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Grandes vias aferentes

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Samara Pires- MED25
Neuroanatomi�
Grandes vias aferentes (Ângelo Machado cap. 29)
1. Componentes das vias aferentes
● Receptor → terminação nervosa sensível ao estímulo da via;
● Trajeto periférico → nervo espinhal ou craniano e um gânglio sensitivo anexo
a esses nervos;
● Trajeto central → fibras aferentes se organizam em feixes (tratos, fascículos,
lemniscos) + núcleos dos neurônios II, III e IV (núcleos relés).
● Área de projeção cortical → córtex cerebral (sensibilidade consciente) ou
córtex cerebelar (integração motora, inconsciente);
- Córtex cerebral: via constituída de três neurônios:
- O neurônio I geralmente fica fora do sistema nervoso central em um
gânglio sensitivo (ou na retina/mucosa olfatória no caso das vias
óptica e olfatória), é pseudounipolar ou bipolar e se ramifica em um T
(um prolongamento central e outro periférico), então uma parte se
conecta ao receptor e a outra vai em direção ao sistema nervoso
central por meio da raiz dorsal dos nervos espinhais ou por um nervo
craniano;
- O neurônio II localiza-se na coluna posterior da medula espinhal ou
em núcleos dos nervos cranianos do tronco encefálico (com exceção
das vias óptica e olfatória). Geralmente, formam tratos ou lemniscos e
cruzam o plano mediano;
Obs.: todos os neurônios sensoriais secundários cruzam a linha média do corpo em
algum ponto, de modo que as sensações do lado esquerdo do corpo são
processadas pelo hemisfério direito do cérebro, e vice-versa. Os neurônios
secundários da nocicepção, temperatura e tato grosseiro cruzam a linha média na
medula espinal e se projetam para o encéfalo. Os neurônios do tato discriminativo,
da vibração e da propriocepção cruzam a linha média no bulbo. (Silverthorn)
- O neurônio III está localizado no tálamo. Seu axônio chega ao córtex
por uma radiação talâmica (exceção da via olfatória, que não passa
pelo tálamo), formando vias tálamo-corticais.
- Córtex cerebelar: via constituída de dois neurônios (I e II).
2. Vias aferentes que penetram no SNC por nervos espinhais
2.1. Vias de dor e de temperatura
- Receptores de dor e de temperatura → terminações nervosas livres.
Eles captam as sensações térmicas e enviam ao cérebro por meio de
Samara Pires- MED25
vias que formam tratos. As fibras que conduzem sensibilidade térmica
e dolorosa em pontada são do grupo III e pertencem ao tipo A𝛿.
● Via neoespinotalâmica (filogeneticamente mais nova): trato espinotalâmico
lateral → tálamo (via clássica de dor e de temperatura);
- Neurônios I: localizam-se nos gânglios espinhais da raiz dorsal. O
prolongamento periférico de cada um desses neurônios liga-se aos
receptores pelos nervos espinhais. O prolongamento central entra no
corno posterior da medula espinhal para fazer sinapse com o
neurônio II.
- Neurônios II: cruzam o plano mediano pela comissura branca →
chegam ao funículo lateral → constituem o trato espinotalâmico
lateral. Ao nível da ponte, os tratos espinotalâmicos lateral e anterior
se unem para formar o lemnisco espinhal, que termina no tálamo
fazendo sinapse com os neurônios III.
- Neurônios III: ficam no núcleo ventral posterolateral do tálamo. Seus
axônios formam as radiações talâmicas, que vão em direção à área
somestésica do giro pós-central do córtex cerebral (áreas 1, 2 e 3 de
Brodmann).
Obs.: há evidências de que a via neoespinotalâmica é responsável pela dor aguda
(em pontada) e bem localizada, já que a organização é somatotópica.
Samara Pires- MED25
● Via paleoespinotalâmica (filogeneticamente mais antiga): trato
espinorreticular + fibras retículo talâmicas.
- Neurônios I: localizam-se nos gânglios espinhais e seus axônios
penetram na medula pelo corno posterior (prolongamento central), já
o periférico tem contato com os receptores;
- Neurônios II: da coluna posterior → dirigem-se ao funículo lateral do
mesmo lado e do lado oposto → constituem o trato espinorreticular
(sobem cranialmente) → fazem sinapse com os neurônios III da
formação reticular. Algumas fibras são cruzadas, outras não.
- Neurônios III: localizam-se na formação reticular. São fibras retículo
talâmicas que terminam nos núcleos do grupo medial do tálamo,
principalmente os núcleos intralaminares, onde tem os neurônios IV. A
partir daí, os núcleos intralaminares projetam-se para áreas amplas
do córtex cerebral.
