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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ENGENHARIA MECÂNICA LAURA ANTUNES COSTA RODRIGO ROMÃO GIORI ENGENHARIA ECONÔMICA DEPRECIAÇÃO ARACRUZ-ES 2021 1. INTRODUÇÃO A desvalorização da qualidade de um ativo, é denominado também por depreciação, isto é, a perda de valor que um bem sofre ao longo do tempo, sendo esse ativo uma máquina, imóvel, veículo, entre outros. Essa desvalorização pode se dar por aspectos naturais, como o desgaste pelo uso constante ou também por questões econômicas que seria a atualização tecnológica de um produto antigo. É possível por meio de cálculos obter um resultado da desvalorização sofrida pelo produto e para isso, a depreciação é dívida em dois tópicos, sendo eles, a depreciação linear e a depreciação acelerada. Quando se trata de uma depreciação linear, o ativo perde valor ao longo do tempo de uma forma constante, esta é mais utilizada por ser mais simples e prática. Já a depreciação acelerada não ocorre uma constância, o bem perde mais valor nos primeiros anos e depois começa a desacelerar. São inúmeros os motivos no qual um produto se desvaloriza, o processo de depreciação é inevitável e presente em praticamente todos os produtos existentes. Com isso, mostra-se importante para as empresas e portadoras de itens de valor com potencial depreciativo, a criação de uma análise com a finalidade de identificar etapas que diminuem o efeito da depreciação para que assim, condicionem um valor agregado mais interessante para o utilitário, seja do ponto de vista lucrativo visando vendas no futuro ou do quesito atualização tecnológica. Assim “quando as despesas de depreciação aumentam, o fluxo de caixa da empresa melhora, provendo mais fundos para fornecer as suas atividades [...]” (GROPPELLI; NIKBAKHT, 1999 2. OBJETIVO O estudo dirigido a seguir, tem como principal objetivo a escolha de um equipamento industrial, considerando a sua vida útil e taxa de depreciação conforme os cálculos realizados com base no valor inicial de acordo o site de venda. Para realizar uma análise técnica e operacional, foi levado em consideração a sua aplicação no ambiente de trabalho, assim pode-se analisar e construir a sua ficha depreciativa levando em consideração os aspectos necessários. 3. ANÁLISE DO PRODUTO 3.1. PRODUTO ESCOLHIDO Para realização desta análise, foi escolhido um equipamento muito utilizado na área da engenharia, o torno mecânico de bancada [1]. O torno mecânico é um equipamento de usinagem de peças em forma de revolução, permite a transformação do material em estado bruto em peças de sessão curvilíneas. É amplamente utilizado nas indústrias de maneira direta ou indireta. 3.2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E OPERACIONAIS Para realização da compra deste produto, é necessário analisar vários fatores, pois a especificação do Torno Mecânico depende do tipo de trabalho que o mesmo vai ser submetido. A partir da descrição do que o equipamento deverá ter, será possível realizar a escolha, pois no mercado possui diversos tipos, de acordo com as necessidades do cliente. Neste caso, a escolha do equipamento de marca Strong dispõe de 2cv de potência além de uma tensão trifásica e alguns acessórios como placas, lunetas, freio de emergência e protetor traseiro. 3.3. APLICAÇÕES PRODUTIVAS O torno mecânico é uma máquina muito utilizada tanto em indústrias quanto em pequenas oficinas, pois além das operações de torneamento, o equipamento também executa operações que normalmente são feitas por outros tipos de maquinários como por exemplo a furadeira, retificadora ou fresadora, mesmo que para isso deve ser feito pequenas adaptações no equipamento. Essa máquina-ferramenta pode ser encontrada em dois tipos diferentes, o torno manual e o automatizado, que é controlado por um computador numérico, além de ter os subtipos, que são o torno mecânico, torre e especial. A escolha do tipo de torno vai de acordo com a necessidade do comprador, como aplicações que exigem uma fabricação de peças repetidas ou execução de vários cortes sem a interferência de um operador. 4. AMBIENTE DE PRODUÇÃO O torno mecânico está submetido à diversas tarefas diárias e isso depende do ambiente de trabalho de cada usuário, com isso, é considerável uma alta exposição a degradação, seja por má lubrificação, sujeira, resto de cavaco acumulado, todos esses impactos podem causar avarias no produto. Os problemas usuais desse equipamento devem-se ao fato da má utilização do mesmo e por possuir um alto risco de acidente, é preciso fazer uma avaliação para saber se necessita de algum tipo de manutenção. Geralmente possui problemas de paralelismos, vibrações de ferramentas, falta de alinhamento entre outros. 5. FICHA DE DEPRECIAÇÃO 5.1 ANÁLISE TEXTUAL Podemos avaliar a depreciação desse equipamento com base em cálculos da contabilidade, os métodos utilizados são o linear, taxa constante e cole. Eles consistem em calcular uma taxa anual e ir atribuindo esse decréscimo do valor inicial do equipamento durante a sua vida útil, essa taxa pode ser constante com o método linear e variável com os métodos de cole e taxa constante. Ambas levam em conta três fatores principais de depreciação, o tempo de vida, o uso do equipamento e a obsolescência, assim podemos expandir o método ao equipamento escolhido e por fim mostrar a depreciação durante seus 10 anos de vida útil. Observando os cálculos [ANEXO 1], notamos que ao termino do décimo ano do equipamento qualquer oferta de compra acima de R$ 3964,31 é agradável tendo como base os cálculos de depreciação, porém tendo uma utilização cuidadosa e mantendo uma manutenção regular é perfeitamente possível encontrar valores na faixa dos R$ 10.000,00, esse valor é considerado no método linear entre 8 e 9 anos, já no método de taxa constante aparece no decorrer do sexto ano e por fim para o método cole esse valor aparece entre o 6 e 7 anos. Vale ressaltar também que para o método linear o produto perde 50% do seu valor entre 5 e 6 anos, já para o método de taxa constante no 3° ano já atinge essa marca e por fim, no método cole [ANEXO 2] entre o 3º e 4º ano. Podemos avaliar que os dois últimos métodos apresentam uma desvalorização mais acentuada no inicio da vida útil do equipamento, isso reflete a importância da atenção dos proprietários em manter o maquinário em bom estado de conservação e com as manutenções preventivas em dia, assim o equipamento chega a meia vida com um valor de mercado maior que o projetado nos cálculos, isso é importante pois para determinadas empresas a meia vida é um momento de venda que tem um custo benefício considerável na hora de avaliar uma atualização de equipamento para se adequar a um mercado cada vez mais tecnológico. 6. REFERÊNCIAS [1] TORNO mecânico de bancada Strong. [S. l.], 2019?. Disponível em: https://www.americanas.com.br/produto/1205142871?opn=YSMESP&sellerid=918457 35000414&voltagem=220V. Acesso em: 18 fev. 2021. 7. ANEXOS Anexo 1 Anexo 2
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