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QUESTÃO 1 (1,0 PONTO) Com relação aos prazos processuais que são contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e de acordo com a CLT - Art. 775-A. Assinale abaixo a alternativa correta: a) Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. Durante a suspensão do prazo, mas poderão ser realizadas audiências e sessões de julgamento. b) Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, em virtude de força maior, independente de justificativa comprovada das partes. c) Caberá somente as partes solicitar a dilatação dos prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito. d) Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento e) Todas as assertivas são falsas. RESPOSTA CERTA LETRA: D QUESTÃO 2 (1,0 PONTO) As partes e seus procuradores devem manter uma conduta moral e ética dentro do processo. Tal afirmação manifesta o seguinte princípio aplicável ao processo do trabalho: a) Princípio da lealdade processual; b) Princípio da litigância de má-fé; c) Princípio da bondade essencial das partes; d) Princípio da isonomia; e) As demais alternativas são falsas; RESPOSTA CERTA LETRA: A CURSO: DIREITO PROFESSOR: NILSON JOSÉ GOMES BARROS DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO I CCJ 0247 ALUNO(A): VALDEMIR CALVO DE GALIZA FILHO TURMA:3002 TURNO NOITE DATA: 23/11/2020 AV2 Nota da Prova: _______________ Nota Final: _______________ Assinatura Prof.: ________________________ INSTRUÇÕES Esta avaliação deve ser respondida pelo(a) aluno(a) e devolvida em formato PDF; A postagem da avaliação deve ser DEVOLVIDA ATÉ DIA 24-11-2020, às 18h50; A avaliação é constituída de 10 questões, VALOR 10,0 PONTOS Não serão aceitos os envios feitos em desacordo com estas orientações. BOA PROVA! QUESTÃO 3 (1,0 PONTO) Um juiz do trabalho, indignado com determinadas situações que estão ocorrendo na Empresa de construção que fica ao lado do TRT, gostaria de instaurar uma reclamação trabalhista plúrima (Art. 842 CT). Sabemos que isso não é possível. Pergunta-se: Diante do caso apresentado, com base nos princípios norteadores do Processo do Trabalho o magistrado não poderá instaurar o processo de ofício em razão de qual princípio? a) Princípio Dispositivo b) Princípio do contraditório c) Princípio da ultra petição d) Princípio da ampla defesa e) Princípio da finalidade social RESPOSTA CERTA LETRA: A QUESTÃO 4 (1,0 PONTO) A empresa XZ$$ S/A preferiu que o preposto João Gente Boa, seu contador que conhecia dos fatos, fosse representá-lo em audiência da reclamação trabalhista, O juiz decretou a revelia a Empresa alegando que o preposto não era empregado da reclamada. Tendo em vista a legislação vigente, alterada pela Lei n° 13.467/2017, Com base em seus conhecimentos assinale a alternativa correta: a) não precisa ser empregado da parte reclamada. b) precisa ser empregado da parte reclamada. c) não precisa ser empregado da parte reclamada, desde que se trate de empregador doméstico. d) é dispensável quando a parte reclamada está assistida por advogado. e) Pode subscrever recursos trabalhistas quando a parte reclamada não estiver representada por advogado. RESPOSTA CERTA LETRA: A QUESTÃO 5 (1,0 PONTO) Em sede de reclamação trabalhista na Vara do trabalho na cidade do Rio de Janeiro, o empregado pleiteou o recolhimento das contribuições previdenciárias não realizadas pelo empregador no curso do contrato de trabalho na Vara do Trabalho da cidade de São Paulo. Diante disso, responda: Na qualidade de advogado (a) da empresa, o que você deverá alegar inicialmente em sua defesa, partindo do pressuposto que seu cliente realmente não fez os recolhimentos pretendidos? a) Preliminar de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho em razão da matéria b) Preliminar de incompetência relativa da Justiça do Trabalho em razão da matéria c) Preliminar de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho em razão do impedimento do juiz d) Preliminar de incompetência relativa da Justiça do Trabalho em razão do lugar e) Preliminar de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho em razão do Lugar RESPOSTA CERTA LETRA: A QUESTÃO 6 (1,0 PONTOS) Reclamação: