Buscar

Osteoartrose: Definição, Epidemiologia e Fatores de Risco

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

OSTEOARTROSE 
DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA 
Osteoartrose/Osteocondrite 
• Doença degenerativa das articulações sinoviais 
(Diartroses) 
• Mais prevalente das reumatopatias 
• Não é uma consequência normal do 
envelhecimento, e sim uma doença que 
depende da interação de fatores genéticos, 
biomecânicos e metabólicos 
Característica clínica 
• Dor 
• Limitação funcional (insuf. Articular) 
 
Característica radiológica 
• Presença de osteófitos 
• Redução do espaço articular 
• Esclerose do osso subcondral 
 
Característica histopatológica 
• Perda da integridade da cartilagem articular 
 
Epidemiologia – Prevalência 
• Aspectos clínicos vs radiológicos 
• A presença de osteófitos numa articulação 
característica já é suficiente para definir a OA 
 
Segundo aspectos 
clínicos 
3,5% a 10 % nos > 60 
anos 
Mulheres < 45 anos 
segundo critérios 
radiológicos 
2% 
Mulheres 45- 65 anos 
segundo critérios 
radiológicos 
30% 
Mulheres > 65 anos 
segundo critérios 
radiológicos 
70% 
 
FATORES DE RISCO 
Idade 
• Fator de risco mais importante 
• O grau de atividade metabólica da cartilagem 
articular diminui progressivamente com o 
passar do tempo 
Sexo feminino 
• Mulheres idosas possuem risco 
desproporcionalmente aumentado de OA em 
todas as articulações 
• Deficiência de hormônios sexuais após 
menopausa 
Predisposição genética 
• Significativa somente em algumas articulações 
• Cerca de 50% dos casos de OA de quadril são 
familiares – foram identificadas mutações me 
genes envolvidos com a secreção de matriz 
extracelular pelos condrócitos (ex: alelo FRZB) 
• Na OA de joelho o fator genético é menos 
importante, presente em apenas 30% 
Obesidade 
• Aumenta o risco de OA nas mãos 
• Acredita-se que o acúmulo de gordura corporal 
esteja relacionado à maior circulação de algum 
fator metabólico que predisponha a OA 
• Na OA dos joelhos é o principal fator de risco 
por exercer ação mecânica direta 
Desalinhamento anatômico das articulações 
• Ex: rotura de meniscos, ligamento, cápsula, 
fratura óssea com incongruência das 
superfícies articulares 
• Leva um desequilíbrio de forças mecânicas 
intra-articulares 
• Doença de Legg-Perthes (osteocondrose da 
cabeça femoral na infância), na displasia 
acetabular e no genu valgum ou geno varum 
Atividades profissionais e esportivas 
• Explica a maior prevalência de OA em homens 
em relação as mulheres nas faixas etárias <45a 
• Atividades repetitivas de flexão dos joelhos 
• Rotura de menisco e a meniscectomia são 
fatores de risco de OA de joelho em homens de 
meia-idade 
Doenças metabólicas sistêmicas 
• Ocronose 
• Hemocromatose 
• Interferem no turnover da matriz cartilaginosa 
Osteoporose e tabagismo!!! 
• Apresentam correlação negativa com a OA, 
como se fossem ‘’protetores’’ 
PATOLOGIA 
ALTERAÇÕES DA CARTILAGEM 
Fases iniciais 
• Irregularidade da superfície cartilaginosa – 
Fibrilação 
Com o avançar do processo 
• Surgem fendas e erosões na cartilagem 
articular, tipicamente com distribuição focal 
(áreas com sobrecarga de peso) 
• Evoluem para o desnudamento do osso 
subcondral, que aparece como uma superfície 
branca e polida, semelhante ao marfim – 
Eburnação 
• Ao corte da peça anatômica, observa-se a 
redução da espessura da camada cartilaginosa, 
que pode desaparecer por completo em certos 
locais 
Alterações na composição da cartilagem 
• Torna-se mais hidratada e com menor 
quantidade de proteoglicanos (condromalácia) 
• Na sua porção mais superficial há perda de 
condrócitos 
• Na zona mais profunda, adjacente ao osso, 
existem focos de regeneração celular 
ALTERAÇÕES DO OSSO SUBCONDRAL 
• A injúria micro traumática permanente ao osso 
subcondral estimula os osteoblastos a 
sintetizarem matriz óssea – Esclerose óssea 
• Algumas regiões sofrem necrose por 
absorverem as altas pressões provocando a 
formação de cistos subcondrais 
• Os osteófitos já podem ser formados desde as 
