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ASPECTOS NEGATIVOS E POSITIVOS DA VEGETAÇÃO URBANA

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Análise dos aspectos positivos e negativos da vegetação urbana 
Estudo em Paisagismo e Arquitetura 
 
A principal observação a ser feita sobre a arborização urbana é o quão 
benéfica essa conexão pode mostrar-se com respeito a melhora da qualidade de 
vida, se efetuada harmonicamente. Essa dinâmica proporciona diversos 
aspectos positivos como diminuição da poluição sonora das grandes cidades; 
diminuição do risco de enchentes e melhoria da infiltração da água no solo 
evitando erosões associadas ao escoamento das águas pluviais, podendo estar 
associado ainda à proteção dos corpos d’água e do próprio solo, pois a inserção 
da vegetação ajuda a filtrar as impurezas das águas, além de impedir a condução 
direta de poluentes ao lençol freático; aspectos estéticos agradáveis e 
diminuição da poluição visual urbana; garantia de sombreamento; estabilidade 
do solo onde será inserida uma vez que as raízes das árvores podem vir a 
garantir maior fixação da terra, diminuído os riscos de deslizamentos; 
ambientação, proteção e alimento aos pássaros e outras espécies, garantindo 
preservação da fauna local; absorção da poluição atmosférica, tornando o ar 
mais limpo; etc. 
Nas últimas décadas, tornou-se muito popular o uso de telhados verdes 
nas cidades ou mesmo a criação de jardins nos terraços das edificações 
urbanas. Isso se dá devido a capacidade das plantas, mesmo as gramíneas, de 
atuarem como isolantes termiônicos à edificação. A arborização urbana garante 
ainda proteção contra os ventos e absorção de parte dos raios solares garantindo 
essa sensação de conforto térmico. Assim, se estudado os ventos de uma região 
e a sua carta solar visando a inserção de árvores próximas à uma edificação, 
pode-se prever de antemão um projeto para o desvio dos ventos e o 
sombreamento desejado. Dessa maneira, pode-se garantir brisas frescas, uma 
habitação ventilada e proteção solar. Observa-se ainda que o conforto térmico 
está associado também à umidade do ar e à sombra, ou seja, através da 
vegetação urbana melhora-se o macroclima da cidade através do equilíbrio da 
temperatura causado pelas sombras e pela evapotranspiração. 
Outro aspecto positivo da vegetação urbana pode estar relacionado com 
a preservação e manutenção do patrimônio histórico e natural da cidade, 
principalmente no que diz respeito a parques públicos. O que pode também ser 
associado a campanhas de preservação ambiental com crianças. A vegetação 
urbana garante um espaço de contato entre homem e natureza, necessário para 
a saúde do corpo e da mente, e, além disso, pode ser planejada combinada a 
espécimes que produzem frutos, trazendo a atividade da horta à cidade e 
valorizando a agricultura familiar e orgânica: 
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público 
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações.” Carta Magna 
 
Considerando pelo ponto de vista do desenvolvimento econômico urbano, 
vale destacar como a vegetação urbana pode ter um aspecto turístico favorável 
as cidades. Pode-se citar como exemplo as épocas de florescimento das cerejas 
no Japão, as colheitas de lavanda na Europa, a visitação à serra gaúcha, as 
tulipas holandesas, etc. Todos esses também criam uma forte identidade cultural 
ao espaço. 
No entanto, quando a arborização não ocorre com instrução e cuidados 
coerentes, ou ainda por falta de conhecimento e planejamento, ela pode causar 
problemas como a erosão do solo e/ou prejuízos a outras espécies da flora e 
fauna local que não reconhecem ou aceitam o espécime exótico inserido. Isso 
pode acarretar uma ameaça ambiental, e, além disso, espécimes que requerem 
maiores cuidados podem se tornar economicamente insustentáveis se 
considerarmos que essa vegetação urbana partiu de, e requer após sua 
inserção, investimentos públicos. 
A vegetação urbana pode ainda trazer problemas sérios como danos 
materiais em caso do colapso de algum espécime durante acidentes causados 
por erro humano ou fatores naturais como tempestades. Árvores com frutos 
grandes, o abacateiro, por exemplo, pode em tempo de colheita causar danos 
ao ambiente urbano quando o fruto despenca. Salienta-se ainda a interferência 
na rede elétrica ou hídrica que uma vegetação não observada pode produzir, ou 
mesmo o bloqueio da passagem de veículos e pedestres pela copa de algum 
espécime, assim como as raízes de algumas vegetações, normalmente as mais 
largas e extensas, podem acabar emergindo à superfície e danificando a 
pavimentação, interferindo em outras plantas, invadindo o passeio público das 
ruas, acostamentos e mesmo quebrando calçamentos. 
Outros aspectos negativos incluem a possível contaminação acidental em 
caso de espécimes com princípios tóxicos e a troca da folhagem de certas 
vegetações, que pode vir a causar entupimento de calhas e canalizações, 
danificar coberturas, telhados, ou mesmo a rede pública de coleta de água, 
entupindo bueiros, ou outros.

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