sinal de Gowers) sugerem fraqueza da cintura pélvica.
2. Qual a diferença entre rigidez e espasticidade na avaliação do tônus muscular?
Para avaliar o tônus muscular, os médicos primeiro pedem ao indivíduo que relaxe completamente os músculos de
um membro. Em seguida, o médico move o membro do indivíduo para determinar o nível de resistência
involuntária (chamado tônus muscular) do músculo relaxado ao ser movimentado. Como o tônus muscular reage a
ser movido sugere possíveis causas, conforme o seguinte:
- o tônus muscular desigual aumenta subitamente quando o músculo relaxado é movimentado
(espasticidade): possivelmente devido a um acidente vascular cerebral ou lesão da medula espinhal
- Tônus muscular uniformemente aumentado: possivelmente devido a uma doença dos gânglios basais, como
a doença de Parkinson
- Tônus muscular consideravelmente reduzido (flacidez): possivelmente, devido a uma doença dos nervos
fora do cérebro e da medula espinhal (nervos periféricos), como uma polineuropatia (uma doença que afeta
diversos nervos por todo o corpo)
Stephanie Sousa - UNINOVE Bauru
Flacidez pode estar presente por um curto período de tempo após uma lesão que causa paralisia, como uma lesão
da medula espinhal. Quando a flacidez é um resultado de tal lesão na medula espinhal, o tônus muscular muitas
vezes aumenta gradualmente aolongo de dias a semanas, resultando em espasticidade.
3. Em relação aos achados no exame de sensibilidade, como diferenciamos polineuropatia de uma lesão de
nervo periférico isolado e de uma lesão medular?
Aula 17 - Propedêutica Neurológica 3
1. Relacione o nome dos 12 nervos cranianos e cite a função básica de cada um deles.
I - Olfatório: traz estímulos olfatórios para o bulbo olfatório e trato olfatório
Sensitivo
Fibras aferentes
Captação de estímulos olfatórios
Origem real: Telencéfalo
Origem aparente no encéfalo: Bulbo olfatório
Origem aparente no crânio: Lâmina crivosa do etmóide
II – Óptico: ** leva impulso relacionados com a visão até o corpo geniculado lateral e,
daí, até o lobo occipital
Sensitivo
Fibras aferentes
Captação de estímulos visuais
Origem real: Diencéfalo
Origem aparente no encéfalo: Quiasma óptico
Origem aparente no crânio: Canal óptico
III - Oculomotor: ** inerva a maioria dos músculos extrínsecos do olho (Mm. oblíquo inferior, reto medial, reto
superior, reto inferior e levantador da pálpebra) e intrínsecos do olho (M. ciliar e esfíncter da pupila). Indivíduos
com paralisia no III par não movem a pálpebra, que cai sobre o olho, além de apresentar outros sintomas
relacionados com a motricidade do olho, como estrabismo divergente (olho voltado lateralmente)
Motor
Fibras eferentes
Inervação motora para músculos extrínsecos do bulbo ocular
Inervação parassimpática dos músculos intrínsecos do bulbo ocular. (m. constritor da pupila, esfincter pupilar)
Origem real: Tronco encefálico (mesencéfalo)
Origem aparente no encéfalo: Sulco medial do pedúnculo cerebral
Origem aparente no crânio: Fissura orbital superior
IV - Troclear: inerva o músculo oblíquo superior, sendo do lado oposto em relação a sua origem. M. que põe os
olhos pra baixo e para dentro (ao mesmo tempo), como no olhar feito ao se descer uma escada.
Motor
Fibras eferentes
Inervação motora para o músculo extrínseco do olho oblíquo superior
Stephanie Sousa - UNINOVE Bauru
Origem real: Tronco encefálico (mesencéfalo)
Origem aparente no encéfalo: Véu medular superior
Origem aparente no crânio: Fissura orbital superior
V – Trigêmeo: apresenta uma grande função sensitiva (por meio de seus componentes oftálmico, maxilar e
mandibular) e função motora (inervação dos músculos da mastigação por ação do nervo mandibular). É responsável
ainda pela inervação exteroceptiva da l•ngua (térmica e dolorosa) e proprioceptiva.
Misto
Fibras aferentes:
Inervação sensitiva geral da cabeça, 2/3 anteriores da língua, maior parte da dura-máter
Fibras eferentes:
Inervação motora para músculos da mastigação (masseter e temporal)
Origem real: Tronco encefálico (ponte)
Origem aparente no encéfalo: Entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio
Origem aparente no crânio: Fissura orbital superior (oftálmico), Forame redondo (maxilar) e Forame oval
(mandibular)
VI – Abducente: Inerva o músculo reto lateral do olho, capaz de abduzir o olho (olhar para o lado), como o próprio
nome do nervo sugere. Lesões do nervo abducente podem gerar estrabismo convergente (olho voltado
medialmente).
