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Slides de Aula - Unidade II praticas educativas em saude

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Profa. Dra. Maria Paula Pires
UNIDADE II
Práticas Educativas 
em Saúde
 O pensamento pedagógico surge a partir da reflexão sobre a prática da educação, a fim de 
sistematizar e organizar a prática em função de determinados fins e objetivos (GADOTTI, 
2001).
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Evolução dos pensamentos pedagógicos 
Oriental
 Taoísmo – pedagogia mais antiga – vida tranquila e pacífica, ensino dogmático (verdade 
absoluta) e memorizado. 
 Chinesa – sistema hierárquico e obediência. 
 Hindus (ex.: Índia) – contemplação e reprodução da cultura das castas. 
 Egípcios – uso de bibliotecas e criação das casas de instrução 
(ensinamentos de leitura, escrita, história dos cultos, 
astronomia, música, medicina, entre outros). 
 Hebreus (Judeus) – educação rígida e minuciosa, com 
técnicas de repetição, a partir do cristianismo seus métodos 
influenciaram a cultura ocidental. 
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Grego
 Berço da cultura, civilização e educação ocidental – grandes filósofos. 
 Pautava‐se em ginástica para o corpo, filosofia para a mente e artes para a moral 
e os sentimentos. 
 Sócrates: crença de que o autoconhecimento é o início do caminho para o verdadeiro saber. 
 Platão: educação como arte de conversão no sentido de 
vislumbrar o Bem, o divino.
 Aristóteles: aprendemos fazendo.
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Romano
 Caráter utilitário e militarista, focado na disciplina e justiça. 
 Na escola os castigos eram severos, os culpados (por erros) eram açoitados por varas. 
 Com o domínio de Roma sobre a Grécia, a filosofia de educação grega também influenciou 
os romanos. 
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Medieval
 Queda do Império Romano  invasões bárbaras  influência greco‐romana limitada 
impõe-se a ideologia da Igreja Cristã. 
 Cristo = grande educador – parábolas, diálogo, linguagem popular e erudita (culta). 
 Império Árabe (predomínio islâmico) levou ao Ocidente. 
 Os estudos medievais compreendiam gramática, dialética e 
retórica, além de aritmética, geometria, astronomia e música. 
Na Idade Média há destaque para a criação das 
universidades. 
 A educação (grego e romano) era excludente, assim, os 
escravos, mulheres e crianças não recebiam, apenas a elite, 
que incluía a nobreza e o clero. 
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Renascentista
 Revalorização da cultura greco‐romana, tornando a educação mais prática, incluindo 
a educação do corpo e a substituição dos métodos mecânicos por procedimentos mais 
agradáveis. 
 Em reação à Reforma Protestante, a Igreja Católica criou o índice de livros proibidos e 
organizou a Inquisição, também criou a Companhia de Jesus, com ação dos jesuítas. 
 A educação jesuítica privilegiava os dogmas, a conservação 
das tradições em uma educação cientifica e moral, em 
detrimento de uma abordagem humanística. 
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Moderno
 Nova forma de produção econômica (cooperação) opondo‐se ao modo feudal. 
 Questionamento do que é a verdade – tudo o que fora ensinado até então era considerado 
suspeito – predomínio da razão e do método. 
 Destaques: telescópio (Galileu Galilei); circulação do sangue (William Harvey); distinção 
entre fé́ e razão (Francis Bacon); matemática (René Descartes). 
 Fim do predomínio do latim. 
 Permanecia a dicotomia entre trabalho intelectual 
e trabalho manual. 
 Luta popular pelo acesso à escola e educação religiosa 
dedicando‐se à educação popular.
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Iluminista
 Nova era na educação, com o resgate da relação entre educação e política. 
 Não vislumbrar mais a criança como um adulto em miniatura. 
 Para Kant, o homem é o que a educação faz dele através da disciplina, didática, formação 
moral e da cultura. 
 Manteve‐se nesse período a diferenciação de educação 
popular (para trabalhar) da educação para a classe dirigente 
(para governar). 
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Segundo a evolução dos pensamentos pedagógicos, assinale a alternativa que não
corresponde ao modelo pedagógico descrito.
a) O pensamento grego foi considerado o berço da cultura, civilização e educação ocidentais.
b) A educação pelo pensamento grego e romano era includente, portanto, escravos, mulheres 
e crianças podiam ser educados.
c) Os egípcios faziam uso de bibliotecas e de casas de instrução para ensinamentos 
de leitura, escrita, astronomia, música e medicina. 
d) O pensamento moderno surge do questionamento do que 
é a verdade e de tudo o que havia sido ensinado.
e) No pensamento renascentista, a Igreja Católica criou 
o índice de livros proibidos e organizou a Inquisição.
