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Relatório Individual SP 1 - Beatriz Neves

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UVII – NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
SP.1 ANSIEDADE NATURAL 
Discente: Beatriz Neves de Souza 
Docente: Antônio Neto 
OBJETIVO 1. DESCREVER O EXAME FÍSICO NORMAL DE UM RN A TERMO: 
• No exame físico, de modo geral, são avaliados a cor, choro, movimentação, postura e respiração do recém-
nascido. Para o primeiro exame do recém-nascido, são utilizadas as seguintes técnicas: 
 
® Inspeção: Utilizam-se os sentidos auditivo e visual para avaliar o estado da criança, como cor, 
respiração, postura, atividade, forma e simetria de diferentes regiões do corpo. O olfato pode ser 
utilizado, mas odores não são comuns; 
 
® Ausculta: É o processo de ouvir os sons produzidos pelo corpo, utilizando um estetoscópio neonatal; 
 
® Palpação: Utiliza-se o toque para determinar hidratação, tensão, textura, pulso, amplitude, tamanho, 
forma e profundidade de estruturas internas; 
 
® Percussão: Uso de batidas leves para produzir ondas sonoras que podem ser avaliadas de acordo com 
intensidade, gravidade, duração e qualidade. Raramente é utilizada na avaliação. 
OBJETIVO 2. CARACTERIZAR O RN QUANTO AO PESO, COMPRIMENTO E IDADE GESTACIONAL: 
Idade Gestacional: 
• A idade gestacional (IG) é o tempo desde a concepção até o nascimento do bebe: 
® Idade gestacional < 37 semanas: bebe prematuro; 
® idade gestacional entre 37 e 41 semanas e 6 dias: bebe a termo; 
® idade gestacional = ou > 42 semanas: pós- termo. 
Peso: 
• O peso do nascimento é a primeira pesagem do neonato após o nascimento, esse peso pode ser distribuído 
da seguinte forma: 
® 2500 - 3500 g: peso normal; 
® 2500 - 1500 g: baixo peso; 
® 1500 - 1000 g: muito baixo peso; 
® < 1000 g: extremo baixo peso. 
 
• Quando associamos a idade gestacional com o peso do recém-nascido (RN): 
® Grandes para a idade gestacional (GIG): quando o peso está acima do percentil 90 para a idade 
gestacional em questão; 
® Adequados para a idade gestacional (AIG): quando o peso se encontra entre os percentis 10 e 90 das 
curvas de crescimento intrauterino; 
® Pequenos para a idade gestacional (PIG): quando o peso está abaixo do percentil 10 para a referida 
idade gestacional. 
 
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Comprimento: 
• Comprimento do recém-nascido, da parte superior da cabeça até a planta dos pés: 
® Sexo masculino: 50 cm; 
® Sexo feminino: 48 cm. 
OBJETIVO 3. DEFINIR APGAR, DESCREVER SEUS CRITÉRIOS E INTERPRETÁ-LOS: 
• A Escala de Apgar (aparência, pulso, gesticulação, atividade, respiração) é medida no primeiro e no quinto 
minuto após o nascimento, podendo estender-se até o vigésimo minuto de vida; 
• Nela é avaliada a condição do bebê, com pontuação de 0, 1 ou 2 para cada um dos seguintes parâmetros: 
respiração, frequência cardíaca, tônus muscular, cor e resposta reflexiva; 
• A nota do teste de Apgar varia de 0 a 10: 
® 8 a 10: recém-nascidos sadios, significa que o bebê nasceu em ótimas condições; 
® 7: houve uma leve dificuldade; 
® 6 a 4: dificuldades de grau moderado; 
® 0 a 3: dificuldade grave. 
Aparência (cor): 
• É o critério menos importante e mais óbvio; 
® Nota 2: pele toda rosada; 
® Nota 1: pele rosada com exceção dos pés e das mãos; 
® Nota 0: pele cianótica ou pálida. 
Pulso (frequência cardíaca): 
• É o critério mais importante: 
® Nota 2: frequência acima de 100; 
® Nota 1: frequência de 1 a 100; 
® Nota 0: quando não há batimentos. 
Gesticulação (resposta reflexiva): 
• O objetivo deste critério é verificar a resposta a qualquer forma de estímulo; 
• Este procedimento pode ser levado a efeito por meio de duas a três palmadas na planta do pé do RN ou 
introduzindo-se um catéter de borracha no nariz ou no orofaringe; 
® Nota 2: quando a resposta do RN é o choro; 
® Nota 1: quando a resposta do RN seja uma careta, com ausência de choro; 
® Nota 0: quando não há reação alguma. 
