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1 Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT Sinop 2020 Dislipidemia Termo dado o conjunto de distúrbios do metabolismo que cursam com alterações dos níveis séricos dos lipídeos, ou melhor, das lipoproteínas, sendo essas o resultado da associação de lipídeos (substancias hidrofóbicas) + proteínas carreadoras chamadas de apolipoproteinas (Após), que permitem a solubilização e o transporte dos lipídeos no meio aquoso do plasma. Fisiopatologia No organismo humano, os lipídeos biologicamente mais relevantes são o colesterol, os triglicerídeos, os fosfolipídios e os ácidos graxos. O colesterol e os TG são os principais lipídeos plasmáticos. O colesterol serve como precursor de hormônios esteroides, dos ácidos biliares e da vitamina D e é componente estrutural das membranas celulares, permitindo fluidez destas e ativação de suas enzimas. Os TG são uma das formas de armazenamento energético mais importantes do organismo, depositados nos tecidos adiposo e muscular. Os lipídeos são transportados no plasma em associação com proteínas carreadoras apolipoproteinas (após), constituindo as lipoproteínas. Existem dois grupos de lipoproteínas • Ricas em TG: estruturas maiores e menos densas. São elas: quilomícrons e as lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) • Ricas em colesterol: são as lipoproteínas de densidade baixa (LDL), de densidade intermediaria (IDL) e de densidade alta (HDL) e a lipoproteína (a) – Lp(a), que é formada pela ligação de uma partícula de LDL à Apo(a). Subtipos Classificação fenotípica (fredrickson) Classifica de acordo com o padrão de alteração dos níveis de lipoproteínas, classificando-as em fenótipos. Essa classificação caiu em desuso, pois não é útil na descoberta da etiologia nem na conduta terapêutica. Tipo I: ↑ de quilomícrons (QM). Importante hipertrigliceridemia exógena. TG > 1500. Plasma com sobrenadante cremoso. Tipo II • IIa: aumento do LDL. Exclusivamente hipercolesterolemia. Colesterol total > 240. TG normal. Plasma transparente • IIb: aumento do LDL e do VLDL. Hipercolesterolemia associada a hipertrigliceridemia. CT e TG com valores entre 240 e 500. Plasma turvo. Tipo III: aumento da IDL. Elevações de CT e TG entre 300-600. Plasma turvo. Tipo IV: aumento do VLDL. Hipertrigliceridemia isolada. TG entre 300 – 1000. Plasma turvo Tipo V: aumento de QM e VLDL. Hipertrigliceridemia. TG> 1500. Plasma com sobrenadante cremoso. Classificação etiológica Na pratica, muitas vezes, as causas secundarias são fatores precipitantes para distúrbios primários, ou seja, as duas etiologias existem em muitos pacientes. É útil como aconselhamento de rastreio precoce em famílias com dislipidemias primarias. 2 Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT Sinop 2020 Dislipidemias primarias: a alteração lipídica é de origem genética • Hiperquilomicronemia familiar • Hipercolesterolemia familiar • Disbetalipoproteinemia • Hiperlipidemia familiar combinada • Hipertrigliceridemia familiar Dislipidemias secundarias: a alteração lipídica surge como consequência de outras doenças, do uso de medicamentos ou do estilo de vida. Classificação laboratorial É a mais útil na pratica, pois direciona a conduta terapêutica. Divide-se de acordo com a fração lipídica alterada nos exames: • Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado de LDLc (≥ 160) • Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolada dos TG (≥ 150 se em jejum, ou ≥ 175 se sem jejum). Reflete aumento das lipoproteínas ricas em TG (VLDL, IDL e quilomícrons) • Hiperlipidemia mista: aumento do LDL (≥160) e dos TG (≥ 150 se em