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Acne e Rosácea

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Ácne e rosácea @resumeves
Existem vários tipos de acne, como a acne por medicamento, acne por uso excessivo de cosméticos, acne da mulher adulta e etc... 
Aqui será focado aquela de maior prevalência, a acne vulgar.
Acne vulgar
Doença genético-hormonal, autolimitada, de localização 
pilossebácea, com formação de comedões, pápulas, 
pústulas e lesões nodulocísticas, que podem surgir 
durante a evolução, e dependendo da intensidade, o pro-
cesso inflamatório leva a abscessos e cistos 
intercomunicantes, com frequente êxito cicatricial.
Conceito
Epidemiologia 
- Prevalência mundial de 80%
- Ambos os sexos 
- Pico entre 11 e 24 anis, podendo se estender até os 35 
mais (5% dos casos)
35 os 44 anos (3%)
Início em geral
Entre 11 e 13 mais em meninas (gravidade maior entre 17 
a 18 anos)
13 a 14 anos em meninos (gravidade maior entre 19 a 21 
anos) 
- Mais comum em mulheres, caucasianos e grupos 
ocidentalizados 
Brasil
- 11 milhões de pessoas com acne 
- Dermatose características de adolescentes 
Afeta todas as idades.
RN – acne neonatal 
Crianças – acne infantil ou pré-puberal
Adultos – principalmente mulheres jovens 
Pode persistir (acne adulta)
- Forma persistente (da adolescência até adulto)
- Forma tardia (só teve quando adulto)
Genética
História familiar é um fator muito importante.
Familiares com acne aumenta a probabilidade do filho ter. 
Ambos os pais com: probabilidade aumento 50%
Apenas um dos pais com: 25%
Idade
Patogênese 
Principais fatores de patogênese 
1- Distúrbio de queratinizacao folicular
2- Produção inflamatória 
3- Hipersecreção sebácea 
4- Colonização bacteriana 
Queratinizacao anômala do infundibulo folicular 
- Hiperqueratose
- Obstrução do orifício folicular 
- Formação de comedões
Comedão: corneócitos (células queratinizada ) acumulados no 
infundibulo do pelo
Comedão aberto: cravos pretos 
Comedão fechado: não tem orifício, só relevo (“cravo 
interno”) 
Hipersecreção sebácea 
Desenvolvimento de glândula sebácea ocorre na puberdade 
pela ação dos andrógenos (testosterona e derivados)
Bactérias 
Porção profunda do folículo piloso 
Germes comuns:
- Cutibacterium acnes
- P. granulosum e parvum 
Porção superficial do folículo piloso
- Staphylococcus epidermidis 
Quadro clínico 
- Quadro clínico variável (leves a exuberantes, sintomas 
sistêmicos, inflamados)
- Evolução lenta e insidiosa
- Períodos de melhoria e de exacerbação 
Fatores agravantes 
- Estresse
- Alimentos com muito açúcar
- Leite (por conta de intensificação da ação dos 
andrógenos)
- -
Cla"ificação 
Acne não inflamatória 
Acne comedoniana ou grau I (predomínio)
 Acne inflamatória
Acne papulo-pustulosa ou acne grau II
Acne nódulo-cística ou acne grau III
Acne conglobata ou acne grau IV (mais de um cisto 
se comunicando)
Acne fulminante ou acne grau V
Outros: 
Acne escoriada: quando a paciente estoura 
Diferencial
Fatores hormonais.
Localização diferente – região inferior da face e colo
- Pode ter um tumor de hipófise (investigar as 
doenças relacionadas, entre elas, tumor de hipófise)
- Início súbito e piora no período pré menstrual 
 Acne da mulher adulta 
Tratar acne independente da idade.
Tratar o mais precoce possível.
Evitar cicatrizes e distúrbios psicossociais.
