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Urgências Pediátricas Obstrução de vias aéreas por corpo estranho- OVACE Caracteriza-se pela obstrução das vias aéreas ocasionada pela aspiração de corpo estranho (ACE), que oclui total ou parcialmente a laringe ou a traqueia. Pode levar o indivíduo a óbito em questão de minutos. A ACE pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas tem uma incidência maior em crianças, principalmente até os 3 anos de idade (Vasconcelos, 2014). Se apresenta como início súbito de grave dificuldade respiratória, engasgo com tosse e/ou sinais de sufocação. Entre as principais causas de Obstrução das Vias Aéreas no Bebê estão principalmente os líquidos e na Criança os objetos sólidos (alimentos, pequenos objetos, peças de brinquedos). Cuidados com OVACE • Observar riscos de apneia • Observar riscos de bronco aspiração • Realizar manobras de retirada de corpo estranho • Criança maior de 1 ano: Estimular a tosse e monitorar o padrão respiratório e o estado de consciência ▪ MANOBRA DE HEIMLICHE (visa criar uma tosse artificial, aumentando a pressão intratorácica para desalojar o corpo estranho sólido da via aérea.) Em Bebês 1. Colocar o bebê de bruços em cima braço 2. Realizar 5 golpes com a região hipotenar da mãos entre as escápulas 3. Virar o bebê de barriga para cima do braço 4. Efetuar mais cinco compressões torácicas (com 2 dedos). 5. Procurar visualizar o corpo estranho e retirá-lo delicadamente. Se não conseguir; 6. Começar reanimação cardiopulmonar. Em Crianças a partir de 2 anos 1. Apresentar-se e explicar o que será feito; 2. Posicionar-se atrás da vítima; 3. Posicionar a mão fechada abaixo do Apêndice Xifóide; 4. Colocar a mão oposta sobre a primeira; 5. Fazer quatro compressões firmes direcionadas para cima; 6. Não obtendo sucesso e notando perda de consciência, coloca-la gentilmente no chão; 7. Estender o pescoço da vítima, para facilitar a passagem do ar; 8. Abrir a boca da criança e tentar visualizar algo que possa estar causando a obstrução. Se possível retirar o corpo estranho, se não; 9. Iniciar as manobra de Ressuscitação cardiopulmonar Sempre que a vítima estiver inconsciente, deve ser iniciada as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar. Parada cardiorrespiratória PCR Se caracteriza por Cessação de batimento cardíaco e/ ou respiração. Podendo ser comprovada pela ausência do pulso central (carotídeo ou femoral), de movimentos respiratórios (apnéia), além do estado de consciência alterado. (SANTOS, 2017 Apud a GRASSIA, 2007). Cadeia de sobrevivência da AHA para PCREH pediátricas ✓ Prevenção ✓ Acionamento do serviço médico de emergência ✓ RCP de alta qualidade ✓ Ressuscitação avançada ✓ Cuidados pós PCR ✓ Recuperação Ressuscitação cardiopulmonar RCP A RCP é um conjunto de manobras realizadas na tentativa de reanimar uma pessoa vítima de parada cardíaca e/ou respiratória. Tem como finalidade fazer com que coração e pulmão voltem a suas funções normais. Crianças de 1 ano até antes da puberdade e Bebês < 1 ano, exclui recém-nascido. ➢ Verificar ausência de respiração ou respiração em gasping ( apenas entrada de ar) ➢ Verificar ausência de pulso ❖ No bebê: pulso braquial; Na criança: pulso carotídeo ou femoral. ➢ Checagem respiração e pulso pode ser simultânea < 10 segundos ➢ Ativação do serviço emergência Técnica Iniciar compressões com a sequência C-A-B ( compressões torácicas, via aérea, respiração) Compressões: ▪ Posicionar a criança em superfície rígida ✓ Lactentes: Comprimir com 2 dedos, abaixo da linha intermamilar ✓ Crianças > de 1 ano: Comprimir com uma mão, na metade inferior do esterno. Ventilação ✓ Incline a cabeça para trás e eleve o queixo para abrir as vias aéreas ✓ Lactentes: cobrir a boca e o nariz ✓ Crianças maiores: respiração boca a boca, ocluindo as narinas Relação compressão/ventilação 30:2 se 1 socorrista e 15:2 se 2 socorristas Deve-se esperar o retorno total do tórax após cada compressão; não deve apoiar- se sobre o tórax após cada compressão. Quando houver uma via aérea avançada, as compressões torácicas não podem ser interrompidas para alternar com as ventilações, tem que ser contínuas e 1 ventilação a cada 2 a 3 segundos (20 a 30/min), de acordo com a idade e a condição clínica. Taxas superiores a essas recomendações podem comprometer a