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Disciplina: Geografia na Educação 2 
Coordenador (a): Lincoln Tavares Silva 
 
Aluno (a): Jacqueline Dias da Silva dos Santos 
Matr.: 19112080046 
Polo: Três Rios 
Caro/a Estudante, 
Objetivamos com a AD que você responda as questões a partir de pesquisas e leituras que venha a fazer, 
além do livro da disciplina e dos textos complementares que se encontram postados na plataforma. Como 
você terá um tempo para fazê-la, sugerimos que possa entendê-la como um trabalho de pesquisa. 
Assim, a AD1 será mais uma forma de estudo para a avaliação presencial. 
Aplique-se e bom trabalho! As respostas desta avaliação podem ser enviadas até o dia 21-03-2021 
1ª questão: (3 pontos) 
As três primeiras aulas de nossa disciplina enfocam a ocupação do território brasileiro, indicando um 
modelo que influencia nosso país até os dias atuais. A partir da leitura deste material, dos textos 
complementares e do texto “Cosmovisão indígena e modelo de desenvolvimento”, publicado pelo 
Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e disponível em https://cimi.org.br/wp-
content/uploads/2020/01/Porantim376_JunJul_Encarte-2015.pdf, estabeleça, de forma didática, 
pelo menos duas diferenças entre este modelo adotado pelos conquistadores europeus e as 
formas como os povos e nações indígenas de nosso país realizavam e realizam seus vínculos 
de ocupação no mesmo território. 
R: As transformações propiciadas pelos conquistadores europeus no território brasileiro se aliaram a 
interesses econômicos, explorando a terra e a transformando em mercadoria, assim como a mão de 
obra escrava. Nasce nesse contexto o modelo agroexportador com o cultivo da cana-de-açúcar, do 
café, da borracha e da extração de madeira (Pau-Brasil) e minérios (ouro). Os diversos ciclos 
econômicos dos quais esses produtos fizeram parte foram processos que alteraram de forma 
definitiva e substancial a geografia brasileira. Contudo, por volta de 1930, influenciado pela 
Revolução Industrial europeia e por crises mundiais, como a crise de 1929, o café tido como principal 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso(s) de Pedagogia– modalidade EAD 
AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 1– 202 1 . 1 
https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2020/01/Porantim376_JunJul_Encarte-2015.pdf
https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2020/01/Porantim376_JunJul_Encarte-2015.pdf
 
produto de exportação teve crise de superprodução e consequentemente desvalorizado no mercado 
internacional. Assim, ocorreu um deslocamento de foco da produção brasileira antes voltado para o 
modelo agroexportador para o modelo urbano-industrial com amplo investimento na indústria com o 
setor de base e produção de bens de consumo duráveis. Contudo, ao discorrer sobre as 
características dos modelos agroexportador e urbano-industrial é possível pontuar algumas 
considerações sobre as diferenças existentes entre as práticas indígenas e sua ocupação no 
território. Para esses povos a relação com a natureza supera a lógica mercadológica e materialista, 
pois possuem uma visão ampla e holista das relações entre os seres, na qual todos interagem e 
integram a vida. De forma distinta dos europeus respeitam a natureza, pois dela retiram sua fonte de 
subsistência e não a objetificam para obter lucro, porém a visão que possuem (cosmologia) é 
reduzida pelo ponto de vista ocidental que a considera primitiva, menos científica. 
2ª questão: (4 pontos) 
O papel da conjunção sociedade/natureza, retratado nas aulas 4, 5 e 6 possui na verdade diversas 
faces. Porém, a sociobiodiversidade que possuímos em nosso território não pode ser vista como algo 
eterno e indestrutível. Os diferentes interesses em tirar vantagens desta riqueza e do patrimônio 
ambiental existente geram conflitos pela hegemonia de sua apropriação e uso. Com base nas 
leituras recomendadas nas aulas, nos vídeos indicados e no texto adaptado a seguir, 
responda ao que se questiona ao final da questão. 
Ao destruir o meio ambiente, governo Bolsonaro boicota 
a economia brasileira. 
Greenpeace Brasil - 10 de junho de 2020. © Marizilda Cruppe / Greenpeace 
Acordos comerciais que o próprio governo considera importantes estão 
ameaçados. Veja lista de empresas e lideranças internacionais que se 
manifestam contra política antiambiental no país. Exoneração de servidores, 
cortes de orçamento e mudanças na regra de fiscalização de madeira são algumas 
das críticas internacionais à política de Bolsonaro. 
Há quem defenda que economia e ecologia são caminhos opostos e 
impossíveis de serem conciliados. Este é um conceito mais do que equivocado. 
Ambas palavras têm a mesma etimologia, isto é, “oikos”, do grego, casa. Mais do que 
 