Tratamento
Princípios 
- Correção do defeito de queratinizacao folicular 
- Diminuição da atividade das glândulas sebáceas 
- Diminuição do C. acnes no folículo 
- Diminuição do processo inflamatório 
Tratamento tópico 
Agentes de limpeza para remoção do sebo, 
desengordurantes leves e não alcoólicos.
Retinóides
- Atuam em fatores da etiopatogênese
- Inibem a formação e reduzem microcomedoes 
- Alguns tem atividade anti-inflamatória 
- Normalizam a descamação do epitélio 
- Melhoram a penetração de outras drogas 
(tiram a camada córnea da pele)
- Pode ser monoterapia (ou associara de benzoíla ou 
antibióticos)
Colaterais:
- Eritema
- Descamação 
- sensação de ardor (pele fica “fina”)
- Prurido
Após minimizar o componente inflamatório e o número de 
comedõez, seu uso é continuado durante a fase de 
manutenção com objetivo de evitar surgimento de novas 
lesões 
*manter tratamento para não ter recidiva da acne 
Retinoide tópicos disponíveis 
- Tretinoina 
- Isotretinoidna 
- Adapaleno 
- Tazaroteno 
- Retinoaldeído 
Tretinoina
- Reduz até 81% das lesões não inflamatórias 
- Reduz até 71% das lesões inflamatórias 
* Após 12 semanas de uso
- Cremes e géis
Isotretinoina 
Evolução da tretinoina 
- Atividade igual e menor ação irritativo que a tretinoina 
- Cremes e géis
Adaptaleno 
Terceira geração 
- Mais tolerado que o ácido retinóico 
- Menor potencial irritativo 
- Resultados mais lentos 
- Atividade anti-inflamatória leve 
- Útil nos tratamentos após cura ou controle da doença 
Evitar exposição solar, ser aplicado à noite e retirar de 
manhã. Pode levar a manchas na pele (hipercromia pós 
inflamatória)
- Agente antimicrobiano
- Ação bacteriostática
- Reduz a formação dos comedões
- Atividade anti-inflamatória
Quando associado a ATB (clindamicina ou eritromicina) é 
mais eficaz
- Em géis, loções, cremes e sabonetes líquidos. 
- Concentração 1 a 10%
Efeitos adversos: eritema, ardor, prurido, descamação 
Peróxido de benzoíla
Antibióticos tópicos 
- Eritromicina 2 a 4 %
- Clindamicina 1 a 2%
- Apresentação em gel
- Agem em lesões inflamatórias e são menos eficazes que 
ATB sistêmicos
- Duração de 6 a 8 semanas
Ácido azeláico 
Indicado em casos de acne leve a moderado
- Apresentação em gel a 15% e creme a 20%
- 1 a 2 x ao dia 
Também uteis em manutenção do tratamento
Antibióticos orais
- Casos de acne inflamatória de moderada a grave
- Mais usados tetraciclinas
Opções: eritromicina, macrolideos e sulfametoxazol-
trimetropim.
Curso do tratamento: 4 a 8 semanas
Tetraciclina
Contra-indicada na gestação, lactação, infância. Primeira 
opção.
- 500 mg 12/12 hrs 
Minociclina
Pode causar reações de fotossensibilidade, hipertensão 
intracraniana benigna 
- 50-100 mg 1 a 2 x ao dia
Limeciclina
Mais eficaz quando comparada à Minociclina com melhor 
perfil de segurança 
- 150-300 mg 1 x dia 
Isotretinoina oral
Única cura para acne.
- Normaliza a queratinização folicular
- Inibe o crescimento do P. acnes, contém a atividade 
inflamatória 
- 0,5 a 1,0 mg/kg/peso-média de 120 mg/kg/peso 
- Tempo de tratamento de 6 a 8 meses 
Pode ocorrer exacerbação das lesões com melhora após.