Interatividade 
Segundo a evolução dos pensamentos pedagógicos, assinale a alternativa que não
corresponde ao modelo pedagógico descrito.
a) O pensamento grego foi considerado o berço da cultura, civilização e educação ocidentais.
b) A educação pelo pensamento grego e romano era includente, portanto, escravos, mulheres 
e crianças podiam ser educados.
c) Os egípcios faziam uso de bibliotecas e de casas de instrução para ensinamentos 
de leitura, escrita, astronomia, música e medicina. 
d) O pensamento moderno surge do questionamento do que 
é a verdade e de tudo o que havia sido ensinado.
e) No pensamento renascentista, a Igreja Católica criou 
o índice de livros proibidos e organizou a Inquisição.
Resposta 
Positivista
 Refere‐se à concepção burguesa de educação. 
 Destaque: Augusto Comte.
 Cabe explicitar que o positivismo nasce como filosofia e segue como ideologia e que a 
contribuição positivista na educação refere‐se ao valor dado à ciência, ao que é passível 
de comprovação concreta e quantificação. 
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Socialista
 Surge do movimento popular pela democratização do ensino. 
 Gramsci criticava a divisão de ensino clássico e profissional e apontava o trabalho como um 
princípio antropológico e educativo. 
 Para Karl Marx a transformação educativa deveria ocorrer paralelamente à revolução social. 
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Escola Nova
 Propunha que a educação fosse instigadora da mudança social e, ao mesmo tempo, 
se transformasse, já que a sociedade também estava em mudança. 
 Destaques: Montessori – foco nas experiências sensoriais; Piaget – desenvolvimento 
da inteligência na criança. 
 Embora esse movimento “escolanovista” não tenha relação 
direta com o tecnicismo pedagógico, teve grande preocupação 
com os meios e técnicas educacionais. 
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Crítico
 Na segunda metade do século XX surgem críticas à educação e a afirmação do quanto essa 
educação reproduz a sociedade.
 Algumas teorias que abordam o sistema de ensino como função ideológica: 
 Escola enquanto aparelho ideológico do Estado (Althusser); 
 Escola enquanto violência simbólica (Bourdieu e Passeron). 
Modelos pedagógicos na educação em saúde
Brasileiro
 A partir da Escola Nova houve autonomia nacional, derrubando o pensamento religioso 
medieval. 
 1924: Associação Brasileira de Educação; 1938: Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos. 
 Católicos e liberais representavam grupos diferentes = grupos dominantes.
 Com o pensamento pedagógico progressista é que se coloca 
o papel da educação na transformação social, formação do 
cidadão crítico e participante das mudanças sociais. 
O pensamento pedagógico brasileiro
 Paulo Freire: nasceu em 1921 e foi um dos maiores educadores do século XX. 
 Sua ideia central é pautada na concepção dialética: educador e educando aprendem juntos 
em uma relação dinâmica, na qual a prática, orientada pela teoria, reorienta essa teoria, 
tornando‐se um processo de constante aperfeiçoamento. 
 Pela educação, é possível alcançar a autonomia intelectual do cidadão para intervir sobrea realidade.
 A educação é compreendida como ato político.
O pensamento pedagógico brasileiro
 Alguns defendem mais a autonomia da escola, outros, maior intervenção do estado. 
 O pensamento pedagógico brasileiro é rico e está em movimento, não é possível reduzi-lo 
a esquemas. 
 A perspectiva atual é de discussão sobre a educação pós-moderna e multicultural. 
O pensamento pedagógico brasileiro
Segundo a evolução dos pensamentos pedagógicos, assinale a alternativa que não
corresponde ao modelo pedagógico descrito.
a) O pensamento positivista reflete sobre o valor dado à ciência, ao que é passível de 
comprovação concreta e quantificação.
b) A Escola Nova propunha que a educação fosse instigadora da mudança social.
c) O pensamento socialista surge do movimento popular pela democratização do ensino. 
d) O pensamento crítico surgiu na segunda metade do século 
XX, com críticas à educação e a afirmação do quanto a 
educação reflete a sociedade.
e) Em 1924, no Brasil, surgiu a Associação Brasileira 
de Educação proposta por Paulo Freire.