hemodinâmica. Para desfibrilação em pediatria e preferível utilizar o desfibrilador manual, recomendável com uma carga de 2 a 4 J/Kg para desfibrilar; mas pode-se usar uma carga inicial de 2 J/Kg e em seguida ir aumentando a carga, com cargas subsequentes de no mínimo, 4 J/Kg, sendo considerado níveis de energia mais alta desde que não exceda a 10 J/Kg. Após o retorno da circulação espontânea, manter uma saturação de oxi-hemoglobina ≥ 94% mas < 100% (entre 94% e 99%). Não se recomenda a administração de rotina do cálcio na PCR pediátrica na ausência de hipocalcemia, overdose documentada de bloqueador dos canais de cálcio, hipermagnesemia ou hipercalemia, sendo que sua administração de rotina nas crianças com PCR não produz benefícios e pode ser nociva. Crise convulsiva na criança É a atividade motora aparente, sem um objetivo, involuntária, com ou sem alteração do estado de consciência, de origem cerebral. Podendo Ou não ser de origem epiléptica. Principais Causas: Trauma crânio-encefálico (TCE): Aproximadamente 20 a 40% das crianças que sofrem TCE podem apresentar crise epiléptica pós-traumática. Meningite/ Deficiência de oxigênio/ Hipoglicemia: Estado de mal epiléptico (EME): é o quadro convulsivo mais temido na emergência. Caracteriza-se por crises convulsivas contínuas por mais de 30 minutos ou duas ou mais convulsões de curta duração e sem recuperação da consciência entre elas, por mais de 30 minutos. Febre: Convulsão febril, define-se como uma convulsão acompanhada por febre (temperatura maior que 38ºC, por qualquer método), sem infecção do sistema nervoso central, que ocorre em lactentes de 6 meses a 5 anos de idade, que na maior parte dos casos ocorre um único episódio de apresentação benigna. Estado epiléptico febril: Apresenta-se como crise febril generalizada ou parcial que evolui para generalizada por mais de 30 minutos. Está mais associada à história familiar de epilepsia e a anormalidades neurológicas. A epilepsia é uma doença que se caracteriza por uma predisposição permanente do cérebro em origi nar crises epilépticas e pelas consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais destas crises. Uma crise epiléptica é a ocorrência transitória de sinais ou sintomas clínicos secundários a uma ativid ade neuronal anormal excessiva ou sincrônica. A definição de epilepsia requer a ocorrência de pelo menos uma crise epiléptica. Do ponto de vista prático, a epilepsia pode ser definida por uma das seg uintes condições: Ao menos duas crises não provocadas (ou reflexas) ocorrendo com intervalo maior que 24 horas; Uma crise não provocada (ou reflexa) e probabilidade de novas crises ocorrerem nos próximos 10 anos, similar ao risco de recorrência geral (pelo menos 60%) após duas crises não provocadas; Diagnóstico de uma síndrome epiléptica Com relação a classificação o Tônica: Contração muscular mantida com duração de segundos a minutos. o Clônica: Breves abalos musculares (contração e relaxamento) repetitivos. o Mioclônica: Contrações musculares de curta duração, semelhantes a choques. o Tônico-clônica: Fase inicial tônica com contração de todas as musculaturas do corpo, com apneia e cianose, seguida pela fase clônica com abalos musculares generalizados. Há perda de consciência e pode haver relaxamento esfincteriano. A abordagem inicial para uma criança que chega em convulsão na emergência deve inclui estender cuidadosamente a mandíbulapara manter as vias aéreas pérvias, monitorar sinais vitais e saturação de O2, exame cardiorrespiratório, oxigenoterapia (BRITO et , al 2017). Cuidados • Verificar a permeabilidade das vias aéreas, aspirar e fornecer oxigênio 100% por cateter nasal ou máscara, oximetria de pulso e avaliando a necessidade de intubação. • Posicionar o paciente de forma a evitar a aspiração • Instala-se monitor cardíaco para avaliar arritmias. • Verifica-se constantemente os sinais vitais e a saturação de oxigênio • Conferir a glicemia capilar ( em caso de hipoglicemia, soro glicosado 10% 2,5 ml/kg.) O tratamento medicamentoso geralmente só é instituído após 5 a 10 minutos de atividade convulsiva. Consiste no uso de Benzodiazepínicos (1ª linha) Lorazepam IV ou Diazepam IV por 1 minuto. Quando não é possível o acesso venoso: Midazolam IM, nasal ou oral OU Diazepam via retal. Em caso de Persistência da crise após 60 