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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso(s) de Pedagogia– modalidade EAD AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 1– 2021.1 Disciplina: Geografia na Educação 2 Coordenador (a): Lincoln Tavares Silva Aluno (a): ____________________________________________________ Matr.:_____________________ Polo: ___________________________________________ Caro/a Estudante, Objetivamos com a AD que você responda as questões a partir de pesquisas e leituras que venha a fazer, além do livro da disciplina e dos textos complementares que se encontram postados na plataforma. Como você terá um tempo para fazê-la, sugerimos que possa entendê-la como um trabalho de pesquisa. Assim, a AD1 será mais uma forma de estudo para a avaliação presencial. Aplique-se e bom trabalho! As respostas desta avaliação podem ser enviadas até o dia 21-03-2021 1ª questão: (3 pontos) As três primeiras aulas de nossa disciplina enfocam a ocupação do território brasileiro, indicando um modelo que influencia nosso país até os dias atuais. A partir da leitura deste material, dos textos complementares e do texto “Cosmovisão indígena e modelo de desenvolvimento”, publicado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e disponível em https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2020/01/Porantim376_JunJul_Encarte-2015.pdf, estabeleça, de forma didática, pelo menos duas diferenças entre este modelo adotado pelos conquistadores europeus e as formas como os povos e nações indígenas de nosso país realizavam e realizam seus vinculos de ocoupação no mesmo território. 2ª questão: (4 pontos) O papel da conjunção sociedade/natureza, retartado nas auals 4, 5 e 6 possui na verdade diversas faces. Porém, a sociobiodiversidade que possuímos em nosso território não pode ser vista como algo eterno e indestrutível. Os diferentes interesses em tirar vantagens desta riqueza e do patrimônio ambiental existente geram conflitos pela hegemonia de sua apropriação e uso. Com base nas leituras recomendadas nas aulas, nos vídeos indicados e no texto adaptado a seguir, responda ao que se questiona ao final da questão. https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2020/01/Porantim376_JunJul_Encarte-2015.pdf Ao destruir o meio ambiente, governo Bolsonaro boicota a economia brasileira. Greenpeace Brasil - 10 de junho de 2020. © Marizilda Cruppe / Greenpeace Acordos comerciais que o próprio governo considera importantes estão ameaçados. Veja lista de empresas e lideranças internacionais que se manifestam contra política antiambiental no país. Exoneração de servidores, cortes de orçamento e mudanças na regra de fiscalização de madeira são algumas das críticas internacionais à política de Bolsonaro. Há quem defenda que economia e ecologia são caminhos opostos e impossíveis de serem conciliados. Este é um conceito mais do que equivocado. Ambas palavras têm a mesma etimologia, isto é, “oikos”, do grego, casa. Mais do que casa, neste caso, nosso lar, nosso planeta, nossa morada comum. Assim como o volume de chuvas na Amazônia influencia a agricultura no restante do país, a produtividade está intrinsecamente ligada ao cuidado com os recursos naturais. Portanto, ao promover a destruição do meio ambiente, o governo Bolsonaro acaba por causar estragos na economia do país que preside. Não é apenas a sociedade brasileira que tem denunciado e combatido os graves retrocessos que a política antiambiental de Bolsonaro e sua equipe vem impondo às florestas e aos povos que nela vivem, desde que assumiu a Presidência da República. Juntamente com parlamentares, representantes do Ministério Público, organizações não governamentais, movimentos sociais, cientistas, imprensa e ex- ministros de Meio Ambiente do país, importantes atores internacionais também têm se pronunciado contra este governo que pretendia passar despercebida sua boiada da destruição. O governo Bolsonaro deixa o Brasil em uma posição muito vulnerável política e economicamente, colocando em xeque acordos diplomáticos e comerciais que o próprio governo considera importantes, como negociações comerciais com os Estos Unidos e o tratado entre Mercosul e União Europeia, atualmente em discussão. Além disso, diversas empresas e associações globais ameaçam parar de comprar https://www.greenpeace.org/brasil/blog/ricardo-salles-deve-ser-retirado-imediatamente-do-ministerio-de-meio-ambiente/ produtos brasileiros por falta de garantia de que não estariam manchados com a destruição das florestas. Tais pronunciamentos são a forma que empresas e lideranças políticas têm de expressar sua rejeição ao que está acontecendo no Brasil e pressionar por mudanças. “Quem joga contra o Brasil não são empresas, governantes de outros países ou grupos que denunciam políticas contra o meio ambiente. É o próprio governo Bolsonaro