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UVII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO SP.1 ANSIEDADE NATURAL Discente: Beatriz Neves de Souza Docente: Antônio Neto OBJETIVO 1. DESCREVER O EXAME FÍSICO NORMAL DE UM RN A TERMO: • No exame físico, de modo geral, são avaliados a cor, choro, movimentação, postura e respiração do recém- nascido. Para o primeiro exame do recém-nascido, são utilizadas as seguintes técnicas: ® Inspeção: Utilizam-se os sentidos auditivo e visual para avaliar o estado da criança, como cor, respiração, postura, atividade, forma e simetria de diferentes regiões do corpo. O olfato pode ser utilizado, mas odores não são comuns; ® Ausculta: É o processo de ouvir os sons produzidos pelo corpo, utilizando um estetoscópio neonatal; ® Palpação: Utiliza-se o toque para determinar hidratação, tensão, textura, pulso, amplitude, tamanho, forma e profundidade de estruturas internas; ® Percussão: Uso de batidas leves para produzir ondas sonoras que podem ser avaliadas de acordo com intensidade, gravidade, duração e qualidade. Raramente é utilizada na avaliação. OBJETIVO 2. CARACTERIZAR O RN QUANTO AO PESO, COMPRIMENTO E IDADE GESTACIONAL: Idade Gestacional: • A idade gestacional (IG) é o tempo desde a concepção até o nascimento do bebe: ® Idade gestacional < 37 semanas: bebe prematuro; ® idade gestacional entre 37 e 41 semanas e 6 dias: bebe a termo; ® idade gestacional = ou > 42 semanas: pós- termo. Peso: • O peso do nascimento é a primeira pesagem do neonato após o nascimento, esse peso pode ser distribuído da seguinte forma: ® 2500 - 3500 g: peso normal; ® 2500 - 1500 g: baixo peso; ® 1500 - 1000 g: muito baixo peso; ® < 1000 g: extremo baixo peso. • Quando associamos a idade gestacional com o peso do recém-nascido (RN): ® Grandes para a idade gestacional (GIG): quando o peso está acima do percentil 90 para a idade gestacional em questão; ® Adequados para a idade gestacional (AIG): quando o peso se encontra entre os percentis 10 e 90 das curvas de crescimento intrauterino; ® Pequenos para a idade gestacional (PIG): quando o peso está abaixo do percentil 10 para a referida idade gestacional. UVII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Comprimento: • Comprimento do recém-nascido, da parte superior da cabeça até a planta dos pés: ® Sexo masculino: 50 cm; ® Sexo feminino: 48 cm. OBJETIVO 3. DEFINIR APGAR, DESCREVER SEUS CRITÉRIOS E INTERPRETÁ-LOS: • A Escala de Apgar (aparência, pulso, gesticulação, atividade, respiração) é medida no primeiro e no quinto minuto após o nascimento, podendo estender-se até o vigésimo minuto de vida; • Nela é avaliada a condição do bebê, com pontuação de 0, 1 ou 2 para cada um dos seguintes parâmetros: respiração, frequência cardíaca, tônus muscular, cor e resposta reflexiva; • A nota do teste de Apgar varia de 0 a 10: ® 8 a 10: recém-nascidos sadios, significa que o bebê nasceu em ótimas condições; ® 7: houve uma leve dificuldade; ® 6 a 4: dificuldades de grau moderado; ® 0 a 3: dificuldade grave. Aparência (cor): • É o critério menos importante e mais óbvio; ® Nota 2: pele toda rosada; ® Nota 1: pele rosada com exceção dos pés e das mãos; ® Nota 0: pele cianótica ou pálida. Pulso (frequência cardíaca): • É o critério mais importante: ® Nota 2: frequência acima de 100; ® Nota 1: frequência de 1 a 100; ® Nota 0: quando não há batimentos. Gesticulação (resposta reflexiva): • O objetivo deste critério é verificar a resposta a qualquer forma de estímulo; • Este procedimento pode ser levado a efeito por meio de duas a três palmadas na planta do pé do RN ou introduzindo-se um catéter de borracha no nariz ou no orofaringe; ® Nota 2: quando a resposta do RN é o choro; ® Nota 1: quando a resposta do RN seja uma careta, com ausência de choro; ® Nota 0: quando não há reação alguma. Atividade (tônus muscular): ® Nota 2: quando há flexão dos membros superiores e inferiores que resistem à extensão, e na presença de movimentação subsequente adequada de todas as extremidades; ® Nota 1: tônus “regular”; ® Nota 0: flacidez total. Respiração (esforço respiratório): • É o segundo critério mais importante; ® Nota 2: esforço respiratório vigoroso; ® Nota 1: esforço respiratório presente, porém irregular e ineficaz; ® Nota 0: apneia. UVII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO OBJETIVO 4. CITAR E EXEMPLIFICAR AS CONSEQUÊNCIAS CLINICAS DE UMA CRIANÇA NASCER DE BAIXO-PESO: • Crianças nascidas com menos de 2.500g, são consideradas de baixo-peso. • O peso adequado para a idade gestacional é um importante indicador clínico de morbidade neonatal, além de ser um fator de risco para a mortalidade e atrasos no desenvolvimento; • Nos países em desenvolvimento, aproximadamente 70% dos neonatos com baixo peso ao nascimento apresentam RCIU (Restrição de Crescimento Intra-Uterino); • Os recém-nascidos com RCIU apresentam uma maior taxa de morbidade e de mortalidade do que os com a mesma idade gestacional que cresceram adequadamente; • A baixa porcentagem de tecido adiposo faz com que eles tenham dificuldades com relação a termorregulação para se aquecerem; • Pela relação entre baixo peso e RCIU, ao nascer há mais riscos de desenvolver síndrome do desconforto respiratório, problemas neurológicos, gastrointestinais e a síndrome da morte súbita fetal. OBJETIVO 5. DESCREVER FISIOLOGIA DAS BILIRRUBINAS: • A maior parte da bilirrubina (80-85%) provém da degeneração de hemácias velhas (cerca de 0,8% das hemácias são destruídas diariamente). O restante provém de outras proteínas hêmicas (citocromos e mioglobina); • No citoplasma dos macrófagos, a hemoglobina é quebrada em globina (proteína) e heme. A globina é digerida em aminoácidos que serão reutilizados; • O heme é cindido por ação da enzima heme-oxidase. Perde o ferro e a porfirina tem seu anel tetrapirrólico aberto a nível de uma das pontes de meteno, com liberação de uma molécula de monóxido de carbono (CO); • O pigmento que resulta é a biliverdina. Esta sofre ação da enzima biliverdina-redutase e passa a bilirrubina, um pigmento amarelo; • A bilirrubina (na forma não-conjugada, ou indireta) é liberada pelas células do SER (sistema reticuloendotelial) e, sendo pouco hidrossolúvel, circula no plasma ligada à albumina. Esta variedade de bilirrubina é processada para eliminação no fígado. OBJETIVO 6. DESCREVER E FISIOPATOLOGIA, QUADRO CLÍNICO E TRATAMENTO DA ICTERÍCIA DO RN: Fisiopatologia • A icterícia fisiológica ocorre pelo RN possuir menor capacidade de captação, conjugação e excreção hepática da bilirrubina; UVII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • O RN produz maior quantidade de bilirrubina, pois ele possui mais hemoglobina e hemácias com menor meia vida, além de ter uma circulação êntero-hepática (circulação dos ácidos biliares, bilirrubina, drogas ou outras substâncias a partir do fígado para a bile) elevada de bilirrubina devido à escassa flora intestinal e da maior atividade da enzima beta-glicorunidase na mucosa intestinal; • A icterícia patológica pode ocorrer por diversos fatores: o Aumento na produção de bilirrubina (doenças hemolíticas e policitemia); o Diminuição da clearence (Síndrome Crigler-Najar tipo I e II, Síndrome de Gilbert, diabetes materna, hipotireoidismo congênito e galactosemia); o Aumento da circulação êntero-hepática (alterações da motilidade intestinal provocadas por obstrução funcional ou anatômica). Quadro Clínico • Apresenta progressão craniocaudal; • Pode ser detectada visualmente por meio da digitopressão na pele do RN; • Classificação é feira de acordo com cinco zonas de Kramer (zonas dérmicas): o Zona 1: presença de icterícia na cabeça e pescoço; o Zona 2: da cabeça até a cicatriz umbilical; o Zona 3: até os joelhos e cotovelos; o Zona 4: nos braços, antebraços e pernas; o Zona 5: nas mãos e pés. • Icterícia fisiológica: início tardio (após 24 horas), pico entre o 3º e 4º dias de vida, declínioem 1 semana; • Icterícia patológica: icterícia precoce (antes de 24h de vida), associação com outras manifestações clínicas ou doenças do RN; • Encefalopatia bilirrubínica