Interatividade 
Segundo a evolução dos pensamentos pedagógicos, assinale a alternativa que não
corresponde ao modelo pedagógico descrito.
a) O pensamento positivista reflete sobre o valor dado à ciência, ao que é passível de 
comprovação concreta e quantificação.
b) A Escola Nova propunha que a educação fosse instigadora da mudança social.
c) O pensamento socialista surge do movimento popular pela democratização do ensino. 
d) O pensamento crítico surgiu na segunda metade do século 
XX, com críticas à educação e a afirmação do quanto a 
educação reflete a sociedade.
e) Em 1924, no Brasil, surgiu a Associação Brasileira 
de Educação proposta por Paulo Freire.
Resposta 
Profissionais da saúde
 Responsáveis pela promoção da saúde e prevenção de doenças.
A promoção da saúde e os modelos de educação em saúde 
Promoção da saúde 
 “[...] processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade 
de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle desse processo”. 
 (Carta de Ottawa, de 1986, 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde) 
A promoção da saúde e os modelos de educação em saúde 
Profissional de saúde 
 Focaliza o potencial da pessoa para o bem‐estar e encoraja a modificar hábitos pessoais, 
estilo de vida e ambiente, de modo a reduzir os riscos e aumentar a saúde e o bem‐estar. 
 Para isso, o princípio de corresponsabilização nas práticas terapêuticas torna‐se 
fundamental. 
A promoção da saúde e os modelos de educação em saúde 
Processo saúde-doença 
 Visa maximizar as possibilidades de saúde e evitar a doença.
 As direções propostas pela OMS para a promoção da saúde incluem a necessidade da 
redução das desigualdades sociais e construção de uma comunidade ativa (SANTOS; 
WESTPHAL, 1999).
A promoção da saúde e os modelos de educação em saúde 
 A essência da promoção da saúde é a escolha e, portanto, a liberdade. 
 Na “velha” saúde pública, a educação em saúde tinha um único enfoque, o da prevenção 
de doenças (conceituação biomédica de saúde).
 A “nova” educação em saúde prepara o indivíduo para a luta por uma vida mais saudável. 
 O indivíduo deve ser estimulado a tomar decisões sobre a sua própria vida, uma noção de 
autonomia que cria um ideal de autogoverno (OLIVEIRA, 2005, p. 424). 
Liberdade
 Com isso, a nova ética social envolve, obrigatoriamente, novas formas de relações --> 
a necessidade de uma nova relação de educação em saúde  pautada não mais em 
normas e regras a serem cumpridas, mas em uma dinâmica de diálogo.
 Capacitando-o em emancipar o indivíduo na sua livre busca pela saúde, subsidiado, 
necessariamente, com estruturas políticas, econômicas e sociais pertinentes. 
Liberdade
 A educação, em saúde tradicional, é permeada pelas tradições da biomedicina. 
 Objetivo: prevenção de doenças. 
 Considera o adoecer um ato de escolha individual, pois os hábitos insalubres são vistos 
como consequência de decisões individuais equivocadas. 
 Ignora fatores socioculturais e individuais: circunstâncias ambientais, valores culturais. 
(OLIVEIRA, 2005).
O modelo preventivo de educação em saúde 
 Meta: liberdade/autonomia; busca muito mais a mudança social do que a transformação 
pessoal. 
 Objetivo: promover o envolvimento dos indivíduos nas decisões relacionadas à sua própria 
saúde e naquelas concernentes aos grupos sociais aos quais eles pertencem. 
 Supõe-se que indivíduos conscientes sejam capazes de se responsabilizar pela sua própria 
saúde, bem como articular intervenções no ambiente que resultem na manutenção da sua 
saúde (OLIVEIRA, 2005).
 Há que se respeitar a possibilidade das pessoas educadas 
optarem por agir de uma forma não saudável (WEARE, 1995).
O modelo radical de educação em saúde 
Idade Média 
 Acreditava‐se na ideia da educação em saúde; recomendando‐se que o regime alimentar 
fosse correto, as práticas de higiene adequadas e as horas de sono prolongadas, o que 
contribuiria para o aumento na longevidade dos indivíduos (PELICIONI; PELICIONI, 2007).
 A tríade educação, saúde e suas práticas é influenciada diretamente pelos acontecimentos 
políticos (SILVA et al., 2010). 