fases iniciais da OA, - acentuação do processo 
de regeneração cartilaginosa, porém 
predominando em regiões não expostas a altas 
pressões (bordos das cartilagens) 
• Ossificação secundária: invasão de vasos 
sanguíneos na cartilagem neoformada 
Osteófitos 
• Prolongamentos osteocartilaginosos 
encontrados nas margens da articulação 
acometida 
• Achados característicos da OA 
SINOVITE 
• A inflamação não é tão acentuada como nas 
artrites inflamatórias 
• Decorrente à liberação de múltiplos 
fragmentos ósseos e cartilaginosos que se 
desprendem de uma superfície articular 
altamente degenerada 
Casos avançados 
• Formação de cristais microscópicos de fosfato 
e pirofosfato de cálcio dentro do líquido 
sinovial 
• Tais cristais induzem a liberação de enzimas 
proteolíticas e citocinas, participando do 
processo inflamatório crônico 
PATOGÊNESE 
Osteoartrose primária/idiopática 
• Possui padrões articulares clássicos 
• Grupo mais frequente 
Osteoartrose secundária 
• Traumas 
• Malformações anatômicas 
• Doenças congênitas (Legg-Perthes) 
• Osteonecrose 
• Endocrinopatias (hipotireoidismo, 
acromegalia) 
• Distúrbios metabólicos (hemocromatose, 
doença de Wilson, ocronose) 
Condrócitos 
• Células ativas com metabolismo lento 
• Reposnsáveis pela síntese de matriz 
cartilaginosa 
• Produzem também enzimas capazes de 
degradar as macromoléculas da matriz – 
metaloproteínas 
• Balanço entre síntese e degradação 
Osteoartrose 
• Balanço negativo – a degradação é maior do 
que a síntese 
• Na tentativa de reparar o dano, os condrócitos 
sintetizam macromoléculas diferentes, 
inadequadas para a composição do tecido 
normal 
• Citocinas produzidas pelas células da sinóvia 
contribui para esse desequilíbrio 
• O estresse biomecânico pode tornar os 
condrócitos mais sensíveis a ação do TNF- alfa 
e da IL-1 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Sintomas VS sinais radiológicos 
• A maioria dos pacientes com esses sinais não 
possuem sintomas – Fase inicial da doença 
• A intensidade dos sintomas não possui relação 
direta com o grau de OA na radiografia 
Articulações mais acometidas 
• Primeira metatarsofalangeana (hálux valgo) 
• Interapofisárias 
• Interfalangeanas distais 
• Interfalangeanas proximais 
• Carpometacarpiana do primeiro quirodáctilo 
(polegar) 
• Joelhos 
• Quadril 
• Cotovelo pode ser acometido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulações não tipicamente afetadas 
• Metacarpofalangeanas 
• Articulação do tornozelo (salvo nas formas 
secundárias 
 
Principais sintomas articulares 
• Dor articular associada ao uso 
• Dor articular em repouso ou noturna 
• Rigidez articular após repouso (<30min) 
• Sensação de insegurança/ instabilidade 
articular 
• Limitação ao arco do movimento 
• Incapacidade física 
 
Dor articular 
• Principal sintoma 
• Precipitada ou piorada pelo uso da articulação 
• Começa segundos ou minutos após o início do 
movimento, podendo permanecer horas após 
o repouso 
• Tipo aperto ou constrição 
• 30% apresentam dor noturna 
Mecanismo da dor articular 
1. Instabilidade articular, levando ao estiramento 
de ligamentos e da cápsula articular 
2. Pressão intraóssea elevada. Principalmente na 
placa subcondral, secundária à inflamação 
(vista na RNM como edema de medula óssea) 
3. Sinovite 
4. Dor muscular 
5. Síndromes periarticulares secundárias- 
bursite, tenossinovite 
Rigidez Articular 
• Desencadeada pelo repouso 
• Não dura mais do que 30min (geralmente 
apenas alguns minutos) 
Fraqueza e atrofia dos músculos periarticulares 
• Achados comuns 
• Explicados pelo desuso da articulação 
• Contribui para a OA, por aumentar a 
instabilidade articular, forçando os ligamentos 
e tendões 
EXAME FÍSICO 
 Principais sinais articulares da OA 
1. Aumento do volume, com consistência firme 
2. Dor ao movimento passivo 
3. Crepitação audível ou palpável 
4. Limitaçãoreal da amplitude articular 
5. Instabilidade articular 
6. Sinais de sinovite (leve ou moderada) 
7. Nódulos de Heberden e Bouchard 
 