Atividade (tônus muscular): 
® Nota 2: quando há flexão dos membros superiores e inferiores que resistem à extensão, e na 
presença de movimentação subsequente adequada de todas as extremidades; 
® Nota 1: tônus “regular”; 
® Nota 0: flacidez total. 
Respiração (esforço respiratório): 
• É o segundo critério mais importante; 
® Nota 2: esforço respiratório vigoroso; 
® Nota 1: esforço respiratório presente, porém irregular e ineficaz; 
® Nota 0: apneia. 
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OBJETIVO 4. CITAR E EXEMPLIFICAR AS CONSEQUÊNCIAS CLINICAS DE UMA CRIANÇA NASCER 
DE BAIXO-PESO: 
• Crianças nascidas com menos de 2.500g, são consideradas de baixo-peso. 
• O peso adequado para a idade gestacional é um importante indicador clínico de morbidade neonatal, além 
de ser um fator de risco para a mortalidade e atrasos no desenvolvimento; 
• Nos países em desenvolvimento, aproximadamente 70% dos neonatos com baixo peso ao nascimento 
apresentam RCIU (Restrição de Crescimento Intra-Uterino); 
• Os recém-nascidos com RCIU apresentam uma maior taxa de morbidade e de mortalidade do que os com a 
mesma idade gestacional que cresceram adequadamente; 
• A baixa porcentagem de tecido adiposo faz com que eles tenham dificuldades com relação a 
termorregulação para se aquecerem; 
• Pela relação entre baixo peso e RCIU, ao nascer há mais riscos de desenvolver síndrome do desconforto 
respiratório, problemas neurológicos, gastrointestinais e a síndrome da morte súbita fetal. 
OBJETIVO 5. DESCREVER FISIOLOGIA DAS BILIRRUBINAS: 
• A maior parte da bilirrubina (80-85%) provém da degeneração de hemácias velhas (cerca de 0,8% das 
hemácias são destruídas diariamente). O restante provém de outras proteínas hêmicas (citocromos e 
mioglobina); 
• No citoplasma dos macrófagos, a hemoglobina é quebrada em globina (proteína) e heme. A globina é 
digerida em aminoácidos que serão reutilizados; 
• O heme é cindido por ação da enzima heme-oxidase. Perde o ferro e a porfirina tem seu anel tetrapirrólico 
aberto a nível de uma das pontes de meteno, com liberação de uma molécula de monóxido de carbono (CO); 
• O pigmento que resulta é a biliverdina. Esta sofre ação da enzima biliverdina-redutase e passa a bilirrubina, 
um pigmento amarelo; 
• A bilirrubina (na forma não-conjugada, ou indireta) é liberada pelas células do SER (sistema 
reticuloendotelial) e, sendo pouco hidrossolúvel, circula no plasma ligada à albumina. Esta variedade de 
bilirrubina é processada para eliminação no fígado. 
OBJETIVO 6. DESCREVER E FISIOPATOLOGIA, QUADRO CLÍNICO E TRATAMENTO DA ICTERÍCIA 
DO RN: 
Fisiopatologia 
• A icterícia fisiológica ocorre pelo RN possuir menor capacidade de captação, conjugação e excreção hepática 
da bilirrubina; 
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• O RN produz maior quantidade de bilirrubina, pois ele possui mais hemoglobina e hemácias com menor meia 
vida, além de ter uma circulação êntero-hepática (circulação dos ácidos biliares, bilirrubina, drogas ou outras 
substâncias a partir do fígado para a bile) elevada de bilirrubina devido à escassa flora intestinal e da maior 
atividade da enzima beta-glicorunidase na mucosa intestinal; 
• A icterícia patológica pode ocorrer por diversos fatores: 
o Aumento na produção de bilirrubina (doenças hemolíticas e policitemia); 
o Diminuição da clearence (Síndrome Crigler-Najar tipo I e II, Síndrome de Gilbert, diabetes materna, 
hipotireoidismo congênito e galactosemia); 
o Aumento da circulação êntero-hepática (alterações da motilidade intestinal provocadas por 
obstrução funcional ou anatômica). 
