Prévia do material em texto
FACULDADE INTEGRADA CETE – FIC CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA METÓDOS CONTRACEPTIVOS MAXWELL DE ARANDAS PIMENTEL GARANHUNS 2020 MAXWELL DE ARANDAS PIMENTEL METÓDOS CONTRACEPTIVOS Trabalho apresentado ao curso de Farmácia da Faculdade Integrada CETE (FIC), como requisito parcial para a aprovação da disciplina de Embriologia. Orientadora: Prof.ª Me. Sanielly Torres GARANHUNS 2020 SUMÁRIO 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .............................................................................. 3 2. MÉTODOS CONTRACEPTIVOS ........................................................................ 4 2.1 MÉTODOS REVERSÍVEIS NATURAIS ........................................................ 5 2.1.1 Tabelinha ............................................................................................... 5 2.1.2 Muco Cervical ....................................................................................... 5 2.1.3 Temperatura Basal ............................................................................... 6 2.1.4 Coito Interrompido ............................................................................... 6 2.2 MÉTODOS REVERSÍVEIS NÃO NATURAIS ................................................ 7 2.2.1 Preservativos Masculinos .................................................................... 7 2.2.2 Preservativo Feminino ......................................................................... 8 2.2.3 Diafragma .............................................................................................. 8 2.2.4 Capuz Cervical ...................................................................................... 9 2.2.5 Métodos Hormonais ou químicos ....................................................... 9 2.2.6. Método Sintotérmico .......................................................................... 12 2.3 MÉTODOS IREEVERSÍVEIS CIRÚRGICOS .................................................. 12 2.3.1 Laqueadura ............................................................................................. 12 2.3.2 Vasectomia .............................................................................................. 13 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 14 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 15 3 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS A compreensão sobre métodos anticoncepcionais pode auxiliar para que as mulheres selecionem o método mais apropriado para as suas práticas sexuais e condições de saúde. No ano de 1996, foi aprovado um projeto de lei pelo Congresso Nacional (Lei 9.263), sancionado pela Presidência da República, com a finalidade de regulamentar o planejamento familiar. Nesse contexto, esta lei é crucial para democratizar o acesso aos meios contraceptivos nos serviços públicos de saúde, bem como preconizar essa prática na rede privada, supervisionado pelo SUS (BRASIL, 2002). A opção do método contraceptivo mais adequado para cada paciente passa pela análise das vantagens e desvantagens de cada estratégia. É de suma importância que as técnicas sejam explicadas e que a mulheres sejam orientadas para que realize o uso adequado da escolha definida como a mais conveniente para o seu comportamento sexual. Esse trabalho foi elaborado com o objetivo de discorrer sobre os métodos contraceptivos mais usuais e foi fundamentado em materiais já publicados no meio acadêmico. 4 2. MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Há relatos que Hipócrates (460-377 a.C.) já tinha conhecimento que a semente da cenoura selvagem era favorável para prevenir a gravidez. A utilização de anticoncepcionais preparados por plantas naturais pode ter sido disseminada, na região do Mediterrâneo, onde no século II a.C Políbio registrou que as famílias gregas estavam restringindo-se a ter um ou dois filhos. (MARTINS, et al., 2006). Com a evolução dos saberes sobre o funcionamento do corpo, em especial sobre os hormônios, ligados às novas tecnologias, foram concebidos os anticoncepcionais orais e os métodos de esterilização. Porém, as primeiras formas de evitar a gravidez e a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis inicializaram