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Hanseníase: Causas, Sintomas e Tratamento

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 A hanseníase ainda é uma doença muito prevalente 
no país e que carrega um caráter estigmatizante 
muito grande. 
 É uma doença infecciosa, causada pelo 
Micobacterium leprae, um patógeno que possui 
alta infectividade, mas baixa patogenicidade, ou 
seja, ele tem facilidade de infectar e dificuldade de 
causar doença. 
 Seu agente etiológico acomete o SNP e pele. 
 Transmissão: de pessoa para pessoa, 
principalmente pelo o convívio com pessoa doente 
multibacilar (> 5 lesões) sem tratamento. 
 Principal fonte de transmissão: vias aéreas e 
mucosas. A cavidade nasal é a principal fonte de 
eliminação e de penetração do bacilo. 
 A prevalência é igual entre homens e mulheres, a 
não ser que seja Virchowiana (mais comum em 
homens). 
 É uma doença que tem cura e que não deixa 
sequelas se tratada em fase inicial. 
 PRECISA DE NOTIFICAÇÃO COMPUSÓRIA. 
 Critérios: 
 Lesão ou área de pele com alteração de 
sensibilidade (térmica → dolorosa → tátil). 
 Espessamento neural com alteração da área 
inervada por este nervo, pela ação do bacilo. 
Normalmente há alteração de motricidade e 
sensibilidade. 
 Alterações autonômicas circunscritas: prova de 
histamina incompleta (não forma o eritema 
reflexo) ou alteração de sudorese no local. 
o Sinal da puntura (15 segundos): presença de ponto 
vermelho no local. 
o Eritema reflexo (30-60s): presença de vasodilatação 
no local, formando uma mácula. 
o Formação de pápula (2 minutos) 
* Manchas congênitas sem vaso também podem ter 
reação de histamina incompleta. 
 Quando possíveis, auxiliam no exame a baciloscopia 
e biópsia. 
 A baciloscopia cutânea é feita por meio de um 
pinçamento de prega + arranhão no local feito com 
bisturi para colher linfa. 
 90-95% das pessoas infectadas evoluem para a cura 
mesmo sem tratamento. 
 10-5% dos pacientes evoluem para a doença 
subclínica – hanseníase indeterminada. 70% destes 
pacientes evoluem para a cura sem tratamento. 
 30% dos pacientes infectados dependem da sua 
imunidade para desenvolver a doença: 
 Imunidade celular → TH1 → Paucibacilar 
 Imunidade Humoral → TH2 → Multibacilar 
 Imunidade celular + Humoral → Dimorfa 
 OMS/Ministério da Saúde 
 Paucibacilar: até 5 lesões ou baciloscopia 
negativa. 
 Multibacilar: > 5 lesões ou baciloscopia positiva. 
 Madrid 
 Indeterminada 
 Tuberculoide 
 Virchowiana 
 Dimorfo/Boderline 
 Teste de Mitsuda 
 É um teste intradérmico com leitura após 28-30 
dias. 
 Se positivo, há imunidade celular específica ao 
bacilo, podendo evoluir para a cura ou forma 
paucibacilar. 
 Se negativo, há multiplicação dos bacilos, 
gerando a forma multibacilar. 
 Ajuda a dar o prognóstico do paciente, mas não 
o diagnóstico. 
 É a primeira fase da doença. 
 Apresenta mancha hipocrômica com borda 
delimitada ou mal delimitada. 
 Geralmente a única sensibilidade alterada é a 
térmica. 
 Não há espessamento neural, pois estamos no 
início da doença, ou seja, o nervo está acometido, 
mas não deu tempo de espessar. 
 Hipohidrose (lesão seca) e rarefação de pelos. 
 A baciloscopia é negativa e a biópsia é inespecífica, 
geralmente sem apresentar o bacilo. 
 Mitsuda pode ser positivo ou negativo. 
 Quanto maior o número de lesões maior 
probabilidade de evoluir para a forma virchowiana. 
 
 Diagnóstico diferencial: lembrar sempre de 
pesquisar se vai ter ou não sensibilidade. 
 Pitiriáse versicolor 
 Pitiríase alba 
 Vitiligo 
 Geralmente seu tempo de incubação é de 5 anos. 
 É desenvolvida pela imunidade celular ou resposta 
TH1. 
 Mitsuda positivo e baciloscopia negativa. 
 Biópsia: não demonstra o bacilo, apresenta 
granuloma tuberculoide. 
 O acometimento neural é precoce, assimétrico e 
pode ser grave. Isso acontece pois o sistema imune 
ao atacar o bacilo, também destrói o sistema 
nervoso. 
 Até 5 lesões + distribuição assimétrica. 
 Quadro clínico 
 Possuem bordas elevadas, bem delimitadas e 
assimétricas. 
 Pode apresentar placas anulares, ser 
normocrômica, hipocrômica ou eritematosa de 
crescimento centrifugo e lento. 
 Pode haver atrofia no interior da lesão. 
 Lesão em raquete: nervo espessado surgindo a 
partir de uma lesão. 
 
 Neural pura: nervo espessado com perda da 
sensibilidade da área inervada por ele, sem 
presença de lesão cutânea. 
 Hipo ou anidrose, com rarefação pilosa. 
 Garra ulnar ou garra completa com presença ou 
não de atrofia muscular relacionada (casos mais 
graves). 
 