casa, neste caso, nosso lar, nosso planeta, nossa morada comum. Assim como o 
volume de chuvas na Amazônia influencia a agricultura no restante do país, a 
produtividade está intrinsecamente ligada ao cuidado com os recursos naturais. 
Portanto, ao promover a destruição do meio ambiente, o governo Bolsonaro acaba por 
causar estragos na economia do país que preside. 
Não é apenas a sociedade brasileira que tem denunciado e combatido os 
graves retrocessos que a política antiambiental de Bolsonaro e sua equipe vem 
impondo às florestas e aos povos que nela vivem, desde que assumiu a Presidência 
da República. Juntamente com parlamentares, representantes do Ministério Público, 
organizações não governamentais, movimentos sociais, cientistas, imprensa e 
exministros de Meio Ambiente do país, importantes atores internacionais também 
têm se pronunciado contra este governo que pretendia passar despercebida sua 
boiada da destruição. 
O governo Bolsonaro deixa o Brasil em uma posição muito vulnerável política e 
economicamente, colocando em xeque acordos diplomáticos e comerciais que o 
próprio governo considera importantes, como negociações comerciais com os Estados 
Unidos e o tratado entre Mercosul e União Europeia, atualmente em discussão. Além 
disso, diversas empresas e associações globais ameaçam parar de comprar produtos 
brasileiros por falta de garantia de que não estariam manchados com a destruição das 
florestas. 
Tais pronunciamentos são a forma que empresas e lideranças políticas têm de 
expressar sua rejeição ao que está acontecendo no Brasil e pressionar por mudanças. 
“Quem joga contra o Brasil não são empresas, governantes de outros países ou 
grupos que denunciam políticas contra o meio ambiente. É o próprio governo 
Bolsonaro que, ao promover tais políticas e gerar tamanhos constrangimentos 
internacionais está, lamentavelmente, boicotando o país que governa”, alerta Luiza 
Lima, da campanha de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil. 
https://www.greenpeace.org/brasil/blog/ricardo-salles-deve-ser-retirado-imediatamente-do-ministerio-de-meio-ambiente/
https://www.greenpeace.org/brasil/blog/ricardo-salles-deve-ser-retirado-imediatamente-do-ministerio-de-meio-ambiente/
 