Articulação acometida 
• Tipicamente apresenta um ligeiro aumento de 
volume, de consistência firme, com pontos 
dolorosos periarticulares 
• Normalmente, não há sinais de derrame 
articular 
 
Movimentação passiva 
• Pode ser dolorosa 
• Crepitações audíveis ou palpáveis 
 
Casos mais avançados 
• Presença de deformidade articular 
• Limitação ao movimento passivo 
 
Evidencias de sinovite – OA inflamatória 
• Leve a moderada 
• Muita dor a movimentação, edema, aumento 
da temperatura e discreto aumento articular 
• Abordagem terapêutica diferente 
• Afastar pseudogota e artrite séptica 
 
OA é progressiva? 
• Não, em vários pacientes ocorre a 
estabilização da doença 
• Alguns pacientes experimentam regressão da 
dor e até mesmo alterações radiográficas 
 
Nódulos de Heberden 
• Expansão firme de osso recoberto de 
cartilagem – osteófitos palpáveis 
• Proeminente sobre o dorso das articulações 
interfalangeanas DISTAIS 
 
Nódulos de Bouchard 
• Aumentos localizados sobre articulações 
interfalangeanas PROXIMAIS 
 
 
 
ACHADOS RADIOLÓGICOS E DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico 
• História + exame clínico + exame radiológico 
 
 
Principais sinais radiológicos da OA 
1. Osteófitos- proeminências ósseas nas bordas 
da articulação 
2. Redução (algumas vezes perda do espaço 
articular 
3. Esclerose do osso subcondral- acentuação da 
hipotransparência na região subcondral 
4. Cistos subcondrais- imagens radioluscentes 
arredondadas na região subcondral 
5. Colapso do osso subcondral 
 
 
Achados + quadro clínico 
• Sugere fortemente o diagnóstico 
• Somente OA de mãos a radiografia não tem 
valor diagnóstico 
Gravidade da OA 
• Pode ser estimada pelos sinais radiológicos 
• Redução muito acentuada ou perda do espaço 
articular e presença de cistos subcondrais são 
sinais de gravidade 
• O colapso do osso subcondral é um evento 
terminal 
 
 
 
Tomografia computadorizada 
• Superior à radiografia convencional na 
avaliação da articulação do ombro 
Ressonância nuclear magnética 
• Exame de escolha para o diagnóstico de varias 
condições associadas: rotura de 
menisco,rotura de ligamento cruzado, 
osteonecrose, lesão do manguito rotador do 
ombro 
Exame do líquido sinovial 
• Derrame do tipo não inflamatório 
• Menos de 2.000 leucócitos por mm3 
• Predomínio de células mononucleares, com 
glicose normal 
Exame de sangue 
• Provas de atividade inflamatória (hemograma, 
VHS, proteína C reativa) caracteristicamente 
normais na OA 
• FAN e FR normais 
• Em idosos podemos encontrar FR+ em baixos 
níveis, mas tal achado se correlaciona com a 
idade avançada do paciente, e não à presença 
de um processo inflamatório autoimune 
PECULIARIDADES DAS ARTICULAÇÕES 
ACOMETIDAS 
MÃOS 
• Forma mais comum de OA primária 
• Mais frequente no sexo feminino, 
comprometendo inicialmente mulheres de 
meia-idade 
• Nítida predisposição familiar 
• Associada à obesidade de OA de joelhos 
• Nódulos de Heberden são característicos, 
Nódulos de Bouchard são menos comuns → 
OA nodal 
Apresentação 
• Forma insidiosa com dor e rigidez 
• Ou com um quadro articular agudo e 
recorrente, com sinais de sinovite 
• Eventualmente, pode-se encontrar pequenos 
cistos gelatinosos, contendo ácido hialurônico, 
no dorso dos dígitos, especialmente na 
inserção do tendão extensor dos dedos na 
base da falange distal 
OA nodal erosiva 
• Cursa com acometimento articular mais 
agressivo 
• Há maior destruição da cartilagem e do osso 
subcondral 
• Comum o achado radiológico de cistos e 
erosões ósseas 
• A deformidade e comprometimento sinovial 
podem ser graves 
• Sinóvia mais extensamente infiltrada por 
mononucleares 
Rizartrose 
• OA da articulação carpometacarpiana do 
polegar 
• Pode ocorrer de forma isolada ou em 
associação com a OA das interfalangeanas 
• Isolada mais comum em homens, não possui 
relação com a obesidade, nem com 
predisposição genética 
• Paciente apresenta dor ao movimento de 
pinçar e pode desenvolver uma deformidade 
quadrangular na base do polegar 
 