que, ao promover tais políticas e gerar tamanhos constrangimentos internacionais está, lamentavelmente, boicotando o país que governa”, alerta Luiza Lima, da campanha de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil. Confira, abaixo, as principais manifestações internacionais recentes de repúdio à política do governo Bolsonaro, que joga contra a democracia, contra o meio ambiente e contra a economia do Brasil: 1. Moção do parlamento holandês Na semana passada (junho de 2020), o parlamento holandês aprovou uma moção contra o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, alegando, entre outros motivos, que ele não traz mecanismos de proteção à Amazônia e de combate ao desmatamento ilegal. Desta forma, o parlamento da Holanda se une aos da Áustria e Bélgica em aprovar moções contrárias ao acordo. No ano passado, representantes dos governos irlandês e francês já haviam indicado que votariam contra o tratado, em função de regras ambientais insatisfatórias propostas. De maneira geral, é forte o clima de desconfiança dos europeus em relação ao governo brasileiro. Um estudo recém-publicado pelo parlamento europeu faz diversas críticas à maneira como Bolsonaro tem conduzido a pauta ambiental, citando exoneração de servidores, cortes de orçamento e mudanças na regra de fiscalização de madeira. Sobre este último ponto, o Greenpeace, junto com o Instituto Socioambiental (ISA) e a Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), entrou com uma ação judicial contra o governo na última sexta-feira https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/06/04/confianca-do-mundo-sobre-o-brasil-esta-abalada-diz-parlamento-europeu.htm (05/06). A ação tem o objetivo de reverter uma canetada do Ibama que pretende facilitar a exportação de madeira nativa sem fiscalização, a pedido de madeireiras. 2.Declaração do Comitê da Câmara dos Estados Unidos O Comitê de Orçamento e Assuntos Tributários (“Ways and Means”) da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos foi mais um grupo a colocar freios nos planos comerciais brasileiros. Sob o argumento de que o governo Bolsonaro não respeita os direitos humanos e o meio ambiente e que a floresta amazônica “está sob séria ameaça”, o comitê se opõe à intenção do presidente Donald Trump de fortalecer laços econômicos com o Brasil. Em carta escrita ao representante comercial dos Estados Unidos, os deputados disseram: “Nós nos opomos fortemente a buscar qualquer tipo de acordo comercial com o governo Bolsonaro no Brasil. O aprimoramento do relacionamento econômico entre os EUA e o Brasil, neste momento, iria minar os esforços dos defensores dos direitos humanos, trabalhistas e ambientais brasileiros para promover o estado de direito e proteger e preservar comunidades marginalizadas”. “É uma grande ironia:Bolsonaro está melando negociações com um país que ele mesmo se gaba tanto de ter relações próximas”, diz Luiza Lima. 3. Carta assinada por 40 associações e empresas globais O recado da comunidade internacional também está sendo enviado ao Congresso Nacional brasileiro, para que tome decisões em respeito ao interesse da coletividade e não se coloque ao lado do governo Bolsonaro na destruição do meio ambiente no Brasil. Na véspera do dia em que o Projeto de Lei 2.633/20 (o PL da Grilagem) estava previsto para ser votado na Câmara dos Deputados em um movimento encabeçado pelo governo e por ruralistas, mais de 40 associações e empresas globais dos ramos alimentício, finanças, varejo e hospitalidade, dentre elas Burger King, Nando’s e Tesco, enviaram uma carta pedindo a deputados e senadores brasileiros que votassem contra o projeto (que acabou saindo da pauta de votação por ora, por pressão de diferentes setores da sociedade). Elas alegam que o PL da Grilagem coloca em risco a capacidade das organizações de continuar a comprar do Brasil no futuro. Um trecho da carta diz: “Queremos continuar a comprar e investir no Brasil, bem como a ajudar a garantir que a proteção da Amazônia possa ser economicamente produtiva para todos. Pedimos que o governo brasileiro reconsidere sua posição, e esperamos continuar a trabalhar com parceiros no Brasil https://www.greenpeace.org/brasil/blog/mp-da-grilagem-vira-pl-da-grilagem-e-ameaca-as-florestas-continua/ https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN23A38F-OBRBS para demonstrar que o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental não são mutuamente exclusivos.” Vale lembrar que o PL da Grilagem é a versão atual da Medida Provisória (MP) 910/19, assinada por Bolsonaro em dezembro de 2019. O texto sofreu alterações na Câmara dos Deputados, mas o governo continua apoiando a sua essência: permitir que terras públicas invadidas e desmatadas ilegalmente na Amazônia sejam legalizadas. “A Câmara dos Deputados, ao decidir avançar com medidas como as que beneficiam a grilagem, coloca o parlamento brasileiro como corresponsável, junto ao presidente Bolsonaro, no incentivo à destruição da Amazônia”, afirma Luiza. 