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AV-1 proc II noite

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1ª Questão 
Amarildo era suspeito da prática de diversos delitos pequenos na localidade. A autoridade 
policial decide, por conta, determinar a interceptação do telefone celular de Amarildo, 
tendo obtido, após 70 dias, informações de áudio e vídeo onde Amarildo conversando com 
amigos relata pormenorizadamente os crimes que cometeu, e o lugar onde estão os objetos 
dos crimes estão guardados, bem como fala o local onde são guardados as armas e drogas 
na localidade. Diante das informações a polícia pede um mandado de busca e apreensão 
domiciliar ao juiz, e durante o dia apreende os objetos de crime, e vai ao local onde 
estavam armazenadas as drogas e armas e apreende as drogas e as armas prende em 
flagrante as pessoas e apreende as drogas e as armas. 
Responda fundamentadamente: 
 
A - É possível utilizar a confissão de Amarildo para imputar-lhe os delito? 
 
Não, pois “por conta” a autoridade policial não pode determinar a interceptação do telefone 
celular. Seria necessária ordem judicial, emitida por juiz competente, como descrito no Art. 
5°, X e XII da CF e na Lei 9.296/1996 em seu Art. 1° e Art. 10°, tornando assim a prova 
obtida pela escuta telefônica ilegal, torna-se ilícita, não podendo imputar a Amarildo os 
delitos confessados. Lembrando que o Art. 5° da Lei 9.296/1996, também prevê que O 
monitoramento telefônico somente poderá ocorrer por períodos de 15 (quinze) dias, quando 
encerrado um período, poderá ocorrer outro requerimento ao respectivo juízo, sendo assim 
mesmo com a autorização judicial, período para monitoramento já havia ultrapassado, pois 
houve interceptação por 70 dias. 
 
Diante disso, em plenário do Supremo Tribunal Federal, Ilmar Galvão explica que: 
 
”A prova ilícita, entre nós, não se reveste da necessária idoneidade jurídica como meio de 
formação do convencimento do julgador, razão pela qual deve ser desprezada, ainda que 
em prejuízo da apuração da verdade, no prol do ideal maior de um processo justo, 
condizente com o respeito devido a direitos e garantias fundamentais da pessoa humana, 
valor que se sobreleva em muito, ao que é representado pelo interesse que tem a sociedade 
em uma eficaz repressão aos delitos. É um pequeno preço que se paga por viver-se em 
estado de direito democrático. A justiça penal não se realiza a qualquer preço. Existem, na 
busca da verdade, limitações impostas por valores mais altos que não podem ser violados, 
ensina Heleno Fragoso, em trecho de sua obra Jurisprudência criminal, transcrita pela 
 
 Universidade Estácio de Sá – Campus Nova Iguaçu 
 
Curso 
 
 Direito 
Disciplina 
 
 Direito Processual Penal II 
Cód. 
 
 DPU 0295 
Turma 
 
 
Data da prova 
 
 08/10/20 
Professor (a) 
 
Paulo Renato Cavalcanti de Oliveira 
Prova 
 
 AV-1 
Semestre 
 
 2020.2 
 
A ser preenchido pelo (a) Aluno (a) 
Nome do Aluno (a) 
 
Thais da Silva Barros 
Nº da matrícula 
 
 201703072235 
-- 
defesa. A Constituição brasileira, no art. 5º, inc. LVI, com efeito, dispõe, a todas as letras, 
que são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.” 
 
 
 
 
 
B – A apreensão dos objetos do crime e a prisão em flagrante podem ser consideradas 
válidas? 
 
Sim, o mandado de busca e apreensão não seria necessário, pois o crime de tráfico de 
drogas é crime de natureza permanente, o que autoriza o ingresso no domicilio mesmo sem 
qualquer ordem judicial. A apreensão de drogas e armas, já são provas de crime de tráfico 
de drogas e como descrito no caso em tela, Amarildo já era suspeito de diversos crimes, o 
que já justificaria a busca e apreensão, como nos trás o Art. 240 do CPP, o legislador então 
pode fazer uso do art. 157, §1º, do CPP, onde existe limitação a teoria e o principio da 
proporcionalidade, o juiz poderá admitir uma prova ilícita ou sua derivação, para evitar um 
mal maior, ou seja, a condenação injusta ou a impunidade de perigosos marginais. 
 
Jurisprudência: 
 
Superior Tribunal de Justiça STJ – RECURSO ESPECIAL: REsp 1722240 SP 
2018/0025539-3 
 
2ª Questão 
Tício foi indiciado pela prática do crime descrito no Art. 157, caput do CP. Concluído o 
inquérito e remetido para o Ministério Público, ele, tempestivamente, oferece Denúncia, 
que é recebida pelo magistrado, em seguida, observando o Art. 396 do CPP, o juiz manda 
citar o réu. O oficial de justiça cita pessoalmente o réu, porém, como o volume de 
processos estava muito grande, para assegurar uma prestação jurisdicional com eficácia, o 
juiz decide aplicar o Art.366 do CPP e suspender o processo e o curso do prazo 
prescricional. Agiu de forma adequada o magistrado? 
Responda fundamentadamente. 
 
Não, pois Ticio foi citado pessoalmente pelo oficial de justiça. O Art. 366 do CPP dispõe 
que se o acusado for citado por edital, não comparecer e não constituir advogado ficarão 
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, não havendo nenhuma das 
possibilidades no caso citado. O Art. 366 do CPP visa evitar a tramitação de processos sem 
o efetivo conhecimento do acusado, se ajustando ao princípio da ampla defesa, que só é 
exercitado em sua plenitude por meio de defesa técnica e de autodefesa (pelo próprio 
acusado). 
 
