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1. Sejam B = {~i,~j,~k} uma base ortonormal de V3, ~w = (3, 0,−4)B e ~θ = (0, 1, 1)B. Determine [~u]B e [~v]B tais que, ~u 6= ~0 6= ~v, ~u seja paralelo a ~θ, ~u e ~v sejam ortogonais e ~w = ~u+ ~v. Como ~u é paralelo a ~θ = (0, 1, 1)B, devemos ter ~u = (0, λ, λ)B para algum λ ∈ R. Seja ~v = (a, b, c)B. Como ~u é ortogonal a ~v, devemos ter 0 = 〈~u,~v〉 = 〈(0, λ, λ), (a, b, c)〉 = λ · b+ λ · c = λ · (b+ c) Mas, por hipótese, ~u 6= ~0, logo λ 6= 0 e portanto, b = −c. Finalmente, (3, 0,−4)B = ~w = ~u+~v = (0, λ, λ)B + (a,−c, c)B = (a, λ− c, λ+ c)B. De onde segue que, a = 3 e λ = c = −2. Assim, ~u = (0,−2,−2)B e ~v = (3, 2,−2)B 2. Na figura abaixo, temos um sistema de coordenadas ortogonal {O,~i,~j,~k} e pontos A, B e C tais que || −→ OA || = || −→ OB || = 2 3 || −→ OC ||. Sabendo que o volume do tetratedro OABC é igual a 2 unidades cúbicas, determine equações: a) Vetorial da reta r que passa pelos pontos A e C; b) Paramétrica da reta s que passa pelos pontos A e B; c) Geral do plano π que passa pelos pontos A, B e C. ...................................................... ....... ............... ............................................................. ..... ................. ....... ....... ....... ....... ....... ................... ............... ~i ~j ~k ................................................................................................................... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... ....... .... .............................................................................................................. ................. ................. ................. ................. ................. ................. ................. ................. ................. .................. ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........ ........................................................................................................................................................................................................................... • • • • A B C O Seja T o tetraedro OABC. Seu volume é 1 3 da área da base multiplicado pela altura relativa a essa base. Se tomarmos a base como sendo o triângulo OAB, teremos: Vol(T ) = Área(OAB) · || −→ OC|| 3 = || −→ OA||·|| −−→ OB|| 2 · || −→ OC|| 3 = 2 3 || −−→ OC||· 2 3 || −−→ OC|| 2 · || −→ OC|| 3 = 2 || −→ OC||3 33 Por hipótese Vol(T ) = 2, logo || −−→ OC||3 33 = 1, ou seja, || −→ OC|| = 3. 1 Segunda prova resolvida de geometria analítica Desta forma temos que A = (2, 0, 0), B = (0, 2, 0) e C = (0, 0, 3). Assim, a) A equação vetorial da reta r que passa por A = (2, 0, 0) e C = (0, 0, 3) é dada por r : X = A+ λ −→ AC = (2, 0, 0) + λ(−2, 0, 3) b) A equação paramétrica da reta s que passa por A = (2, 0, 0) e B = (0, 2, 0) é dada por s : x = 2− 2λ y = 2λ z = 0 c) A equação geral do plano π, que passa pelos pontos A,B e C é dada por π : det x− 2 y z−2 2 0 −2 0 3 = 0 ou seja, π : 6x+ 6y + 4z = 12 . Outra resolução Uma outra forma de determinar os pontos A,B e C é a seguinte: Pela figura, notamos que A = (a, 0, 0), B = (0, b, 0) e C = (0, 0, c) para certos números a, b, c ∈ R. Por hipótese, volume do tetraedro T = OABC é igual a 2. Mas esse volume é 1 6 do volume V do paraleleṕıpedo gerado pelos vetores −→ OA, −−→ OB e −→ OC. Como −→ OA = (a, 0, 0), −−→ OB = (0, b, 0) e −→ OC = (0, 0, c) teremos 2 = V = |〈( −→ OA ∧ −−→ OB), −→ OC〉| 6 = 1 6 det a 0 00 b 0 0 0 c = a · b · c 6 ou seja, a · b · c = 12. Além disso, a = b, pois a = || −→ OA|| = || −−→ OB|| = b e como || −→ OA|| = 2 3 || −→ OC|| = 2 3 c, segue que, 2 3 c · 2 3 c · c = 12, de onde segue que c = 3 e a = b = 2. Daqui em diante a resolução segue similar à resolução acima. 