Quadro Clínico 
• Apresenta progressão craniocaudal; 
• Pode ser detectada visualmente por meio da digitopressão na pele do RN; 
• Classificação é feira de acordo com cinco zonas de Kramer (zonas dérmicas): 
o Zona 1: presença de icterícia na cabeça e pescoço; 
o Zona 2: da cabeça até a cicatriz umbilical; 
o Zona 3: até os joelhos e cotovelos; 
o Zona 4: nos braços, antebraços e pernas; 
o Zona 5: nas mãos e pés. 
• Icterícia fisiológica: início tardio (após 24 horas), pico entre o 3º e 4º dias de vida, declínioem 1 semana; 
• Icterícia patológica: icterícia precoce (antes de 24h de vida), associação com outras manifestações clínicas ou 
doenças do RN; 
• Encefalopatia bilirrubínica aguda: letargia (inconsciência), hipotonia (diminuição do tônus muscular) e sucção 
débil. 
Tratamento 
• O tratamento será determinado de acordo com qual hiperbilirrubinemia é predominante na icterícia do RN; 
• Hiperbilirrubinemia indireta: fototerapia ou exsanguineotransfusão; 
• Fototerapia: tratamento mais prescrito na 1ª semana de vida, é prescrita em RN a termo ou pré-termo tardio 
(>35 semanas); 
• Exsanguineotransfusão: situações onde há maior risco de neurotoxicidade, é capaz de remover até 40% da 
bilirrubina pré-existente (está indicada quando há falha da fototerapia). 
OBJETIVO 7. DESCREVER O PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO TRATAMENTO DA 
ICTERÍCIA NEONATAL: 
• A equipe tem papel fundamental na hora de informar a família, principalmente sobre os tratamentos, 
deixando o mínimo de duvidas e consequentemente ajudando no tratamento de cada RN; 
• Equipe de enfermagem: cuidados com relação ao tratamento de fototerapia em manter o RN despido com os 
olhos protegidos e posicionando o foce de luz para atingir a maior parte do corpo, bem como interromper a 
fototerapia 3x por dia por 15 min a fim de estimular a visão. 
• Toda a equipe deve conhecer as estratégias e tratamentos aos quais os RNs estão sendo submetidos para 
interagir de forma positiva com a mãe, as fim de minimizar tensões, etc; 
• É necessário muitas vezes que as unidades de internação/atendimento façam reuniões em equipe 
multiprofissional composta por exemplo pela equipe de enfermagem e medica, neonatologistas, psicólogo, 
assistente social, nutri e fonoaudiólogo; 
• O objetivo é a discussão dos casos, informações sobre tratamentos e atendimento/funcionamento visando 
melhorar a sistemática e também a consolidação das práticas de humanização. Além disso deve ser 
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promovido espaço para reflexões sobre as praticas, bem como as dificuldades da equipe e suas 
potencialidades; 
• É importante que todo trabalho seja fundamentado na integração da equipe na atuação e também nas 
responsabilidades das ações, sempre visando melhorar a qualidade da assistência. 
OBJETIVO 8. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROGRAMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A 
ATENÇÃO A SAÚDE DA CRIANÇA E SAÚDE DA MULHER: 
• Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PINAISM): preza pelo direito a saúde da mulher 
garantido pelo SUS, desde a atenção básica até altas complexidades, desenvolvendo ações que ofereçam 
melhores condições de vida e saúde das mulheres, com objetivo de ampliar a atenção clínico ginecológica, 
atenção básica obstétrica e neonatal e a promoção de ações contra a violência doméstica e sexual; 
 
• Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PINAISC): tem o objetivo de organizar ações na 
rede de atenção infantil, promover a saúde das crianças, qualificar a atuação no sus, incentivar pesquisas e 
promover o conhecimento, entre outras ações voltadas à saúde infantil. 
OBJETIVO 9. QUAIS SÃO OS PONTOS DA REDE ENVOLVIDOS NO ATENDIMENTO DA 
GESTANTE, PUÉRPERA E CRIANÇA (UBS, ATENDIMENTO ESPECIALIZADO, MATERNIDADES, 
CASA DE PARTO, UNIDADE DE PARTO NORMAL, OU SEJA, EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE 
SAÚDE DISPONIBILIZADOS PARA O PARTO NORMAL): 
• Atenção à Saúde do Recém-Nascido; 
• Manual Técnico Pré-Natal e Puerpério (Atenção Qualificada e humanizada); 
• Atenção à Saúde na Gestação de Alto Risco; 
• Casa de Gestante Bebê e Puérpera (CGBP); 
• Rede Cegonha; 
• Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal. 
