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Noções básicas de ecocardiografia

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CESMAC-P2 IMAGEM MARIA LUIZA PEIXOTO 
 
NOÇÕES BÁSICAS DE ECOCARDIOGRAFIA 
 
Definição 
- A ecocardiografia é um exame com ondas de 
ultrassom que produz imagens do coração, valvas 
cardíacas e grandes vasos, captadas por um 
transdutor colocado no tórax do paciente. 
 
 Exame bastante versátil e importante para 
ampliar o estudo fisiológico do coração e 
análise de patologias nele. 
 O exame auxilia na avaliação de espessura da 
parede (p. ex., em hipertrofia ou atrofia) e 
movimentação do músculo cardíaco, dando 
informações sobre isquemia e infarto. 
 Ele, através da técnica Doppler com 
mapeamento em cores, pode ser utilizado 
para mapear a direção e velocidade do fluxo 
sanguíneo no interior das cavidades 
cardíacas. 
 Também é usado para avaliar a estrutura e 
função das valvas cardíacas e fornecer uma 
estimativa da pressão. 
 
 
Ecocardiografia com Doppler 
- Modalidade de ultrassom que detecta as 
características do fluxo sanguíneo com base na 
diferença entre a frequência da onda emitida pelo 
cristal piezoelétrico e a refletida pelas hemácias ou 
tecido em movimento (variação chamada de desvio 
Doppler). 
 
 
 
 Doppler pulsátil 
- É utilizado para obtenção de velocidades dos 
fluxos sanguíneos passados nas valvas 
cardíacas e nos vasos sanguíneos, para 
estimativa de fluxos, débito cardíaco, volume 
regurgitante, quantificação de comunicações 
intracardíacas e avaliação da função 
diastólica. 
 
 Doppler contínuo 
- É utilizado para medir o que passa por meio 
de orifícios em que ocorre aceleração do fluxo, 
como valvas estenóticas ou orifícios valvares 
regurgitantes. 
 
 Em contraste com o Doppler pulsátil, o 
contínuo detecta as velocidades de todas as 
células vermelhas que se movem ao longo do 
feixe de ultrassom, propriedade obtida em 
razão da emissão contínua e ininterrupta de 
pulsos, diferindo do Doppler pulsátil, em que 
há emissão de novos pulsos após a recepção 
do primeiro pulso emitido. 
 
 
CESMAC-P2 IMAGEM MARIA LUIZA PEIXOTO 
 
NOÇÕES BÁSICAS DE ECOCARDIOGRAFIA 
 
 Doppler colorido 
- O mapeamento do fluxo em cores é baseado 
nos princípios do Doppler pulsátil, no qual as 
velocidades são mostradas utilizando-se uma 
escala de cores em que o vermelho representa 
o fluxo em direção ao transdutor e o azul, o 
fluxo de direção oposta. 
 
 Doppler tecidual 
- O princípio Doppler tecidual permite medir a 
movimentação do miocárdio usando o 
Doppler pulsátil (com o volume da 
amostragem posicionado em um local 
específico no miocárdio) e o Doppler colorido 
(para visibilizar a movimentação do miocárdio 
em todo o plano da imagem). 
 
 Essa modalidade é utilizada com filtros que 
privilegiam os sinais de baixa velocidade e alta 
amplitude, comumente emitidos pelo 
miocárdio. 
 
Planos de orientação 
- Utiliza-se vistas padrões de observação: o plano 
coronal/sagital verdadeiro e o plano axial. 
 
 
 
Modalidades de ecocardiografia 
 Transtorácica 
- Abordagem não invasiva e mais usada 
clinicamente, no entanto, possui limitações 
relativas ao biótipo do paciente, a interações 
do feixe sonoro com tecidos moles, ossos e ar 
dos pulmões, e a períodos pós-ciúrgicos. 
 
 
 Existem janelas acústicas que auxiliam na 
abordagem, apresentando áreas padro-
nizadas que evitam que o transdutor entre em 
contato com a estrutura óssea e os pulmões. 
 
 
 Intracardíaca 
- Utilizada em procedimentos inter-
vencionistas nos quais há o acesso venoso por 
meio de sonda no átrio direito. 
Ex: Fechamentos de defeitos septais, ablação 
em arritmias. 
 
 
CESMAC-P2 IMAGEM MARIA LUIZA PEIXOTO 
 
NOÇÕES BÁSICAS DE ECOCARDIOGRAFIA 
 
 Transeofágica 
- É usada uma sonda de fibra óptica com um 
transdutor de ultrassom de alta frequência na 
ponta, sendo introduzida no esôfago do 
paciente sob anestesia superficial. 
 
 Permite que o transdutor se posicione 
imediatamente atrás do coração, obtendo 
imagens mais nítidas e sem interferência. 
 Não indicado para exames de rotina. 
 