 
 
 
 
Critérios diagnósticos para OA de mãos 
• Presença de dor ou rigidez nas mãos (critério 
obrigatório), associado a, pelo menos, 3 dos 
critérios abaixo 
 
JOELHO 
• Pode ser uni ou bilateral 
• Mais comum no sexo feminino 
• Forma mais relacionada a obesidade 
• Algumas atividades profissionais ou esportivas 
podem predispor, bem como fraturas, roturas 
de menisco ou ligamento cruzado ou 
desalinhamentos congênitos (genu varum e 
valgum) 
Acometimento articular 
• Pode acometer toda a articulação ou apenas 
um compartimento 
• O compartimento medial -e mais acometido 
(75% dos casos), seguido pelo patelofemoral 
(50%) e pelo lateral (25%) 
Categorias esteotipadas de pacientes que apresentam 
AO de joelho 
1. Mulheres de meia-idade ou idosas, que 
apresentam a forma primária, frequentemente 
relacionada à obesidade e ao 
comprometimento das mãos 
2. Homens de meia-idade, com a forma 
secundária á lesão de menisco ou 
meniscectomia 
Quadro clínico 
• Dor à deambulação 
• Dificuldade em subir escadas 
• Rigidez articular matinal 
• O acometimento do compartimento medial 
pode levar a deformidade tipo genu varum 
(pernas arqueadas) 
• Mais raramente, o acometimento do 
compartimento lateral pode induzir genu 
valgum 
 
Diagnóstico clínico 
• Dor no joelho (critério obrigatório) associada a, 
pelo menos 3 dos critérios abaixo 
 
Critérios clínico-radiológico 
 
Curso da doença 
• Geralmente insidioso 
• Longos períodos de instabilidade 
• Episódios de agudização (sinovite) 
• Em alguns pacientes a evolução é grave, 
levando a um quadro de dor intratável ou ao 
colapso ósseo necessitando de cirurgia de 
correção (artroplastia de joelho) 
Fraqueza associada do quadríceps 
• Exercícios diários de extensão da perna 
contribuem para a melhora da dor nesses 
pacientes, contando que não sejam indicados 
durante o quadro de sinovite 
Acometimento patelofemoral 
• Costuma dar a clássica dor à compressão 
manual da patela com o quadríceps contraído 
OA patelofemoral VS Síndrome Álgica patelofemoral 
• A síndrome é caracterizada por dor 
retropatelar, exacerbada ou precipitada pelo 
ato de ajoelhar-se, subir ou descer escadas 
• Causa mais comum de dor patelar em 
mulheres com menos de 45 anos 
• Dor proveniente do desgaste causado por 
sobrecarga crônica do joelho 
• Fatores predisponentes: genu valgum e mau 
alinhamento patelofemoral 
• Condromalacia Patella: estado mais grave, com 
presença de anormalidades artroscópicas 
• Síndrome com curso benigno e raramente 
evolui para OA 
QUADRIL 
• Alguns autores dizem que é mais comum no 
sexo masculino, outros dizem que não há 
diferença entre os sexos 
• Não há confirmação da relação com a 
obesidade 
• Associação negativa com a osteoporose 
• Maioria das vezes é unilateral 
Tipos anatômicos 
1. Superolateral (60% dos casos), mais comum no 
sexo masculino 
2. Inferomedial (25%), mais comum n o sexo 
feminino 
3. Concêntrico (15%), mais comum no sexo 
feminino 
OA de quadril primária 
• Maioria dos casos 
• Acredita-se que grande parte dos casos, seja 
decorrente de efeitos congênitos mais sutis, 
como uma displasia acetabular não 
identificada na infância, que por conta da 
incongruência entre as superfícies articulares 
leva a um desgaste acelerado da cartilagem, 
manifestando-se como OA na vida adulta 
OA de quadril secundária 
• 20% dos casos 
• Secundaria a patologias previamente 
conhecidas (displasia acetabular, doença de 
Legg-Perthers, deslocamento congênito do 
quadril, diferença de comprimento entre os 
MMII) 
Quadro clínico 
• Principal sintoma é dor a deambulação, 
referidana nádega, na virilha, na coxa ou até 
mesmo no joelho (25% dos casos) 
• A dor normalmente piora com a rotação 
interna da coxa 
• A rigidez articular acaba por dificultar tarefas 
do cotidiano 
Critérios diagnósticos 
• Dor no quadril (critério obrigatório) + 2 dos 
critérios abaixo 
 