Modelos de educação em saúde: reflexo do contexto histórico 
A respeito dos modelos de educação em saúde e da filosofia de promoção da saúde, assinale 
a alternativa incorreta.
a) A promoção da saúde é um processo de capacitação da comunidade para atuar 
na melhoria de sua qualidade de vida e saúde.
b) A essência da promoção da saúde é a escolha e, portanto, a liberdade.
c) O modelo preventivo da educação em saúde tradicional é permeado pelas tradições 
da biomedicina, com objetivo de promover a saúde. 
d) O modelo radical busca tanto a mudança pessoal como 
social, a fim de promover o envolvimento dos indivíduos nas 
decisões relacionadas à sua própria saúde e a dos grupos 
sociais aos quais eles pertencem. 
e) O princípio de corresponsabilização nas práticas 
terapêuticas torna‐se fundamental. 
Interatividade 
A respeito dos modelos de educação em saúde e da filosofia de promoção da saúde, assinale 
a alternativa incorreta.
a) A promoção da saúde é um processo de capacitação da comunidade para atuar 
na melhoria de sua qualidade de vida e saúde.
b) A essência da promoção da saúde é a escolha e, portanto, a liberdade.
c) O modelo preventivo da educação em saúde tradicional é permeado pelas tradições 
da biomedicina, com objetivo de promover a saúde. 
d) O modelo radical busca tanto a mudança pessoal como 
social, a fim de promover o envolvimento dos indivíduos nas 
decisões relacionadas à sua própria saúde e a dos grupos 
sociais aos quais eles pertencem. 
e) O princípio de corresponsabilização nas práticas 
terapêuticas torna‐se fundamental. 
Resposta 
 É uma prática social, contínua, sistemática e permanente, que envolve a capacitação do 
indivíduo na aquisição de uma consciência crítica a respeito de seus problemas de saúde. 
Parte da reflexão acerca das dificuldades vivenciadas no dia a dia, buscando‐se soluções 
coletivas ou individuais, com vistas à transformação da realidade em estudo (Fundação 
Nacional de Saúde, 2007).
Educação em saúde
 Paradigmas educacionais em discussão: encontram‐se em vigência até os dias de hoje 
(LEÃO, 1999).
 Prática que desconsidera o saber dos aprendizes e coloca o educador como único detentor 
do saber válido, não permitindo que o indivíduo procure por melhores condições de vida e 
saúde a partir de suas experiências (CHAGAS et al., 2009).
 Dominação do profissional de saúde sobre os usuários (SANTOS, 2011). 
 Concepção “bancária”: conteúdos muitas vezes 
desconectados da realidade dos indivíduos. Educandos 
são meros objetos que recebem pacientemente, memorizam 
e repetem (FREIRE, 2005). 
Pedagogia tradicional
O educador é o que educa; os educandos, os que são educados. 
 O educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem. 
 O educador é o que pensa; os educandos, os pensados. 
 O educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente. 
 O educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados. 
 O educador é o que opta e prescreve sua opção; 
os educandos, os que seguem a prescrição 
(FREIRE, 2005, p. 68). 
Pedagogia tradicional
 O educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam. 
 O educador escolhe o conteúdo programático; os educandos, jamais ouvidos nesta escolha, 
se acomodam a ele. 
 O educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, 
que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar‐se 
às determinações daquele. 
 O educador, finalmente, é o sujeito do processo; 
os educandos, meros objetos. (FREIRE, 2005, p. 68).
Pedagogia tradicional
 “[...] tomar parte; assumir o que é seu de direito; ser sujeito e ator; assumir o controle social”. 
 Finalidade da educação em saúde é a transformação, o que contribui firmemente para a 
consolidação dos princípios e diretrizes do SUS: universalidade, integralidade, equidade, 
descentralização, participação e controle social. 
 Respeitando‐se ambos os saberes, científico e popular, que permanentemente 
se reconstroem (Funasa, 2007). 
 Libertação da situação opressora: respeito, confiança, 
solidariedade e responsabilidade (DAMASCENO; SAID, 2008).
Pedagogia de participação
 A educação em saúde representa um dos principais pilares da promoção da saúde e uma 
maneira de cuidado que leva ao desenvolvimento da consciência crítica e reflexiva para a 
emancipação dos sujeitos ao possibilitar a produção de um saber que leva as pessoas a 
cuidarem melhor de si e de seus familiares (SANTOS; PENNA, 2009). 
 A educação tem o papel de conscientizar, objetivando a modificação de uma realidade 
indesejada, utilizando‐se da liberdade e do diálogo para se passar de uma visão ingênua 
a uma consciência crítica. (CHAGAS et al., 2009; FREIRE, 2005). 
Promoção da saúde X Educação em saúde
Não há docência sem discência, ensinar exige: 
 Rigorosidade metódica; pesquisa; respeito aos saberes 
dos educandos. 
