Buscar

O papel do Psicólogo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Anhanguera – Taboão da Serra
Professora: Júlia Maria Migot
Disciplina: Psicologia Social
Aluno: Jéssica Bassani Nogueira – 2º semestre
Resumo: O papel do psicólogo – Ignácio Martín-Baró
	O papel do psicólogo ou o “quefazer” da ciência e profissão em questão, nem sempre se apresentam de forma clara e concisa no saber popular e até mesmo entre alunos iniciantes do curso de psicologia. Desta forma o texto de Martín-Baró, O papel do psicólogo, esclarece uma perspectiva muito interessante sobre o tema, na qual o contexto social, cultura e história de um povo apresentam-se como características essenciais a serem reconhecidas antes de qualquer intervenção psicológica.
	O autor apresenta três aspectos que caracterizam o povo centro-americano, mas é impossível não fazer um paralelo com a realidade brasileira. Dentre tais aspectos apresenta-se a injustiça estrutural, a qual corresponde a distribuição desigual dos bens disponíveis, situação propagada e estimulada através de mecanismos de controle e repressão social, e a dependência sofrida pelo restante da américa em relação aos Estados Unidos, ou como o autor denomina “a satelização de Estados nacionais”, na qual a estratégia americana defende diversos tipos de intervenções pautadas na luta contra o comunismo. 
Já o terceiro aspecto apresentado no artigo é a luta revolucionária dos países centro americanos, como a guerra civil de El Salvador. Tal ponto reforça a militarização da área em detrimento de investimentos necessários em outros investimentos realmente relevantes para a população local.
Diante de tantas problemáticas diferentes, destacando que as três são explicativas, ou seja, existem diversos contextos diferentes espalhados pelo mundo, Martín-Baró questiona o posicionamento da psicologia em relação a conscientização do indivíduo diante de si e de sua comunidade. 
	Segundo o autor, as críticas que envolvem os psicólogos centro-americanos também envolvem o atendimento individualizado e possível de ser realizado apenas com a minoria com recursos para tal, este método atende apenas as raízes pessoais do problema, deixando-se de lado os fatores sociais e assim servindo e propagando a ordem social já estabelecida.
	Como a grande maioria não tem acesso, continua reproduzindo o pensamento da minoria, e a partir deste ponto o autor introduz a questão do incentivo a conscientização no sentido utilizado por Paulo Freire, ou seja, a conscientização do homem a partir do conhecimento de si mesmo e do mundo circundante de forma a questionar as problemáticas sociais.
	Este reconhecimento da realidade envolve aspectos mais profundos do que apenas a vivência em determinado ambiente, é preciso que o reconhecimento da própria realidade aconteça com olhos críticos que contestem e possibilitem mudanças em relação à alienação social.
	Assim, o papel do psicólogo envolve o atendimento as populações fragilizadas socialmente de forma a promover o diálogo, e o “quefazer” do profissional deve estar pautado na busca do desenvolvimento pessoal, na identidade de um povo e a significação social de forma a devolver a voz a esta população.
	Para isso é preciso repensar a imagem do profissional e formas habituais de atuação, é necessário reconhecer a perspectiva das maiorias populares de forma que se pense além da perspectiva dos setores dominantes, e, não menos importante, é preciso se posicionar frente ao sistema social, colocando o saber psicológico a serviço da sociedade.
Comentário:
O texto proposto me fez refletir e de certa forma me proporcionou alívio ao ver que existe uma vertente da psicologia preocupada com a sociedade como um todo, seus problemas estruturais, a alienação do povo e a realidade da maioria que muitas vezes não pode financiar uma terapia.
Acredito que o psicólogo pode fazer muito mais pela sociedade, e o estímulo a conscientização parece ser um caminho promissor a ser seguido, pois apesar de me sentir atraída pela psicologia social não imaginava por onde começar a pensar sobre a esta problemática.
Outro ponto que me deixou intrigada é em relação a atualidade do texto, apesar de datar 1996 parece feito para os dias atuais. Este ponto me entristece, pois apesar de passados 24 anos nada parece ter mudado na consciência coletiva, o próprio discurso anti comunismo elegeu nosso mais recente presidente.
Tanto que devido ao momento atual o texto não foi visto com bons olhos por toda a turma, mas creio ser extremamente necessário para o enriquecimento do debate entre os alunos.

Continue navegando