Curso 
• Acredita-se que a maioria dos pacientes tenha 
uma evolução insidiosa, com períodos longos 
de estabilidade 
• Nos casos graves, ocorre colapso da cabeça do 
fêmur, com redução do MMII afetado e dor 
refratária 
• A rotação interna (medial) é o primeiro 
movimento a ser perdido nos casos com 
incapacidade funcional 
• Existe um grupo de pacientes que apresenta 
uma evolução rápida e desastrosa, tornando-
se incapacitado após alguns poucos anos, 
necessitado precocemente de artroplastia de 
quadril 
 
COLUNA VERTEBRAL 
Espondilose 
• Termo que define a doença degenerativa da 
coluna vertebral 
 
Componentes da espondilose 
1. Degeneração do disco intervertebral 
2. Osteoartrose das articulações interapofisárias 
(facetarias) 
OBS: Geralmente aparecem em conjunto, na mesma 
localização 
Regiões afetadas 
• Segmentos lordóticos da coluna vertebral (o 
primeiro de maior mobilidade e o segundo de 
maior sustentação de peso) 
• Coluna cervical, geralmente em torno de C5 
(espondilose cervical), e pela coluna lombar, 
geralmente em torno de L3, L4 e L5 
(espondilose lombar) 
Alterações do ponto de vista patológico e radiológico 
• Redução do espaço discal 
• Osteófitos nas bordas do corpo vertebral 
• Sinais clássicos nas articulações apofisárias: 
redução ou perda do espaço articular, 
esclerose subcondral e osteofitose 
 
 
 
 
 
Sintomas Álgicos 
• Não possuem relação importante com os sinais 
radiológicos de espondilose 
• Grande parte dos indivíduos acima de 45 anos 
possui algum sinal de espondilose 
degenerativa no exame radiológico, embora a 
maioria não refira sintoma algum 
 