Genoveva ajuizou na Vara do Trabalho de Amparo - SP reclamação trabalhista em face do Município de Amparo pleiteando unicamente o pagamento de quantia correspondente a cinco salários mínimos a título de salários retidos e nada mais. Qual o procedimento aplicável à a) Rito sumaríssimo b) Rito ordinário c) Contestação d) Contestação com Reconvenção e) Rito sumário RESPOSTA CERTA LETRA: A QUESTÃO 7 (1,0 PONTO) Se for instalado conflito de competência positivo entre dois juízes do trabalho do estado de Pernambuco, qual será o órgão competente para julgá‐lo? a) O TRT de Pernambuco b) O STJ. c) TJE DE Pernambuco d) O TST e) O STF RESPOSTA CERTA LETRA: A QUESTÃO 8 (1,0 PONTO) Osmar, advogado, pretende ingressar com reclamação trabalhista em causa própria contra sua empregadora a Construtora MG Ltda., pleiteando horas extras e danos morais que entende devidos. No tocante aos honorários advocatícios: a) No caso de sucesso da demanda, serão devidos honorários de sucumbência a Osmar, fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15% sobre o valor que resultar a liquidação da sentença. b) Mesmo que seja julgada totalmente procedente a demanda, não serão devidos honorários de sucumbência a Osmar, uma vez que está atuando em causa própria, já sendo beneficiário da condenação. c) Somente no caso de procedência total da demanda, fará jus Osmar a honorários de sucumbência. d) No caso de sucesso da demanda, serão devidos honorários de sucumbência a Osmar, fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre o valor que resultar a liquidação da sentença. e) Não são devidos honorários de sucumbência nas ações trabalhistas, exceto se Osmar estivesse assistido por advogado de seu sindicato de classe, quando este teria este direito. RESPOSTA CERTA LETRA: A QUESTÃO 9 (1,0 PONTO) Caio sofreu acidente do trabalho em julho de 2003, razão pela qual ajuizou ação de indenização por danos morais e patrimoniais contra sua empregadora, perante a Justiça comum, que possuía competência para processar e julgar a ação na época. Ocorre que, com a Emenda Constitucional (EC) 45, de 8/12/2004, a referida ação foi enviada para a Justiça do Trabalho, ainda na fase de instrução probatória, com laudo médico pericial que concluiu que Caio sofreu sequelas graves que o tornaram incapaz para a mesma função que exercia. O réu está inconformado, tendo em vista que acredita que a Justiça Comum é preventa e competente neste caso concreto. Analisando a legislação em vigor, responda, justificadamente, qual a Justiça competente em razão da matéria para julgar esta demanda? Analisando a legislação em vigor, a justiça competente para julgar a demanda do caso concreto em tela é a Justiça do Trabalho, já que a Emenda Constitucional nº 45, de 08/12/2004, ampliou a competência da Justiça do Trabalho, dando uma nova redação ao art. 114, Inciso VI da CRFB/1988, que passou a poder processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho, mesmo não sendo anunciada sentença de mérito em primeiro grau. Constituição Federal de 1988 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) QUESTÃO 10 (1,0 PONTO) Elenilda ajuizou ação trabalhista em face de sua ex-empregadora, pleiteando o pagamento do adicional noturno no importe de R$50.000,00 (cinquenta mil reais). A ação foi ajuizada sem a representação de um advogado. O juiz julgou improcedente o pedido, condenando Elenilda ao pagamento das custas processuais e honorários sucumbenciais no importe de R$10.000,00 (dez mil reais). Inconformada, a autora da ação interpôs recurso ordinário, pleiteando o deferimento do benefício de justiça gratuita e a inversão da decisão de 1º grau. No TRT, o Desembargador Relator do caso indeferiu o pedido de concessão da gratuidade, julgou deserto o recurso e declarou o trânsito em julgado da ação. