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QUESTIONÁRIO SOBRE PRISÃO
1 - Como fica a questão do excesso de prazo na instrução processual com a sistemática trazida pela Lei 12.037/11?
R) A jurisprudência havia consolidado o entendimento de que a instrução processual deveria findar-se em 81 (oitenta e um) dias, Após tal interstício, haveria constrangimento ilegal por excesso de prazo, sujeito, inclusive, a ataque via “habeas corpus”. Com o novo procedimento, a partir de 2008, esse prazo ficou em torno de 95 dias. Lembrando que esse prazo tem natureza relativa. Lembrando que se o excesso de prazo for provocado pela defesa não cofigura constrangimento ilegal. Súmula 64 do STJ. Também importa rememorar o conteúdo do enunciado 697 da súmula do STF: “a proibição de liberdade provisória nos processos por crimes hediondos não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo”.
Atualmente com o advento da Lei 13.964/19, apesar de não ter trazido prazo há obrigatoriedade de o Juiz fundamentar a cada 90 dias, de oficio, a necessidade da prisão. 
2 - Como se opera, na prática, o recolhimento domiciliar?
R) a prisão domiciliar não se revela como alternativa à prisão preventiva, mas sim como medida substitutiva desta quando presentes os requisitos do art. 318, do CPP: a) indiciado/acusado maior de 80 anos; b) indiciado/acusado extremamente debilitado por doença grave; c) imprescindibilidade de o indiciado/acusado cuidar de pessoa menor de 06 anos ou deficiente; CUIDADO: Art. 318 foi alterado em 2016 acrescentando os incisos V – gestante; VI – mulheres com filhos menores de 12 anos; VII homens caso seja o único responsável por criança até 12 anos.
3 - Como ficou a execução da prisão preventiva?
R) O art. 306, do CPP, com a redação dada pela Lei nº 12.403/11, estabelece que a prisão e o local onde se encontre o preso deverão ser comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou pessoa por ele indicada. 
Por mandado assinado pelo juiz e se houver a necessidade da utilização de algema 
4 - Como se dá a concessão da Liberdade Provisória?
R) Ao receber o Auto de Prisão em Flagrante ou o preso pela audiência de custódia o juiz, necessariamente, deverá proferir uma decisão (art. 310, do CPP): a) converte a prisão em flagrante em preventiva; b) relaxa a prisão em flagrante por ser ilegal; c) concede liberdade provisória, com ou sem fiança; d) concedendo liberdade provisória mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais nos casos de excludente de ilicitude. Nesta hipótese, não cabe a fixação de fiança, nem mesmo qualquer outra medida cautelar.
5 - Como fica a liberdade provisória nos crimes inafiançáveis?
R: A legislação garante a liberdade provisória ao indiciado/acusado por qualquer crime quando ausentes os pressupostos e requisitos da prisão preventiva. Então, há quem sustente que, nos casos de crimes inafiançáveis, o juiz deve conceder liberdade provisória sem fiança quando ausentes as circunstâncias do art. 312, do CPP. Admite-se a imposição de qualquer outra medida cautelar, a exceção da fiança, por proibição expressa da Constituição da República.
6 - Em quais hipóteses não será cabível a fixação da fiança?
R) Em cinco hipóteses:
a)	Crimes cuja pena não seja privativa de liberdade (art. 283, § 1º, CPP);
b)	Se for cabível a transação penal (art. 76, da Lei nº 9.099/95);
c)	Crimes inafiançáveis ou aos quais a fiança seja proibida (arts. 323 e 324, CPP) – racismo, tortura, tráfico, terrorismo, hediondos e equiparados, cometidos por grupo armado civil ou militar, contra a ordem constitucional e o estado democrático de direito ou ainda em caso em já concedida a pessoa quebrar sem justo motivo, em caso de prisão militar ou civil e quando presentes os motivos da preventiva.
7 - Como se dá o relaxamento da prisão em flagrante?