Confira, abaixo, as principais manifestações internacionais recentes de repúdio à 
política do governo Bolsonaro, que joga contra a democracia, contra o meio ambiente 
e contra a economia do Brasil: 
1. Moção do parlamento holandês 
Na semana passada (junho de 2020), o parlamento holandês aprovou uma moção 
contra o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, alegando, 
entre outros motivos, que ele não traz mecanismos de proteção à Amazônia e de 
combate ao desmatamento ilegal. Desta forma, o parlamento da Holanda se une aos 
da Áustria e Bélgica em aprovar moções contrárias ao acordo. No ano passado, 
representantes dos governos irlandês e francês já haviam indicado que votariam 
contra o tratado, em função de regras ambientais insatisfatórias propostas. 
De maneira geral, é forte o clima de desconfiançados europeus em relação ao 
governo brasileiro. Um estudo recém-publicado pelo parlamento europeu faz diversas 
críticas à maneira como Bolsonaro tem conduzido a pauta ambiental, citando 
exoneração de servidores, cortes de orçamento e mudanças na regra de fiscalização 
de madeira. 
Sobre este último ponto, o Greenpeace, junto com o Instituto Socioambiental (ISA) e 
a Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente 
(Abrampa), entrou com uma ação judicial contra o governo na última sexta-feira 
(05/06). A ação tem o objetivo de reverter uma canetada do Ibama que pretende 
facilitar a exportação de madeira nativa sem fiscalização, a pedido de madeireiras. 
2.Declaração do Comitê da Câmara dos Estados Unidos 
O Comitê de Orçamento e Assuntos Tributários (“Ways and Means”) da Câmara dos 
Deputados dos Estados Unidos foi mais um grupo a colocar freios nos planos 
comerciais brasileiros. Sob o argumento de que o governo Bolsonaro não respeita os 
direitos humanos e o meio ambiente e que a floresta amazônica “está sob séria 
ameaça”, o comitê se opõe à intenção do presidente Donald Trump de fortalecer laços 
econômicos com o Brasil. Em carta escrita ao representante comercial dos Estados 
Unidos, os deputados disseram: “Nós nos opomos fortemente a buscar qualquer tipo 
de acordo comercial com o governo Bolsonaro no Brasil. O aprimoramento do 
relacionamento econômico entre os EUA e o Brasil, neste momento, iria minar os 
https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/06/04/confianca-do-mundo-sobre-o-brasil-esta-abalada-diz-parlamento-europeu.htm
https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN23A38F-OBRBS
 
esforços dos defensores dos direitos humanos, trabalhistas e ambientais brasileiros 
para promover o estado de direito e proteger e preservar comunidades 
marginalizadas”. “É uma grande ironia: Bolsonaro está melando negociações com um 
país que ele mesmo se gaba tanto de ter relações próximas”, diz Luiza Lima. 
3. Carta assinada por 40 associações e empresas globais 
O recado da comunidade internacional também está sendo enviado ao Congresso 
Nacional brasileiro, para que tome decisões em respeito ao interesse da coletividade 
e não se coloque ao lado do governo Bolsonaro na destruição do meio ambiente no 
Brasil. Na véspera do dia em que o Projeto de Lei 2.633/20 (o PL da Grilagem) estava 
previsto para ser votado na Câmara dos Deputados em um movimento encabeçado 
pelo governo e por ruralistas, mais de 40 associações e empresas globais dos ramos 
alimentício, finanças, varejo e hospitalidade, dentre elas Burger King, Nando’s e 
Tesco, enviaram uma carta pedindo a deputados e senadores brasileiros que 
votassem contra o projeto (que acabou saindo da pauta de votação por ora, por 
pressão de diferentes setores da sociedade). Elas alegam que o PL da Grilagem 
coloca em risco a capacidade das organizações de continuar a comprar do Brasil no 
futuro. Um trecho da carta diz: “Queremos continuar a comprar e investir no Brasil, 
bem como a ajudar a garantir que a proteção da Amazônia possa ser economicamente 
produtiva para todos. Pedimos que o governo brasileiro reconsidere sua posição, e 
esperamos continuar a trabalhar com parceiros no Brasil para demonstrar que o 
desenvolvimento econômico e a proteção ambiental não são mutuamente exclusivos.” 
Vale lembrar que o PL da Grilagem é a versão atual da Medida Provisória (MP) 910/19, 
assinada por Bolsonaro em dezembro de 2019. O texto sofreu alterações na Câmara 
dos Deputados, mas o governo continua apoiando a sua essência: permitir que terras 
públicas invadidas e desmatadas ilegalmente na Amazônia sejam legalizadas. 
“A Câmara dos Deputados, ao decidir avançar com medidas como as que beneficiam 
a grilagem, coloca o parlamento brasileiro como corresponsável, junto ao presidente 
Bolsonaro, no incentivo à destruição da Amazônia”, afirma Luiza. 
4. Carta assinada por membros do parlamento europeu 
Também por causa do PL da Grilagem, integrantes do parlamento europeu enviaram 
carta ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Para os parlamentares 
https://www.greenpeace.org/brasil/blog/mp-da-grilagem-vira-pl-da-grilagem-e-ameaca-as-florestas-continua/
 
