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FAMAM - FACULDADE MARIA MILZA BACHARELADO EM FARMÁCIA Aline da Silva Santos Tavares Relatório de Aula Prática: Quantificação de Proteínas com reagente de Biureto Governador Mangabeira Setembro 2019 Aline da Silva Santos Tavares Relatório de Aula Prática: Quantificação de proteínas com reagente de Biureto Relatório apresentado a Disciplina de Bioquímica básica do Programa de Graduação em Farmácia da Faculdade Maria Milza, como requisito parcial de avaliação. Docente: Prof. Ciro Ribeiro. Governador Mangabeira Setembro 2019 INDICE 1. Introdução: ......................................................................................................... 4 2. Objetivos: ........................................................................................................... 5 3. Metodologia: ...................................................................................................... 6 4. Resultados e Discussões:................................................................................ 7 5. Conclusão: ......................................................................................................... 8 6. Referências: ....................................................................................................... 9 7. Anexos: ............................................................................................................. 10 4 1. Introdução 1.1 Proteínas Proteínas são polímeros formados de diversas partes menores, monômeros, denominadas aminoácidos. São as macromoléculas mais abundantes em nosso organismo, ocorrendo em todas as células e em todas as partes das células (LEHNINGER, 2014). As proteínas são constituídas por aminoácidos que ficam unidos por ligações amídicas, chamadas de ligações peptídicas, formando uma ou mais cadeias polipeptídicas que, normalmente, são unidas por interações não covalentes (VOET, VOET, 2013). A ligação peptídica se forma a partir da perda dos componentes de uma molécula de água, isto é, um grupo hidroxil e um átomo de oxigênio, sendo respectivamente do grupo carboxil ligado ao carbono alfa de um aminoácido e do agrupamento amina ligado ao carbono alfa do outro aminoácido (LEHNINGER, 2011). Com isso, pode-se dizer que a reação que une os aminoácidos é a de desidratação; A reação inversa, isto é, a reação que quebra a proteína nos aminoácidos, ou seja, aquela que rompe as ligações peptídicas é a da hidrólise (VOET, VOET, 2013). A condição padrão bioquímica favorece os aminoácidos, ou seja, é uma reação exergônica, mesmo sabendo que é uma reação lenta devido à alta energia de ativação. Por conta disso, para formar a proteína, é necessário tornar as condições termodinamicamente favoráveis a essa situação. Isso é realizado ao alterar ou ativar o grupo alfa-carboxil para que ele libere o grupo hidroxil (LEHNINGER, 2011). Tendo a proteína formada, existem duas extremidades: extremidade aminoterminal e extremidade carboxiterminal. A leitura é feita da esquerda para a direita. O grupo carboxil e o grupo amino das extremidades, e as cadeias laterais que ionizam, contribuem para o comportamento ácido-básico. (VOET, VOET, 2013). Existem alguns métodos de determinação de proteínas; Como exemplo, pode-se citar: Método de Dumas, Método de Warrentrapp e Will e Reação de 5 Biureto. Os dois primeiros métodos, citados no exemplo, se baseiam no teor de nitrogênio (GOMES e OLIVEIRA, 2011). O método da Reação de Biureto é um método colorimétrico, utilizado em situações que requerem uma determinação rápida, embora não seja tão exato (GOMES e OLIVEIRA, 2011). Todavia, ele se baseia na determinação de um complexo quadrado planar entre o íon cúprico e as múltiplas ligações peptídicas das proteínas. No caso de o complexo ser formado, a solução apresenta uma coloração violeta púrpura estável (BRACHT e ISHII -IWAMOTO, 2003). 2. Objetivos 2.1 Objetivos Gerais • Determinar de forma quantitativa as proteínas com reagente de Biureto. 2.2 Objetivos específicos • Observar a mudança de coloração nas soluções; • Observar a absorbância das reações no espectrofotômetro. 