minutos, usa-se Fenobarbital IV ou Levetiracetam IV ou Ácido Valproico IV. Queimaduras na criança As queimaduras são provocadas pelo contato do corpo com calor (substâncias químicas, frio, radiações e eletricidade). As lesões dependerão ao tempo de contato e do poder ionizante deste agente. Nas crianças as queimaduras são comumente ocasionadas por contato por exemplo, com chamas e água fervente. Cerca de 70% dos acidentes ocorrem dentro do domicílio devido ao uso inadvertido de álcool, água quente ou agressões. A gravidade da lesão da queimadura se dá pela profundidade, sendo classificada em: i. Primeiro grau – superficial (grau de espessura parcial), que atinge apenas a derme causando hiperemia, edema e dor; ii. Segundo grau (grau de espessura profunda) atingem a derme e epiderme sendo extremamente doloridas com apresentação de hiperemia, edema e bolhas; iii. Terceiro grau (grau de espessura total) acomete todas as camadas da pele e por vezes chegando as camadas musculares, terminações nervosas são destruídas o que caracteriza a ausência de dor, pede-se a capacidade de manter a temperatura e a característica é esbranquiçada ou courácea. iv. Quarto grau, que se estende por todas as camadas da derme e a destrói; caracterizada pelo envolvimento de tecidos profundos, como músculo e ossos, além de toda a derme. A extensão da lesão também reflete a gravidade, devendo ser feita a medida da extensão da área queimada. Utiliza-se um método rápido e produz uma estimativa da gravidade, a regra dos 9, onde o corpo é dividido em 11 segmentos de 9% e o períneo equivale a 1%. É método mais utilizado na prática. A área de superfície corpórea na criança é consideravelmente diferente, a cabeça corresponde a uma porcentagem maior e os membros inferiores uma porcentagem menor em relação ao adulto . deve determinar a magnitude das lesões cruzando a superfície corpórea queimada (SCQ) e a profundidade da lesão. ❖ Queimaduras na via aérea que podem provocar grande edema de epiglote causando o risco de obstrução. ❖ Queimaduras especiais com maiores possibilidades de complicações como face, genitália, períneo, mãos, pés, circulares, com possibilidade de terem sido causadas por ❖ maus tratos ; ❖ Queimaduras associados a politraumatismos; ❖ Queimaduras elétricas; ❖ A inalação de monóxido de carbono e gás cianeto deve ser considerada em ocorrências de locais confinados, administrar oxigênio em alta concentração, visto que a afinidade do CO pela hemoglobina é 240 X maior que pelo oxigênio, além de alto fluxo de oxigênio possivelmente a criança precisará de intubação endotraqueal e ventilação assistida. O tratamento da criança queimada deve se basear em: ➢ Desobstrução da via aérea e oxigenoterapia; ➢ Monitorização dos sinais vitais e reanimação hídrica; ➢ Curativos; ➢ Tratamento cirúrgico de urgência (escarotomia); ➢ Suporte nutricional; Analgesia e sedação; ➢ Vacinação anti-tetânica; ➢ Prevenção de complicações; Possíveis Complicações: • Infecções locais ou sistêmica; • Distúrbios eletrolíticos; • Sangramentos intestinais por úlceras agudas; • Deformidades; • Choque hipovolêmico; • Problemas no sistema renal e respiratórios. Sistematização da assistência de Enfermagem Diagnósticos e intervenções de enfermagem nas urgências Pediátricas Engasgo antes da deglutição Diagnóstico de enfermagem: Deglutição prejudicada -Funcionamento anormal do mecanismo de deglutição associado a déficit na estrutura ou função oral, faríngea ou esofágica. Intervenções de enfermagem • Identificação do risco • Precauções contra aspiração • Posicionar em decúbito • Terapia para deglutição • Aspiração de vias aéreas • Oferecer dieta por via Oral • Assistência na amamentação • Ensinar à deglutição • Registrar queixas de dor características • Assistência no autocuidado • Registrar aceitação da dieta • Realizar higiene oral • Auxiliar na higiene oral Dispneia/ Hipoxemia/ Hipóxia. Diagnóstico de enfermagem: Troca de gases prejudicada - Excesso ou déficit na oxigenação e/ou na eliminação de dióxido de carbono na membrana alveolocapilar. Intervenções de enfermagem • Manter vigilância constante • Fornecer oxigênio suplementar • Monitorar a administração e eficácia de oxigenoterapia • Verificar temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial • Atentar para mudança de coloração da