europeus, o projeto de lei beneficia quem invade terras da União e causa 
desmatamentos criminosos. Eles demonstraram preocupação com a agenda 
ambiental do Brasil, citando tanto o PL da Grilagem quanto o PL 191/20, que abre 
Terras Indígenas para mineração e outras atividades exploratórias de alto impacto. 
Para os parlamentares, esses são exemplos claros de projetos propostos pelo próprio 
governo brasileiro e que incentivam ainda mais a destruição na Amazônia, além de 
desrespeitar os direitos dos povos. Segundo eles, nosso planeta não pode pagar por 
isso, especialmente durante crises globais de perda de biodiversidade e do clima. 
“Gostaríamos de considerar o Brasil nosso parceiro em um esforço conjunto por um 
mundo melhor. Um mundo que protege os direitos humanos, respeita a 
biodiversidade, o clima e apóia sociedades prósperas. Não conseguiremos isso com 
mais desmatamento à custa dos direitos humanos. Enquanto nosso mundo está 
passando por uma pandemia global sem precedentes, precisamos agir pensando no 
presente e no futuro”, diz um trecho da carta. 
5.Carta assinada por congressistas estadunidenses 
Congressistas dos Estados Unidos também se manifestaram contra o PL da Grilagem 
em carta endereçada a Rodrigo Maia. Liderados por Deb Haaland, primeira indígena 
a se eleger para o Congresso dos Estados Unidos, e assinada por outros 18 
deputados do Partido Democrata, a carta mostra preocupação “com o fato de o 
governo brasileiro ter mudado leis estabelecidas há muito tempo e desconsiderado 
direitos humanos, a fim de se alinhar com os interesses da indústria quando se trata 
de mineração, agricultura e projetos de infraestrutura, que levaram a violentos ataques 
contra os povos indígenas em grande parte impune”. 
Fonte: adaptado de https://www.greenpeace.org/brasil/blog/ao-destruir-o-
meioambiente-governo-bolsonaro-boicota-a-economia-brasileira/, acesso em 30 de 
junho de 2020. 
Após a leitura, responda ao que se pede nesta questão: 
a) Apesar da riqueza ambiental e do grande interesse comercial e econômico sobre a 
biodiversidade brasileira, indique dois óbices apontados pelos parceiros globais do Brasil, 
para firmar compromissos comerciais como nosso país no contexto retratado pela 
reportagem. 
https://www.greenpeace.org/brasil/blog/ao-destruir-o-meio-ambiente-governo-bolsonaro-boicota-a-economia-brasileira/
https://www.greenpeace.org/brasil/blog/ao-destruir-o-meio-ambiente-governo-bolsonaro-boicota-a-economia-brasileira/
 
R: Alguns dos empecilhos apontados pelos parceiros globais do Brasil são a aquisição de produtos 
brasileiros oriundos de destruição das florestas, o desrespeito do governante brasileiro aos direitos 
humanos e ao meio ambiente, colocando sob ameaça a floresta amazônica e povos marginalizados 
que vivem no seu entorno para estabelecer suas alianças econômicas. 
b) Indique, associando a leitura dos capítulos 5 e 6 ao texto ora apresentado, dois 
potenciais recursos naturais que possuímos e os riscos que seu uso desordenado podem 
causar, trazendo prejuízos de ordem social ou ambiental ao país e ao mundo. 
R: Dois dos potenciais recursos minerais que possuímos são o minério de ferro e o petróleo. O uso 
desordenado e a exploração do minério de ferro traz sérios riscos ao meio ambiente, pois causa 
erosão, destrói o relevo, deixa as encostas instáveis, além de causar a poluição do ar. Os rejeitos 
oriundos das práticas de exploração acabam por se tornar fonte de detritos que deságuam em rios 
e afetam gravemente as características físicas e químicas da água, causando sérios problemas de 
saúde nas populações. A exploraçãodo petróleo, por sua vez, causa diversos danos ao meio 
ambiente, o vazamento durante o seu transporte é um deles que. Durante a refinação ocorre a 
liberação de gases poluentes, sendo o dióxido de enxofre um deles que causa a chuva ácida e arrasa 
com a vegetação. Consequentemente com a ausência de vegetação ocorre o deslizamento de 
encostas, inundações causadas pelo soterramento do leito dos rios. Quanto à saúde dos seres 
humanos, se torna um poluente nocivo às mucosas e vias respiratórias. Os hidrocarbonetos 
encontrados nos gases causam irritação das mucosas, alterações no sistema nervoso e distúrbios 
do sono. 
 