R) O relaxamento da prisão não se confunde com a liberdade provisória. Aquele decorrerá, sempre, da ilegalidade da prisão. Pelo o juiz ao ser deparar com a falta de cumprimentos do que estabelece a lei: nota de culpa, deito ao silêncio ao advogado, a assistência a família, 
A nova possibilidade do art. 316, paragrafo único. 90 dias 
8 - Em quais situações serão aplicadas as medidas cautelares??
nos casos em que couber preventiva e necessário a aplicação 
Em alternativa a prisão pela desnecessidade. 
9 - Em quais situações serão aplicadas as medidas cautelares?
R) Necessidade da aplicação da Lei Penal, investigação ou instrução criminal por força do princípio da proporcionalidade; e adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou do acusado, por força do princípio da adequação. Com base no art. 282, §1º, poderão ser as medidas cautelares aplicadas de maneira ISOLADA ou CUMULATIVAMENTE
10 - - Quais são as pessoas competentes para requerem a prisão preventiva?
R) a requerimento do Ministério Público); Querelante; Representação da autoridade policial, do existência do poder do Assistente requerer a prisão preventiva, com base no art. 311, da Lei nº 12.403/2011, 
11 - Qual a diferença de prisão penal e prisão cautelar?
R) A prisão penal é aquela cumprida após o juiz aplicar a pena em concreto na sentença, já a cautelar é aquela que o acusado cumpre durante o inquérito ou o processo antes mesmo da condenação. 
12 - Quais são as quatro hipóteses que não caracterizam a violação de domicilio a noite?
R. Flagrante delito, desastre, para prestar socorro e consentimentos do morador. Durante a noite não pode nem com mandado.
13- Quais os impactos da Lei 13.964/19 no que tange a prisão preventiva e as medidas de seguranças?
R. a vedação da decretação de oficio, a criação de mais um requisito: perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. E exige-se muito mais fundamentação e motivação. A necessidade de decidir a cada 90 dias de oficio. O fato de não pode ser atualizada para antecipar pena.
14 - Qual a finalidade da prisão processual?
R. A finalidade é cautelar, ou seja, assegurar o bom desempenho da investigação criminal, do processo penal ou ainda impedir que o individuo solto continue praticando o delito.
Preservar a instrução do processo, evitar fuga e proteger vítimas e testemunhas
15 – Quais as possibilidades que o juiz tem ao receber o APF?
Art. 310 CPP
Relaxar a prisão ilegal 
Conceder liberdade provisória com ou sem fiança;
Converter em preventiva.
Aplicar as medidas cautelares diversas da prisão.
16 – A autoridade policial pode arbitrar fiança?
R; Sim, quanto a infração tiver pena máxima menor que 4 anos 
17 - Comente acerca da garantia da ordem pública, nos casos de prisão preventiva;
R) Existe um risco concreto de que o indivíduo continue delinquindo. 
18 - Em quais casos o próprio delegado pode arbitrar fiança e quais os parâmetros?
R: Nos crimes cujas penas não ultrapassem 4 anos e os parâmetros encontram-se no art. 325 CPP, de um a 100 salários mínimos.
19– Em quais situações julga-se quebrada a fiança?
R) art. 341 do CPP: 
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo; 
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo;
III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança; 
IV - resistir injustificadamente a ordem judicial; 
V - praticar nova infração penal dolosa.
20 – Qual a diferença do flagrante próprio e impróprio?
R) o próprio está no art. 302, I e II: I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la; já o impróprio é o inciso III: é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
21 – Em que consiste a ação controlada ou flagrante retardado?
R) Também chamada de ação controlada: consiste no retardamento da intervenção policial para que se dê no momento mais oportuno sob o ponto de vista da colheita de provas. Essa ação controla está prevista na nova Lei de organizações criminosas (12.850/13), Também na Lei 11.343/06 (Lei de drogas), no art. 53 com a necessidade de autorização judicial. Também existem na Lei lavagem de capitais
art. 4º § 4º. Também há a necessidade de autorização.
22 - Qual a finalidade da prisão temporária?
R) A Lei da temporária é decretada quando for imprescindível para as investigações, nos crimes específicos da lei 7.960/89 e só é decretada durante a fase do inquérito quando o crime for hediondo e equiparados e constante do rol do inciso III do art. 1º da Lei 7.960/89.
23 - Em caso de prisão em flagrante, qual a medida mais adequada para tentar reverter?