aguda: letargia (inconsciência), hipotonia (diminuição do tônus muscular) e sucção débil. Tratamento • O tratamento será determinado de acordo com qual hiperbilirrubinemia é predominante na icterícia do RN; • Hiperbilirrubinemia indireta: fototerapia ou exsanguineotransfusão; • Fototerapia: tratamento mais prescrito na 1ª semana de vida, é prescrita em RN a termo ou pré-termo tardio (>35 semanas); • Exsanguineotransfusão: situações onde há maior risco de neurotoxicidade, é capaz de remover até 40% da bilirrubina pré-existente (está indicada quando há falha da fototerapia). OBJETIVO 7. DESCREVER O PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO TRATAMENTO DA ICTERÍCIA NEONATAL: • A equipe tem papel fundamental na hora de informar a família, principalmente sobre os tratamentos, deixando o mínimo de duvidas e consequentemente ajudando no tratamento de cada RN; • Equipe de enfermagem: cuidados com relação ao tratamento de fototerapia em manter o RN despido com os olhos protegidos e posicionando o foce de luz para atingir a maior parte do corpo, bem como interromper a fototerapia 3x por dia por 15 min a fim de estimular a visão. • Toda a equipe deve conhecer as estratégias e tratamentos aos quais os RNs estão sendo submetidos para interagir de forma positiva com a mãe, as fim de minimizar tensões, etc; • É necessário muitas vezes que as unidades de internação/atendimento façam reuniões em equipe multiprofissional composta por exemplo pela equipe de enfermagem e medica, neonatologistas, psicólogo, assistente social, nutri e fonoaudiólogo; • O objetivo é a discussão dos casos, informações sobre tratamentos e atendimento/funcionamento visando melhorar a sistemática e também a consolidação das práticas de humanização. Além disso deve ser UVII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO promovido espaço para reflexões sobre as praticas, bem como as dificuldades da equipe e suas potencialidades; • É importante que todo trabalho seja fundamentado na integração da equipe na atuação e também nas responsabilidades das ações, sempre visando melhorar a qualidade da assistência. OBJETIVO 8. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROGRAMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO A SAÚDE DA CRIANÇA E SAÚDE DA MULHER: • Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PINAISM): preza pelo direito a saúde da mulher garantido pelo SUS, desde a atenção básica até altas complexidades, desenvolvendo ações que ofereçam melhores condições de vida e saúde das mulheres, com objetivo de ampliar a atenção clínico ginecológica, atenção básica obstétrica e neonatal e a promoção de ações contra a violência doméstica e sexual; • Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PINAISC): tem o objetivo de organizar ações na rede de atenção infantil, promover a saúde das crianças, qualificar a atuação no sus, incentivar pesquisas e promover o conhecimento, entre outras ações voltadas à saúde infantil. OBJETIVO 9. QUAIS SÃO OS PONTOS DA REDE ENVOLVIDOS NO ATENDIMENTO DA GESTANTE, PUÉRPERA E CRIANÇA (UBS, ATENDIMENTO ESPECIALIZADO, MATERNIDADES, CASA DE PARTO, UNIDADE DE PARTO NORMAL, OU SEJA, EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE SAÚDE DISPONIBILIZADOS PARA O PARTO NORMAL): • Atenção à Saúde do Recém-Nascido; • Manual Técnico Pré-Natal e Puerpério (Atenção Qualificada e humanizada); • Atenção à Saúde na Gestação de Alto Risco; • Casa de Gestante Bebê e Puérpera (CGBP); • Rede Cegonha; • Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal. OBJETIVO 10. DISCUTIR SOBRE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E SUA RELAÇÃO COM BAIXO PESO AO NASCER E O NÚMERO DE PARTOS NORMAIS E CESARIANOS NO BRASIL: Gravidez na adolescência e sua relação com baixo peso ao nascer • Há associação estatisticamente significante entre faixa etária materna < ou igual a 16 anos e RN com baixo peso e peso insuficiente, em relação aos de peso adequado estão de acordo com dados de estudos de distintos contextos e regiões do Brasil (nordeste e