3ª questão: (3 pontos) 
Após a leitura das reportagens, responda ao que se pede: 
PIB de 2020 fecha com queda de 4,1%, revela pesquisa do IBGE 
Serviços recuaram 4,5% e a indústria, 3,5% 
Publicado em 03/03/2021 - 09:58 
 
Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro 
O Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 4,1% em 2020, totalizando R$ 7,4 
trilhões. Essa é a maior queda anual da série iniciada em 1996 e interrompeu o 
crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB (a soma de todas 
as riquezas produzidas no país) acumulou alta de 4,6%. 
O PIB per capita alcançou R$ 35.172 no ano passado, recuo recorde de 4,8%. 
No quarto trimestre, que fechou o resultado de 2020, o PIB cresceu 3,2%. Os dados 
são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (3), no Rio de 
Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Para a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o resultado 
é efeito da pandemia de covid-19, quando diversas atividades econômicas foram 
parcial ou totalmente paralisadas para controle da disseminação do vírus. “Mesmo 
quando começou a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas 
permaneceram receosas de consumir, principalmente os serviços que podem 
provocar aglomeração”, disse. 
Retração nos serviços 
Os serviços recuaram 4,5% e a indústria, 3,5%. Segundo o IBGE, esses dois 
setores somados representam 95% da economia nacional. Já a agropecuária teve alta 
de 2,0%. 
O menor desempenho dentro dos serviços foi o de outras atividades de serviços 
com retração de 12,1%. Nelas, estão incluídos os restaurantes, academias e hotéis. 
De acordo com Rebeca Palis, os serviços prestados às famílias foram os mais 
afetados negativamente pelas restrições de funcionamento. 
“A segunda maior queda ocorreu nos transportes, armazenagem e correio 
(9,2%), principalmente o transporte de passageiros, atividade econômica também 
muito afetada pela pandemia”, explicou. 
Ainda no setor de serviços, as atividades de administração, defesa, saúde e 
educação públicas e seguridade social registraram recuo de 4,7%, o comércio de 
3,1%, informação e comunicação de 0,2%. As atividades financeiras, de seguros e 
serviços relacionados tiveram movimento diferente em 2020 e subiram 4,0%, como 
também as atividades imobiliárias com alta de 2,5%. 
Na indústria, o destaque negativo da queda de 3,5% foi o desempenho da 
construção (-7,0%), que voltou a cair depois da alta de 1,5% em 2019. Outro dado 
negativo observou-se nas indústrias de transformação (-4,3%), influenciadas pela 
queda na fabricação de veículos automotores, outros equipamentos de transporte, 
confecção de vestuário e metalurgia. Eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de 
gestão de resíduos tiveram retração de 0,4%. Já as indústrias extrativas subiram 
 