6 3. Materiais e Métodos 3.1 Materiais • Solução de Proteína Padrão (Albumina Bovina); • Reagente de Biureto; • Hidróxido de Sódio (NaOH) 6M; • Água destilada; • Cubeta; • Tubos de Ensaio; • Pipeta; • Micropipeta; • Ponteiras; • Espectrofotômetro; • Banho Maria à aproximadamente 100°C. 3.2 Metodologia Inicialmente foi preparada a reação, onde, foram adicionados 2,5 mL de reagente de biureto e água destilada com o auxílio da pipeta, foi colocada a ponteira na micropipeta, e pipetado 50 μl de proteína padrão (albumina bovina) e adicionado duas gotas de NaOH (6M) na cubeta, após isto, foi levado ao espectrofotômetro para que fossem analisados e anotados os valores de absorbância presente, usando o comprimento de onda de 550 nm. Posteriormente foi transferido para o tubo de ensaio e levado ao banho-maria à aproximadamente 100°C, durantes alguns minutos, transferido novamente para a cubeta e colocado no espectrofotômetro e lida sua absorbância após aquecimento. Na segunda reação: Foram adicionados 2,5 mL de proteína padrão (albumina bovina) e água destilada com o auxílio da pipeta, foi pipetado com a micropipeta 50 μl de reagente de biureto, e foi adicionado duas gotas de NaOH (6M), colocado em um tubo de ensaio levado ao banho-maria à aproximadamente 100°C, posteriormente transferidos para uma cubeta e colocado no espectrofotômetro e foi observada a oscilação de absorbância. 7 4. Resultados e Discussões: O método de biureto é um dos mais utilizados para quantificação de proteínas, sua simplicidade de aplicação é o que o torna tão interessante, pois é realizado em equipamentos que estão sempre presentes em um laboratório, tal como o espectrofotômetro. O biureto (reagente utilizado durante o processo) é produzido a partir de uma mistura de um composto contendo cobre, sulfato de cobre, tártaro de sódio (complexante utilizado para estabilizar o cobre em solução) e potássio, sendo estes dissolvidos em uma solução de hidróxido de sódio. Ao colocar o reagente de biureto em contato com a solução contendo as amostras de proteína (albumina) e deixá-las em banho-maria, observou-se que o meio mudou de cor, sendo a coloração do reagente de biureto azul e após a mistura da solução com os outros componentes da reação passa a ter uma coloração violeta, tal fato ocorreu, pois o reagente de biureto reagiu com as proteínas presentes nos tubos, formando um complexo quadrado planar entre a ligação peptídica e o íon cúprico, ou seja, a variação da intensidade de coloração é de acordo com a concentração de proteínas presente na amostra. Para quantificar as proteínas presentes na amostra, foi necessário observar a oscilação de absorbância que apresentava no espectrofotômetro, onde a solução antes do aquecimento em banho-maria apresentava oscilaçõesentre: 0,358- 0,369- 0,371 e após o aquecimento apresentou absorbância de: 0,426. Isto se dá, relativamente por que a amostra que tiver maior índice de proteínas tende a ter uma maior absorbância, pois o aquecimento faz com que ocorra a quebra das moléculas de proteínas presentes, fazendo com que elas fiquem mais agitadas (devido ao calor) favorecendo assim a absorção de luz. A absorbância, por sua vez, consiste na medida da luz absorvida, onde mede- se a intensidade de luz absorvida por uma solução corada pela redução da medida da intensidade da luz transmitida. Contudo, como a absorbância e transmitância tende a ser complementares, quanto maior é a absorbância, menor é a transmitância. 8 A técnica utiliza a propriedade das soluções de absorver ou transmitir a luz para quantificar reações. Na prática, a quantidade de luz absorvida ou transmitida é proporcional à concentração da substância em solução. Com isto, a oscilação de absorbância no espectrofotômetro das reações depende das intensidades das radiações emitidas ou absorvidas pelos sistemas em análise. 5. Conclusão: As reações de coloração de proteínas permite a caracterização dessas análises de suas propriedades físicas e químicas, como ligações peptídicas, estrutura molecular e solubilidade. O método de Biureto é positivo, já que foi possível a realização da quantificação das proteínas. Pode-se concluir que a análise das amostras é possível, já que as amostras utilizadas possuem ligações peptídicas em sua composição. 9 6. Referências BRANCHT, A.; I SHII-IWAMOTO, E.L., Métodos de laboratório em bioquímica, 1ª ed., Editora Manol: São Paulo, 2003. CAMPBELL, M. K.; FARRELL, S. O. Bioquímica: bioquímica metabólica, Vol. 1. 5ª ed. Thomson Learning: São Paulo, 2007. LEHNINGER, A.L. Princípios de bioquímica. 5ª ed., Porto Alegre: Artmed, 2011. VOET, Donald; VOET, Judith G. Bioquímica. 4. ed. Porto Alegre, Artmed, 2013. ZAIA, D.A.M; ZAIA, C.T.B.V; LICHTIG. Determinação de proteínas totais via espectrofotometria: Vantagens e desvantagens dos métodos existentes, 1998. Departamento de Química, Departamento de Ciências Biológicas e Instituto de Química, Universidade Estadual de Londrina, Paraná. 10 7. Anexos Materiais utilizados na aula prática:
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