 Fetal 
- O transdutor é colocado no abdômen da 
gestante e feito a análise cardíaca do feto. 
 
 Importante no diagnóstico precoce ainda 
intra-uterino das cardiopatias congênitas 
possibilitando melhor manuseio e sobrevida 
do recém-nascido. 
 
 Sob estresse 
- Técnica que pode ser realizada como 
alternativa à medicina nuclear para identificar 
isquemia miocárdica; o paciente é exposto a 
um agente “estressor” cardiovascular, com a 
injeção de drogas ou após realizar exercícios 
físicos, enquanto sua resposta é 
monitorizada. 
 
 Revela alterações da movimentação 
regional da parede decorrentes do 
desequilíbrio do fluxo sanguíneo nos 
vasos epicárdicos durante o estresse. 
 
Ecocardiografia completa X emergência 
 Completa/eletiva 
 Modo B (bidimensional) 
- Utilizada para avaliar o movimento de 
estruturas e principalmente para medir os 
diâmetros das câmaras cardíacas e a 
espessura miocárdica. 
 
 Permite a realização de cálculos 
importantes com a massa cardíaca e fração 
de ejeção. 
 
 Doppler espectral 
- Estuda a direção do fluxo pelos gráficos e 
possui um linha de base (fora do 
transdutor) que serve como referência. 
 
 Se o fluxo estiver em direção ao transdutor, 
fica acima da linha de base; se estiver em 
direção oposta, fica abaixo. 
 
 
 Doppler colorido 
- Parecido com o doppler pulsátil, mas faz 
com que o fluxo que está no sentido do 
transdutor fique vermelho e o que vai no 
sentido oposto fique azul (BART). 
 
 Modo M (multidimensional) 
- Utilizado para avaliar o movimento de 
uma determinada estrutura, selecionando 
uma linha e estudando exclusivamente ela; 
importante na emergência 
CESMAC-P2 IMAGEM MARIA LUIZA PEIXOTO 
 
NOÇÕES BÁSICAS DE ECOCARDIOGRAFIA 
 
 Beira do leito (emergência) 
 Direcionada 
- Importante por facilitar a obtenção de 
medidas, utiliza o modo M, e faz a 
avaliação de paciente sintomático de 
forma rápida e simplificada. 
 
 Usado também para guiar procedimentos 
invasivos de emergência e principalmente 
para analisar presença de derrame 
pericárdico. 
 Analisa também o aumento dos 
ventrículos e o volume intravascular. 
 
 
 
Aspectos técnicos 
 Transdutor torácico 
- Plano, setorial, pequeno e de baixa 
frequência (estruturas profundas). 
 
 Marcador de orientação 
- Luz verde que, a depender da janela 
acústica, deve estar direcionada para 
estrutura a ser visualizada; aparece no 
monitor do lado direito da imagem. 
 
 
 Controles 
 Controle da imagem 
 Ganho: amplifica os ecos para melhor 
visualização 
 Profundidade 
 Seletores: selecionar transdutor, ajustar 
frequência e modo 
 Realização de cálculos e medidas 
 Função cine: filma em tempo real 
 Trackball ou touch screen: acessar os 
cursores que faz basicamente tudo que um 
computador avançado faz 
 
 
Observação (ganho): Num exame, o médico quer 
ver o coração com um acesso subxifoide, mas ele 
visualiza o fígado, então ele deve ajustar o ganho 
para visualizar o coração. 
 
Vistas básicas do coração 
 Normalmente para fazer a maioria dos eixos, 
o paciente pode estar em decúbito dorsal, 
com o tórax aparente, como no caso de 
subxifóide e paraesternal; 
 Em outras vistas o paciente fica deitado em 
decúbito lateral esquerdo, que vai aproximar 
o coração da parede, como na apical de 4 
câmaras. 
CESMAC-P2 IMAGEM MARIA LUIZA PEIXOTO 
 
NOÇÕES BÁSICAS DE ECOCARDIOGRAFIA 
 
 Eixo paraesternal 
- Um dos eixos que fica ao lado do esterno, tem 
o paraesternal longo (é um corte tipo coronal 
do coração) e curto, no caso eixo longitudinal 
e eixo transversal. 
 
 Esse eixo é o básico, plano coronal e axial, mas 
tem que ser feito de forma alinhada, sempre 
da mesma forma, de maneira mais central. 
 
 
 Longitudinal 
- Ocorre ao nível do 3° ao 4° espaço 
intercostal e consegue visualizar o 
ventrículo esquerdo, o átrio esquerdo,valva mitral, valva aórtica, ventrículo 
direito e o septo interventricular. 
 
 É possível ver também os fluxos na sístole 
e diástole, além da anatomia. 
 Para realização do corte, o marcador 
luminoso do transdutor deverá estar 
voltado para o ombro direito do paciente. 
 