sudeste), com registros do SINASC, que evidenciaram maiores prevalências de RN de baixo peso entre mães das faixas muito jovens, comparadas às adultas jovens; • Fatores como a assistência pré-natal inadequada, ausência do parceiro e a não aceitação da gestação pela família ou companheiro, entre outros, podem interferir no estado de saúde e bem estar da gestante adolescente, favorecendo condições adversas ao crescimento e desenvolvimento fetal; • O resultado gestacional pode estar relacionado à imaturidade biológica (baixa idade ginecológica), verificada no grupo com idade ginecológica inferior a quatro anos (< 15 anos), possivelmente pela insuficiência uteroplacentária e comprometimento da transferência de nutrientes para o feto, pela baixa ingestão alimentar ou falta de orientação, durante o período pré-natal. Números de partos normais e cesarianos no Brasil • A adolescência pode ser fator de proteção para cesariana, considerando a alta proporção de recém- nascidos de baixo peso; UVII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • Há percentual de 39,7% de cesariana entre as adolescentes, no período analisado, achados estes que concordam com outros estudos nacionais que identificaram maior proporção desse procedimento em mulheres adultas. • Quanto à cesariana, há interação estatística com estado civil, pré-natal com menos de 6 consultas, baixo peso e peso insuficiente ao nascer, diferindo de outros estudos que encontraram por exemplo associação entre maior número de consultas e maior porcentagem de cesariana ou o baixo peso ao nascer com justificativa para menor ocorrência de cesárea nesta faixa etária; • A maioria das mulheres optam por parto cesárea no Brasil ao normal, principalmente, por causa da insegurança na equipe do parto pelo fato de erros médicos ocorrerem comumente durante o parto normal. OBJETIVO 11. DESCREVER AS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS-ADAPTATIVAS, DOS SISTEMAS CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO QUE OCORREM NO PERÍODO NEONATAL: Sistema cardiovascular • Com o nascimento, a circulação fetal pela placenta acaba e então os pulmões do bebê se expandem, aos começar a trabalhar; • O forame oval, do ducto arterial e o ducto venoso (DA e DV), bem como os vasos umbilicais regridem por não serem mais necessários; • Expansão dos pulmões – começam a trabalhar; • O fim da circulação placentária gera uma queda de pressão na veia cava inferior, consequentemente há o aumento da circulação sanguínea no RN a pressão no átrio esquerdo aumenta -> fechamento do forame oval; • O O2 regula o fechamento do ducto arterial ao nascimento e também demonstra ser mediado pela bradicinina ao aumento dos pulmões; • Obs: as alterações na circulação ocorrem de forma gradual, onde algumas acontecem à primeira respiração e outras em várias horas e dias depois, por isso nessa fase pode ocorrer passagem de sangue da direita para a esquerda pelo forame oval até que ocorra o fechamento das estruturas por proliferação do tecido. • As artérias umbilicais se tornam os ligamentos umbilicais, sendo que suas partes proximais persistem tornando-se as artérias vesicais superiores irrigando a bexiga urinária; • Veia umbilical vira o ligamento redondo do fígado; • O forame oval se fecha definitivamente no terceiro mês pela proliferação de tecido e da aderência dos septum primum e secundum, sendo que o primum forma o assoalho da fossa oval que fica como uma impressão na parede interatrial; • O ducto arterial se fecha nos primeiros dias mas seu fechamento anatômico se da com a transformação até a 12ª semana no ligamento arterial que vai da artéria pulmonar esquerda ao arco da aorta. Sistema Respiratório • As adaptações do sistema respiratório ocorrem desde o período do saco terminal que corresponde a 26ª semana até o nascimento, período no qual se formam mais sacos terminaisde parede delgada e com capilares; • Esses sacos terminais são revestidos por pneumócitos tipo I que permitem as trocas gasosas e entre esses tipos celulares encontram-se os