Dor da espondilose 
• Provavelmente se origina da tensão das 
estruturas ligamentares, musculares, no ânulo 
fibroso discal e na própria articulação 
apofisária 
• Piora com o movimento da coluna 
• Maior ao acordar e no final do dia (após a 
atividade física) 
• Dor da OA apofisária piora com a extensão da 
coluna 
• Dor da doença discal piora com a flexão da 
coluna 
• A dor cervical pode irradiar para o ombro 
• A dor lombar pode irradiar para as nádegas e 
coxa 
• Cervicalgia e lombalgia atribuídas a 
espondilose são frequentes na faixa etária de 
45-65 anos – Após a terceira idade, a rigidez ou 
a imobilidade articular ‘’protegem’’ o paciente 
da dor (pelo estiramento articular), apesar da 
evolução dos sinais radiológicos 
Complicações da espondilose 
• Compressão radicular 
• Mielopatia espondilólica cervical 
• Compressão da artéria vertebral 
• Estenose do canal vertebral lombar (tem como 
diagnóstico diferencial a Síndrome de Leriche) 
• Espondilolistese 
Hérnia de disco 
• Costuma se apresentar numa fase mais 
precoce do processo, entre 30-50 anos de 
idade, momento no qual o núcleo pulposo 
ainda não perdeu sua turgência 
OA de coluna vertebral X Hiperostose Esquelética 
Idiopática difusa (DISH) 
• Na DISH ocorre calcificação acentuada dos 
ligamentos paraespinhais, conferindo a estes o 
aspecto radiográfico de ‘’cera escorrendo’’ 
• As articulações sacroilíacas são tipicamente 
poupadas 
• Acomete mais o segmento lombar, depois 
torácico 
• Manifestações clínicas são geralmente brandas 
e, algumas vezes ausentes, em contraste com 
os achados radiológicos fluídos 
TRATAMENTO 
MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS 
• OA com sintomatologia leve a moderada → 
terapia não farmacológica deve ser a única 
medida prescrita 
Estratégias de diminuição na sobrecarga articular 
• Redução ponderal 
• Uso de bengalas e andadores 
• Calçados acolchoados ou palminhas 
especializadas 
OA de joelho 
• Uso de fias adesivas ou joelheiras fenestradas 
– realinhamento da articulação pode diminuir 
a velocidade de evolução da doença 
Exercícios físicos 
• Prescritos no intuito de melhorar o 
condicionamento físico, reforçar a 
musculatura periarticular e ampliar a 
mobilidade da articulação acometida 
• O mais consagrado é a extensão de pernas 
(utilizando caneleiras), para fortalecer o 
quadríceps 
• Recomendam-se também atividades aeróbicas 
como: natação, hidroginástica e caminhadas 
Outros 
• Fisioterapia motora 
• Aplicação de frio ou calor local – pode elevar o 
limiar de dor e reduzir a espasticidade 
muscular 
• Períodos de repouso programado ao longo do 
dia 
• Estimulação nervosa elétrica transcutânea 
(TENS) 
• Acupuntura 
 
 
MEDIDAS FARMACOLÓGICAS 
• Controle dos sintomas 
• Indicados na OA com sintomatologia graves, 
ou nos casos refratários 
ANALGÉSICOS (PARACETAMOL) 
• Acetaminofeno (tylenol) 
• Droga de escolha para o controle da dor 
• A primeira droga a ser prescrita 
Dose 
• 1g VO 6h/6h 
Efeito analgésico 
• Equiparável ao dos AINES, com vantagem de 
ter menos efeitos adversos 
• Mantido por tempo limitado, já que a doença 
tende a evoluir com períodos de estabilidade 
ANALGÉSICOS OPIOIDES 
• Tramadol e codeína 
• Seu uso é reservado aos pacientes com dor 
intensa, refratária à analgesia com analgésicos 
comuns e AINE 
CREME DE CAPSAICINA 
• A 0,025% 
• Alívio pela depleção das terminações nervosas 
de substância P 
• Medicação tópica 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS 
(AINES) 
• Indicados nos casos de dor refratária ao 
paracetamol ou nos casos de OA inflamatória 
(edema articular, dor noturna, rigidez matinal 
por mais de 30min) 
• Prescrição por tempo limitado, pois longos 
períodos aumento sobremaneira o risco de 
efeitos adversos 
Pacientes sem história de doença péptica 
• Ibuprofeno (800mg 8/8h) 
• Naproxeno (500mg 12/12h) 
• Diclofenaco (75mg 12/12h) 
 
 
Pacientes com intolerância gastrointestinal 
• AINES seletivos para a COX-2 (Celecoxib) 
• Essa classe aumenta o risco de eventos 
adversos cardiovasculares 
 