 
 
 
 Transversal (curto) 
- Possui 3 vias, uma que é da valva aórtica, 
outra da valva mitral e uma última que é do 
apex ou ápice. 
 
 
 Apex 
- Visualiza os músculos papilares 
posterior e anterior e, assim, analisa a 
contratilidade do miocárdio (deve ser 
simétrico no meio da cavidade). 
 
 
 
Observação (ápice): Pode-se verificar se uma 
pessoa teve infarto de parede, pois ele terá uma 
contratilidade menor. 
CESMAC-P2 IMAGEM MARIA LUIZA PEIXOTO 
 
NOÇÕES BÁSICAS DE ECOCARDIOGRAFIA 
 
 Nível da mitral 
- Vê-se ela se abrindo e fechando 
no momento de sístole e diástole, 
quando se fecha os folhetos a 
sístole e na abertura dos folhetos a 
diástole. 
 
 
 Nível da aorta 
- Vê-se a valva com suas três 
cúspides (como o sinal da 
mercedes-benz invertido). 
 
 
 
 
 Apical 
 2 câmaras 
- Possui incidência sagital e observa átrio 
esquerdo, ventrículo esquerdo e valva 
mitral. 
 
 Permite ver os movimentos da parede 
anterior e inferior do ventrículo esquerdo 
e visualizar parta da valva mitral. 
 
 4 câmaras 
- Possui incidência coronal, analisa 
ventrículo esquerdo, átrio esquerdo, 
ventrículo direito e átrio direito. 
 
 Se houver alguma comunicação interatrial 
ou interventricular, é possível observar. 
 Tem-se uma visão bem simétrica das valvas 
atrioventriculares, além da visão dos 
septos ventricular e atrial. 
 
 5 câmaras 
- É a mesma coisa da 4 câmaras só que 
consegue também visualizar a raiz da 
aorta. 
 
 
CESMAC-P2 IMAGEM MARIA LUIZA PEIXOTO 
 
NOÇÕES BÁSICAS DE ECOCARDIOGRAFIA 
 
 Eixo supresternal 
- É realizado para estudar os grandes vasos e 
a cavidade do átrio esquerdo que está 
próxima. 
 
 Plano longitudinal 
- O transdutor é colocado na fúrcula 
esternal e o índex estará para o ombro 
esquerdo do paciente. 
 
 Consegue-se ver bem o arco da aorta, os vasos 
que vão para o pescoço, a aorta descendente 
e a pulmonar direita. 
 
 
 Plano transversal 
- Ao fazer uma rotação anti-horária de, 
aproximadamente 90°, vê-se a aorta 
transversalmente, o tronco pulmonar à 
direita, a veia cava superior e a bifurcação 
da artéria pulmonar direita à esquerda. 
 
 Pode-se ver outros detalhes também, 
dependerá de onde estiver a posição do 
transdutor. 
 
 
 
 
 
 
 Subcostal (subxifóide) 
- Pouco usada, é realizada quando o paciente 
foi operado ou possui doenças pulmonares. 
 
 O transdutor é colocado abaixo do processo 
xifoide, observando o coração de cabeça para 
baixo. 
 É uma visão boa para estudar as quatro 
cavidades e as valvas. 
 
 
 
 
CESMAC-P2 IMAGEM MARIA LUIZA PEIXOTO 
 
NOÇÕES BÁSICAS DE ECOCARDIOGRAFIA 
 
Territórios vasculares 
- A partir de 2002, a associação americana de 
cardiologia propôs a divisão do coração em 17 
segmentos para que todos os métodos de imagem 
visualizassem diretamente o órgão quando 
comparando-os (ficou conhecido como mapa 
polar ou olho de touro - bull’s eye). 
 
 A representação dos segmentos cardíacos é 
construída a partir de cortes segmentados do 
ventrículo esquerdo, formando 3 regiões, 
uma basal, uma medial e uma apical, além 
de um pequeno segmento que fica na ponta 
do VE que é chamado de ápex. 
 
 
 Bull’s eye 
 A região basal e medial são divididas nos 
seguimentos anterior, anteroseptal, 
ínferoseptal, inferior, anterolateral e 
ínferolatera; a região apical nos segmentos 
anterior, septal, inferior e lateral. 
 Totaliza-se em 17 segmentos cardíacos, sendo 
6 deles basais, 6 mediais, 4 apicais e o 17º 
segmento na ponta do ventrículo esquerdo, o 
ápex. 
 
 
 
 
 A análise segmentar do VE, através do bull’s-
eye pode ser utilizada na interpretação da 
contratilidade segmentar, perfusão e 
viabilidade miocárdica, assim, facilitando o 
entendimento da localização e definição dos 
defeitos de cada segmento cardíaco.

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