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Lesão ocular por supercola • Cortar os cílios para separar as pálpebras; • Irrigação com soro fisiológico morno ou compressas mornas para soltar a cola endurecida sobre as pálpebras, cílios, córnea ou conjuntiva; • Os defeitos epiteliais são tratados como abrasões corneanas (a córnea fica corada porque deu uma abrasão, mas no máximo em 2 dias costuma resolver). • Geralmente por Superbonder; • A córnea é como se fosse a tampinha do olho, então qualquer coisa nela dói demais. E o que fazer para ela reepitelizar? Antibioticoterapia profilática e espera. Geralmente em 2 dias já reepitelizou e já resolveu. Não costuma ter muito problema. Abrasão corneana Sintomas: • Dor aguda, fotofobia, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, desconforto ao piscar, histórico de arranhadura ou trauma ocular. Sinais: • Críticos: Defeito epitelial que se cora com fluoresceína, ausência de opacificação corneana subjacente (sua presença indica infecção ou inflamação). • Outros: Hiperemia conjuntival, edema de pálpebra. Laceração conjuntival Sinais • Conjuntiva corando pela fluoresceína, que pode estar rasgada e enrolada sobre si mesma. • Pode ser notada a exposição da esclera branca. • Hemorragia subconjuntival; • Pode parecer feio na foto, mas não tem problema nenhum. É só a conjuntiva que abriu, lacerou, ela cicatriza super fácil, tanto que quando faz cirurgia que precisa abrir a conjuntiva nem dá ponto, deixa ela cicatrizar sozinha. Dá pra passar uma pomada pra a judar a cicatrizar, um antibiótico, um corticoide. Hifema traumático Sintomas • Dor, visão borrada, histórico de trauma contuso; • Sangue na câmara anterior, que pode ter aparecido ali por várias causas, como por exemplo no intraoperatório, quando o pacien te precisar ficar na posição facedown. Mas o motivo também pode ser um trauma, que pode ser contuso ou perfurante; • O sangue aparece porque durante o trauma ocorreu a lesão de algum vasinho, sangra e o sangue vai pra câmara anterior. • Se o hifema é pequeno, a pressão está controlada, não precisa fazer nada. O problema é quando o h ifema é muito grande e quando o hifema não resolve (se o hifema não resolve logo, essas hemácias começam a impregnar na córnea, e depois não tem mais o que fazer. As hemácias podem ir para o trabeculado e entupir, e a pressão pode subir); • E o que fazer se o sangue não se resolve? Super tranquilo: vai para o centro cirúrgico, faz uma entradinha, e vai lavando com soro. Só faz isso se o sangramento não estiver ativo. Iridodiálise • Desinserção da íris do esporão escleral; • Geralmente ocorre por um trauma contuso. O problema é que isso altera a malha trabecular, o que pode desencadear, futuramente, um aumento de pressão ocular. Por isso, acompanhar (não necessariamente num primeiro momento já vai ter alguma alteração); • Se é uma iridodiálise pequena, não faz nada. Se é muito extensa, tem que suturar; • Pode resultar em PIO elevada devido ao dano à malha trabecular ou pela formação de sinéquia periférica anterior. Laceração palpebral • A primeira coisa que devemos nos preocupar é se pegou alguma coisa no olho (se o globo está íntegro ou não). Outra coisa que tem que avaliar é se pegou o canal lacrimal (se pegou, tem que reconstruir quando for fazer a sutura. • Tem que determinar o mecanismo da lesão (mordedura etc.), se tem possibilidade de corpo estranho (tem que fazer uma tomografia - às vezes nem está dentro do olho, está dentro da órbita: ele entrou, a gente não vê mais ele, e ele está lá dentro escondidinho; por isso o exame de imagem). Depois disso, faz a sutura. Se a gente olhar no espelho, conseguimos identificar uma linha que chama