 
 
 
 Diagnósticos diferenciais 
 Dermatofitose 
 Psoríase 
 Dermatite seborreica 
 Granuloma anular 
 Sífilis 
 
 Os pacientes desenvolvem pouca ou nenhuma 
imunidade celular, tendo sua resposta humoral ou 
TH2 acentuada. 
 Mitsuda negativo e baciloscopia fortemente 
positiva. 
 Biópsia: globias de bacilos sem formação de 
granuloma. 
 É a fase mais contagiosa. 
 Pode evoluir tanto de uma forma indiferenciada, 
como ser assim desde o início. 
 Os nervos periféricos são acometidos 
simetricamente. 
 Quadro clínico: 
 Máculas hipocromicas eritematosas ou 
ferruginosas. 
 Após tempo variável há surgimento de lesão 
sólida. 
 Tende a ser simétrica 
 Geralmente poupa dobras e coluna vertebral. 
 Pode haver perda de cílios, supercílio e 
sobrancelha que inicia pela extremidade lateral 
(madarose). 
 Fáscies leonina: aumento dos sulcos da face, 
madarose, infiltração dos pavilhões auriculares e 
preservação dos cabelos. 
 Pés e mãos podem estar infiltrados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Diagnóstico diferencial: 
 Doença de Jorge Lobo 
 Leishmaniose anérgica 
 Mucinose 
 
 
 
 É uma forma instável 
de hanseníase. 
 Possui aspecto em 
queijo suíço ou 
foveolar. 
 São placas 
eritematosas e 
ferruginosas com 
borda interna nítida e 
externa mal 
delimitada. Área central aparentemente poupada. 
 Geralmente acometimento assimétrico dos nervos 
periféricos 
 Bacilsocopia postiva e mitsuda geralmente 
negativa. 
 Podem ocorrer antes, durante (30-50%) ou após o 
tratamento. 
 São reações de urgência, que necessitam de 
tratamento imediato. 
 Na grande maioria das vezes possui fatores 
predisponentes: gravidez, parto, puberdade, febre, 
doenças infecciosas, tuberculose, alcoolismo, 
vacina, estresse físico ou psicológico. 
 Além disso, esse quadro também pode abrir na 
transição das formas de hanseníase. 
 
 
 
 
o Possui relação com a imunidade 
celular. 
o São lesões primárias que se tornam 
eritematosas, intumecidas, 
brilhantes, definidas e hiperestésicas. 
o Aparecimento de novas lesões. 
o Importante acometimento neural. 
o É necessário diferenciar de uma 
recidiva. 
o Eritema nodoso hansênico. 
o Pápulas, nódulos e placas, 
eritematosas e dolorosas. 
o Distribuição simétrica 
o Pode apresentar bolhas e evoluir para 
necrose. 
o Sintomas gerais: febre, prostação, 
anorexia, cefaleia. 
o Predileção pela superfície extensora 
dos membros e face 
 
 
 
• Início súbito e 
inesperado 
• Durante o tratamento 
ou logo após (até 6 
meses) 
• Febre e astenia 
• Lesões antigas 
tornam-se 
eritematosas, 
infiltradas e 
brilhantes. 
• Várias lesões novas. 
• Regressão com 
descamação. 
• Rápido 
acometimento de 
vários troncos 
nervosos. 
• Excelente resposta a 
corticoterapia. 
• Início lento e 
insidioso 
• Mias de 1 ano após 
• Sem sintomas gerais 
• Lesões antigas 
podem apresentar 
bordas eritematosas 
• Poucas lesões novas 
• Não há descamação 
• Poucas lesões 
novas. 
• Não há descamação. 
• Acomete 1 ou 
poucos troncos 
nervosos. 
• Não responde bem a 
corticoterapia. 
 
 Paucibacilar: forma indeterminada ou forma 
tuberculoide 
 Rifampicina 600 mg (dose mensal 
supervisionada) + Dapsona 100 mg/dia (em 
casa). 
 No dia que toma a dose no posto de rifampicina, 
não toma Dapsona em casa, pois ele toma um 
comprimido de Dapsona de forma 
supervisionada. 
 Duração:6 meses 
 Multibacilar: forma dimorfa ou virchowiana 
 Dose mensal supervisionada: Rifampicina 600 
mg + Dapsona 100 mg + Clofazimina 300 mg 
 Em casa: Dapsona 100 mg + Clofazimina 50 mg 
 No dia que toma a dose no posto de rifampicina, 
não toma dapsona e clofazimina em casa. 
 Duração: 12 meses 
 Reação hansênica tipo I 
 Prednisona 1mg/kg/dia; posteriormente reduzir 
10 mg/mês 
 Dor nos nervos: Amtriptilina 25 - 75mg/dia + 
Clopormazina ou Carbamazepina 200 - 400 
mg/dia 
 Reação hansenica tipo II 
 Talidomida 100-400 mg/dia 
 Mulheres em idade fértil: Pentoxifilina 400 mg 
3x/dia 
 Associar prednisona (PDN): comprometimento 
dos nervos ou de outros órgãos além da pele 
(olhos, testículos, articulações) ou se houver 
úlcera/necrose cutânea 
 Se Talidomida + PDN: AAS 100 mg/dia (evitar 
tromboembolismo). 
 Além disso, é importante fazer a busca ativa de 
contactantes domiciliares nos últimos 5 anos: 
 Naqueles pacientes não diagnosticados com 
hanseníase, oferecemos a vacinação com BCG 
 Se 0-1 cicatriz de BCG: vacinar 
 Se mais de 1 cicatrize de BCG: não vacinar 


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