Obs.: a dor se torna consciente em nível talâmico. A dor da via paleoespinotalâmica
é pouco localizada e profunda do tipo crônica, já que não tem organização
somatotópica.
Obs.2: a parte anterior do giro do cíngulo e da ínsula fazem parte do componente
emocional da dor, uma vez que são componentes do sistema límbico. Lesões nessas
áreas tornam o paciente indiferente à dor.
Obs.3: fibras responsáveis pela condução das sensações de dor, coceira,
temperatura e tato não discriminativo são do tipo C amielínicas.
● Regulação da dor
- Circuitos nervosos da substância gelatinosa da coluna posterior da
medula (funciona como “portão”, que na verdade é um interneurônio
inibidor) + fibras de origem espinhal e supraespinhal → impulsos
nervosos das grossas fibras mielínicas de tato (A𝛃) fecham o “portão”,
aumentando a atividade do interneurônio, enquanto os das fibras
finas amielínicas de dor (A𝛅 e C) abrem o “portão”, bloqueando a
inibição tônica e provocando a transmissão da informação da dor.
Ramos colaterais das grossas fibras táteis dos fascículos grácil e
cuneiforme fecham o “portão” também. Se estímulos simultâneos de
fibras C e A𝛃 chegam ao neurônio inibidor, a resposta integrada é a
inibição parcial da via ascendente da dor, de modo que a dor
percebida pelo cérebro é menor.
- A substância cinzenta periaquedutal tem um importante papel na
modulação da dor, pois faz parte da via de analgesia que liga essa
região ao núcleo magno da rafe da formação reticular, de onde
partem fibras para a substância gelatinosa da medula. Além disso, a
substância cinzenta periaquedutal recebe aferências das vias neo e
Samara Pires- MED25
paleoespinotalâmicas e da área somestésica do córtex, as quais
provocam a sensação dolorosa.
RVM= bulbo rostral ventromedial (núcleos da rafe e reticular
gigantocelular)
DLPT= tegmento pontino dorsolateral
PAG= substância cinzenta periaquedutal
2.2. Via de pressão e de tato protopático
- Receptores do tato: corpúsculos de Meissner e de Ruffini.
● Neurônios I: localizam-se nos gânglios espinhais → o prolongamento
periférico liga-se ao receptor e o central divide-se em um ramo ascendente
longo e em um ramo descendente curto, sendo que ambos terminam na
coluna posterior em sinapse com os neurônios II.
● Neurônios II: localizam-se na coluna posterior da medula. Axônios → cruzam
o plano mediano na comissura branca → chegam ao funículo anterior → trato
espinotalâmico anterior. Depois, as fibras se unem com as do trato
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espinotalâmico lateral para formar o lemnisco espinhal, cujas fibras
terminam no tálamo e fazem sinapse com os neurônios III.
● Neurônios III: localizam-se no núcleo ventral posterolateral do tálamo. Seus
axônios formam radiações talâmicas, as quais vão em direção à área
somestésica do córtex cerebral, passando pela cápsula interna e pela coroa
radiada.
Obs.: as informações sobre pressão e tato protopático tornam-se conscientes a nível
talâmico.
2.3. Via de propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória
- Receptores: corpúsculos de Ruffini e de Meissner (tato), corpúsculos de
Vater Paccini (sensibilidade vibratória) e fusos musculares e órgãos
tendinosos de Golgi (propriocepção consciente).
● Neurônios I: localizam-se nos gânglios espinhais. O prolongamento periférico
liga-se ao receptor, enquanto o central emite um ramo ascendente longo um
descendente curto, ambos situados nos fascículos grácil e cuneiforme da
medula espinhal. Os ramos ascendentes longos terminam no bulbo e fazem
sinapse com os neurônios II.
● Neurônios II: localizam-se nos núcleos grácil e cuneiforme do bulbo. Formam
as fibras arqueadas internas (transversaisdo bulbo), cruzam o plano
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mediano e formam o lemnisco medial (decussação do lemnisco medial), o
qual termina no tálamo e faz sinapse com os neurônios III.
Obs.: os lemniscos mediais recebem fibras adicionais dos núcleos sensoriais do
nervo trigêmeo.
● Neurônios III: estão no núcleo ventral posterolateral. Seus axônios formam
radiações e chegam à área somestésica passando pela cápsula interna e
pela coroa radiada.