4. Carta assinada por membros do parlamento europeu Também por causa do PL da Grilagem, integrantes do parlamento europeu enviaram carta ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Para os parlamentares europeus, o projeto de lei beneficia quem invade terras da União e causa desmatamentos criminosos. Eles demonstraram preocupação com a agenda ambiental do Brasil, citando tanto o PL da Grilagem quanto o PL 191/20, que abre Terras Indígenas para mineração e outras atividades exploratórias de alto impacto. Para os parlamentares, esses são exemplos claros de projetos propostos pelo próprio governo brasileiro e que incentivam ainda mais a destruição na Amazônia, além de desrespeitar os direitos dos povos. Segundo eles, nosso planeta não pode pagar por isso, especialmente durante crises globais de perda de biodiversidade e do clima. “Gostaríamos de considerar o Brasil nosso parceiro em um esforço conjunto por um mundo melhor. Um mundo que protege os direitos humanos, respeita a biodiversidade, o clima e apóia sociedades prósperas. Não conseguiremos isso com mais desmatamento à custa dos direitos humanos. Enquanto nosso mundo está passando por uma pandemia global sem precedentes, precisamos agir pensando no presente e no futuro”, diz um trecho da carta. 5.Carta assinada por congressistas estadunidenses Congressistas dos Estados Unidos também se manifestaram contra o PL da Grilagem em carta endereçada a Rodrigo Maia. Liderados por Deb Haaland, primeira indígena a se eleger para o Congresso dos Estados Unidos, e assinada por outros 18 deputados do Partido Democrata, a carta mostra preocupação “com o fato de o governo brasileiro ter mudado leis estabelecidas há muito tempo e desconsiderado direitos humanos, a fim de se alinhar com os interesses da indústria quando se trata de mineração, agricultura e projetos de infraestrutura, que levaram a violentos ataques contra os povos indígenas em grande parte impune”. Fonte: adaptado de https://www.greenpeace.org/brasil/blog/ao-destruir-o-meio- ambiente-governo-bolsonaro-boicota-a-economia-brasileira/, acesso em 30 de junho de 2020. Após a leitura, responda ao que se pede nesta questão: a) Apesar da riqueza ambiental e do grande interesse comercial e econômico sobre a biodiversidade brasileira, indique dois óbices apontados pelos parceiros globais do Brasil, para firmar com promissos comerciais como nosso país no contexto retratado pela reportagem. b) Indique, associando a leitura dos capitulos 5 e 6 ao texto ora apresentado, dois potenciais recursos naturais que possuímos e os riscos que seu uso desordenado podem causar, trazendo prejuízos de ordem social ou ambeintal ao país e ao mundo. 3ª questão: (3 pontos) Após a leitura das reportagens, responda ao que se pede: https://www.greenpeace.org/brasil/blog/ao-destruir-o-meio-ambiente-governo-bolsonaro-boicota-a-economia-brasileira/ https://www.greenpeace.org/brasil/blog/ao-destruir-o-meio-ambiente-governo-bolsonaro-boicota-a-economia-brasileira/ PIB de 2020 fecha com queda de 4,1%, revela pesquisa do IBGE Serviços recuaram 4,5% e a indústria, 3,5% Publicado em 03/03/2021 - 09:58 Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro O Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 4,1% em 2020, totalizando R$ 7,4 trilhões. Essa é a maior queda anual da série iniciada em 1996 e interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB (a soma de todas as riquezas produzidas no país) acumulou alta de 4,6%. O PIB per capita alcançou R$ 35.172 no ano passado, recuo recorde de 4,8%. No quarto trimestre, que fechou o resultado de 2020, o PIB cresceu 3,2%. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o resultado é efeito da pandemia de covid-19, quando diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas para controle da disseminação do vírus. “Mesmo quando começou a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir, principalmente os serviços que podem provocar aglomeração”, disse. Retração nos serviços Os serviços recuaram 4,5% e a indústria, 3,5%. Segundo o IBGE, esses dois setores somados representam 95% da economia nacional. Já a agropecuária teve alta de 2,0%. O menor desempenho dentro dos serviços foi o de outras atividades de serviços com retração de 12,1%. Nelas, estão incluídos os restaurantes, academias e hotéis. De acordo com Rebeca Palis, os serviços prestados às famílias foram os mais afetados negativamente pelas restrições de funcionamento. “A segunda maior queda ocorreu nos transportes, armazenagem e correio (- 9,2%), principalmente o transporte de passageiros, atividade econômica também muito afetada pela pandemia”, explicou. Ainda no setor de serviços, as atividades de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social