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91972/Constituicao-Federal-de-1988#art-5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 A partir do enunciado acima, das normas da legislação trabalhista e da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, responda: a) O juiz de 1ª instância fixou corretamente os honorários sucumbenciais? Justifique. O juiz no caso concreto analisado fixou corretamente os honorários sucumbenciais, que decorre do fato objetivo da derrota no processo, cabendo ao magistrado condenar de oficio a parte vencida, mesmo sem provocação expressa do autor. Encontramos disposto no art. 85, § 2º do NCPC o caso concreto em questão, aonde o Juiz condenou a parte vencida a pagar honorários advocatícios dentro da faixa disposta em lei que estabelece o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre o valor da condenação. Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015 Código de Processo Civil. Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. § 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. Acórdão CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. IMÓVEL PARTICULAR. INTERDITO AVIADO POR PESSOAS JURÍDICAS E FÍSICAS. FUNCIONAMENTO DAS ATIVIDADES DA EMPRESA NO LOCAL. VINCULAÇÃO FAMILIAR ENTRE OS REPRESENTANTES DA EMPRESA E A PARTE RÉ. POSSE SOBRE O IMÓVEL OBJETO DO INTERDITO. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO INVOCADO. CONTROVÉRSIA. ALEGAÇÕES AUTORAIS. COMPROVAÇÃO. INEXISTÊNCIA. UTILIZAÇÃO DO IMÓVEL PELAS DEMANDANTES. PERMISSÃO DO EFETIVO POSSUIDOR DO IMÓVEL. AFERIÇÃO. ATO DE MERA LIBERALIDADE PROVENIENTE DE VINCULAÇÃO FAMILIAR. RÉU. POSSE. PROVA. EXERCÍCIO FÁTICO E LEGÍTIMO DA POSSE. DEMONSTRAÇÃO. ESBULHO INEXISTENTE. TUTELA POSSESSÓRIA. REQUISITOS AUSENTES. PEDIDO. REJEIÇÃO. PRETENSÃO RECONVENCIONAL. MODULAÇÃO AO (...) os princípios da igualdade e isonomia processuais que também encontra ressonância legal (CPC, art. 7º), enseja a constatação de que, provido o apelo, ainda que a parte recorrida e agora vencida não houvesse sido sujeitada a cominação sucumbencial originalmente, deve necessariamente ser sujeitada a honorários de sucumbência recursal, porquanto a gênese e destinação da cominação é a remuneração dos serviços realizados pelos patronos da parte que se sagra vencedora após a prolação da sentença. 8. Apelações conhecidas. Desprovida a apelação da parte autora e provido parcialmente o apelo da parte ré. Sentença reformada. Honorários advocatícios recursais fixados. Unânime. (TJDFT, Acórdão n.1221457, 07028245920188070010, Relator(a): TEÓFILO CAETANO, 1ª Turma Cível, Julgado em: 11/12/2019, Publicado em: 21/01/2020) https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/Lei-no-13105-de-16-de-Marco-de-2015#art-85 b) Agiu corretamente o Desembargador Relator ao julgar deserto o recurso? Justifique. O desembargador relator agiu de forma equivocada, já que ele poderia proferir uma decisão monocrática negando o beneficio da justiça gratuita como fez no caso concreto analisado, mas jamais julgar deserto o recurso e tão pouco declarar o trânsito em julgado da ação. No caso em questão ele teria que determinar ao recorrente o recolhimento das custas processuais no prazo de cinco dias, sobe a pena de não reconhecer o recurso, ainda sim seria uma decisão provisória já que ele tomou a decisão sozinha, até que o tema seja apreciado pelo colegiado do Tribunal. Entramos o caso em tela disposto no art. 101, § 1º, § 2º do Código de Processo Civil. Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015 Código de Processo Civil. Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação. § 1º O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas até decisão do relator sobre a questão, preliminarmente ao julgamento do recurso. § 2º Confirmada a denegação ou a revogação da gratuidade, o relator ou o órgão colegiado determinará ao recorrente o recolhimento das custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso. Doutrina “A concessão da gratuidade de justiça depende de requerimento do interessado; esse requerimento pode ser formulado no primeiro momento em que ele aparece nos autos ou em momento posterior”. (Oliveira, Rafael Alexandria de. Aspectos Procedimentais do Benefício da Justiça Gratuita, in Sousa, José Augusto Garcia de (coord.). Coleção Repercussões do Novo CPC – Defensoria Pública, Salvador: Juspodivm, 2015, pág. 65) https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/Lei-no-13105-de-16-de-Marco-de-2015#art-101
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