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Apostila Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial I

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APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
3 
Sumário 
1 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CIRURGIA E MANOBRAS CIRÚRGICAS 
FUNDAMENTAIS 
Página 5 
Necessidades Básicas para Cirurgia PÁGINA 6 
Diérese PÁGINA 6 
Hemostasia PÁGINA 15 
Feridas Cirúrgicas PÁGINA 18 
Síntese PÁGINA 19 
2 EXODONTIA Página 31 
Classificação das exodontias PÁGINA 32 
Objetivos da exodontia PÁGINA 33 
Princípios fundamentais de exodontia PÁGINA 34 
Tempos operatórios PÁGINA 35 
Planejamento da exodontia PÁGINA 35 
Mecânica exodôntica PÁGINA 37 
Mecânica à Fórceps PÁGINA 39 
Mecânica a Alavancas PÁGINA 48 
Odontossecção PÁGINA 51 
Osteotomia/Alveolectomia para exodontia PÁGINA 52 
Folha de recomendações do pós-operatório PÁGINA 55 
3 PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR Página 56 
4 INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS Página 60 
Microbiologia das infecções Odontogênicas PÁGINA 61 
Princípios do tratamento das infecções Odontogênicas PÁGINA 64 
Princípios da prevenção das infecções Odontogênicas PÁGINA 76 
Processos inflamatórios sépticos de origem dentária PÁGINA 78 
Infecções Odontogênicas complexas PÁGINA 80 
5 PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS Página 89 
Lesões de tecidos moles: 
 Laceração do retalho mucoso 
 Feridas perfurantes 
 Laceração 
 Esgarçamento ou abrasão 
PÁGINA 90 
Complicações com um dente durante a sua extração: 
 Fratura de raiz 
 Deslocamento da raiz 
 Dente perdido na faringe 
PÁGINA 93 
Lesões a dentes adjacentes: 
 Fratura ou deslocamento de uma restauração adjacente 
 Luxação de um dente adjacente 
 Extração do dente errado 
PÁGINA 97 
Lesões a estruturas ósseas: 
 Fratura do processo alveolar 
 Fratura da tuberosidade maxilar 
PÁGINA 98 
Lesões a estruturas adjacentes: 
 Lesões a estruturas nervosas regionais 
 Parestesia 
 Lesões à articulação temporomandibular 
PÁGINA 100 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
4 
Sumário 
Comunição oroantrais PÁGINA 103 
Sangramento pós-operatório PÁGINA 104 
Cicatrização retardada, edema e infecção 
 Edema 
 Infecção 
 Deiscência de feridas 
 Alvéolo seco 
PÁGINA 105 
Fraturas mandibulares PÁGINA 107 
Outros: 
 Epilepsia 
 Cisto ciliado cirúrgico 
 Cisto residual 
PÁGINA 108 
EXEMPLOS DE RELATÓRIOS PARA EXODÔNTIA PÁGINA 111 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
5 
TERCEIRO ANO DE ODONTOLOGIA - UNIOESTE 
1 
PRINCÍPIOS DE CIRURGIA E MANOBRAS 
CIRÚRGICAS FUNDAMENTAIS 
 
Cirurgia e Traumatologia Oral e 
Bucomaxilofacial I 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE ESTUDO PARA DISCIPLINA DE CIRURGIA I 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
6 
NECESSIDADES BÁSICAS PARA CIRURGIA 
1- Visibilidade adequada: 
a. Acesso adequado: 
Não requer somente que o paciente tenha habilidade para abrir amplamente a 
boca, mas também requer uma exposição criada cirurgicamente. (a retração 
adequada possibilita uma boa exposição, também protege os tecidos, evitando que 
sejam acidentalmente lesionados). 
b. Iluminação adequada: 
A fonte luminosa deve ser continuamente reposicionada ou o cirurgião e/ou o 
assistente devem evitar obstruir a iluminação, outra alternativa seria a utilização 
de uma luz frontal, acoplada à cabeça. 
c. Campo cirúrgico livre de sangue em excesso e de outros fluidos: 
Um aspirador cirúrgico de alto desempenho com uma ponta de sucção 
relativamente pequena pode rapidamente remover sangue e outros fluidos do 
campo. 
2- Auxílio: 
 O auxiliar deve estar suficientemente familiarizado aos procedimentos em 
execução para antecipar as necessidades do cirurgião. O desempenho de uma boa 
cirurgia é extremamente difícil sem auxilio ou com auxilio deficiente. 
DIÉRESE 
Manobras que visam romper (incisão) ou interromper (divulsão) a integridade tecidual. 
INCISÃO 
 Lâminas afiadas e de tamanho adequados devem ser utilizadas; 
 O movimento deve ser firme e continuo, movimento hesitantes aumentam a 
quantidade de tecido danificado no interior da ferida e a quantidade de 
sangramento, prejudicando a cicatrização da ferida. 
 O cirurgião deve ter bom conhecimento anatômico, a fim de evitar seccionar 
estruturas vitais. Para evitar secção acidental de grandes vasos ou nervos, o 
cirurgião deve somente incisar profundo o suficiente para identificar o próximo 
plano tecidual principal quando realiza incisões próximas a locais onde corram 
vasos principais ou nervos. *evitar incisões verticais no lado lingual na altura de 
molares inferiores para evira lesão do nervo lingual. Também incisões vestibulares ao 
nível dos ápices dos pré-molares também podem ocasionar danos sobre o feixe 
vasculonervoso mentoniano. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
7 
 