com os métodos de barreira, especialmente a camisinha (FREGUGLIA & FONSECA, 2006). É importante destacar que antes de iniciar o uso de métodos contraceptivos, a mulher deve devidamente ser orientada pelo profissional de saúde. No Quadro 1 encontramos os métodos contraceptivos que serão abordados nessa pesquisa e sua classificação. QUADRO 1 – Métodos contraceptivos e sua classificação. MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Métodos reversíveis naturais Métodos Comportamentais Tabelinha Muco Cervical Temperatura Basal Coito Interrompido Métodos reversíveis não naturais Métodos de Barreira Preservativo Masculino Preservativo Feminino Diafragma Capuz Cervical Métodos Hormonais ou Químicos Anticoncepcionais Orais Pílula Vaginal Anticoncepcionais Orais Pílula Vaginal Anticoncepcionais Injetáveis Espermicida Vaginal Esponja Vaginal Implante Hormonal Anel Vaginal Nuvaring Adesivos Contracepção de Emergência Dispositivo Intra-Uterino - DIU DIU combinado com hormônios Método Sintotérmico Métodos Irreversíveis Cirúrgicos Laqueadura Vasectomia FONTE: Adaptado de DE ALMEIDA (2010) 5 2.1 MÉTODOS REVERSÍVEIS NATURAIS É levando em conta o conhecimento do período fértil da mulher (durante o qual pode ocorrer a fecundação) e na abstenção de relações sexuais durante esse período, além disso, são menos eficazes que os métodos não naturais. Nos subtópicos a seguir encontramos os métodos reversíveis naturais comportamentais. 2.1.1 Tabelinha Para o uso deste método a mulher deve notar pelo menos os seis últimos ciclos e só após isso podemos estimar o início de período fértil subtraindo 18 dias do comprimento do ciclo mais curto, e estimar o fim do período fértil subtraindo 11 dias do ciclo mais longo, inclusive só é válido para mulheres com ciclos regulares. Normalmente o período fértil da mulher está entre o 8º e o 19º dia após a menstruação, nesse intervalo a mulher não deve ter relações sexuais. Vantagens • Este método favorece o conhecimento dos períodos de menstruação e fertilidade de cada mulher; • Não apresenta efeitos colaterais. Desvantagens • Este método exige disciplina da mulher nas anotações mensais de seu ciclo menstrual e necessita de abstinência ou uso de preservativo nos dias férteis; • Não deve ser utilizado no período em que a mulher estiver a amamentar, pois a menstruação desregula a ovulação e o período fértil; • Este método necessita de pratica para o cálculo do período fértil no mínimo durante seis meses para que não haja risco de gravidez; • Não previne contra as DST; • Não é recomendado para adolescentes, pois pode ocorrer falhas e gravidez. 2.1.2 Muco Cervical Impõe que a mulher não tenha relações no seu período fértil. Para identificar seu período fértil, a mulher necessita observar e distinguir o tipo de secreção presente no colo do útero. O muco cervical é uma secreção produzida pelo colo do útero, que umedece a vagina, e, às vezes, sai na calcinha, que varia de aparência em cada período do ciclo menstrual. 6 Vantagens • Não apresenta efeitos colaterais; • Permite um melhor conhecimento do corpo feminino e ciclo menstrual e período fértil, além de ensinar a mulher a tocar-se. • Favorece a participação do homem no planejamento familiar, fazendo com que ele acompanhe os ciclos de fertilidade e a menstruaçãoda mulher; • Este método é muito utilizado por quem deseja engravidar, sendo um método auxiliar no tratamento da infertilidade. Desvantagens • Exige disciplina em estar atenta ao próprio corpo e abstenção de relações ou uso de preservativo nos dias que indiquem fertilidade; • Mulheres que apresentam inflamações crónicas, com presença constante de corrimento, não tem como verificar de maneira correta os dias em que ocorre a presença do líquido (muco); • Não previne contra as DST; • Não é recomendado para adolescentes, pois pode ocorrer falhas e gravidez. 