Motor
Fibras eferentes
músculo extrínseco do olho reto lateral
Origem real: Tronco encefálico (ponte)
Origem aparente no encéfalo: Sulco bulbo-pontino
Origem aparente no crânio: Fissura orbital superior
VII – Facial e Intermédio: toda inervação dos músculos da m•mica da face. Paralisia de um nervo facial trar‚
paralisia dos músculos da face do mesmo lado (inclusive, incapacidade de fechar o olho), predominando a ação dos
músculos com inervação normal, puxando-os anormalmente. O nervo intermédio, componente do próprio nervo
facial, é responsável por inervar as glândulas submandibular, sublingual e lacrimal, além de inervar a sensibilidade
gustativa dos 2/3 anteriores da língua
Misto (porção motora & sensitiva)
Fibras eferentes:
MM. da mímica, ventre posterior do M. digástrico e M. estilo-hióideo.
Parassimpática das glândulas lacrimal, submandibular e sublingual. A parte motora é a facial, e a parte sensitiva é
intermédio.
Fibras aferentes:
Gustação dos 2/3 anteriores da língua
parte posterior das fossas nasais e face superior do palato mole
Origem real: Tronco encefálico (ponte)
Origem aparente no encéfalo: Sulco bulbo-pontino (lateralmente ao VI)
Origem aparente no crânio: Forame estilomastóideo
Stephanie Sousa - UNINOVE Bauru
VIII - Vestibulococlear: sua porção coclear traz impulsos gerados na cóclea (relacionados com a audição) e sua
porção vestibular traz impulsos gerados nos canais semicirculares do órgão vestibular (relacionados com o
equilíbrio)
Sensitivo
Fibras aferentes
Captação de estímulos auditivos e relacionados ao equilíbrio
Origem real: Tronco encefálico (ponte)
Origem aparente no encéfalo: Sulco bulbo-pontino (lateralmente ao VII)
Origem aparente no crânio: Meato acústico interno, mas não sai do crânio
IX - Glossofaríngeo: responsável por inervar a glândula parótida, além de fornecer sensibilidade gustativa para o⅓
posterior da língua. Realiza, também, a motricidade dos músculos da deglutição
Misto
Fibras aferentes:
Gustação do ⅓ posterior da língua
Sensitivo da faringe e do 1/3 posterior da língua, úvula, tonsilas, seio carotídeo
Fibras eferentes:
Parassimpática da Gl. Parótida
MM.faringe
Origem real: Tronco encefálico (bulbo)
Origem aparente no encéfalo: Sulco lateral posterior do bulbo
Origem aparente no crânio: Forame jugular
X -Vago: inervação de quase todos os órgãos torácicos e abdominais. Traz fibras aferentes do pavilhão e do canal
auditivo externo.
Misto
Fibras aferentes:
Faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome
Fibras eferentes:
Inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais, mm. da laringe e faringe
Origem real: Tronco encefálico (bulbo)
Origem aparente no encéfalo: Sulco lateral posterior do bulbo
Origem aparente no crânio: Forame jugular
XI - Acessório: inerva os Mm. esternocleidomastóideo e trapézio, sendo importante também devido as suas
conexões com núcleos dos nervos oculomotor e vestíbulo-coclear, por meio do fascículo longitudinal medial, o
que garante um equilíbrio do movimento dos olhos com relação a cabeça.
Motor
Fibras eferentes:
Inervação visceral torácica e mm. laringe e mm esternocleidomastóideo e trapézio
Origem real: Tronco encefálico (bulbo)
Origem aparente no encéfalo: Sulco lateral posterior do bulbo e medula
Origem aparente no crânio: Forame jugular
XII - Hipoglosso: inerva os músculos da língua
Motor
Fibras eferentes:
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Musculatura da língua
Origem real: Tronco encefálico (bulbo)
Origem aparente no encéfalo: Sulco lateral anterior do bulbo
Origem aparente no crânio: Canal do hipoglosso
2. Cite os achados de uma lesão do nervo oculomotor.
Lesão: olhar desviado para lateral, movimentos para cima, para baixo e para dentro comprometidos/perdidos. Ptose
ou dilatação pupilar acompanham o caso.
3. Diferencie uma paralisia facial tipo central e periférica.
Periférica (Bell): compromete o segundo motoneurônio. Assim lesão no nervo ou núcleo facial. Idiopática, alérgica,
autoimune, virótica. afeta toda hemiface do lado da lesão - quadrante inferior e superior - com necessidade de
pesquisar sensibilidade gustativa nos dois terços anteriores da língua para verificar se o nervo intermédio também
foi afetado. A associação do comprometimento do nervo intermédio denota lesão fora do tronco encefálico. Os
olhos do paciente não se fecham, o globo ocular gira para cima, testa não enruga e sobrancelha não se eleva do
mesmo lado que a lesão. O desvio de rima é contralateral.