linha cinzenta (fica entre a conjuntiva e os cílios), entre o tarso e o orbicular. Essa linha ajuda muito na hora de fazer a sutura : o objetivo é fazer uma sutura em cima da linha para conseguir um bom resultado depois. Senão a pálpebra pode ficar fazendo um bico (ou pra dentro, ou pra fora). Por isso, o primeiro ponto que se dá é obedecendo a linha cinzenta (se não é especialista, não faça). Resposta correta: A Fratura blow-out da órbita • Geralmente trauma contusa. Há fratura da parede inferior. Ocorre inflamação de tecidos adjacentes. Pode ter diplopia (qualquer desnível do eixo visual), edema de pálpebra. • Pode pegar o nervo infraorbital (perde sensação da pálpebra inferior - hipoestesia). • Pode ter um enoftalmo (olho pra dentro) - aumenta o espaço, olho cai pra dentro do seio. A enoftalmia pode aparecer em fase mais tardia, pois no início pode não ocorrer devido ao edema dos tecidos adjacentes. • Opera todo mundo? Não. • Antibiótico e corticoide oral, não pode assoar o nariz (para evitar enfisema subcutâneo, evitar criar pressão negativa dentro daquele seio acometido e piorar o endoftalmo). Usar bastante gelo para desinflamar. Pros casos que forem pra cirurgia, entram oftalmologista e neurocir e/ou otorrino e/ou cirurgia de cabeça e pescoço. • O músculo pode ficar preso quando ocorrem fraturas maiores de assoalho de órbita. Músculo encarcerado pode começar a necrosar . Para evitar, é necessário reparo imediato. Como o músculo está preso, às vezes o paciente pode estar bradicárdico (devido ao reflexo óculo-cardíaco), e essa é uma indicação de precisar intervir logo. Na maioria das vezes espera os tecidos desinflamarem um pouco. • Quando opera? Quando o paciente tem uma diplopia persistente, se a fratura é muito grande, e se tem um trauma complexo. Ela falou brevemente sobre o procedimento cirúrgico (as fotos do slide são suficientes). Trap-door • Ocorre quando existe um osso um pouquinho mais maleável. Geralmente dá uma fraturinha e volta pra posição normal, pinçando o músculo. Pode ocorrer necrose também, tem que liberar o músculo. Aqui sim tem que operar logo (não espera 2 semanas - no caso anterior poderia esperar esse período para desinflamar). • Se não opera, o músculo encarcerado pode causar um estrabismo restritivo, posterior isquemia e fibrose. Pode causar reflexo óculo- cardíaco também. Tem que operar logo. • Exploração orbital urgente para liberar o músculo encarcerado na tentativa de diminuir a chance de estrabismo restritivo permanente devido à isquemia e fibrose do músculo, e aliviar os sintomas sistêmicos pelo reflexo óculo-cardíaco. Corpo estranho intraorbital • Não é intraOCULAR, é intraORBITAL. Tem que excluir lesão do globo. Depois disso, leva pro centro cirúrgico e corrige a lesão (não é simplesmente puxar o prego). Laceração corneana • Trauma perfurante com laceração corneana: usa colírio laranja (fluoresceína) e luz para ajudar a identificar. Como a córnea está aberta, dá para ver saindo aquoso por ela > suturar; • Vai ficar sequela? Depende. Se não infeccionar, se não houver perda importante de tecido, se cicatrizar bem, provavelmente o paciente ficará com uma visão boa. Se a laceração foi bem no eixo, é provável que o paciente venha a ter baixa visão por conta disso; • Para resolver a baixa visão? Transplante de córnea. • Íris herniada: é até "bom", porque ela mesmo tamponou e evitou saída de aquoso. Seguir para o centro cirúrgico, colocar a íri s para dentro, dá um pontinho e pronto; • Paciente jovem, mulher: opera só com anestesia local. Homem: anestesia geral. Corpo estranho intraocular • Metal tende a dar uma neuropatia tóxica. Tem que tirar. Nesse caso, a cirurgia é maior (vitrectomia). Síndrome