Efeitos colaterais: 
- Secura labial (100%),
- Secura da mucosa nasal (50%)
- Secura ocular (20%)
- Epistaxe (30%)
- Conjuntivite (20%)
Controle laboratorial: 
- Hemograma (no início e durante o tratamento)
- Colesterol e triglicerídeos: aumento acima de 300 mg/dl 
de colesterol ou triglicerídeos interromper o tto e reinicia-
lo após a volta da normalidade
- Transaminases: para exclusão de alterações hepáticas 
(doença hepática contra indica o TTO)
Os efeitos colaterais não contraindicam o tratamento.
Corticoide
Indicado em exacerbação da acne no início do TTO com 
isotretinoina oral, formas muita inflamatórias da acne 
cística, conglobata ou fulminante 
- 20 mg/dia 
- Associado à isotretinoina oral e ATB 
Rosácea
Doença inflamatória crônica, com episódios agudos, aco-
metendo as convexidades da face. 
Caracteriza-se por ruborização frequente, eritema 
persistente, telangiectasias, pápulas, pústulas e edema.
Conceito
Epidemiologia 
- Formas mais extensas e graves são 
encontradas em homens 
- Afeta 10% da população 
- Mais em caucasianos 
- Em mulheres é mais comum que em 
homens
- Faixa etária: 30 a 60 anos 
Predominante nas áreas convexos da face: região 
centro-facial nariz, região malar e mento.
Etiologia
Desconhecida.
Características
Fatores agravantes 
- Exposição solar 
- Calor 
- Alimentos e bebidas quentes 
- Bebidas alcoólicas
- Alimentos picantes 
- Associação com Demodex folliculorum 
- Infecção por H. pylori 
Cla"ificação 
Quatro subtipos: 
Rosácea vascular (eritemato-telangectasica) 
Rosácea papulo-pustulosa 
Rosácea fimatosa 
Rosácea ocular 
Clínica 
Não há sintomas sistêmicos como na acne fulminante.
Não há correlação entreo grau de rosácea cutânea e o 
acometimento ocular.
Rosácea vascular
Só eritema (mento, bochecha e nariz)
Pápulo-pustulosa
Tem presença de pápulas e/ou pústulas 
Fimatose 
Nariz aumenta de tamanho
Ocular 
Olho fica vermelho 
Não tem sintomas sistêmicos 
Não tem relação com gravidade entre elas 
Tratamento tópico 
O tratamento visa o controle da doença, pele mais 
sensível, evitar os fatores desencadeantes e agravantes
Fotoprotetores
Sempre recomendado, amplo espectro, FPS igual ou 
superior a 30
Metronidazol 
- Concentração de 0,75 % e 1 %
- Apresentação em gel aquoso ou creme 
- 1 a 2 x ao dia 
- Indicado para rosácea papulo-pustulosa moderada a 
grave 
- Ação anti-inflamatória ou imunossupressora
- Não altera as telangectasias ou flushing 
 Ácido azeláico
- Creme à 20 % ou gel à 15 %
- 1 a 2 x ao dia 
- Indicação para rosácea papulo-pustulosa moderada a 
grave 
- Diminui as lesões inflamatórias e a severidade do eritema 
- Tem eficácia semelhante a do metronidazol
 
OUTROS: nicotinamida, antibióticos (eritromicina, clindamicina) 
Tratamento sistêmico
Antibióticos
Tetraciclina: 250 mg 12/12 h
Eritromicina: 250 mg 12/12 h
Outras: minociclina, limeciclina e doxiciclina. 
 Metronidazol
- Posologia 500 mg 8/8 h- 15 20 dias 
- Pode causar neuropatia periférica se usado por mais de 3 
meses 
- Interação com álcool, warfarin e fenitoína 
Isotretinoina
Alternativa para os casos resistentes 
Dose: 10 mg/dia (pois pode piorar a doença ocular)
Laser e luz pulsad
Úteis no controle das manifestações vasculares (telangectasias)
Tratamento cirúrgico 
Rosácea fimatosa.
- Dermoabrasão 
- Criocirurgia 
- Eletrocirurgia 
- Laser ablativo

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