2.1.3 Temperatura Basal Essa técnica é baseada na alteração térmica que o corpo mostra quando ocorre a ovulação, em razão de que a temperatura se eleva devido ao aumento da progesterona. Por causa da ovulação acontece uma rápida queda na temperatura corpórea e após há uma elevação de aproximadamente entre 0,3 e 0,8º C em relações às medidas basais (MOURA & SILVA, 2005 apud DE ALMEIDA, 2010). Vantagens • Este método favorece a observação do corpo; • Este método é muito utilizado por quem deseja engravidar, sendo um método auxiliar no tratamento da infertilidade. Desvantagens • Tem pouca eficácia para a prevenção de gravidez; • Exige muita disciplina. A temperatura precisa ser medida e anotada diariamente pela manhã, ao acordar; • Algumas doenças que provocam febre podem confundir as anotações da temperatura; • Exige que o casal não tenha relações sexuais ou tenha relações usando preservativo durante os dias férteis; • Não previne contra as DST. 2.1.4 Coito Interrompido O método é executado de acordo com a capacidade do homem pressentir a iminência da ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina evitando assim a deposição do esperma. Vale ressaltar que o líquido pré-ejaculatório pode conter espermatozóides vivos o que aumenta o índice de falha desse método. 7 Vantagens • Em situações inesperadas de não uso de nenhum contraceptivo reduz um pouco o risco de gravidez; • Inclui a participação do homem na prevenção da gravidez. Desvantagens • É um método que favorece a dor pélvica e tensão em alguns homens; • A eficácia deste método é baixa oferece alto risco de gravidez, pois a lubrificação que o pênis solta, mesmo sem o gozo, já contém espermatozoides; • Exige retenção constante da ejaculação o que, para alguns homens, pode gerar tensão ou ansiedade; • Em muitas vezes não dá tempo da mulher atingir o prazer. 2.2 MÉTODOS REVERSÍVEIS NÃO NATURAIS Os métodos reversíveis não naturais impossibilitam a fecundação por meio de dispositivos apropriados ou através de utilização de certas substâncias. Dividem-se em químicos que são substâncias químicas que podem ser utilizadas para evitar uma gravidez e mecânicos que são dispositivos que impedem a fecundação e a nidação. Nos subtópicos a seguir serão apresentados os métodos reversíveis não naturais, os quais evitam a gravidez porque atrapalha o acesso dos espermatozoides ao útero, mediante obstáculos mecânicos, químicos ou mistos. 2.2.1 Preservativos Masculinos A camisinha é feita de látex, um tipo de borracha, mas há também camisinhas feitas de poliuretano, indicadas para pessoas que têm alergia ao látex. Cuidados na colocação alavancam a eficácia desse preservativo, a camisinha precisa ser colocada no pênis ereto. A camisinha masculina é o método contraceptivo mais simples, além disso, tem baixo custo e acesso fácil para todas as camadas da sociedade. Vantagens • Não tem efeitos secundários; • Protege contra DST; • Fácil Acesso (Farmácias, Supermercados, Centros de Saúde e Hospitais); • Método Econômico; • Fácil de transportar; • Tem eficácia de 98% quando bem colocado; Desvantagens • Pode ser desconfortável; • Pode romper durante a atividade sexual; • É descartável; • Requer cuidados (data de validade e colocação). 8 2.2.2 Preservativo Feminino A camisinha feminina é produzida de um tipo de borracha, plástico ou poliuretano, com anéis flexíveis nas duas extremidades, um deles fechado e precisa ser colocado no interior da vagina que dificulta que os espermatozoides alcancem às tubas uterinas. O outro anel é aberto e deve ficar do lado de fora protegendo os pequenos e grandes lábios. (FREGUGLIA & FONSECA, 2006). Vantagens • Não tem contraindicações; • Protege contra DST e evitar a gravidez; • Oferta maior autonomia para a mulher, assegurando a sua proteção independente do parceiro; • Algumas mulheres relatam que o anel externo estimula o clítoris, facilitando a obtenção de prazer; • Fácil de transportar; • Tem eficácia de 97,3%. Desvantagens • Pode ser desconfortável; • Requer cuidados (data de validade e colocação). 