registraram recuo de 4,7%, o comércio de 3,1%, informação e comunicação de 0,2%. As atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados tiveram movimento diferente em 2020 e subiram 4,0%, como também as atividades imobiliárias com alta de 2,5%. Na indústria, o destaque negativo da queda de 3,5% foi o desempenho da construção (-7,0%), que voltou a cair depois da alta de 1,5% em 2019. Outro dado negativo observou-se nas indústrias de transformação (-4,3%), influenciadaspela queda na fabricação de veículos automotores, outros equipamentos de transporte, confecção de vestuário e metalurgia. Eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos tiveram retração de 0,4%. Já as indústrias extrativas subiram 1,3%. A explicação é a alta na produção de petróleo e gás, o que compensou a queda da extração de minério de ferro. Os aumentos da soja (7,1%) e do café (24,4%) ajudaram a agropecuária a crescer 2,0%. Os dois produtos tiveram produções recordes na série histórica. Mas algumas lavouras observaram variação negativa na estimativa de produção anual, como a laranja (-10,6%) e o fumo (-8,4%). “Isso decorreu do crescimento da produção e do ganho de produtividade da agricultura, que suplantou o fraco desempenho da pecuária e da pesca”, observou a coordenadora. Famílias Na comparação com o ano anterior, todos os componentes relativos à demanda caíram em 2020. O consumo das famílias teve o menor resultado da série histórica (-5,5%). Conforme a coordenadora de Contas Nacionais, isso pode ser explicado, principalmente pela piora no mercado de trabalho e a necessidade de distanciamento social. O consumo do governo recuou 4,7% e também foi recorde. O motivo é o fechamento de escolas, universidades, museus e parques ao longo do ano. Depois de uma sequência positiva de dois anos, os investimentos - a Formação Bruta de Capital Fixo - caíram 0,8%. A balança de bens e serviços registrou queda de 10% nas importações e 1,8% nas exportações. Edição: Kleber Sampaio Fonte: adaptado de https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-03/pib- de-2020-fecha-com-queda-de-41-revela-pesquisa-do-ibge, acesso em 03 de março de 2021. Pandemia impactou 70% das indústrias Em entrevista à Revista Indústria Brasileira, o diretor do IBGE, Eduardo Rios Neto, apresenta dados e explica a metodologia da pesquisa quinzenal Pulso Empresa, que mostra a extensão dos prejuízos da Covid-19 02/09/2020 A pandemia da covid-19 teve um impacto geral negativo sobre os negócios de 70% das empresas brasileiras, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Responsável pelo estudo, o diretor de Pesquisa da instituição, Eduardo Rios Neto explica, nesta entrevista, que “o maior percentual de empresas em que a pandemia teve efeito negativo estava no setor de serviços, seguido por indústria, construção e comércio”. Economista com doutorado em demografia pela Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, Rios Neto foi também professor na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) de 1980 a 2015. Confira a entrevista completa a seguir: REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - A pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas foi criada recentemente. O que levou à criação do estudo? EDUARDO RIOS NETO - No Brasil, o primeiro caso confirmado de covid-19 foi no final de fevereiro. A partir da segunda quinzena de março, diversas medidas de isolamento social foram adotadas, com restrição ao deslocamento de pessoas e fechamento temporário de estabelecimentos não essenciais, decididos por estados e municípios, visando preservar a população e o estresse sobre os serviços de saúde. Ainda no mês de março, os efeitos sobre as empresas começaram a ser percebidos pelos indicadores conjunturais do IBGE sobre a produção industrial, o volume de comércio e o volume de serviços. Ao longo de abril, dada a magnitude e multiplicidade de choques negativos observados na atividade econômica, notamos impactos em diversos setores, o que demandou um estudo específico. REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Que dados são coletados? EDUARDO RIOS NETO - O IBGE desenvolveu uma gama de produtos para contribuir no entendimento dos impactos da pandemia na sociedade. Essa pesquisa, de natureza experimental, tem o objetivo de identificar e acompanhar a evolução de https://ufmg.br/ https://www.ibge.gov.br/ alguns dos principais efeitos da pandemia nas empresas, principalmente as de pequeno porte. Ela se baseia num questionário de resposta rápida, com perguntas qualitativas, dirigido a um conjunto de empresas de diferentes tamanhos, segundo o número de pessoas ocupadas, espalhadas no território e representativas dos setores de indústria, construção, comércio e serviços. REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - A primeira edição da pesquisa mostrou que a pandemia do novo