 A incisão deve sempre iniciar perpendicular ao tecido, ser estendida em 45° e o 
termino deve ser em 90° novamente. Essa manobra produz bordas quadradas 
na ferida cirúrgica que são mais fáceis de reorientar adequadamente durante a 
sutura e que são menos suscetíveis a necrose das bordas como resultado da 
isquemia. 
Desenho: 
 Incisões sobre gengiva e sobre osso sadio são mais desejáveis do que aquelas 
realizadas ao longo da gengiva não inserida e sobre o tecido ósseo esta 
comprometido ou ausente. Incisões bem localizadas permitem que as margens 
da ferida cirúrgica sejam suturadas sobre osso intacto e saudável que se situa 
pelo menos a poucos milímetros além do tecido ósseo comprometido, 
proporcionando suporte para a ferida em cicatrização. 
Materiais: 
a. Principal: Cabo de 
Bisturi n° 3, Lâminas n° 
10, 11, 12 e 15, 
b. Auxiliar: Porta Agulha 
(posicionar a lâmina) 
 
 
 
Requisitos para a incisão: 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
8 
 Irrigação sanguínea do retalho 
 A base do retalho deve ser maior, ou no mínimo igual à porção terminal. 
Sendo o ápice 2/3 ou metade do tamanho do ápice. No máximo serem do 
mesmo tamanho. 
 
 
 Sempre que possível, incluir suprimento sanguíneo axial, p.ex. no palato 
deve ser construído na direção da artéria palatina maior. 
 
 A largura da base deve ser maior do que o comprimento do retalho. 
 A irrigação insuficiente do retalho produz necrose tecidual, o que representa atraso 
na reparação tecidual e possibilita o aparecimento de cicatrizes. 
o Essas manobras previnem a necrose do retalho 
 Respeito à integridade tecidual 
 Traçado incisional em linha única. Lâminas devem estar afiadas e escolhidas 
corretamente. Essas condutas previnem a necrose do retalho, bem como, 
previnem a deiscência do retalho. 
 Para incisão em mucosa gengival onde existe um plano ósseo subjacente, o 
traçado deve atingir toda estrutura tecidual de uma só vez, em situações 
como na pele as incisões só atingem inicialmente subcutâneo, a partir de 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
9 
onde se determina o seguimento cirúrgico a ser feito por bisturi, tesoura ou 
divulsionando o tecido. 
 As porções iniciais e finais devem estar perpendiculares aos tecidos 
circunvizinhos. essa manobra previne a deiscência do retalho, permitindo mais 
fácil reorientação durante a sutura, e também previne a necrose do retalho. 
 Visualização do campo operatório 
 O traçado deve possibilitar a obtenção de um retalho que quando 
divulsionado permita expor amplamente o campo operatório. Um retalho 
que proporciona acesso suficiente previne a dilaceração do retalho durante 
o trans-operatório, fazendo com que esse seja menos traumático prevenindo 
a necrosedas bordas do retalho, permitindo melhor reparação. 
 Versatilidade na amplitude 
 A incisão deve permitir se caso houver necessidade no trans-operatório de 
uma ampliação sem comprometer a evolução pós-operatória da ferida 
cirúrgica. 
 Apoio do traçado em tecido ósseo sadio 
 Ao termino do ato operatório, a reposição tecidual possa ser efetuada, 
deixando o traçado incisional apoiado em um tecido ósseo sadio. Dessa 
forma permitimos com que o osso ofereça suporte a ferida em cicatrização, 
proporcionamos imobilidade desejada nos tecidos, favorecendo a 
estabilização do coagulo. Essa manobra previne a deiscência do retalho. 
Quando o cirurgião planeja o desenho do retalho ele deve fazer com que o contorno do 
retalho consiga: 
 Prevenir a necrose do retalho: 
 Ápice > que a base 
 As relaxantes devem ser convergentes para o ápice ou no máximo paralelas 
 