pneumócitos tipo II que secretam o surfactante, formando uma película sobre a parede dos sacos alveolares reduzindo a tensão superficial evitando seu colapso ou colabamento; • Depois do período do saco terminal começa o período alveolar que corresponde a 32ª semana aos 8 anos de idade; • Na 32ª semana estruturas análogas aos alvéolos estão presentes e a camada epitelial se torna mais delgada e ao final do período fetal está fina o suficiente para permitir as trocas gasosas; • Dessa forma ocorrem mudanças adaptativas nos pulmões para que esteja preparado para sua atividade autônoma ao nascimento, sendo elas: ® produção de surfactante em quantidade suficientemente adequada; ® os pulmões se tornam órgãos de troca gasosa e não mais somente secretor; UVII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ® a circulação pulmonar se instala juntamente com a sistêmica. • 95% dos alvéolos só se formam após o nascimento, quando os alvéolos primitivos dilatam com a expansão do pulmão e também aumentam em quantidade, auxiliando no aumento dos pulmões; • O desenvolvimento dos alvéolos se completa aos três anos de idade, podendo ocorrer até os oito anos de vida; • O crescimento dos pulmões está relacionado com três fatores importantes que são: ® adequado espaço torácico; ® os movimentos respiratórios fetais; ® um volume de líquido amniótico propício. • Ao nascer o líquido presente nos pulmões do RN (50% do seu volume contém secreções pulmonares e líquido amniótico) é removido pela boca e nariz pela pressão do tórax durante o parto e também pelas veias, artérias e capilares, bem como os vasos linfáticos, fazendo a rápida troca desse liquido pelo ar. OBJETIVO 12. COMPREENDER O CONCEITO DE DEGENERAÇÃO: • São alterações celulares, geralmente reversíveis quando o estímulo cessa, e que podem ou não evoluir para a morte celular. O citoplasma apresenta-se lesionado, com acúmulo de substâncias exógenas ou pré- existentes, o que reduz ou cessa a função celular. OBJETIVO 13. DISCUTIR A TRIAGEM NEONATAL E SUA IMPORTÂNCIA: • O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), instituído pelo Ministério da Saúde em 06 de junho de 2001, é uma agenda transversal às políticas de saúde pública e às redes temáticas do SUS; • Seu objetivo é promover, implantar e implementar ações com foco na prevenção, no diagnóstico em fase pré-sintomática, na intervenção precoce e no acompanhamento permanente dos pacientes com as doenças incluídas no Programa; • Os exames de triagem neonatal são capazes de diagnosticar doenças que, quanto mais cedo identificadas, apresentam melhores chances de tratamento, podendo prevenir sequelas graves e/ou óbitos Teste do Pezinho (triagem biológica) • Triagem neonatal para a identificação de distúrbios congênitos e hereditários, incluindo doença falciforme (e outras hemoglobinopatias), fenilcetonúria, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo congênito e deficiência de biotinidase; • Deve ser realizado do 3º ao 5º dia de vida na UBS; • É um procedimento pouco invasivo e pouco incômodo, o pezinho do recém-nascido é uma região bastante irrigada, logo facilita o acesso ao sangue para coleta da amostra. Teste da Orelinha (triagem auditiva) • Realizado ainda na maternidade, no 2º ou 3º dia de vida do RN; • Consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação o seu retorno por meio de uma delicada sonda introduzida na orelhinha do recém-nascido; • Para o teste usam-se emissões otoacústicas evocadas durante o sono natural do bebê, identificando-se uma possível deficiência auditiva; • A deficiência auditiva pode resultar em deficiências de fala e de aprendizado, mas a instituição do tratamento precoce para a criança, sobretudo antes dos seis meses de vida, apresenta grandes chances de desenvolvimento da linguagem e de melhor adaptação psicossocial. Teste do Olhinho (triagem ocular) UVII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • Seu objetivo é identificar qualquer obstrução do eixo visual, incluindo catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma, retinopatia