coronavírus teve um impacto negativo sobre os negócios. Que dados o senhor destacaria? EDUARDO RIOS NETO - Nessa primeira edição, as empresas compararam a situação percebida na primeira quinzena de junho ao período anterior ao início da pandemia. Os resultados mostraram que, entre 2,7 milhões de empresas em funcionamento, 70% reportaram que a pandemia teve um impacto geral negativo sobre o negócio. Por outro lado, algumas afirmaram que a pandemia trouxe oportunidades, com um efeito positivo. Por segmento, o maior percentual de empresas em que a pandemia teve efeito negativo estava no setor de serviços, seguido por indústria, construção e comércio. REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - E como ficou a produção? EDUARDO RIOS NETO - Em relação à produção, 63% das companhias tiveram dificuldade de fabricar produtos ou atender clientes, 29,9% relataram não ter havido alteração significativa e 6,9% informaram que tiveram facilidade, mas a maior parte das empresas teve dificuldades para realizar pagamentos de rotina. Nossa estimativa, com base na pesquisa, é que cerca de 1,2 milhão de empresas em funcionamento adiaram o pagamento de impostos desde o início de março, sendo que mais da metade considerou ter recebido apoio do governo na adoção dessa medida. REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Em relação à indústria, quais são os dados pesquisados? EDUARDO RIOS NETO - Foram investigadas empresas de diferentes segmentos industriais e tamanhos, localizadas de forma espalhada no território. Os resultados estimados foram apresentados de forma agregada e mostraram que os impactos negativos foram percebidos por cerca de 73% das empresas industriais, até o final da primeira quinzena de junho. Entre os problemas apontados estão percepção de redução nas vendas, maior dificuldade na capacidade de fabricar produtos e dificuldades em acessar fornecedores de insumos e matérias-primas em decorrência da pandemia. Isso fez com que seis em cada dez empresas industriais reportassem, também, dificuldades para honrar pagamentos de rotina. REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Como ficaram as vendas industriais? EDUARDO RIOS NETO - Na primeira rodada, referente à primeira quinzena de junho, em comparação ao período pré-pandemia, 65,3% das empresas industriais apontaram que a covid-19 causou queda nas vendas, ou seja, é um indicador de incidência de empresas com diminuição de vendas e não de redução na escala das mesmas. REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - As empresas tiveram dificuldade de acesso a crédito mais barato? EDUARDO RIOS NETO - Foi identificada dificuldade de acesso a uma modalidade específica, que foi o crédito emergencial para pagamento da folha salarial, mas o custo do crédito para as empresas, principalmente para pequenos e médios empresários, não é um problema que surgiu com a pandemia. Fonte: Adaptado de https://noticias.portaldaindustria.com.br/entrevistas/pandemia- impactou-70-das-industrias/, acesso em 02 de março de 2021. Uma vez tendo feito as leituras da aula 9 e dos textos apresentados nesta questão da AD1: a) Caracterize o modelo industrial brasileiro no que diz respeito à sua concentração e distribuição espacial pelo território do país. b) Diante do exposto nas reportagens e no contexto vigente de pandemia, apresente pelo menos duas dificuldade ainda presente na capacidade industrial de atendimento diversificado das regiões e mecessidades populacionais no Brasil..https://noticias.portaldaindustria.com.br/entrevistas/pandemia-impactou-70-das-industrias/ https://noticias.portaldaindustria.com.br/entrevistas/pandemia-impactou-70-das-industrias/ Ao destruir o meio ambiente, governo Bolsonaro boicota a economia brasileira. Acordos comerciais que o próprio governo considera importantes estão ameaçados. Veja lista de empresas e lideranças internacionais que se manifestam contra política antiambiental no país. Exoneração de servidores, cortes de orçamento e mudanças na regra de fiscalização de madeira são algumas das críticas internacionais à política de Bolsonaro. 1. Moção do parlamento holandês 2.Declaração do Comitê da Câmara dos Estados Unidos 3. Carta assinada por 40 associações e empresas globais 4. Carta assinada por membros do parlamento europeu 5.Carta assinada por congressistas estadunidenses PIB de 2020 fecha com queda de 4,1%, revela pesquisa do IBGE Serviços recuaram 4,5% e a indústria, 3,5% Publicado em 03/03/2021 - 09:58 Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro Retração nos serviços Famílias Pandemia impactou 70% das indústrias Em entrevista à Revista Indústria Brasileira, o diretor do IBGE, Eduardo Rios Neto, apresenta dados e explica a metodologia da pesquisa quinzenal Pulso Empresa, que mostra a extensão dos prejuízos da Covid-19
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