pele, principalmente cianose de extremidades • Promover repouso absoluto • Avaliar nível de ansiedade • Proporcionar conforto • Evitar estimulação excessiva • Umedecer o ar • Elevar a cabeceira • Aspirar vias aéreas Diagnóstico de enfermagem: Padrão respiratório ineficaz - inspiração e/ou expiração que não proporciona ventilação adequada Intervenções de enfermagem • Controle de Vias Aéreas • Aspiração de Vias Aéreas • Redução da ansiedade • Administração de medicamentos • Verificar frequência respiratória • Monitorização cardiopulmonar • Registrar queixas de dor e características • Instilar soro fisiológico 0,9% nas narinas • Elevar cabeceira • Realizar nebulização • com soro fisiológico 0,9% Diagnóstico de enfermagem: Ventilação espontânea prejudicada - reserva de energia diminuída, resultando em uma incapacidade do indivíduo de manter respiração adequada para sustentação da vida Intervenções de enfermagem • Aspiração de Vias Aéreas • Controle de Vias Aéreas • Monitorização Respiratória • Assistência ventilatória • Oxigenoterapia • Instalar oximetria digital • Elevar cabeceira Hipotensão/ Hipovolemia/ Hipoxemia/Hipóxia/Infecção Diagnóstico de enfermagem: Risco de choque – risco de fluxo sanguíneo inadequado aos tecidos do corpo, capaz de levar a disfunção celular, com risco à vida. Intervenções de enfermagem Precaução contra sangramento • Redução do sangramento • Controle da hipovolemia • Controle de infecção • Proteção contra infecção • Oxigenoterapia • Monitoração respiratória • Identificação de risco • Prevenção do choque • Supervisão • Monitoração de sinais vitais Inserção de pequenos objetos em vias aéreas. Diagnóstico de enfermagem: Risco de sufocação - Risco de sufocação acidental (ar disponível para inalação inadequado). Intervenções de enfermagem • Controle de vias aéreas • Precauções contra aspiração • Controle da asma • Controle do ambiente: segurança • Orientação aos pais: bebês • Posicionamento • Monitoração respiratória • Identificação de riscos • Supervisão • Terapia para deglutição Convulsões. Diagnóstico de enfermagem: Hipertermia - Temperatura corporal elevada acima dos parâmetros normais. Intervenções de enfermagem • Controle do ambiente • Controle hídrico • Controle de convulsões • Precauções contra • convulsões • Controle de infecção • Administração de medicamentos • Monitoração de sinaisvitais • Aplicar compressas Risco de trauma físico Suscetibilidade a lesão física de início e gravidade súbitos que exige atenção imediata. Lesões na pele Diagnóstico de enfermagem: Integridade da pele prejudicada evidenciado por agente químico lesivo (queimadura) caracterizado por tecido destruído.Intervenções de enfermagem. Intervenções de enfermagem • Realizar a limpeza prévia das lesões antes do curativo sempre com água corrente clorada (com temperatura suportável na pele do dorso da mão ou do antebraço do responsável) e solução de clorexidine a 4% (com escova) da pele lesionada. • Realizar cuidados com a pele, segundo prescrição: Tratamento tópicos; • Administrar medicamentos conforme prescrição médica; • Supervisionar a pele ao redor das lesões e avaliar a integridade tecidual local; • Tomar precauções circulatórias para prevenção de trombose venosa profunda: terapia com exercícios, estimular circulação sanguínea e uso de meias elásticas, quando possível; • Providenciar cuidados para a proteção contra infecções (uso de EPI, manter sempre local limpo e protegido); Infecção Diagnóstico de enfermagem: Risco de infecção, evidenciado por alteração na integridade da pele. Intervenções de enfermagem • Atentar para os sinais de infecção (febre, urina turva, secreção purulenta, leucocitose); • Providenciar isolamento do paciente para a assistência e devidos cuidados, diminuindo o risco de infecção; • Administrar de antibióticos conforme prescrição médica; • Atentar para técnicas assépticas na troca de curativos; • Utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de acordo com as normas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Dor Diagnóstico de enfermagem: Dor aguda evidenciada por agente lesivo químico (queimadura) caracterizado por expressão facial de dor (olhos sem brilho, aparência abatida, movimentos fixos ou dispersos). Intervenções de enfermagem • Administrar analgésicos opioides conforme prescrição médica, preferencialmente