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1 A pulsão e o corpo erógeno Freud postula que a pulsão é uma força somática que exige ser significada. Ela vem do corpo, mas porque somos também seres psicossociais esta força deve ser e é moldada pela cultura, ela deve ser interpretada nos moldes estabelecidos pela cultura. Então, o corpo, representado por esta exigência que Freud chama de pulsional, liga-se com a mente, como já vimos no registro do sentido e da significação, pela linguagem. A interpretação da exigência pulsional passa pela mediação da linguagem. A pulsão constrói um circuito da satisfação mediado pela linguagem, pela ordem simbólica. É justamente a linguagem que permite a inscrição da força pulsional no registro da significação, sistema de nomeação e interpretação. Ou seja, em um sistema de sentido. É nesse percurso que a força pulsional se inscreve no universo simbólico através dos seus destinos. Um destes destinos é o sujeito do inconsciente. Mediante a transformação da força pulsional, o corpo biológico passa a ser um corpo erógeno, pulsional, e se constituirá na própria história no sujeito (Mello, 2002, p. 24). É o trabalho de transformação e de simbolização da força pulsional que dará um novo ordenamento do corpo em diversas organizações sexuais (anal, oral e fálica).
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