jejum ou ≥ 175 se sem jejum). Se TG ≥ 400 o calculo do LDL pela formula de Friedewald é inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL 190. • HDL baixo: redução do HDL (homens < 40 e mulheres < 50) isolada ou em associações ao aumento de LDL ou de TG. Apresentação clinica Em todos os pacientes com dislipidemia precisamos investigar se existem condições (doenças ou medicamentos) que possam ter levado a uma dislipidemia secundaria e cujo controle ou suspensão do medicamento (caso possível), melhor ou reverta a dislipidemia. Doenças: • Associadas a hipercolesterolemia: o Hipotireoidismo o síndrome nefrotica o colestase o anorexia • Associadas a hipertrigliceridemia: o DM2 o síndrome de Cushing o obesidade o etilismo o Lipodistrofia o AIDS Medicamentos • Diuréticos e betabloqueadores: ↑ TG e ↓ HDL • Anticoncepcionais e corticosteroides: ↑ TG e CT • Inibidores de protease: ↑↑↑ TG e ↑CT • Anabolizantes: ↑ CT e ↓ HDL • Isotretinoína e ciclosporina: ↑ TG, Ciclosporina: ↑ TG, CT e HDL Na história família, perguntar sobre: dislipidemias e doença arterial coronariana precoce (antes dos 55 anos em homens ou 65 em mulheres) em parentes de primeiro grau. Essas perguntas auxiliam a entender se estamos falando de um quadro de dislipidemia com provável componente genético e, possivelmente, com maiores complicações – sobretudo, maior risco cardiovascular. Lembrar que dislipidemias que cursam com hipertrigliceridemia importante (TG>500) podem ter como quadro clinico ou complicação frequente pancreatites de repetição. Já as dislipidemias com hipercolesterolemia ou ambas, as alterações TG e CT elevados, tem como complicação doença vascular aterosclerótica. A identificação de indivíduos assintomáticos que estão mais predispostos a DAC é de extrema importância para a prevenção eficaz. 3 Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT Sinop 2020 E uma das estratégias mais eficazes de prevenção é o controle da dislipidemia com metas terapeutas de acordo com o risco cardiovascular. Fatores de risco para DAC • Idade (H ≥48 e M≥54) • Diabetes • HAS • Obesidade • Tabagismo • HF de DAC precoce: em homens < 55 e M < 65 Exame físico Alterações são incomuns, mas, se presentes, ajudam a identificar a existência e a classificar o subtipo de dislipidemia. São elas: • Arco corneano (anel opaco esbranquiçado ao redor da íris) – hipercolesterolemia • Xantelasmas (placas amareladas e amolecidas na região das pálpebras) – hipercolesterolemia • Xantoma tendinoso (massas fusiformes situadas em tendões, principalmente no tendão de Aquiles e nos extensores das mãos) – hipercolesterolemia familiar • Xantoma tuberoso (lesões cutâneas de cor alaranjada, situadas em regiões extensoras- joelhos e cotovelos) – disbetalipoproteinemia • Xantoma palmar (nódulos amarelados, situados nos sulcos da palma da mão) – disbetalipoproteinemia • Xantomas eruptivos (erupções cutâneas de cor amarelada com 2- 5mm, situadas em regiões de nadegas e superfícies extensoras) – hipertrigliceridemia grave (TG > 2000) 4 Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT Sinop 2020 • Lipemia retinalis (aparência cremosa e fina das artérias e veias da retina no exame de fundo de olho) – hipertrigliceridemia grave (TG > 2000) Estratificação de risco Devemos estratificar o risco por meio do ERG escore de risco global. Deve ser usado na avaliação inicial ou em pacientes já em uso de estatinas. • Risco muito alto: pacientes que apresentam doença aterosclerótica significativa (coronária, cerebrovascular, vascular periférica) com ou sem eventos clínicos ou obstrução de ≥ 50% em qualquer território arterial. • Alto risco: são considerados