2.2.3 Diafragma O diafragma é um anel de metal flexível, revestido por uma membrana de borracha fina, de forma côncava, onde é introduzido pela mulher na vagina, sobre o colo do útero antes da relação sexual. Para aumentar sua eficiência, devem-se lubrificar as bordas com espermicida. Ele evita a gravidez atrapalhando que os espermatozoides cheguem ao útero e atinjam às tubas uterinas. Vantagens • Pode ser usado em todas as fases de vida da mulher (da adolescência à menopausa; • Contribui para que a mulher toque seus órgãos genitais e conheça melhor seu corpo; • Não atrapalha na relação sexual, geralmente os homens e mulheres não sentem sua presença; • Não faz mal a saúde e nem interfere no ciclo menstrual; • Pode ser usado com um espermicida, aumentando a proteção; • Protege o colo do útero conta eventuais lesões e infecções durante a relação sexual; • Pode ser utilizado durante a amamentação; • Não é descartável (durabilidade entre 2 e 3 anos) Desvantagens • Exige disciplina em seu uso; • Não evita todas as DST 9 2.2.4 Capuz Cervical O capuz cervical é feito de borracha caliciforme ou látex em forma de dedal que se ajusta ao redor do colo uterino. É utilizado com espermicida, antes da relação sexual, colocando-o dentro da vagina para tampar seu cérvix (colo do útero). O dispositivo tem eficiência entre 80-90% para mulheres que ainda não tiveram filhos, e entre 60-80% para as que já foram mães (ROCHA, 2003). 2.2.5 Métodos Hormonais ou químicos Normalmente são uma mistura de derivados sintéticos de estrogênios e progesterona, que impede o aumento de LH (responsável pela ovulação) dificultando a concepção por atrapalhar a ovulação pelo bloqueio da liberação de gonadotrofinas pela hipófise. Apesar de ser um método muito eficiente, deve ser sempre indicado por um médico. Outra opção são injeções desses hormônios a cada dois ou três meses ou o uso de pequenos tubos de plástico implantados sob a pele, que liberam hormônios. Os anticoncepcionais hormonais devem ser utilizados com orientação médica, pois podem acarretar em grandes prejuízos à saúde se usados incorretamente. A seguir serão apresentados alguns métodos reversíveis não naturais hormonais ou químicos e as respectivas vantagens e desvantagens. ANTICONCEPCIONAIS ORAIS (PÍLULAS) São comprimidos feitos com substâncias químicas semelhantes aos hormônios estrogênio ou progesterona do corpo da mulher. As pílulas impedem a ovulação, evitam a nidação e engrossam o muco fértil, atrapalhando assim a passagem dos espermatozoides. Vantagens • A mulher toma diariamente não necessitando utilizar outros métodos contraceptivos na altura da relação sexual; • Quando o uso é suspenso, os ovários voltam a função normal; • Regula o ciclo menstrual, diminui o fluxo menstrual e alivia as dores menstruais; • Eficácia de 98,5% Desvantagens • Exige autodisciplina; deve ser tomada todos os dias no mesmo horário. • Se a mulher esquecer de tomar pode engravidar; • Contraindicado para mulheres com mais de 35 anos e fumantes, para quem teve trombose, diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares,câncer ou enxaquecas; • Não previne contra DST. 10 PÍLULAS VAGINAL Método a base de hormônios artificiais, que não deixa que a mulher ovule. Deve ser introduzida na vagina para ser absorvida pelo organismo e segue os mesmos princípios das pílulas orais. Vantagens • A mulher introduz diariamente; • Como é colocada na vagina não causa mal estar estomacal, nem vómitos ou náuseas; • Quando o uso é suspenso, os ovários voltam a função normal; • Regula o ciclo menstrual, diminui o fluxo menstrual e alivia as dores menstruais. Desvantagens • Exige autodisciplina; deve ser tomada todos os dias no mesmo horário; • Se a mulher esquecer de tomar pode engravidar; • Contraindicado para mulheres com mais de 35 anos e fumantes; • Não previne contra DST; • Tem custo mais elevado que as pílulas orais. ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS São injeções de hormônios semelhantes àqueles que o ovário produz. Contém progesterona ou associação de estrogênios, para administração intramuscular, com doses hormonais de longa duração. Age evitando a ovulação. Devem ser aplicados a cada 30 dias, ou a cada 3 meses. Vantagens • Não interfere nas relações sexuais; • Não precisa ser usada no dia a dia. Desvantagens • Alguns tipos acarretam sobrecarga hormonal, aumentando a circulação sanguínea, com risco de aparecimento de varizes, hipertensão, tromboses e problemas circulatórios; • Não deve ser utilizada por fumantes ou mulheres acima de 35 anos de idade. ESPERMICIDA VAGINAL São produtos químicos apresentados sob forma de espuma, creme, gel, pomadas ou cápsulas, objetivando imobilizar ou destruir os espermatozoides, atrapalhando ou impedindo a penetração desses no canal cervical. Vantagens • Não prejudica a saúde e