1,3%. A explicação é a alta na produção de petróleo e gás, o que compensou a queda 
da extração de minério de ferro. 
Os aumentos da soja (7,1%) e do café (24,4%) ajudaram a agropecuária a 
crescer 2,0%. Os dois produtos tiveram produções recordes na série histórica. Mas 
algumas lavouras observaram variação negativa na estimativa de produção anual, 
como a laranja (-10,6%) e o fumo (-8,4%). “Isso decorreu do crescimento da produção 
e do ganho de produtividade da agricultura, que suplantou o fraco desempenho da 
pecuária e da pesca”, observou a coordenadora. 
Famílias 
Na comparação com o ano anterior, todos os componentes relativos à demanda 
caíram em 2020. O consumo das famílias teve o menor resultado da série histórica (-
5,5%). Conforme a coordenadora de Contas Nacionais, isso pode ser explicado, 
principalmente pela piora no mercado de trabalho e a necessidade de distanciamento 
social. 
O consumo do governo recuou 4,7% e também foi recorde. O motivo é o 
fechamento de escolas, universidades, museus e parques ao longo do ano. Depois de 
uma sequência positiva de dois anos, os investimentos - a Formação Bruta de Capital 
Fixo - caíram 0,8%. A balança de bens e serviços registrou queda de 10% nas 
importações e 1,8% nas exportações. 
Edição: Kleber Sampaio 
Fonte: adaptado de https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-03/pibde-
2020-fecha-com-queda-de-41-revela-pesquisa-do-ibge, acesso em 03 de março de 
2021. 
Pandemia impactou 70% das indústrias 
Em entrevista à Revista Indústria Brasileira, o diretor do IBGE, Eduardo 
Rios Neto, apresenta dados e explica a metodologia da pesquisa quinzenal 
Pulso Empresa, que mostra a extensão dos prejuízos da Covid-19 
02/09/2020 
 
A pandemia da covid-19 teve um impacto geral negativo sobre os negócios de 70% 
das empresas brasileiras, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE). Responsável pelo estudo, o diretor de Pesquisa da 
instituição, Eduardo Rios Neto explica, nesta entrevista, que “o maior percentual de 
empresas em que a pandemia teve efeito negativo estava no setor de serviços, 
seguido por indústria, construção e comércio”. Economista com doutorado em 
demografia pela Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, Rios Neto foi também 
professor na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) de 1980 a 2015. Confira 
a entrevista completa a seguir: 
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - A pesquisa Pulso Empresa: Impacto da 
Covid-19 nas Empresas foi criada recentemente. O que levou à criação do 
estudo? 
EDUARDO RIOS NETO - No Brasil, o primeiro caso confirmado de covid-19 foi no final 
de fevereiro. A partir da segunda quinzena de março, diversas medidas de isolamento 
social foram adotadas, com restrição ao deslocamento de pessoas e fechamento 
temporário de estabelecimentos não essenciais, decididos por estados e municípios, 
visando preservar a população e o estresse sobre os serviços de saúde. Ainda no mês 
de março, os efeitos sobre as empresas começaram a ser percebidos pelos 
indicadores conjunturais do IBGE sobre a produção industrial, o volume de comércio 
e o volume de serviços. Ao longo de abril, dada a magnitude e multiplicidade de 
choques negativos observados na atividade econômica, notamos impactos em 
diversos setores, o que demandou um estudo específico. 
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Que dados são coletados? 
EDUARDO RIOS NETO - O IBGE desenvolveu uma gama de produtos para contribuir 
no entendimento dos impactos da pandemia na sociedade. Essa pesquisa, de 
natureza experimental, tem o objetivo de identificar e acompanhar a evolução de 
alguns dos principais efeitos da pandemia nas empresas, principalmente as de 
pequeno porte. Ela se baseia num questionário de resposta rápida, com perguntas 
qualitativas, dirigido a um conjunto de empresas de diferentes tamanhos, segundo o 
número de pessoas ocupadas, espalhadas no território e representativas dos setores 
de indústria, construção, comércio e serviços. 
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - A primeira edição da pesquisa mostrou que 
a pandemia do novo coronavírus teve um impacto negativo sobre os negócios. 
Que dados o senhor destacaria? 
https://www.ibge.gov.br/
https://ufmg.br/
 
