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Morte Celular

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Morte Celular Morte Celular 
 
É quando a célula sofre uma lesão em que não há mais recuperação, causando então a morte celular. 
 
Necrose 
Uma lesão reversível leva a uma alteração de 
célula em que ela pode se recuperar. Em caso de 
lesão progressiva (agressão contínua em grande 
quantidade), onde diante disso, a célula passa 
por processo de adaptação, evoluindo para a 
necrose. 
A célula então passa a ter alterações, como a 
tumetação do retículo endoplasmático e 
mitocôndria (aumento e edema nas regiões). 
Com isso, a célula começa a ter rompimentos, 
perdendo hidroeletrólitos com entrada de sódio, 
potássio, cálcio, água. 
Outras estruturas começam a sofrer com a perda 
passiva dos reagentes de concentração. Seus 
constituintes intracelulares são liberados, sendo 
eles mediadores químicos inflamatórios, 
recrutando células polimorfonucleares, 
ocorrendo o processo de inflamação aguda. 
 
 
 
 
Tipos 
Coagulativa 
Ocorre em tecidos irrigados por apenas um vaso 
– ex: coração (coronária) e baço – se esse vaso 
for obstruído, consequentemente ocorre a 
parada da chegada de sangue e O2, não tendo 
mais a produção de ATP e mecanismos de 
transporte ativo de membranas (bomba Na+/K+); 
Desnaturação celular com arcabouço (células 
estruturais – tecido conjuntivo) preservado – as 
células com arcabouço não se desfazerem; 
Células fantasmas – células com ausência de 
núcleo; 
IAM – enzimas – lesão 
 
 
Liquefativa 
Ocorre em tecidos que não tem arcabouço, 
como o cérebro; 
Os neurônios têm o núcleo “apagado”, virando 
células fantasmas; 
Por não ter tecido conjuntivo, ocorre liquefação, 
gerando abcessos; 
Pode formar novos vasos e “reabilitação” do 
tecido 
 
 
 
Caseosa 
Tem característica cheia de furos; 
É comum em pulmões tuberculosos; 
Fumaças não degradadas pelos macrófagos 
tomam conta dos pulmões e dão a ele uma 
característica negra; 
Antes há o granuloma, que avança gerando 
processo inflamatório – o bacilo chega ao 
pulmão, é fagocitados pelo macrófago e não 
consegue destruir a tuberculose, fazendo do 
macrófago um meio de cultura, colonizando-o. 
Isso gera um processo inflamatório crônico. 
É um tipo especial de necrose que ocorre na 
tuberculose onde as células são transformadas 
em uma massa amorfa constituída de proteínas 
e lipídeos. Foi assim chamada porque 
macroscopicamente lembra o aspecto de queijo 
cremoso. Microscopicamente tem aspecto 
granuloso e amorfo (células mortas e sem vida) 
com perda total de detalhes celulares, sendo 
uma combinação de coagulação e liquefação. 
A área necrótica exibe uma coleção de células 
rompidas ou fragmentadas e restos granulares 
amorfos encerrados dentro de uma borda 
inflamatória nítida, essa aparência é uma 
característica de um foco de inflamação 
conhecida como granuloma. 
A tendência em que os macrófagos periféricos 
forem destruídos devido ao processo 
inflamatório, ocorre calcificação (em pontos com 
coloração mais escura). 
 
 
 
Gordurosa 
 
É a saponificação + calcificação do tecido. Tem 
característica hidrofílica. Tem relação a lipase 
pancreática e ruptura de adipócitos mamários. 
Ocorre quando há liberação de enzimas nos 
tecidos e sua forma gordurosa é devido à ação 
da lipase. Toma a forma de focos de contornos 
imprecisos de células gordurosas necróticas, cujo 
conteúdo lipídico é lipolisado, circundada por 
reação inflamatória 
Os ácidos graxos liberados fazem complexos 
com cálcio, criando “sabões de cálcio”. A olho nu, 
esses focos aparecem opacos e esbranquiçados 
como giz. 
 
 
 
Fibrinóide 
O tecido necrótico adquire um aspecto hialino, 
acidofílico semelhante a fibrina. Ocorrem em: 
Vasos – hipertensão arterial maligna, poliarterite 
nodosa, LES; 
Alteração eosinofílica da parede vascular. Fibrina 
na parede; 
Doenças do tecido conjuntivo ou colagenoses. 
 
 
 
Gangrenosa 
É provocada por isquemia ou uma ação de 
microrganismos. Geralmente se aplica a um 
membro como parte inferior da perna, que 
perdeu seu suprimento sanguíneo e em seguida 
foi atacado por agentes bacterianos. 
Os tecidos passam por uma morte isquêmica de 
suas células e necrose de coagulação 
modificada pela ação liquefatora das bactérias e 
leucócitos atraídos ao local. 
Gangrena seca – quando o padrão coagulativo 
predomina 
Gangrena úmida – envolve participação de 
bactérias anaeróbicas que promovem uma 
destruição proteica e putrefação. 
 
 
 
 
 
Apoptose 
Uma célula em homeostase entra em estado de 
morte celular programada, tendo diminuição de 
seu tamanho devido à perda de água. 
Com isso, as organelas celulares são 
condensadas e em seguida forma-se 
fragmentos celulares, permanecendo em corpos 
apoptótico (fragmentos de células revestidos de 
membranas fosfolipídicas, não tendo liberação 
de conteúdo intracelular). 
Nesse caso, não há inflamação. Os fagócitos 
residentes migram para a região da ocorrência 
de apoptose, se aproximam dos corpos 
apoptóticos e realizam a fagocitose. 
 
Qualquer lesão mitocondrial, causa danos 
irreversíveis na célula. 
A apoptose afeta células individualmente, 
ocorrendo de forma rápida e ocasionando o 
desaparecimento das mesmas, sem que 
desencadeiem uma reação inflamatória. 
Tem como causas fisiológicas: 
 Manutenção constante do número de 
células dos órgãos e tecidos; 
 Processo de embriogênese; 
 Eliminação de linfócitos autorreativos; 
 Morte das células dos órgãos e tecidos; 
 Morte de células que cumpriram seus 
objetivos; 
 Involução de tecidos dependentes de 
hormônios 
 
Como causas patológicas: 
 Dano ao DNA por radiação ou hipóxia; 
 Acumulo inadequado de proteínas 
inadequadamente dobradas – mutações 
(estresse no R.E) 
 Infecção das células; 
 Atrofia de órgãos 
 
 
Fases da apoptose 
Fase latente – Quando está programada, 
podendo ainda existir fatores de sobrevivência e 
a aparência da célula é normal; 
Fase de execução – fase em que ocorre as 
mudanças morfológicas, já sendo esta 
irreversível.

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