de alto risco os indivíduos em prevenção primaria com: o Aterosclerose subclínica (documentada por USG de carótidas com presença de placa, índice tornozelo-braquial < 0,9, escore de cálcio arterial coronariano > 100 ou a presença de placas ateroscleróticas na angiotomografia de coronárias. o Aneurisma de aorta abdominal o Doença renal crônica(definida TFG < 60/min e em fase não dialítica) o LDL ≥ 190 o LDL entre 70 – 189, com risco calculado pelo ERG > 20% em homens e > 10% nas mulheres. o Presença de DM1 ou 2, com LDL entre 70 – 189 e presença de estratificadores de risco ER ou doença aterosclerótica subclínica DASC • Risco intermediário o Pacientes com risco calculado entre 5 e 20% no sexo masculino e entre 5 a 10% no sexo feminino o Diabéticos sem os critérios de DASC ou ER listados anteriormente • Baixo risco: pacientes do sexo masculino e feminino com risco em 10 anos 5% calculado pelo ERG. O uso de escores de risco para calculo do risco cardiovascular é recomendado na avaliação inicial dos pacientes com dislipidemia sem uso de medicamentos hipolipemiantes e que não se enquadram nas situações de alto e muito alto risco. Em pacientes com dislipidemia e que já vão a consulta em uso de terapia hipolipemiante, recomenda-se calcular o ERG com uso de um fator de correção para o colesterol total. Nestes pacientes, para o calculo do ERG, deve-se multiplicar o CT por 1,43 Atenção: o escore de risco é dinâmico, porque o controle dos fatores de risco, por meio de terapêuticas não farmacológicas e ou farmacológicas, reduz o risco. Porem a recomendação da ultima diretriz é a de que a dose e a intensidade de tratamento não devem ser reduzidas mesmo que o valor absoluto de LDL alcançado seja menor do que a atual preconizada pelo ERG. Estratificadores de risco • Idade ≥ 48 anos no homem e ≥ 54 anos na mulher • Tempo de dx do DM > 10 anos • HF de parente de primeiro grau com DCV prematura (< 55H e < 65M) • Tabagismo (pelo menos 1 cigarro no último mês) • HAS 5 Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT Sinop 2020 • Síndrome metabólica • Albuminuria > 30 de creatinina e ou retinopatia • TGF < 60 ml/min Doença aterosclerótica subclínica • USG de carótidas com presença de placa > 1,5mm • IBT < 0,9 • Escore de CAC > 10 • Presença de placas ateroscleróticas na angio CT de coronárias Abordagem diagnóstica Baseado na anamnese, exame físico e perfil lipídico. Exames de rotina Perfil lipídico / lipidograma: dosagem de colesterol total (CT), HDL, TG e LDL. A recomendação da ultima diretriz é que o lipidograma não seja mais coletado em jejum. Em caso de níveis de TG muito altos (> 440) recomenda-se repetir o exame com 12 horas de jejum. É recomendado evitar a ingestão de álcool e atividade física vigorosa nas 72 e 24 horas que antecedem a coleta de sangue. Exames complementares Dosagem das apolipoproteinas B e A-I: • ApoB encontra-se nas lipoproteínas aterogênicas VLDL, IDL, LDL e Lp(a). constitui medida indireta das partículas aterogênicas presentas na corrente sanguínea, correspondendo a fração do colesterol não HDL o ApoB de 120 equivale a não HDL de 160 o ApoB de 80 corresponde ao não HDL de 100 • ApoA-I é a principal apoproteina da HDL e fornece uma estimativa da concentração de HDL o ApoA-I < 120 para homens e < 140 para mulheres corresponde as que são consideradas baixas concentrações de HDL A dosagens das apolipoproteinas não se mostrou superior ao lipidograma na previsão do risco cardiovascular. Tendo isso em vista e o seu custo adicional, não devem ser dosadas de rotina na pratica clínica. Dosagem da lipoproteína (a): A Lp(a) é constituída por uma partícula de LDL com uma Apo