 A base do retalho deverá ser aproximadamente o dobro da altura 
 Quando possível incluir suprimento sanguíneo axial 
 A base não devera ser excessivamente torcida ou distendida 
 Prevenir a deiscência do retalho: 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
10 
 Aproximação das bordas sobre osso sadio. 
 Incisão vertical ou oblíqua deve ser feita ao nível do dente anterior ou 
posterior à área onde haverá remoção de tecido ósseo. 
 As incisões relaxantes devem ser realizadas em um ponto intermediário 
entre o centro da coroa e a papila interproximal, movida obliquamente na 
direção apical através da gengiva e mucosa, sempre levando em 
consideração o reparo do retalho em tecido ósseo sádio. 
 As extremidades do retalho não devem ser dilaceradas e quando suturadas 
não devem sofrer forte tensão. 
 
 A deiscência expõe o osso subjacente podendo causar dor, perda óssea, 
infecção e aumento do tecido cicatricial. 
 Prevenir dilaceração do tecido: 
 Geralmente ocorre por manipulação incorreta do retalho ou quando possui 
acesso limitado. 
 Provoca necrose dos tecidos. 
Retalhos intrasulculares devem ser realizados: 
 A incisão relaxante deve ser entre o centro da coroa e a papila, não diretamente 
na papila, ou mais anterior ou posterior a ela. 
 
 A incisão não realizada sobre a papila previne necrose e facilita a sutura. 
 Não realização no centro da coroa previne a recessão gengival. 
 As incisões relaxantes geralmente devem ser posicionadas um dente inteiro 
antes da área onde antecipadamente for planejada a remoção de qualquer 
quantidade de osso. 
CLASSIFICAÇÃO DAS INCISÕES INTRA-ORAIS: 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
11 
a) incisões altas: 
INCISÃO SEMILUNAR – PARTSCH: 
 
 Deve ser realizada em gengiva inserida e não em mucosa alveolar 
 4 mm distante da mucosa ceratinizada 
 A base deve ter no mínimo 5 mm para facilitar o suprimento sanguíneo e prevenir a 
necrose 
Indicações: 
 Lesões altas exemplo apicectomia, curetagens periapicais em dentes com raízes 
longas, em apenas um elemento dental. 
Desvantagens: 
 Apresenta limitação na ampliação; 
 Pode ocorrer deiscência da sutura deixando brechas ósseas ou buracos vazios; 
 Reduzido acesso e visualização; 
 Maior sangramento. 
Vantagens: 
 Estético e de descolamento conservador 
Contra indicação: em áreas de frenulos, dentes com raízes curtas, e coroas protéticas 
cimentadas. 
INCISÃO TRIANGULAR – MONO ANGULAR ALTA – PORTLAND: 
 
 Incisão linear alta em nível de gengiva inserida preservando 2 a 3 mm da mucosa 
ceratinizada, associada a uma incisão relaxante; 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
12 
Indicações: abordagens periapicais em elementos dentários com raízes longas 
(podendo ser utilizada quando há envolvimento de mais de um dente) ou em casos de 
lementos dentais com coroas protéticas bem adaptadas, dentes retidos e cistectomias. 
Contra indicações: áreas de frenulos. 
INCISÃO TRAPESOIDAL – BIANGULAR ALTA – WASMUND 
 
 Incisão linear alta em nível de gengiva inserida ou mucosa alveolar livre com duas 
relaxantes obliquas. 
Indicações: abordagens periapicais em elementos dentários com raízes longas, 
podendo ser utilizada em procedimentos que envolvam mais de um dente, ou em 
casos de elementos dentais com coroas protéticas bem adaptadas, dentes retidos e 
cistectomias. 
INCISÃO TRAPEZOIDAL – BIANGULAR ALTA – OCHSENBEIN E LUEBKE 
 
 Semelhante a de Wasmund, porem a incisão linear é substituída por uma ondular 
que acompanha a anatomia do colo dos dentes. Essa incisão é geralmente confinada 
à região anterior da maxila. 
Indicações: abordagens periapicais em elementos dentários com raízes longas, 
podendo ser utilizada em procedimentos que envolvam mais de um dente, ou em 
casos de elementos com coroas protéticas bem adaptadas, dentes retidos e cistectomias. 
INCISÃO LINEAR ALTA – HOY HOUSSET 
 