Central: Eventos vasculares (a. cerebral média), tumoral, traumática. Compromete o primeiro motoneurônio (giro
pré-central até núcleo do nervo facial). Apenas o quadrante inferior da hemiface contralateral a lesão está
comprometido com desvio de rima do lado ipsilateral da paralisia. O paciente mexe o olho, abre e fecha e pode
apresentar discreta fraqueza. Consegue levantar a sobrancelha e enrugar a testa. Leva hipertonia e hiperreflexia,
com espasmos.
Aula 18 - PropedêuticaNeurológica 4
1. Como realizar o mini exame do estado mental?
Abrange apenas orientação temporo espacial, memória e linguagem. É uma avaliação quantitativa, o que possibilita
uma avaliação evolutiva mais precisa do paciente.
Orientação: Pergunta-se ao paciente o ano, o mês, o dia do mês e da semana e a hora aproximada do exame. A
resposta certa de cada item vale 1 ponto, perfazendo um máximo de 5 pontos. A seguir, pergunta-se o nome do
país, do estado, da cidade, do bairro e do local da consulta, perfazendo, também, se todas as respostas forem
corretas, um total de 5 pontos.
Memória: Para avaliar a memória, são realizados 3 testes:
Diga ao paciente 3 palavras, para que ele repita logo após, valendo um ponto cada uma, no total de 3 pontos.
Solicite ao paciente diminuir 7 de 100, por 5 vezes subsequentes (100 -7 = 93, 93-7 = 86, e assim por diante). Cada
resposta vale 1 ponto, totalizando 5.
Peça ao paciente que repita as 3 palavras do primeiro teste, valendo 1 ponto cada uma, podendo perfazer 3 pontos
no máximo.
Linguagem: A linguagem é analisada em 6 etapas:
Peça ao paciente que fale os nomes de 2 objetos apresentados a ele (caneta e relógio, por exemplo), valendo 1
ponto cada resposta correta.
Solicite ao paciente que repita uma frase ou um conjunto de palavras (p. ex., aqui, ali e lá), valendo 1 ponto se
repetir corretamente.
Prova dos 3 comandos: solicite ao paciente que pegue uma folha de papel, dobre-a em 3 partes e a coloque em
determinado lugar, valendo 1 ponto cada etapa.
Apresente ao paciente um papel no qual esteja escrito: Feche os olhos.
Ele terá de ler só para si e executar o que está escrito, valendo 1 ponto.
Peça ao paciente que escreva uma frase própria, valendo 2 pontos.
Solicite ao paciente que copie um desenho simples (geralmente 2 pentágonos), valendo 1 ponto.
Somando-se todos os itens, pode-se chegar a um total de 30 pontos. Consideram-se normais valores de 27 a 30
pontos; 24 a 27 pontos é u m valor tolerado como normal; abaixo de 23 caracteriza o comprometimento do estado
Stephanie Sousa - UNINOVE Bauru
mental. Quanto mais baixo o valor obtido, maior o comprometimento do estado mental. Deve-se levar em conta o
nível de escolaridade da pessoa examinada.
2. Quais são os sinais da Síndrome de hipertensão intracraniana?
Os sinais e sintomas mais característicos da hipertensão intracraniana correspondem à cefaléia, vômitos em jato e
papiledema.
Cefaléia: costuma ser o primeiro sintoma e o mais constante, podendo ser holocraniana, occipital ou frontal.
Apresenta a característica de piorar pela manhã – quando a PIC atinge o seu valor máximo – e de se exacerbar com
esforço físico, tosse, espirro, evacuação, ou qualquer manobra que acarrete a elevação da pressão intratorácica
subitamente.
Vômito: o vômito em jato, não precedido por náusea, costuma ser considerado como sinal patognomônico de HIC.
Papiledema: ocorre devido à resistência imposta à drenagem venosa da retina por meio da veia central da retina
em direção ao seio cavernoso, o que acarreta maior pressão nas veias retinianas. No exame de fundo de olho é
possível notar aumento do diâmetro das veias retinianas, com desaparecimento do pulso venoso e borramento dos
bordos da papila, evoluindo, posteriormente para edema, presença de focos hemorrágicos e, mais tardiamente,
atrofia da papila, com possível perda definitiva da visão. É importante ressaltar que o papiledema não se instala
abruptamente, necessitando de um tempo para ser visualizado na avaliação de fundo de olho. O papiledema é
tradicionalmente reportado em casos onde há uma lesão crônica como, por exemplo, em lesões tumorais. Em casos
mais agudos (como em hemorragias intracranianas e trauma crânio-encefálico), a avaliação do fundo de olho pode
ser normal em um primeiro momento
Stephanie Sousa - UNINOVE Bauru

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