OBJETIVO 10. DISCUTIR SOBRE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E SUA RELAÇÃO COM BAIXO 
PESO AO NASCER E O NÚMERO DE PARTOS NORMAIS E CESARIANOS NO BRASIL: 
Gravidez na adolescência e sua relação com baixo peso ao nascer 
• Há associação estatisticamente significante entre faixa etária materna < ou igual a 16 anos e RN com baixo 
peso e peso insuficiente, em relação aos de peso adequado estão de acordo com dados de estudos de 
distintos contextos e regiões do Brasil (nordeste e sudeste), com registros do SINASC, que evidenciaram 
maiores prevalências de RN de baixo peso entre mães das faixas muito jovens, comparadas às adultas 
jovens; 
• Fatores como a assistência pré-natal inadequada, ausência do parceiro e a não aceitação da gestação pela 
família ou companheiro, entre outros, podem interferir no estado de saúde e bem estar da gestante 
adolescente, favorecendo condições adversas ao crescimento e desenvolvimento fetal; 
• O resultado gestacional pode estar relacionado à imaturidade biológica (baixa idade ginecológica), verificada 
no grupo com idade ginecológica inferior a quatro anos (< 15 anos), possivelmente pela insuficiência 
uteroplacentária e comprometimento da transferência de nutrientes para o feto, pela baixa ingestão 
alimentar ou falta de orientação, durante o período pré-natal. 
 
Números de partos normais e cesarianos no Brasil 
• A adolescência pode ser fator de proteção para cesariana, considerando a alta proporção de recém-
nascidos de baixo peso; 
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• Há percentual de 39,7% de cesariana entre as adolescentes, no período analisado, achados estes que 
concordam com outros estudos nacionais que identificaram maior proporção desse procedimento em 
mulheres adultas. 
• Quanto à cesariana, há interação estatística com estado civil, pré-natal com menos de 6 consultas, baixo peso 
e peso insuficiente ao nascer, diferindo de outros estudos que encontraram por exemplo associação entre 
maior número de consultas e maior porcentagem de cesariana ou o baixo peso ao nascer com justificativa 
para menor ocorrência de cesárea nesta faixa etária; 
• A maioria das mulheres optam por parto cesárea no Brasil ao normal, principalmente, por causa da 
insegurança na equipe do parto pelo fato de erros médicos ocorrerem comumente durante o parto normal. 
OBJETIVO 11. DESCREVER AS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS-ADAPTATIVAS, DOS SISTEMAS 
CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO QUE OCORREM NO PERÍODO NEONATAL: 
Sistema cardiovascular 
• Com o nascimento, a circulação fetal pela placenta acaba e então os pulmões do bebê se expandem, aos 
começar a trabalhar; 
• O forame oval, do ducto arterial e o ducto venoso (DA e DV), bem como os vasos umbilicais regridem por 
não serem mais necessários; 
• Expansão dos pulmões – começam a trabalhar; 
• O fim da circulação placentária gera uma queda de pressão na veia cava inferior, consequentemente há o 
aumento da circulação sanguínea no RN a pressão no átrio esquerdo aumenta -> fechamento do forame 
oval; 
• O O2 regula o fechamento do ducto arterial ao nascimento e também demonstra ser mediado pela 
bradicinina ao aumento dos pulmões; 
• Obs: as alterações na circulação ocorrem de forma gradual, onde algumas acontecem à primeira respiração e 
outras em várias horas e dias depois, por isso nessa fase pode ocorrer passagem de sangue da direita para a 
esquerda pelo forame oval até que ocorra o fechamento das estruturas por proliferação do tecido. 
• As artérias umbilicais se tornam os ligamentos umbilicais, sendo que suas partes proximais persistem 
tornando-se as artérias vesicais superiores irrigando a bexiga urinária; 
• Veia umbilical vira o ligamento redondo do fígado; 
• O forame oval se fecha definitivamente no terceiro mês pela proliferação de tecido e da aderência dos 
septum primum e secundum, sendo que o primum forma o assoalho da fossa oval que fica como uma 
impressão na parede interatrial; 
• O ducto arterial se fecha nos primeiros dias mas seu fechamento anatômico se da com a transformação até a 
12ª semana no ligamento arterial que vai da artéria pulmonar esquerda ao arco da aorta. 