3. Sejam E = {~e1, ~e2, ~e3}, F = {~f1, ~f2, ~f3} e G = {~g1, ~g2, ~g3} bases de V3 tais que ~g1 = −~e2, ~g2 = 2~f1 − ~f3 e ~g3 = −~f1 + ~f2 + 2~f3 = ~e2 + ~e3. Suponha ainda que a matriz de mudança da base F para a base E é dada por MFE = M E F = 1 0 −10 1 0 0 1 1 . a) Determine MGE e M G F ; Como MEF = 1 0 −10 1 0 0 1 1 , temos que ~e1 = ~f1, ~e2 = ~f2 + ~f3 e ~e3 = −~f1 + ~f3 Desta forma, ~f3 = ~f1 + ~e3 = ~e1 + ~e3. 2 Logo, ~g1 = −~e2, ~g2 = 2~f1 − ~f3 = 2~e1 − (~e1 + ~e3) = ~e1 − ~e3 e ~g3 = ~e2 + ~e3. Assim, MGE = 0 1 0−1 0 1 0 −1 1 Observamos também que ~g1 = −~e2 = −(~f2 + ~f3) = −~f2 − ~f3, ~g2 = 2~f1 − ~f3 e ~g3 = −~f1 + ~f2 + 2~f3. Logo, MGF = 0 2 −1−1 0 1 −1 −1 2 b) Determine [~u]F , sendo ~u = −~e1 + ~f2 − ~g3. Temos que ~e1 = ~f1 e ~g3 = −~f1 + ~f2 + 2~f3. Logo, ~u = −~f1 + ~f2 − (−~f1 + ~f2 + 2~f3) = −2~f3, portanto ~u = (0, 0,−2)F 4. Determine uma equação da reta r tal que r é perpendicular à reta s e r é perpendicular à reta t, sendo que s : x = y − 2 5 = 1− z 2 e t : { x− z + 1 = 0 x+ y − 1 = 0 Uma equação vetorial da reta s é dada por s : X = (0, 2, 1) + µ · (1, 5,−2). Uma equação vetorial da reta t é dada por t : X = (0, 1, 1) + λ · (1,−1, 1) Um vetor diretor para a reta r é dado por qualquer múltiplo de (1, 5,−2)∧ (1,−1, 1). Como, (1, 5,−2) ∧ (1,−1, 1) = det ~i ~j ~k1 5 −2 1 −1 1 = (3,−3,−6) temos que um vetor diretor da reta r é dado por ~r = (1,−1,−2). Se A é um ponto de r ∩ s então, A = (µ, 2 + 5µ, 1− 2µ) para algum µ ∈ R. Se B é um ponto de r ∩ t então, B = (λ, 1− λ, 1 + λ) para algum λ ∈ R. Devemos ter então que, (λ− µ,−1− λ− 5µ, λ+ 2µ) = −→ AB = α · ~r = (α,−α,−2α) Essa igualdade nos fornece um sistema linear com 3 equações e 3 incógnitas (λ, µ e α), cuja solução é λ = 0, µ = −1 6 e α = 1 6 . Assim, B = (0, 1, 1) ∈ r e ~r = (1,−1,−2) é um vetor diretor de r. Portanto, uma equação para a reta r é dada por, r : X = (0, 1, 1) + β · (1,−1,−2), β ∈ R 3 5. Qual é a posição relativa entre as retas s e t do exerćıcio anterior? justifique sua resposta. Pela resolução do exerćıcio anterior, temos que ~s = (1, 5,−2) é vetor diretor da reta s, ~t = (1,−1, 1) é vetor diretor da reta t, −→ AB = (1 6 ,−1 6 ,−1 3 ), sendo A ∈ s e B ∈ t. Temos que {~s,~t} é L.I. e como −→ AB ⊥ ~s e −→ AB ⊥ ~t, concluimos que {~s,~t, −→ AB} é L.I. Logo, as retas s e t são reversas. 6. Determine uma equação geral do plano π que é perpendicular à reta r : X = (1, 0, 1)+ λ(0, 4, 3) e tal que a distância do ponto P = (1, 0, 0) ao plano π seja igual a 1. O vetor diretor ~r = (0, 4, 3) da reta r é um vetor normal ao plano π, logo uma equação geral de π é dada por 4y + 3z − d = 0 mas dist(P, π) = 1, logo |0 · 1 + 4 · 0 + 3 · 0− d|√ 02 + 42 + 32 = 1 Assim, |d| = 5, ou seja, d = 5 ou d = −5. Temos, portanto, dois planos perpendiculares à reta r e que distam 1 do ponto P , a saber: π1 : 4y + 3z = 5 e π2 : 4y + 3z = −5 4