 Incisão linear alta e reta em fundo de vestíbulo de 
molares até caninos. 
Indicação: abordagens altas em seio maxilar pela 
técnica de Caldwell-Luc. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
13 
b) incisões baixas: 
INCISÃO TRAINGULAR – MONOANGULAR BAIXA – NEUMANN: 
 
 Intrasulcular em nível de papila interdentaria com única relaxante oblíqua. 
 O bisturi deve estar paralelo aos sulcos gengivais. 
 A relaxante não deve ser estendida para mucosa alveolar. 
 Pode ser utilizada para aumentar o acesso de um retalho do tipo envelope. 
Indicações: apicectomias, curetagens periapicais de elementos com raízes curtas, 
dentes retidos, cistectomias, alveolectomias totais. Pode ser utilizada quando há mais 
de um dente envolvido. 
Vantagens: bom acesso e visualização, possibilidade de ampliação e facilidade de 
reposicionamento. 
Desvantagens: pacientes com próteses fixas. 
INCISÃO TRAPEZOIDAL – BIANGULAR BAIXA – NOVAK PETER – NEUMANN 
MODIFICADA: 
 
 Incisão intrasulcular linear com 2 relaxantes obliquas. 
 Pode ser utilizada para ampliar uma incisão de Neumann ou de Envelope. 
Indicações: apicectomias, curetagem periapical de elementos com raízes curtas, dentes 
retidos, cistectomia, alveolectomias totais. 
Vantagens: expõe um campo mais amplo e com maior flexibilidade do retalho. Pode 
ser utilizada quando há mais de um dente envolvido no planejamento cirúrgico. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
14 
Desvantagens: mais edema, impossibilidade de ampliação e pacientes com próteses 
fixas. 
INCISÃO DO TIPO ENVELOPE 
 
 Incisão em nível de papila interdentária sem incisões relaxantes. 
Indicações: tecido ósseo alveolar sem necessidade de campo cirúrgico amplo, 
alveolectomia parcial. 
Conta indicações: pacientes com prótese fixa 
Vantagens: possibilita ampliação para ambos os lados, menos sangramento e 
facilidade de reposicionamento. 
Desvantagens: reduzido acesso e visualização, dificuldades de relaxamento e 
rebatimento, podendo ocorrer dilacerações. 
DIVULSÃO 
 
Para atingir planos anatômicos mais profundos, usamos a manobra de divulsão, ou 
seja, a interrupção da continuidade dos tecidos a partir do traçado incisional. 
 A divulsão deve ser praticada observando-se planos anatômicos naturais, 
separando-se os tecidos. 
 Sindesmotomia é a divulsão da gengiva inserida. 
Materiais utilizados: 
a. Principais: 
 Tesoura de Metzembaum 
 Descoladores Muco-Periostais (Freer, Molt, Hollemback 3s). 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
15 
b. auxiliares: 
 Pinças para apreensão dos tecidos. 
EXÉRESE 
 Manobras cirúrgicas pelas quais retiramosa porção ou o todo de órgão. 
OSTEOTOMIA OU REMOÇÃO DE TECIDO ÓSSEO 
Materiais utilizados: cinzéis pinça goiva, limas para osso e instrumentais rotatórios 
EXÉRESE DE TECIDOS MOLES 
Remoção total de tecidos enfermos ou mesmo órgãos. 
HEMOSTASIA (AULA DO GARBIN JR, E., A., 2013) 
É o processo fisiológico encarregado de parar o sangramento e iniciar o processo de reparo 
tecidual. 
Uma boa hemostasia é sempre o complemento de toda técnica cirúrgica e ela é obtida, 
durante uma intervenção, por meio de compressões com gaze ou dos métodos clássicos 
de pinçagem e ligadura. 
TEMPOS DA HEMOSTASIA: 
1. Parietal: Vasoconstrição reflexa seguida de adesão e agregação plaquetária (tampão 
plaquetário que cobre ou obstrui o vaso lesado). 
2. Plasmático: formação do coágulo, formação da tromboplastina, trombina e fibrina, 
através das vias intrínseca e extrínseca. 
3. Trombodinâmico: o coágulo formado sofre retração (fase constitutiva) e posterior 
lise de fibrina ou fibrinólise (fase destrutiva), ocorre em 72 horas após a formação 
do coágulo. 
CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS: 
I. Segundo as características clínicas: 
 Externas: quando o sangue se exterioriza na superfície da área lesada. 
 Internas: quando ocorre em uma cavidade natural do organismo. 
 