Obs.: funções do tato epicrítico e da propriocepção consciente → possibilitam ao
indivíduo o reconhecimento de dois pontos e a estereognosia (distinção de um
objeto pelo tato). As sensações dessa via tornam-se conscientes exclusivamente a
nível cortical, diferentemente das demais estudadas.
2.4. Vias da sensibilidade visceral
- Receptores: terminação nervosa livre e corpúsculos de Vater Paccini.
● Impulsos originados nas vísceras, na maior parte das vezes inconscientes,
mas alguns tornam-se conscientes em níveis mais altos, especialmente
aqueles associados à dor visceral.
● Vísceras → fibras viscerais aferentes que percorrem nervos simpáticos
(exceção: vísceras pélvicas inervadas pela parte sacral do parassimpático) →
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chegam aos nervos espinhais por meio do ramo comunicante branco →
gânglio espinhal (onde estão os neurônios I) → medula espinhal.
● Uma parte dos axônios da dor visceral segue pelo trato espinotalâmico
lateral, mas a maior parte segue pelo funículo posterior.
● No caso das fibras nociceptivas originárias das vísceras pélvicas e
abdominais: fazem sinapse com neurônios II da substância cinzenta
intermédia central da medula (adjacente ao canal central) → formação de um
fascículo no funículo posterior medial ao fascículo grácil → núcleo grácil do
bulbo (onde está o neurônio III) → os axônios do neurônio III cruzam como
parte do lemnisco medial e terminam no núcleo ventral posterolateral do
tálamo → vão para a parte posterior da ínsula.
● No caso das fibras nociceptivas originárias das vísceras torácicas: mesmo
trajeto das descritas anteriormente, mas as fibras sobem pelo septo
intermédio que separa os fascículos grácil e cuneiforme (também no funículo
posterior da medula).
3. Vias aferentes que penetram no SNC por nervos cranianos
● A sensibilidade somática da cabeça penetra no tronco encefálico pelos
nervos V, VII, IX e X, mas também é inervada pelos primeiros pares de
nervos espinhais cervicais.
3.1. Via trigeminal exteroceptiva
- Receptores: iguais aos das vias de temperatura, dor, pressão e tato.
- Sensibilidade da face, fronte e parte do escalpo, mucosas nasais, seios
maxilares e frontais, cavidade oral, dentes, dois terços anteriores da
língua, articulação temporomandibular, córnea, conjuntiva e
dura-máter das fossas média e anterior do crânio.
● Neurônios I: estão nos gânglios sensitivos anexos aos nervos cranianos →
gânglio trigeminal (V), geniculado (VII), superior do glossofaríngeo (IX) e
superior do vago (X). Seus prolongamentos periféricos chegam aos
receptores, já os centrais penetram no tronco encefálico.
● Neurônios II: estão no núcleo do trato espinhal ou no núcleo sensitivo
principal do trigêmeo e posteriormente cruzam para o lado oposto e
inflectem cranialmente para formar o lemnisco trigeminal, que faz sinapse
com os neurônios III. Os prolongamentos centrais dos neurônios I dos
nervos VII, IX e X terminam no núcleo do trato espinhal do nervo trigêmeo,
já os dos neurônios I do nervo V (trigêmeo) terminam no núcleo sensitivo
principal do nervo trigêmeo, no núcleo do trato espinhal ou podem bifurcar e
terminar em ambos. Sobre o V par:
Samara Pires- MED25
- Fibras que terminam exclusivamente no núcleo sensitivo principal →
trato discriminativo;
- Fibras que terminam exclusivamente no núcleo do trato espinhal →
temperatura e dor;
- Fibras que terminam em ambos → tato protopático e pressão.
● Neurônios III: ficam no núcleo ventral posterolateral do tálamo. Seus axônios
formam as radiações talâmicas, que passam pela cápsula interna e pela
coroa radiada e vão em direção à área somestésica do giro pós-central do
córtex cerebral (áreas 1, 2 e 3 de Brodmann).
3.2. Via trigeminal proprioceptiva
● Neurônios I: não estão em um gânglio, mas sim no núcleo do trato
mesencefálico, embora sejam neurônios ganglionares. Os seus
prolongamentos periféricos vão aos fusos neuromusculares (musculatura da
mastigação, da mímica e da língua) e a receptores da articulação
temporomandibular e dos dentes (informações sobre a posição da
mandíbula e força da mordida).
● Neurônios II: uma parte dos neurônios I faz sinapse no núcleo sensitivo
principal, onde estão os neurônios II. Esses, por sua vez, formam o lemnisco
trigeminal.
● Neurônios III: ficam no tálamo e vão em direção ao córtex.

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