Sistema Respiratório 
• As adaptações do sistema respiratório ocorrem desde o período do saco terminal que corresponde a 26ª 
semana até o nascimento, período no qual se formam mais sacos terminaisde parede delgada e com 
capilares; 
• Esses sacos terminais são revestidos por pneumócitos tipo I que permitem as trocas gasosas e entre esses 
tipos celulares encontram-se os pneumócitos tipo II que secretam o surfactante, formando uma película 
sobre a parede dos sacos alveolares reduzindo a tensão superficial evitando seu colapso ou colabamento; 
• Depois do período do saco terminal começa o período alveolar que corresponde a 32ª semana aos 8 anos de 
idade; 
• Na 32ª semana estruturas análogas aos alvéolos estão presentes e a camada epitelial se torna mais delgada 
e ao final do período fetal está fina o suficiente para permitir as trocas gasosas; 
• Dessa forma ocorrem mudanças adaptativas nos pulmões para que esteja preparado para sua atividade 
autônoma ao nascimento, sendo elas: 
® produção de surfactante em quantidade suficientemente adequada; 
® os pulmões se tornam órgãos de troca gasosa e não mais somente secretor; 
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® a circulação pulmonar se instala juntamente com a sistêmica. 
• 95% dos alvéolos só se formam após o nascimento, quando os alvéolos primitivos dilatam com a expansão 
do pulmão e também aumentam em quantidade, auxiliando no aumento dos pulmões; 
• O desenvolvimento dos alvéolos se completa aos três anos de idade, podendo ocorrer até os oito anos de 
vida; 
• O crescimento dos pulmões está relacionado com três fatores importantes que são: 
® adequado espaço torácico; 
® os movimentos respiratórios fetais; 
® um volume de líquido amniótico propício. 
• Ao nascer o líquido presente nos pulmões do RN (50% do seu volume contém secreções pulmonares e 
líquido amniótico) é removido pela boca e nariz pela pressão do tórax durante o parto e também pelas 
veias, artérias e capilares, bem como os vasos linfáticos, fazendo a rápida troca desse liquido pelo ar. 
OBJETIVO 12. COMPREENDER O CONCEITO DE DEGENERAÇÃO: 
• São alterações celulares, geralmente reversíveis quando o estímulo cessa, e que podem ou não evoluir para 
a morte celular. O citoplasma apresenta-se lesionado, com acúmulo de substâncias exógenas ou pré-
existentes, o que reduz ou cessa a função celular. 
 OBJETIVO 13. DISCUTIR A TRIAGEM NEONATAL E SUA IMPORTÂNCIA: 
• O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), instituído pelo Ministério da Saúde em 06 de junho de 
2001, é uma agenda transversal às políticas de saúde pública e às redes temáticas do SUS; 
• Seu objetivo é promover, implantar e implementar ações com foco na prevenção, no diagnóstico em fase 
pré-sintomática, na intervenção precoce e no acompanhamento permanente dos pacientes com as doenças 
incluídas no Programa; 
• Os exames de triagem neonatal são capazes de diagnosticar doenças que, quanto mais cedo identificadas, 
apresentam melhores chances de tratamento, podendo prevenir sequelas graves e/ou óbitos 
Teste do Pezinho (triagem biológica) 
• Triagem neonatal para a identificação de distúrbios congênitos e hereditários, incluindo doença falciforme (e 
outras hemoglobinopatias), fenilcetonúria, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo 
congênito e deficiência de biotinidase; 
• Deve ser realizado do 3º ao 5º dia de vida na UBS; 
• É um procedimento pouco invasivo e pouco incômodo, o pezinho do recém-nascido é uma região bastante 
irrigada, logo facilita o acesso ao sangue para coleta da amostra. 
Teste da Orelinha (triagem auditiva) 
• Realizado ainda na maternidade, no 2º ou 3º dia de vida do RN; 
• Consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação o seu retorno por meio de uma delicada sonda 
introduzida na orelhinha do recém-nascido; 
• Para o teste usam-se emissões otoacústicas evocadas durante o sono natural do bebê, identificando-se uma 
possível deficiência auditiva; 
• A deficiência auditiva pode resultar em deficiências de fala e de aprendizado, mas a instituição do 
tratamento precoce para a criança, sobretudo antes dos seis meses de vida, apresenta grandes chances de 
desenvolvimento da linguagem e de melhor adaptação psicossocial. 