R: Se o juiz ainda não converteu em preventiva entra-se com relaxamento com base em alguma ilegalidade, se já convertida, entra-se com pedido de revogação e subsidiariamente com pedido de substituição pelas medidas cautelares. Primeiro deve ser pedido para o juiz da ação, se não der certo, entre-se com o HC no tribunal. O HC é um remédio constitucional que pode entrar direito, mas seria pular uma chance. 
24 – Cite 3 situações que configuram prisão ilegal. 
R: A não situação de fragrância, não entregar a nota de culpa em 24 horar, não enviar o APF em 24 horar para o juiz, e também para a defensória, prisão com violação de domicilio, uso da algema em desacordo com a Súmula Vinculante 11, etc....
25- Qual os prazos da prisão temporária?
5 dias prorrogáveis por mais 5 se crime comum e 30 mais 30 se crime hediondo.
26- quais os requisitos da prisão preventiva?
Art. 312 fumus comissi delict (prova do crime e indícios de autoria) periculum libertatis, ou seja, garantia da ordem pública e econômica, aplicação da lei penal e conveniência da instrução criminal e estado de perigo da liberdade.
Art 313 CPP.
27- Porque a decisão que manda prender deve ser fundamentada?
Porque o art. 93 da CF assim exige sob pena de nulidade, privação da liberdade. Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada. 
28- Cite duas citações que mesmo a pessoa sendo presa em flagrante não ficará detida.
Em caso de crime do art. 28 da lei de droga, 
Crime de menor potencial ofensivo
Lesão corporal culposa no transito que há o socorro da vitima art. 301 
29- Em quais situações são permitidos o uso de algema?
Súmula 11 Uso de algemas é medida de natureza excepcional somente sendo admitido nas seguintes hipóteses: a) para evitar a agressão do preso contra os policiais, contra terceiros ou contra si mesmo; b) para prevenir o risco de fuga.
30 - Irdônio, dono de um estabelecimento comercial, foi preso em flagrante por ter impedido o acesso à sua loja e ter se negado a atender a uma cliente afrodescendente, conduta essa tipificada no artigo 5º da Lei n. 7.716/89 e com pena cominada de reclusão de um a três anos. Diante dos fatos, seria cabível à autoridade policial arbitrar fiança à Irdônio, haja vista tratar-se de ilícito criminal cuja pena privativa de liberdade é inferior a quatro anos?
R: Estando o racismo no rol de crimes inafiançável, logo o delegado não pode arbitrar fiança, mas nada impede que o juiz conceda a liberdade provisória. 
Pela lei de crimes hediondos: terrorismo, tráfico e tortura. 
o Brasil, a constituição federal, em seu artigo 5º, nos incisos XLII a XLIV, considera cinco tipos de crimes como tal:
· racismo (inciso XLII) lei 7.716/89.
· prática de tortura (inciso XLIII)
· tráfico de entorpecentes e drogas afins (inciso XLIII)
· crimes hediondos (inciso XLIII)
· terrorismo (inciso XLIII)
· ação de grupos armados contra a ordem constitucional e o estado democrático (inciso XLIV)
31 - O juiz pode decretar a prisão preventiva do agente se verificar, a partir das provas coligidas aos autos, que o fato foi praticado sob o amparo de uma excludente de ilicitude?
Não pode, de apenas aplica o comparecimento em juízo, mesmo se descumprir não cabe prisão. 
32 - Sobre fiança é correto dizer que ela só pode ser arbitrada no momento da lavratura do flagrante?
R. até a sentença transitada em julgada. Art. 334.  A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória.  
33 – Em quais casos será exigido o reforço na fiança?
R se no recebimento da denúncia o MP mudar a capitulação do crime; insuficiente por engano de que aplicou, depreciação do bem sequestrado. Art. 340 CPP.
34- A falta da audiência de custódia é causa de nulidade do flagrante e relaxamento da prisão?
R: pelo CPP é obrigatório, mas a decisão do STF em suspender acabar desobrigando os juízes a fazer no prazo de 24hs ?
35 – Em caso de prisão temporária, qual será a medida mais adequada para reverter?
Pedido de revogação ou HC
36 - O juiz pode decretar prisão de preventiva de oficio?
R: Não. Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

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