adicional, a Apo(a), ligada a ApoB. Existem muitas evidencias da associação de elevações de Lp(a) e risco cardiovascular. Isso se deve ao conteúdo lipídico da Pa(a) mas também a suas propriedades pró-trombóticas e pró- inflamatórias. Não é recomendada de rotina para avaliar RCV na população em geral. Mas deve ser considerada na estratificação de risco em indivíduos com história familiar de DAC prematura e na hipercolesterolemia familiar. Subfracionamento por tamanho das partículas de lipoproteínas: No plasma de indivíduos com dislipidemia, existe grande variação no tamanho das partículas de LDL, com densidades entre 1,019 a 1,063. Partículas de LDL pequenas e densas coexistem com níveis elevados de TG, sendo consideradas mais aterogênicas do que LDL maiores e boiantes, que predominam em concentrações mais baixas de TG. Não pedimos esse exame de rotina. Proteína C reativa ultrassensível (PCR – us) A associação entre inflamação e DCV está muito bem estabelecida. Dentre os biomarcadores inflamatórios propostos para a estratificação de risco, a PCR-us é a que melhor contribui para a identificação de indivíduos sob risco de DCV. Interpretação: • Baixo risco < 1 • Médio risco 1 a 2 6 Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT Sinop 2020 • Alto risco > 2 • Muito alto risco ≥ 10 Não é recomendada para estratificação de risco em indivíduos com doença aterosclerótica manifesta ou subclínica, nos diabéticos e naqueles de alto risco cardiovascular global. Nestes a PCR pode acrescentar informações prognosticas. A presença de PCR-us> 2 em indivíduos de qualquer risco, sugere a necessidade de intensificar a terapêutica hipolipemiante. Exames de genotipagem O dx genético é o recomendado pela ultima diretriz para diagnóstico de hipercolesterolemia familiar. Deve ser oferecido para pacientes com diagnóstico definitivo ou provável de hipercolesterolemia familiar, com o objetivo de viabilizar rastreamento familiar em cascata de maneira mais custo-efetiva. Rastreamento em cascata: pesquisa genética especifica da mutação causadora em todos os familiares em primeiro, segundo e terceiro grau de paciente com diagnóstico de hipercolesterolemia familiar. Utiliza a informação genética de indivíduos afetados, nos quais uma mutação causadora da doença tenha sido identificada. Critérios diagnósticos Classificação das dislipidemias • Hipercolesterolemia isolada: elevação isolada do LDL (≥ 160) • Hipertrigliceridemia isolada: elevação isolada dos TG (≥ 150 ou 175, sem jejum) • Hiperlipidemia mista: o Valores aumentadas de ambos LDL (≥ 160) e TG (≥ 150 ou 175) o Se TG ≥ 400 o calculo do LDL pela formula de Friedewald é inadequado, deve-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL ≥ 190 • HDL baixo: redução do HDL (H < 40 e M < 50), isolada ou em associação com o aumento de LDL ou de TG. Abordagem terapêutica Medidas não farmacológicas • Dieta • Atividade física aeróbica • Redução do consumo de álcool (fundamental na hipertrigliceridemia) • Parar de fumar Medidas farmacológicas Depende de duas avaliações: 1. Subtipo da dislipidemia: indica como iniciar (escolha da classe terapêutica) 2. Estratificação do risco cardiovascular do paciente: indica quando iniciar Em todos os indivíduos de muito alto risco e alto risco cardiovascular: desde o início, as medidas farmacológicas vem em associação com as mudanças no estilo de vida. Em pacientes de risco intermediário e risco baixo: o inicio da terapêutica é apenas com mudanças no estilo de vida. Medidas farmacológicas serão associadas nos pacientes que não atingirem as metas de LDL após 3 a 6 meses. As duas classes de medicamentos hipolipemiantes