 Criticidade; estética e ética; a corporificação das 
palavras pelo exemplo; risco, aceitação do novo 
e rejeição a qualquer forma de discriminação. 
 Reflexão crítica sobre a prática; o reconhecimento 
e a assunção da identidade cultural.
Promoção da saúde X Educação em saúde
https://www.amazon.com.br/Pedagogia-autonomia-
Paulo-Freire/dp/8577531635
Ensinar não é transferir conhecimento, ensinar exige:
 Consciência do inacabamento.
 Reconhecimento de ser condicionado.
 Respeito à autonomia do ser educando.
 Bom senso; curiosidade; apreensão da realidade.
 Alegria e esperança; convicção de que a mudança é possível.
 Humildade, tolerância e luta em defesa dos 
direitos dos educadores.
Promoção da saúde X Educação em saúde
https://www.amazon.com.br/Pedagogia-autonomia-
Paulo-Freire/dp/8577531635
Ensinar é uma especificidade humana, ensinar exige:
 Competência profissional e generosidade.
 Comprometimento.
 Compreender que a educação é uma forma de 
intervenção no mundo; liberdade e autoridade.
 Tomada consciente de decisões; saber escutar.
 Reconhecer que a educação é ideológica.
 Disponibilidade para o diálogo.
 Querer bem aos educandos. 
Promoção da saúde X Educação em saúde
https://www.amazon.com.br/Pedagogia-autonomia-
Paulo-Freire/dp/8577531635
Segundo a pedagogia proposta por Paulo Freire, assinale a alternativa que não condiz com sua 
filosofia de educação.
a) Ensinar exige dominação do educador sobre os educandos.
b) Ensinar exige rejeição a qualquer forma de discriminação.
c) Ensinar exige convicção de que a mudança é possível.
d) Ensinar exige disponibilidade para o diálogo.
e) Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos.
Interatividade 
Segundo a pedagogia proposta por Paulo Freire, assinale a alternativa que não condiz com sua 
filosofia de educação.
a) Ensinar exige dominação do educador sobre os educandos.
b) Ensinar exige rejeição a qualquer forma de discriminação.
c) Ensinar exige convicção de que a mudança é possível.
d) Ensinar exige disponibilidade para o diálogo.
e) Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos.
Resposta 
CHAGAS, N. R. et al. Cuidado crítico e criativo: contribuições da educação conscientizadora de 
Paulo Freire para a enfermagem. Ciênc. Enferm., v. 15, n. 2, p. 35-40, 2009.
DAMASCENO, A. M.; SAID, F. A. O método problematizador no cuidado educativo com 
mulheres no preparo ao parto. Cogitare enferm, v. 13, n. 2, p. 173-83, 2008.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2005.
GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática; 2001.
LEÃO, D. M. M. Paradigmas contemporâneos de educação: escola tradicional e escola 
construtivista. Cadernos de pesquisa, n. 107, p. 187-206, 1999.
OLIVEIRA, D. L. A ‘nova’ saúde pública e a promoção da saúde 
via educação: entre a tradição e a inovação. Rev. 
Latino-americana Enfermagem, v. 13, n. 3, p. 423-31, 2005.
PELICIONI, M. C. F.; PELICIONI, A. F. Educação e promoção 
da saúde: uma retrospectiva histórica. Mundo saúde, v. 31, n. 3, 
p. 320-28, 2007.
Referências 
SANTOS, M. C. B. et al. Prática educativa no campo da promoção da saúde: potencialidades 
dos grupos multidisciplinares no contexto hospitalar. Tempus-Actas de Saúde Coletiva, 
Brasília, v. 5, n. 1, p. 207-19, 2011.
SANTOS, R. V; PENNA, C. M. A educação em saúde como estratégia para o cuidado a 
gestante, puerpera e ao recém-nascido. Texto contexto Enfermagem, v. 18, n. 4, p. 652-60, 
2009.
SANTOS, J. L. F.; WESTPHAL, M. F. Práticas emergentes de um novo paradigma de saúde: 
o papel da universidade. Estudos Avançados, São Paulo, v. 13, n. 35, p. 71-88, 1999.
SILVA, C. M. C. et al. Educação em saúde: uma reflexão 
histórica de suas práticas. Ciência & saúde coletiva, Rio 
de Janeiro, v. 15, n. 5, p. 2539-50, ago. 2010.
WEARE, K. The contribution of education to health promotion. 
In: BUNTON, R.; MACDONALD, G. Health promotion: 
disciplines and diversity. London (UK): Routledge; 1995.
Referências 
ATÉ A PRÓXIMA!

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