Teste do Olhinho (triagem ocular) 
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• Seu objetivo é identificar qualquer obstrução do eixo visual, incluindo catarata congênita, glaucoma 
congênito, retinoblastoma, retinopatia da prematuridade e outros transtornos oculares congênitos e 
hereditários; 
• É um teste simples, rápido e indolor que consiste na identificação de um reflexo vermelho quando os olhos 
do bebê são iluminados por um feixe de luz, sendo o exame feito em um olho por vez; 
• É realizado ainda na maternidade, de preferência logo após o nascimento. 
Teste do Coraçãozinho (oximetria de pulso) 
• Consiste em medir a saturação de oxigênio no sangue e a frequência cardíaca do RN; 
• É capaz de identificar cardiopatias críticas; 
• O exame é feito com um oxímetro posicionado no pulso e no pé no bebê; 
• Deve ser realizado entres as primeiras 24 e 48 horas de vida do RN; 
• Se alguma alteração for identificada, o bebê deve ser submetido a um ecocardiograma. 
OBJETIVO 14. RECONHECER O MARCADOR LABORATORIAL DA ICTERÍCIA NEONATAL E 
DISCUTIR OS FATORES ASSOCIADOS À ALTERAÇÃO DESTE MARCADOR: 
• A bilirrubina é o marcador laboratorial da icterícia e é um produto que deriva do metabolismo do 
grupamento de hemoproteínas; 
• Durante o período da 1ª semana o recém-nascido tem sua flora intestinal ausente ocasionando a não 
detecção da estercobilinina, sendo que nessa fase da vida a betaglicuronidase está presente de forma ativa, 
ocasionando assim o aumento de bilirrubina indireta que será reabsorvida na circulação entero-hepática; 
• Existe alguns fatores que levam o aumento da bilirrubina indireta, são eles: 
® Por imaturidade dos sistemas enzimáticos, ocorrera uma diminuição da captação e conjugação 
hepáticas; 
® A menor sobrevida das hemácias fetais tem se o aumento da carga da bilirrubina a ser metabolizada pelo 
fígado; 
® Defeitos genéticos que apresentam ausência de glicuronil transferase e defeitos de captação da 
bilirrubina pelo hepatócito; 
® Demora na eliminação do mecônio e aumento da circulação entero-hepatica por jejum. 
OBJETIVO 15. RECONHECER AS PRINCIPAIS PERDAS FISIOLÓGICAS NO PERÍODO NEONATAL 
EM RECÉM-NASCIDOS TERMOS E PRÉ-TERMOS: 
• Ao nascer, observamos uma perda ponderal de peso que corresponde à redução de fluidos (mecônio) e pela 
consequência do uso de tecido adiposo como fonte e energia pelo RN; 
• Nos primeiros 2-3 dias dos lactentes a perda é, em média, entre 5% a 7% do peso do nascimento, quando 
somente amamentados; 
• Os limites aceitáveis podem chegar até 10% do peso perdido em uma semana; 
• A evolução do peso do RN é utilizada como indicador da qualidade da amamentação, podendo esse ser 
usado como parâmetro na introdução da fórmula láctea. 
OBJETIVO 16. DESCREVER OS MECANISMOS DE TERMO REGULAÇÃO NO RECÉM-NASCIDO, E 
AS ESTRATÉGIAS PARA GARANTIR A MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL: 
• O mecanismo de termo regulação corporal do recém-nascido, ocorre entre o equilíbrio da produção e 
rejeição de calor é alcançado, a temperatura RN é mantida; 
• Recém-nascidos a termo têm uma fonte de geração de calor na gordura marrom, sendo que quando 
submetido ao estresse pelo frio, os níveis de adrenalina aumentam e atuam no tecido adiposo marrom 
para estimular a lipólise; 
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• RN prematuros têm problemas especiais para manter a temperatura corporal; 
• A proporção de redução da superfície da pele é maior, as reservas de gordura marrom são reduzidas e não 
é possível obter calorias suficientes para fornecer as calorias necessárias para a geração de calor e 
crescimento e eliminar o consumo de oxigênio; 
• Quando um bebê nasce, ele se move do ambiente uterino para o ambiente extrauterino. A temperatura do 
ambiente intrauterino é mantida em cerca de 37,5 °C, o que é adequado para o parto. O ambiente 
extrauterino é frio e seco, o que causará perda por evaporação e aquecimento por convecção.Para não 
causar perda de temperatura, a equipe que recebeu RN imediatamente após o parto precisa de atenção, o 
que geralmente envolve secar o bebê, colocá-lo em fonte de calor radiante com berço aquecido e monitorar 
a temperatura axilar em constante ou contínua.

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