Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aparentemente, o Coronavírus (da COVID-19) interage negativamente com o Rinovírus (do resfriado comum). Da mesma forma ocorre com o vírus da H1N1. Rinovírus Coronavírus Por que o Rinovírus foi o escolhido? Elevada prevalência na população humana; Interação negativa com o vírus da influenza ao nível do hospedeiro e população; Elevada capacidade de produzir uma resposta INF; Sensibilidade do SRA-COV-2 ao INF. Testes e Resultados As células epiteliais brônquicas humanas, in vitro, foram infectadas com SRA-CoV-2, com Rinovírus ou ambos. Para avaliação do impacto da coinfecção na cinética da replicação dos vírus, os títulos de cada um foram determinados em momentos diferentes após a infecção e feita comparação com as células infectadas com apenas um dos vírus. Quanto ao SARS-CoV-2 a cinética de coinfecção evoluiu para título indetectável até 48h pós-infecção. O rinovírus agiu de maneira igual sozinho ou acompanhado: aumento rápido durante as primeiras 24h, em seguida, declínio gradual e sustentado. Naturalmente, dificilmente ocorre uma coinfecção simultânea. Então, foram realizados testes com coinfecção escalonada: células infectadas com rinovírus e 24h mais tarde, infectadas com SARS-CoV-2. Experiência repetida também na ordem inversa. Houve uma diferença quando o SARS-CoV-2 foi o primeiro e o rinovírus o segundo, pois o primeiro continuou com aumento significativo até 48h da infecção, a diminuição passou a ser constatada após esse tempo. Já, quando a inoculação do rinovírus ocorreu primeiro, em relação ao SARS não houve excedentes do título, em seguida ocorreu a diminuição rápida. 1 Como ocorre a interação? O mecanismo é que o SARS-CoV-2 é susceptível ao IFN e codifica múltiplos genes que alteram a sinalização da produção de IFN. Hipótese baseada no bloqueio de atividade do rinovírus ao vírus influenza. Hipótese confirmada por testes de imunofluorescência. Louise Suzy 2 Explicando melhor! As experiências afirmam que: Replicação de SARS-CoV-2 não progride na presença do rinovírus; Rinovírus desencadeia uma resposta IFN mais rápida e, talvez, mais forte em comparação ao SARS-CoV-2. Para testar, em coinfecção, na presença de BX795 (inibidor da quinase 1 de ligação TANK) bloqueou a resposta imune mediada por IFN em culturas diferenciadas do epitélio respiratório. Na presença desse inibidor a replicação do SARS-CoV-2 no epitélio respiratório foi restaurada para níveis comparados a infecção única, mesmo na presença do rinovírus. A susceptibilidade da SARS-CoV-2 à resposta IFN é ilustrada pelo número de genes presentes no seu genoma, dedicados a superar a resposta imune inata. Referência Dee, K., Goldfarb, D. M., Haney, J., Amat, J. A.R., Herder, V., Stewart, M., Szemiel, A. M., Baguelin, M. and Murcia, P. R. (2021). Human rhinovirus infection blocks SARS-CoV-2 replication within the respiratory epithelium: implications for COVID-19 epidemiology. Journal of Infectious Diseases, (doi: 10.1093/infdis/jiab147) http://eprints.gla.ac.uk/view/author/48842.html http://eprints.gla.ac.uk/view/author/44291.html http://eprints.gla.ac.uk/view/author/44352.html http://eprints.gla.ac.uk/view/author/45458.html http://eprints.gla.ac.uk/view/author/45458.html http://eprints.gla.ac.uk/view/author/44984.html http://eprints.gla.ac.uk/view/author/33651.html http://eprints.gla.ac.uk/view/author/30277.html http://eprints.gla.ac.uk/view/author/30277.html http://eprints.gla.ac.uk/view/author/16538.html http://eprints.gla.ac.uk/view/author/16538.html http://eprints.gla.ac.uk/view/journal_volume/Journal_of_Infectious_Diseases.html http://eprints.gla.ac.uk/view/journal_volume/Journal_of_Infectious_Diseases.html http://eprints.gla.ac.uk/view/journal_volume/Journal_of_Infectious_Diseases.html http://dx.doi.org/10.1093/infdis/jiab147
Compartilhar