da prematuridade e outros transtornos oculares congênitos e hereditários; • É um teste simples, rápido e indolor que consiste na identificação de um reflexo vermelho quando os olhos do bebê são iluminados por um feixe de luz, sendo o exame feito em um olho por vez; • É realizado ainda na maternidade, de preferência logo após o nascimento. Teste do Coraçãozinho (oximetria de pulso) • Consiste em medir a saturação de oxigênio no sangue e a frequência cardíaca do RN; • É capaz de identificar cardiopatias críticas; • O exame é feito com um oxímetro posicionado no pulso e no pé no bebê; • Deve ser realizado entres as primeiras 24 e 48 horas de vida do RN; • Se alguma alteração for identificada, o bebê deve ser submetido a um ecocardiograma. OBJETIVO 14. RECONHECER O MARCADOR LABORATORIAL DA ICTERÍCIA NEONATAL E DISCUTIR OS FATORES ASSOCIADOS À ALTERAÇÃO DESTE MARCADOR: • A bilirrubina é o marcador laboratorial da icterícia e é um produto que deriva do metabolismo do grupamento de hemoproteínas; • Durante o período da 1ª semana o recém-nascido tem sua flora intestinal ausente ocasionando a não detecção da estercobilinina, sendo que nessa fase da vida a betaglicuronidase está presente de forma ativa, ocasionando assim o aumento de bilirrubina indireta que será reabsorvida na circulação entero-hepática; • Existe alguns fatores que levam o aumento da bilirrubina indireta, são eles: ® Por imaturidade dos sistemas enzimáticos, ocorrera uma diminuição da captação e conjugação hepáticas; ® A menor sobrevida das hemácias fetais tem se o aumento da carga da bilirrubina a ser metabolizada pelo fígado; ® Defeitos genéticos que apresentam ausência de glicuronil transferase e defeitos de captação da bilirrubina pelo hepatócito; ® Demora na eliminação do mecônio e aumento da circulação entero-hepatica por jejum. OBJETIVO 15. RECONHECER AS PRINCIPAIS PERDAS FISIOLÓGICAS NO PERÍODO NEONATAL EM RECÉM-NASCIDOS TERMOS E PRÉ-TERMOS: • Ao nascer, observamos uma perda ponderal de peso que corresponde à redução de fluidos (mecônio) e pela consequência do uso de tecido adiposo como fonte e energia pelo RN; • Nos primeiros 2-3 dias dos lactentes a perda é, em média, entre 5% a 7% do peso do nascimento, quando somente amamentados; • Os limites aceitáveis podem chegar até 10% do peso perdido em uma semana; • A evolução do peso do RN é utilizada como indicador da qualidade da amamentação, podendo esse ser usado como parâmetro na introdução da fórmula láctea. OBJETIVO 16. DESCREVER OS MECANISMOS DE TERMO REGULAÇÃO NO RECÉM-NASCIDO, E AS ESTRATÉGIAS PARA GARANTIR A MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL: • O mecanismo de termo regulação corporal do recém-nascido, ocorre entre o equilíbrio da produção e rejeição de calor é alcançado, a temperatura RN é mantida; • Recém-nascidos a termo têm uma fonte de geração de calor na gordura marrom, sendo que quando submetido ao estresse pelo frio, os níveis de adrenalina aumentam e atuam no tecido adiposo marrom para estimular a lipólise; UVII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • RN prematuros têm problemas especiais para manter a temperatura corporal; • A proporção de redução da superfície da pele é maior, as reservas de gordura marrom são reduzidas e não é possível obter calorias suficientes para fornecer as calorias necessárias para a geração de calor e crescimento e eliminar o consumo de oxigênio; • Quando um bebê nasce, ele se move do ambiente uterino para o ambiente extrauterino. A temperatura do ambiente intrauterino é mantida em cerca de 37,5 °C, o que é adequado para o parto. O ambiente extrauterino é frio e seco, o que causará perda por evaporação e aquecimento por convecção.Para não causar perda de temperatura, a equipe que recebeu RN imediatamente após o parto precisa de atenção, o que geralmente envolve secar o bebê, colocá-lo em fonte de calor radiante com berço aquecido e monitorar a temperatura axilar em constante ou contínua.
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