nem interfere no ciclo menstrual; • Não precisa ser usada no dia a dia; • Utilização simples Desvantagens • O tempo de ação é de duas horas, necessita reaplicação em relações sexuais prolongadas ou repetidas; • Pode provocar reações alérgicas; • Não protege de DST; • Pouco eficaz. ESPONJA VAGINAL A esponja vaginal é feita de poliuretano, contém espermicida e alça para remoção, é umedecida com água e inserida profundamente na vagina de maneira que repouse em contato com o cérvix, absorve o sêmen e bloqueia a entrada dos espermatozoides no canal cervical. Vantagens • Não prejudica a saúde e nem interfere no ciclo menstrual; • Não precisa ser usada no dia a dia; • Utilização simples Desvantagens • Precisa reaplicar o espermicida em cada relação sexual; • Não protege de DST; • Pouco eficaz. 11 IMPLANTE HORMONAL Trata-se de um bastonete de plástico que é colocado na face interna da parte superior do braço, por baixo da pele, assegurando uma eficácia contraceptiva durante três anos, onde vai liberando lentamente progesterona que evita a liberação mensal de ovócitos secundários do ovário. Vantagens • A mulher não precisa se preocupar com o uso de outros métodos; • Quando o uso é suspenso, os ovários voltam à sua função normal. Desvantagens • É contra indicado para mulheres com mais de 35 anos e fumantes; • Com o passar do tempo reduz o ciclo menstrual e pode mesmo fazer com que a mulher não tenha menstruação; • É necessário procurar um médico para retirar o implante. • Não protege de DST; ANEL VAGINAL Anel flexível colocado pela própria mulher na vagina e mantido no lugar por 3 semanas, liberando de forma contínua baixas doses de estrogênio e prostagênio, absorvidos pela mucosa vaginal inibindo a ovulação. Vantagens • São práticos, pois são trocados semanalmente ou a cada três semanas; • Ideais para mulheres que esquecem de tomar a pílula diária; • Se posiciona de forma fácil em uma porção menos sensível da vaginal, assegurando conforto total para a mulher. Desvantagens • Não protege de DST. ADESIVO ANTICONCEPCIONAL É um adesivo fino que deve ser colado à pele e trocado uma vez por semana, que pode ser utilizado em quatro áreas do corpo (nádegas, tórax, costas ou na parte externa do membro superior. A mulher inicia o método no primeiro dia de menstruação e fica com o contraceptivo colado à pele por sete dias consecutivos. No fim da terceira semana, ele é retirado e a mulher fica sete dias sem usar para que ocorra a menstruação. Vantagens • Regulada as menstruações, podem ser mais leves e menos dolorosas; • Benefícios comparados com as pílulas orais. Desvantagens • Ganho de peso; • Não protege de DST; • Riscos: Taxas de TVPs (Trombose Venosa Profunda) similares às pílulas orais combinadas. CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA Confere tomar uma pílula especial nas primeiras 72 horas após relação sexual e houver risco de gravidez (dose única ou duas com intervalo de 12 horas). Quanto mais cedo iniciar o tratamento, maiores serão as probabilidades de sucesso. Pode ter muitos e fortes efeitos secundários. Vantagens • O único método contraceptivo que pode ser usado pela mulher após a relação sexual; • No caso de não resultar, não causa efeitos colaterais ao feto; • Previne a gravidez não planejada; • Pode ser usada sobre forma de dose pronta ou através de doses combinadas. Desvantagens • Os comprimidos possuem alta concentração de hormônios, só devem ser utilizados em casos de emergência. • Em mulheres que amamentam pode diminuir a quantidade de leite materno; • Pode causar diversas reações adversas; • Provoca o adiamento ou antecipação da menstruação por alguns dias; • Não protege das DST; • Alguns antibióticos reduz a eficácia do método. 