EDUARDO RIOS NETO - Nessa primeira edição, as empresas compararam a situação 
percebidana primeira quinzena de junho ao período anterior ao início da pandemia. 
Os resultados mostraram que, entre 2,7 milhões de empresas em funcionamento, 70% 
reportaram que a pandemia teve um impacto geral negativo sobre o negócio. Por outro 
lado, algumas afirmaram que a pandemia trouxe oportunidades, com um efeito 
positivo. Por segmento, o maior percentual de empresas em que a pandemia teve 
efeito negativo estava no setor de serviços, seguido por indústria, construção e 
comércio. 
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - E como ficou a produção? 
EDUARDO RIOS NETO - Em relação à produção, 63% das companhias tiveram 
dificuldade de fabricar produtos ou atender clientes, 29,9% relataram não ter havido 
alteração significativa e 6,9% informaram que tiveram facilidade, mas a maior parte 
das empresas teve dificuldades para realizar pagamentos de rotina. Nossa estimativa, 
com base na pesquisa, é que cerca de 1,2 milhão de empresas em funcionamento 
adiaram o pagamento de impostos desde o início de março, sendo que mais da metade 
considerou ter recebido apoio do governo na adoção dessa medida. 
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Em relação à indústria, quais são os dados 
pesquisados? 
EDUARDO RIOS NETO - Foram investigadas empresas de diferentes segmentos 
industriais e tamanhos, localizadas de forma espalhada no território. Os resultados 
estimados foram apresentados de forma agregada e mostraram que os impactos 
negativos foram percebidos por cerca de 73% das empresas industriais, até o final da 
primeira quinzena de junho. Entre os problemas apontados estão percepção de 
redução nas vendas, maior dificuldade na capacidade de fabricar produtos e 
dificuldades em acessar fornecedores de insumos e matérias-primas em decorrência 
da pandemia. Isso fez com que seis em cada dez empresas industriais reportassem, 
também, dificuldades para honrar pagamentos de rotina. 
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - Como ficaram as vendas industriais? 
EDUARDO RIOS NETO - Na primeira rodada, referente à primeira quinzena de junho, 
em comparação ao período pré-pandemia, 65,3% das empresas industriais apontaram 
que a covid-19 causou queda nas vendas, ou seja, é um indicador de incidência de 
empresas com diminuição de vendas e não de redução na escala das mesmas. 
 
REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA - As empresas tiveram dificuldade de acesso 
a crédito mais barato? 
EDUARDO RIOS NETO - Foi identificada dificuldade de acesso a uma modalidade 
específica, que foi o crédito emergencial para pagamento da folha salarial, mas o custo 
do crédito para as empresas, principalmente para pequenos e médios empresários, 
não é um problema que surgiu com a pandemia. 
Fonte: Adaptado de 
https://noticias.portaldaindustria.com.br/entrevistas/pandemiaimpactou-70-das-
industrias/, acesso em 02 de março de 2021. 
Uma vez tendo feito as leituras da aula 9 e dos textos apresentados nesta questão da AD1: 
a) Caracterize o modelo industrial brasileiro no que diz respeito à sua concentração e 
distribuição espacial pelo território do país. 
R: Primeiramente a indústria se concentrou na região Sudeste, especialmente na cidade de São 
Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, considerados como polos econômicos centrais no Brasil. A 
partir da década de 1970 inicia-se a tendência a desconcentração espacial da indústria devido a 
diversos motivos, dentre eles as desigualdades crescentes entre as regiões, saturação das áreas 
urbanas e suas consequências como o aumento de impostos e tarifas, dificuldade em serviços como 
o transporte público. Com a desconcentração espacial, contudo, as dificuldades se mantiveram, pois 
não houve uma desconcentração do capital uma vez que as empresas instaladas em outras regiões 
foram as filiais de empresas com matrizes em grandes centros urbanos. A consequência desse tipo 
de desconcentração industrial contribuiu para manter a crescente desigualdade social e econômica 
no país, expandindo as periferias. 
 
b) Diante do exposto nas reportagens e no contexto vigente de pandemia, apresente pelo 
menos duas dificuldade ainda presente na capacidade industrial de atendimento diversificado 
das regiões e necessidades populacionais no Brasil. 
R: Dentre as dificuldades relatadas estão a dificuldade na capacidade em fabricar produtos e em 
conseguir fornecedores de insumos e matérias primas em decorrência do cenário mundial, que 
https://noticias.portaldaindustria.com.br/entrevistas/pandemia-impactou-70-das-industrias/
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consequentemente levou ao desemprego de muitos trabalhadores e em alguns casos a falência de 
alguns setores industriais. 
 
Referências Bibliográficas: 
DE BRITO REIS, Carla. Geografia na Educação 2. v.1. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2014.

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