são: as com ação predominante em reduzir o colesterol e aqueles que agem predominantemente para reduzir os TG. Na hiperlipidemia mista, os níveis séricos de TG orientam como iniciar o tratamento farmacológico: • Se TG < 500 iniciar o tratamento com medicamentos para reduzir a colesterolemia (estatina e, se necessário, associando-se a ezetimiba). Meta prioritária: reduzir o risco cardiovascular, reduzindo LDL ou não HDL 7 Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT Sinop 2020 • Se TG > 500: iniciar o tratamento com medicamentos para reduzir a hipertrigliceridemia (fibrato, adicionando-se, se necessário, ácido nicotínico e ou ômega 3). Meta prioritária:redução do risco de pancreatite. Após reavaliação, caso haja a necessidade de redução adicional do colesterol, pode-se adicionar uma estatina e outros redutores de colesterol. Medicamentos que atual em colesterol Estatinas Primeira escolha. Devem ser administradas por via oral, em dose única diária, preferencialmente a noite para os fármacos de curta meia vida, ou em qualquer horário naqueles com meias vidas maiores, como a atorvastatina e a rosuvastatina. Os efeitos adversos são raros durante tratamento com estatinas, sendo os mais graves hepatite, miosite e rabdomiólise. A escolha de qual estatina iniciar e em qual dose depende da estratificação de risco cardiovascular e da consequente meta de LDL: • Rosuvastatina 5-40mg / dia • Atorvastatina 10-80mg / dia • Sinvastatina 10-80mg / dia • Prevastatina 10-40mg / dia • Lovastatina 20-80mg / dia • Pitavastatina 2-4mg / dia • Fluvastatina 20-80mg / dia Ezetimiba Utilizada mais frequentemente em associação com as estatinas, em função da potenciação da redução do colesterol intracelular. A associação da ezetimiba é recomendada quando a meta do LDL não é atingida com estatinas na dose máxima tolerada. Seu uso está recomendado nos casos de intolerância a estatina. Resina de troca – colestiramina Reduz a absorção intestinal de sais biliares e, consequentemente, de colesterol. Adjuvante a estatina. Medicamentos que atuam em TG Fibratos Indicados quando houve falha das medidas não farmacológicas, TG > 500 e no tratamento das dislipidemias mistas com predomínio de hipertrigliceridemia. • Bezafibrato 400-600mg/dia • Ciprofibrato 100mg/dia • Fenofibrato 250mg/dia Ácido nicotínico Reduz a síntese de TG pelos hepatócitos, por levar a menor liberação de ácidos graxos livres para a corrente sanguínea. Pode ser utilizado em pacientes com HDL baixo isolado, mesmo sem hipertrigliceridemia associada, e como alternativa aos fibratos e estatinas ou em associação com esses fármacos em portadores de hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia ou dislipidemia mista. Ácidos graxos ômega 3 Em altas doses (4-10g/dia), reduzem os TG e aumentam discretamente o HDL. Podem, entretanto, aumentar o LDL. Metas terapêuticas • Baixo risco: LDL < 130 não HDL < 160 • Risco intermediário: LDL < 100 não HDL < 130 • Alto risco ou diabéticos: LDL < 70 não HDL < 100 • Muito alto risco LDL < 50 não HDL < 80 • Homens: HDL ≥ 40 e TG < 150 • Mulheres: HDL ≥ 50 e TG < 150 • Diabéticos: HDL ≥ 50 e TG < 150 8 Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT Sinop 2020 Conduta na atenção primaria Repetir o perfil lipídico 3 meses após o inicio do tratamento e de 3/3 meses ate atingir as metas. Monitoramento de 6/6 meses para controle do tratamento. Dosar CK e enzimas hepáticas: apenas antes do inicio do tratamento e durante o tratamento somente se ocorrerem sintomas musculares no caso da CK ou sintomas de hepatotoxidade no caso das enzimas hepáticas.
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