12 DISPOSITIVO INTRAUTERINO – DIU O DIU T de cobre, é um pequeno dispositivo que pode ser usado por um período de 7 a 10 anos, não tem hormônio, nos braços do T contêm algum cobre que interrompe a fertilização ao prevenir que o esperma passe pelo útero em direção aos tubos de falópio. Vantagens • Depois de ser colocado, pode permanecer no útero por muitos anos; • Pode ser colocado 60 dias após o parto; • Não exige disciplina no seu uso. Desvantagens • Não é recomendado na presença ou suspeita de: gravidez, câncer, malformação no útero, hemorragias e presença de anemia constante; • O DIU aumenta a probabilidade de inflamações e de manutenção no caso de aquisição de alguma DST; • Exige um acompanhamento médico periódico; • Não protege contra DST. DIU COMBINADO COM HORMÔNIOS De plástico ou de metal, com um reservatório que contém um hormônio que provoca a atrofia do endométrio e inibição da passagem do espermatozoide através da cavidade uterina. Vantagens • A taxa de gravidez acumulada até 5 anos utilizando o Mirena é de 0 - 0,2% por 100 mulheres. Esta taxa é similar à da esterilização cirúrgica e é muito baixa em todos os grupos etários. Desvantagens • As causas mais freqüentes de abandono de uso são amenorréia, dor e expulsão. • Não protege contra DST. 2.2.6. Método Sintotérmico Para essa técnica engloba todos os anticoncepcionais naturais e utiliza também a palpação do útero durante o ciclo, de modo que se consiga detectar com mais rigor o período fértil da mulher, necessita de grande motivação, rigor nos cálculos e colaboração do casal. 2.3 MÉTODOS IREEVERSÍVEIS CIRÚRGICOS 2.3.1 Laqueadura Método contraceptivo cirúrgico e definitivo, por meio da ligadura ou corte das tubas uterinas impedindo, o encontro dos gametas masculino e feminino na esterilização feminina, a tuba uterina é cortada e seus cotos são amarrados. Nesse contexto, embora o óvulo continue a ser produzido, não é fecundado, uma vez que foi bloqueada a ligação entre o ovário e o útero. 13 Vantagens • A mulher não precisa mais utilizar outros meios para evitar a gravidez; • Eficácia de 100%; • Sem efeitos secundários. Desvantagens • Trata-se de uma cirurgia, portanto com os mesmos riscos que qualquer outra, exigindo exames pré-operatórios, internamento e anestesias; • A cirurgiaé definitiva e irreversível, pois o retorno favorece gravidez nas trompas e não é recomendado; • Várias mulheres se arrependem de não poder engravidar mais; • Não protege contra DST; • Apenas para mulheres com mais de 25 anos. 2.3.2 Vasectomia Ligadura ou corte dos canais deferentes, o que não permite a presença dos espermatozoides no líquido ejaculado. A esterilização masculina é simples e consiste na secção dos duetos deferentes através de pequeno corte na parte superior na pele da bolsa escrotal com anestesia local. Assim, os espermatozoides são produzidos, mas não atravessam a área obstruída. Vantagens • Não altera o desempenho sexual; • Favorece a participação do homem na contracepção; • A cirurgia é simples, com anestesia local e pode ser realizada em consultório não havendo necessidade de internamento; • Não há necessidade de uso de outros métodos contraceptivos; • Eficácia de 100%. Desvantagens • Trata-se de uma cirurgia, exigindo exames pré-operatórios; • A cirurgia é de difícil reversão; • Não protege contra DST; • Apenas para homens com mais de 25 anos. 14 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a elaboração desse trabalho foi verificado que não adianta somente saber da existência dos diferentes métodos contraceptivos, é fundamental o conhecimento de seu funcionamento, sua eficácia, vantagens e desvantagens. A falta de informações desses condicionantes leva ao seu uso inadequado, com o risco de uma gravidez não planejada. O conhecimento sobre métodos contraceptivos ajuda para que os indivíduos optem pela técnica que é mais adequada para o seu comportamento sexual e condições de saúde. 15 REFERÊNCIAS BRASIL. Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Regula o §7º do artigo 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. Brasília (DF): 6ed, 2002. DE ALMEIDA, L. C. Métodos Contraceptivos: uma revisão bibliográfica. 2011. FREGUGLIA, J. & FONSECA, M. Métodos contraceptivos. Revista Superinteressante. ed.107, 20p., agosto 2006. LEITE, I. C. Descontinuação de métodos anticoncepcionais no Nordeste do Brasil, 1986-1991. Cad Saúde Pública; 19:1005-16, 2003. MARTINS, L. B. M.; COSTA-PAIVA, L.; OSIS, M. J. D.; SOUSA, M. H.; PINTO NETO, A. M. Conhecimento sobre métodos anticoncepcionais. Rev Saúde Pública.;40(1):57- 64, 2006. ROCHA, M. I. B. Política demográfica e parlamento. Debates e decisões sobre o controle da natalidade. Campinas: Núcleo de Estudos da População da Universidade Estadual de Campinas; 2003.