Doutrina: 
 
Conforme Capez "o fundamento de tal inovação reside no direito à informação. Derivado 
dos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, tal direito encontra-se 
previsto na Convenção Americana de Direitos Humanos (1969), conhecida como Pacto de 
San José da Costa Rica (...), que em seu art. 8º, 2, b, assegura a todo acusado o direito à 
comunicação prévia e pormenorizada da acusação formulada. Assim, não mais se admite o 
prosseguimento do feito sem que o réu seja informado efetivamente, sem sombra de 
dúvida, da sua existência". 
CAPEZ, Fernando. Processo Penal. São Paulo: Editora Saraiva, 2005, p. 551. 
 
 
 
3ª Questão 
Caio foi denunciado, narrando a denúncia que no dia 10/01/2020 o réu, subtraiu o carro de 
Mévio, na Rua da Assembleia, próximo ao número 300, tendo restado consumado o delito, 
diante da presença dos elementos objetivos e subjetivos do tipo, requer a condenação do 
acusado nas penas do Art. 155 do CP. O juiz recebe a denúncia manda citar o acusado, que 
apresenta resposta preliminar, não sendo caso de absolvição sumária, o juiz marca 
audiência de instrução e julgamento, após ouvir a vítima e as testemunhas arroladas pela 
acusação verificou- se que Caio, na verdade, portava um revolver calibre 38 e subtraiu o 
carro enquanto Mévio estava dirigindo. O juiz ao final da AIJ condena o acusado não penas 
do Art. 157 do CP. Você advogado de Caio contratado para fazer o recurso de apelação, 
qual argumento iria utilizar para fazer a defesa? 
Responda fundamentadamente. 
 
Caio terá direito ao contraditório e a ampla defesa ao crime que lhe foi imputado, como 
assegurado na CF/88, e também embasado no Art. 41 do CPP teria que haver clareza na 
acusação, expondo o fato criminoso com todas as suas circunstâncias. Sendo assim o 
magistrado não poderia condená-lo pelo Art. 157 do CP, pois não houve audiência para o 
crime pelo qual foi condenado. Restará ao juiz retornar o processo para o MP para que o 
mesmo faça a devida correção e somente após alteração da denunciação marcar nova AIJ. 
Portanto deve se pedir a anulação da sentença proferida. Segundo o art. 395, do Código de 
Processo Penal, para que o juiz aceite a denúncia e instaure o processo, esta denúncia deve 
estar detalhada, sob pena de ser considerada inepta. 
 
 
4ª Questão 
Astrogilda foi denunciada pelo fato descrito no Art 121caput do CP, homicídio simples, 
narrando a denúncia ter a acusada subtraído a vida de uma criança recém nascida. O juiz 
recebe a denúncia, mas ao final da AIJ, após ouvir a vítima e as testemunhas restou provado 
que Astrogilda era mãe da criança recém nascida e estava em estado puerperal. Diante da 
situação pergunta-se:Responda fundamentadamente. 
 
A – Qual decisão do final da 1ª fase do procedimento do Tribunal do Júri deverá tomar o 
magistrado? 
 
Tal etapa serve para a formação de Juizo de Admissibilidade da acusação, seria feita a 
denuncia do crime previsto no Art. 123 do CP, se o juiz se convencer da materialidade do 
fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação do acusado o juiz 
poderá se basear no Art. 413 do CPP. 
 
B – Qual o recurso adequado para essa decisão? 
 
Recurso em Sentido Estrito, conforme art. 581, inciso IV, do Código de Processo Penal. 
 
5ª Questão 
Antonio, José, Arlindo, e Marivalda são conhecidos criminosos de um cidade do interior, 
eles procuram você como advogado, para fazer a defesa. Como profissional do Direito, 
você tem a obrigação de conhecer os procedimentos processuais penais, a fim de saber 
como atuar em juízo. 
Indique qual procedimento será utilizado no julgamento dos seus clientes, apontando o 
fundamento legal. 
 
 
A - Antonio praticou o crime descrito no art. 272 do CP, pena de 2 a 8 anos de reclusão 
 
Procedimento Comum Ordinário, procedimento utilizado quando tiver por objeto crime 
cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 anos de pena restritiva de liberdade, 
ele é monofásico,ou seja, desde a acusação até o julgamento é feito por um único 
magistrado. As fases do Processo são: Acusação; Resposta à Acusação; Instrução e 
Julgamento. 
 
B – José praticou o delito descrito no art. 227 do CP, pena de 1 a 3 anos de reclusão 
 
Procedimento Comum Sumário, procedimento utilizado quando tiver por objeto crime cuja 
sanção máxima cominada seja inferior a 4 anos de pena restritiva de liberdade. 
 
 
C – Arlindo é autor do crime previsto no art. 159 do CP, pena de 8 a 15 anos de reclusão 
 
Procedimento Comum Ordinário, procedimento utilizado quando tiver por objeto crime 
cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 anos de pena restritiva de liberdade, 
ele é monofásico,ou seja, desde a acusação até o julgamento é feito por um único 
magistrado. As fases do Processo são: Acusação; Resposta à Acusação; Instrução e 
Julgamento. 
 
 
D – Marivalda perpetrou a conduta descrita no art. 124 do CP, pena de 1 a 3 anos de 
detenção. 
 
O rito procedimental para os processos de competência do Júri é escalonado. A primeira 
fase se inicia com o oferecimento da denúncia e se encerra com a decisão de pronúncia. A 
segunda fase tem início com o recebimento dos autos pelo juiz-presidente do Tribunal do 
Júri e finda com o julgamento pelo Tribunal do Júri.

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