Alternativa ao uso dos inibidores da COX-2 
• Usar inibidores não seletivos com drogas 
gastroprotetoras (misoprostol, famotidina, 
omeprazol) 
Tratamento de complicações locais da OA 
• Bursite pré-patelar 
• Bursite anserina 
• Artrite da pseudogota 
CORTICOIDES INTRA-ARTICULARES 
• Podem ser utilizados nos casos refratários de 
dor monoarticular- alívio por 4-6 semanas 
• Efeito teórico indesejável: ↓ da capacidade de 
regeneração da cartilagem articular 
• No mínimo periodicidade trimestral 
• Responde melhor na OA que afeta a 
carpometacarpiana do polegar 
• Não deve ser injetado nas interfalangeanas – 
estimula a precipitação de cristais de apatita e 
calcificação articular 
DERIVADOS DO ÁCIDO HIALURÔNICO 
(REGENERADOR ARTICULAR) 
• Injeções intra-articulares semanais (total de 5) 
de derivados → Hialuronato de sódio 
• Indicado em certos casos de OA grave de 
joelho (efeito perdura por até 6 meses) 
REPOSIÇÃO DE PROTEOGLICANOS (SULFATO DE 
CONDROITINA E SULFATO DE GLICOSAMINA) 
• O Colégio americano de reumatologia autoriza 
o uso dessas substâncias no tratamento 
adjuvante da OA, principalmente a de joelho 
• Até o momento não foi confirmado que essa 
terapia consiga reverter o processo 
fisiopatológico da doença 
OUTROS MEDICAMENTOS 
Colchicina 
• Pode ser tentada em pacientes com OA 
inflamatória refratária a outros fármacos 
Hidroxicloroquina 
• Apesar da ausência de grandes estudos 
randomizados, vem sendo utilizada por alguns 
grupos 
Diacereína 
• Reduz a síntese de IL-1 beta e 
metaloproteases, aumentando a produção de 
colágeno e proteoglicanas 
• Eficácia discreta 
• Efeito adverso: diarreia 
MEDIDAS INTERVENCIONISTAS 
Lavagem articular 
• Com soro fisiológico e consequente remoção 
de debris 
• Casos refratários de OA de joelho ou ombro 
• Alivio sintomático por alguns mesesArtroscopia 
• Remoção de fragmentos de cartilagem pode 
prevenir a rigidez articular e eliminar a dor, 
especialmente em pacientes com 
predominância de sintomas mecânicos 
 
Artroplastia total da articulação 
• Com colocação de uma prótese articular 
• Reservada para pacientes com OA grave que 
possuem dor refratária e incapacidade 
funcional 
• Eficaz principalmente nas lesões de joelho e 
quadril 
• Medida terapêutica que mais modificou a 
história natural 
• Devem ser evitadas ao máximo em pacientes 
mais jovens (<65 anos) – quanto maior a 
expectativa de vida do paciente, maior a 
probabilidade de ocorrer falência da prótese 
(luxação) 
ARTROPATIA NEUROPÁTICA: A ‘’ARTICULAÇÃO 
DE CHARCOT’’ 
• Forma severa de osteoartrose 
• Caracterizada por destruição progressiva 
articular associada à perda sensorial 
• A redução da sensação de dor e propriocepção 
somadas à perda dos reflexos musculares 
normais, que modulam o movimento articular 
são envolvidas com a fisiopatologia 
Relação com outras doenças 
• Pode complicar uma variedade de doenças 
neurológicas que cursam com a neuropatia 
sensorial 
• DM figura como a causa principal, seguido pela 
amiloidose, hanseníase, siringomielia, tabes 
dorsalis (5-10% dos pacientes) e 
meningomielocele 
 
Quadro clínico 
• A articulação envolvida pode apresentar-se 
com aumento de volume em função dos 
derrames sinoviais 
• Quando há acometimento do joelho a 
instabilidade pode levar a deformidade em 
varus, valgus e o aumento das superfícies 
ósseas articulares e periarticulares 
• A ausência de dor e incapacidade funcional 
podem fazer com que o paciente procure 
auxilio em fazes tardias 
• Instabilidade, subluxação, crepitações 
• Os diabéticos podem apresentar reabsorção 
dos metatarsos e falanges, sendo muitas vezes 
difícil a diferenciação com osteomielite 
DIAGNÓSTICO 
• Nas fases iniciais não costumam ser 
encontradas alterações radiológicas que, em 
casos plenamente desenvolvidos, se 
caracterizam por destruição articular, 
subluxações, neoformação óssea e derrame 
articular 
• Liquido sinovial pode se apresentar seroso, 
serossanguíneo ou francamente hemorrágico 
• Biópsia óssea: afastar osteomielite, 
osteossarcoma e carcinoma metastático 
• Cintilografia com leucócitos e imunoglobulinas 
marcadas com índio 111 mostra absorção 
aumentada na osteomielite, mas não na AN 
 
 
TRATAMENTO 
• Não há tratamento curativo 
• Diagnóstico precoce para evitar deterioração 
futura 
• Imobilizações temporárias e uso de 
dispositivos ortopédicos são medidas de 
primeira linha 
• Cirurgia (artrodese) é recomendada na 
presença de ulcerações e deformidades 
inaceitáveis

Continue navegando

Outros materiais