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Doutoranda em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Mestre em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Pesquisadora do Grupo Asa Branca de Criminologia. Professora da ESTÁCIO, FICR, AESGA e ESMATRA6. Advogada. direito penal ii PROFª. Débora CERQUEIRA JUSTIÇA RESTAURATIVA https://www.youtube.com/watch?v=Nrd7uZ3p3NQ http://www.comitepaz.org.br/Howard_Zehr.htm Você concorda com a Justiça Restaurativa? Concorda com a aplicação para todos os crimes? Quais? Quais as dificuldades para sua implementação? PRÉ-AULA Introdução Sistema do duplo-binário Sistema vicariante Pena Sanção Penal PONTO 1 – TEORIA GERAL DA PENA 2. Finalidades (ou funções) da pena no Brasil Tríplice finalidade (polifuncional): a) Preventiva b) Retributiva c) Reeducativa – art. 1º, Lei 7.210/1984 (LEP) Momentos da finalidade da pena: - Prevenção geral – pena em abstrato - Prevenção especial e retribuição – pena em concreto - Ressocialização – pena na execução 3. Justiça Restaurativa Justiça Retributiva Justiça Restaurativa O crime é ato contra a sociedade, representada pelo Estado (vítima formal e constante). O crime é ato que afeta autor, vítima e a sociedade. A responsabilidade do agente é individual. Propõe responsabilidade social pelo ocorrido, convidando, por isso, a comunidade para participar da solução para o crime. O interesse na punição é público. O interesse maior é reparar o dano, envolvendo, para tanto, os personagens do crime. Justiça Retributiva Justiça Restaurativa Predomina a indisponibilidade da ação penal. Predomina a disponibilidade da ação penal. O foco é punir o infrator. O foco é reparar o dano. Como resposta estatal, predominam as penas privativas de liberdade. Predomina a reparação do dano e das penas alternativas à privativa de liberdade. Campo fértil para penas cruéis e desumanas. As penas, quando necessárias, são proporcionais e humanizadas. Percebe-se a pouca assistência a vítima. O espírito é assistir a vítima. 4. Princípios Informadores da Pena Legalidade (Reserva Legal e Anterioridade) Art. 5º, XXXIX, CF e art. 1º, CP. Personalidade, Pessoalidade, Intransmissibilidade ou Intranscendência Art. 5º, XLV, CF – “Nenhuma pena passará da pessoa do condenado podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido”. Pena é personalíssima. Individualização da Pena Art. 5º, XLVI, CF e art. 5º, LEP: “A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) a privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos”. Momentos: definição pelo legislador; imposição pelo juiz; execução da pena. Proporcionalidade Desdobramento do princípio da individualização da pena. Inderrogabilidade ou Inevitabilidade da Pena Dignidade da Pessoa Humana Art. 5º, XLVII, CF Vedação do bis in idem Estatuto de Roma – art. 20 - “Salvo disposição em contrário do presente Estatuto, nenhuma pessoa poderá ser julgada pelo Tribunal por atos constitutivos de crimes pelos quais este já a tenha condenado ou absolvido. Nenhuma pessoa poderá ser julgada por outro tribunal relativamente ao qual já tenha sido condenada ou absolvida pelo Tribunal”. Significados: processual; material; execucional. HC 101131 / DF - DISTRITO FEDERAL PROCESSO – DUPLICIDADE – SENTENÇAS CONDENATÓRIAS. Os institutos da litispendência e da coisa julgada direcionam à insubsistência do segundo processo e da segunda sentença proferida, sendo imprópria a prevalência do que seja mais favorável ao acusado. 5. Penas proibidas no Brasil – art. 5º, XLVII, CF. Pena de morte Exceção Guerra externa (CPM) Lei 7565/86, art. 303, § 2º Lei 9605/98, art. 24 Pena de caráter perpétuo – art. 75, CP Pena de trabalho forçado Trabalho estabelecido na Lei 7210/84: embora obrigatório (art. 31) e dever do preso (art. 39, V), não é pena, possui finalidade educativa e produtiva (art. 28), sendo, ainda, remunerado (art. 29). Pena de banimento Pena de natureza cruel 6. Penas permitidas no Brasil – art. 5º, XLVI, CF Penas Privativas de Liberdade Forma mais drástica de punição Podem ser: reclusão, detenção ou prisão simples Penas Restritivas de Direito – arts. 43 a 48, CP Prestação de serviço à comunidade Interdição temporária de direitos Limitação de final de semana Prestação pecuniária Perda de bens e valores Pena de Multa – arts. 32; 49 a 52, CP (CESPE – TCE-PR – Auditor) Indique se a assertiva é verdadeira ou falsa: ( ) Do princípio da individualização da pena decorre a exigência de que a dosimetria obedeça ao perfil do sentenciado, não havendo correlação do referido princípio com a atividade legislativa incriminadora, isto é, com a feitura de normas penais incriminadoras. Questões objetivas 2. De acordo com a tríplice finalidade da pena, faça a associação: a) Preventiva b) Retributiva c) Reeducativa ( ) A pena funciona como castigo ao transgressor de forma proporcional ao mal que causou, dentro dos limites constitucionais. ( ) Busca-se também com a aplicação da pena a reabilitação do condenado ao convívio social. ( ) A existência da norma penal incriminadora visa intimidar os cidadãos, no sentido de não cometerem ilícitos penais. 3. Indique verdadeiro ou falso: ( ) Os princípios da legalidade e da anterioridade decorrem do brocardo nullum crimen nulla poena sine praevia lege. ( ) De acordo com o princípio da proporcionalidade, a pena aplicada só pode ser cumprida pelo réu condenado, não podendo ser transferida a um sucessor ou coautor do delito. ( ) A lei deve regular a individualização da pena de acordo com a culpabilidade e os méritos pessoais do acusado: rege o princípio da inderrogabilidade da pena. 4. (VUNESP – TJ-MS – Juiz de Direito) Indique se a assertiva é verdadeira ou falsa: ( ) As espécies de pena são as penas privativas de liberdade e restritivas de direito. Acessar o SIA do aluno! Corrigiremos juntos na próxima aula! Bom trabalho! QUESTÕES – CRÉDITO DIGITAL Fale sobre o objetivo ressocializador da pena na visão da Criminologia Crítica. (MP-MG – Promotor de Justiça) No tocante ao poder punitivo estatal, o que se entende por Terceira Via do Direito Penal? QUESTÕES SUBJETIVAS debora.cerqueira@estacio.br
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