do bebê sacudido • Hemorragia intracraniana, fraturas esqueléticas e/ou hemorragias retinianas que ocorrem devido às forças de aceleração- desaceleração causadas por sacudidas violentas. • Os sinais externos de trauma, com frequência, estão ausentes. • Sintomas o Alteração no estado mental, convulsões de início recente, dificuldades alimentares e irritabilidade. o A criança é, na grande maioria das vezes, menor de 1 ano e raramente maior de 3 anos. o Os sintomas e os sinais são, em geral, inconsistentescom o histórico. • Observar a história, exame físico e buscar incoerências no relato dos responsáveis pela criança para ter uma pista. Resposta correta: A Outras anotações: 1. A mais frequente etiologia das Uveítes em nosso meio é toxoplasmose. Há uma incidência muito maior. 2. No glaucoma agudo a pupila está hiporreagente, mas na uveíte e conjuntivite não. 3. A episclerite é uma inflamação da episclera. A episclera é a camada superficial da esclera, e a episclera apenas fica vermelho e não tem nada dentro do olho, então não tem o motivo para ficar hiporreagente. 4. Glaucoma agudo apresenta a pupila em midríase média. 5. A episclerite não apresenta secreção porque é apenas a inflamação da camada mais superficial de esclera. 6. A uveíte apresenta MIOSE porque a íris começa a aderir na cápsula do cristalino e por inflamação a Íris fica menos reagente, por isso que o paciente pode ficar em miose. E o paciente com Uveíte vai apresentar inicialmente a pressão intraocular diminuída porque como a úvea está inflamada, e o corpo ciliar faz parte da úvea > o corpo ciliar não vai conseguir produzir o humor aquoso. 7. Uveíte, episclerite, esclerite > Não tem secreção. A conjuntivite tem secreção; 8. Pacientes com artrite psoriásica podem apresentar uveíte. 9. Na uveíte: o olho dói, está inflamado. Tem uma fotofobia. Apresenta a visão borrada porque o olho está inflamado, porque o aquoso que era para estar transparente está com várias células inflamatórias, consequentemente a córnea pode estar um pouco edemaciada. E o olho está sempre vermelho, exceto quando é paciente criança com AIJ, que pode se apresentar com o olho branco. 10. Diferenciar retinopatia diabética de retinopatia hipertensiva através da presença ou não de alterações vasculares. O quadro dessas 2 patologias é bem parecido, quando a retinopatia hipertensiva está num quadro bem avançado. a. Retinopatia hipertensiva: alteração vascular (exemplo: estreitamento do calibre arteriolar), vejo uma artéria mais fininha. E no reflexo o olho fica mais brilhante, o que chamamos de fio de cobre e fio de prata, e fica bem enrijecida. E no estado bem avançado começa a ter hemorragia e ter a mancha lagrimosa; b. Retinopatia diabética: apresenta-se sem anormalidades no calibre vascular. c. Pode haver edema de papila nas duas patologias, ou seja, devido a DM avançado ou devido a retinopatia hipertensiva avançada. d. Oclusão de veia central da retina: geralmente a oclusão ocorre na retinopatia hipertensiva, e onde teve a oclusão não vai ter uma veia fininha, mas sim uma veia ingurgitada, tortuosa. No entanto, a artéria vai estar fininha. Só que a oclusão e veia dá hemorragia e a oclusão de artéria causa a retina pálida de forma difusa. Então ocluindo a artéria não tem o sangue passar, extravasar para causar o exsudato ou a mancha lacrimosa. Oclusão de veia: veia ingurgitada, tortuosa. e. A hemorragia e o exsudato são mais frequentes no paciente com retinopatia diabética, mas se no enunciado relatar cruzamento vascular patológico (a artéria está tão enrijecida que parece que está esmagando a veia) significa que é retinopatia hipertensiva.
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