por via de alívio imediato • Avaliar depressão respiratória no paciente que não está em ventilação mecânica; • Atentar para o uso correto dos anestésicos quanto às dosagens e horários prescritos • Aplicar compressas frias ou mergulhar a área queimada em água corrente clorada, para alívio da dor inicial, reduzindo a formação do edema; • Promover ambiente tranquilo para melhor conforto do paciente; • Usar a escala de intensidade de dor para avaliar o nível de dor. Alterações em fluidos corporais Diagnóstico de enfermagem: Risco de volume de líquidos desequilibrado evidenciado por queimaduras. Intervenções de enfermagem • Realizar o balanço hídrico rigoroso (entrada e saída); • Administrar a prescrição de reposição hídrica rigorosamente (vazão; volume; solução) por meio de cateter venoso calibroso • Avaliar queimaduras de períneo quanto ao edema e obstrução urinária, comunicando as não conformidades ao enfermeiro/médico responsável; • Monitorar e registrar o débito urinário pelo cateter vesical de demora a cada duas horas, quanto ao volume e características, comunicando as não conformidades ao enfermeiro/médico responsável. • Monitorar níveis de eletrólitos séricos e necessidade de reposição; • Monitorar sinais associados de desidratação: pele e mucosas ressecados, constipação intestinal; relato de sede; diarreia; olho fundo; hipotensão arterial sistêmica. • Pesar o paciente sem os curativos semanalmente e registrar. Formação de edemas Diagnóstico de enfermagem: Integridade tissular prejudicada relacionado a agente químico lesivo (queimadura) evidenciado por tecido lesado. Intervenções de enfermagem • Orientar a paciente de forma simples, objetiva e clara quanto ao mecanismo do edema; • Explicar a inter-relação repouso, alimento e medicação, na compensação da doença; • Realizar o balanço hídrico rigoroso (entrada e saída); • Realizar o controle de hemorragias; • Monitorar níveis de eletrólitos séricos -Observando sinais de hipocalemia, tais com: vômitos, diarreia, pulso arrítmico, hipotensão arterial; observar sintomas de hiponatremia como: fraqueza, cãibra, tontura, dor abdominal; • Monitorar sinais associados de desidratação: pele e mucosas ressecados, constipação intestinal; relato de sede; diarreia; olho fundo; • hipotensão arterial sistêmica; • Instruir a paciente para chamar pessoal de enfermagem após cada micção; • Supervisionar a eliminação urinária. Sangramentos Intracranianos Diagnóstico de enfermagem: Troca de gases prejudicada caracterizado por hipóxia relacionado ao edema cerebral. Intervenções de enfermagem • Atentar para sinais precoces de aumento da PIC (pressão intracraniana), tais como: piora do nível de consciência, padrão respiratório irregular, aumento da PA (pressão arterial) e alterações verbais, motoras e pupilares; • Avaliar e anotar valores da PIC, quando está tiver sendo monitorada através de cateter intracerebral; • Manter a cabeceira do leito elevada no mínimo a 30º, quando possível; • Avaliar e registrar o nível de consciência do paciente; • Preparar o paciente para uma possível abordagem diagnóstica ou cirúrgica. Alterações na imagem corporal e emocional Diagnóstico de enfermagem: Isolamento social relacionado a alteração na aparência física evidenciado por sentir-se diferente dos outros. Intervenções de enfermagem • Promover a comunicação familiar, incentivando à criação de sistema de apoio; • Incentivar a manter interação social; • Encorajar a focalização da família em qualquer aspeto positivo da situação clínica do doente; • Informar sobre recursos externos, mecanismos de apoio existentes e auxiliar a família a aceder a mecanismos de apoio social quando necessário; • Auxiliar no controle dos problemas estéticos, orientando sobre o uso de roupas que podem ser usadas após o processo de cicatrização. Referências VASCONCELOS, S. O. A. Manobras de suporte básico de vida para desobstrução de vias aéreas em crianças: construção de um folder explicativo. 2014. 21f. Monografia (Especialização em Enfermagem)–Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014. Acesso em 02 de março de 2021 Noções de primeiros socorros em ambiente de saúde. Departamento de Atenção à Saúde do Trabalhador – DAST. Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.. 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