II. Segundo a natureza do vaso lesado: 
 
 Arterial: hemorragia pulsátil, o sangue flui em jatos intermitentes e sincrônicos 
com a pulsação arterial, tem coloração vermelho vivo. 
 Venosa: hemorragia contínua de cor vermelho escuro. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
16 
 Capilar: hemorragia em lençol, o sangue flui de maneira difusa e contínua, é a 
mais comum em cirurgia oral. 
 
III. Segundo a etapa cirúrgica ou tratamento: 
 
 Primárias: no transoperatório ou durante o trauma. 
 Secundárias: no pós-operatório ou após o trauma. 
 Recorrentes ou repetitivas: técnicas hemostáticas imperfeitas ou alterações no 
mecanismo de coagulação. 
 
MANOBRAS CIRÚRGICAS DE HEMOSTASIA: 
Tratamento mecânico: 
 Compressão ou tamponamento com gaze (hemorragias capilares); 
 Sutura em massa de tecidos (cuidar para não suturar vasos – parestesia); 
 Pinçamento de vasos (pinças mosquito – aplicação de uma pinça hemostática na 
extremidade de um vaso lesado, coibindo instantaneamente a hemorragia); 
 Pinçamento seguido de ligadura ou laqueamento (vasos de maior calibre – oclusão 
da luz de um vaso por meio de fio constritor – fio absorvível); 
 Esmagamento de trabéculas ósseas (hemorragias intra-ósseas). 
 Fisioterapia com frio (Pós-operatório): Compressa geladas externamente na face, 
nas primeiras 24 horas pós-cirurgia, passar um hidratante ou vaselina na face e 
proteger o gelo com pano para evitar queimadura ou lesão pelo frio. 
 
Substâncias hemostáticas: 
 Uso Local: 
 Esponja de fibrina – Fibrinol (trombina + fibrinogênio); 
 Esponja de gelatina reabsorvível – “GELFOAM”; “HEMOSPON”; 
 Celulose oxidada – “SURGICEL”; 
 Colágeno microfibrilar – “AVITENE”; 
 Cera óssea (não absorvível). 
 
No alvéolo dental deve ser evitada a colocação de substancias para promover hemostasia, devido 
ao atraso no processo de reparo. 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
17 
 
 
 
 
 Uso Sistêmico: 
 Vitamina K: Age na síntese hepática dos fatores II, VII, IX e X; deve ser indicada 
somente na diminuição da oferta de vitamina K. Essa diminuição geralmente é 
associada com disfunção hepática (cirrose, hepatite) e no caso de disfunção 
hepática o fornecimento de vitamina K não é efetivo. 
 Ampola de 10 mg: adultos 1 a 2 ampolas intramuscular 2 dias antes da cirurgia. 
 Etansilato (dicinone): Diminui a permeabilidade capilar e aumenta a adesividade 
plaquetária, indicado em diminuição da resistência capilar (diabetes, nefropatias e 
arteriosclerose) 
 Comprimidos 250 mg, ampola de 250 mg: adultos 1000 mg intra muscular 5 minutos 
antes da cirurgia, 1000 mg via oral 1 hora antes da cirurgia, 500 mg 6/6 horas intra 
muscular ou via oral após a cirurgia. 
 Drogas antifibrinolíticas: em casos de hemorragias tardias. Impedem a ação da 
plasmina e aumentam a concentração de fator I, V e VIII. 
 Ácido épsilon aminocapróico: comprimidos 500 mg, adultos, 2 comprimidos 3 vezes ao 
dia. 
 Ácido Tranexâmico: comprimidos 250 mg/ampola 250 mg, adultos, 500 mg intra 
muscular ou intra oral a cada 6/6 horas. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
18 
FERIDAS CIRÚRGICAS (PETERSON): 
Causas do dano tecidual: 
 Agressões físicas: incisão, esmagamento, extremos de temperatura, irradiação, 
desidratação e obstrução do influxo arterial ou do efluxo venoso. 
 Agressões químicas: com pH ou tonicidade não fisiológicos, aquelas que 
perturbam a integridade de proteínas e aquelas que causam isquemia ao 
produzirem constrição vascular ou trombose. 
Cicatrização por primeira, segunda e terceira intenções: 
Primeira intenção: 
 As margens as quais não houve perda de tecido são posicionadas e 
estabilizadas, essencialmente, na mesma posição anatômica que possuíam antes 
da lesão, e desse modo mantidas, permitindo sua cicatrização. 
 Ocorre rapidamente, com menor risco de infecção e o reparo ocorre com 
formação mínima de cicatriz. 
Segunda intenção: 
 Um espaço é mantido entre as suas margens, devido a perda de tecido na 
ferida, o que impede a aproximação das margens. 
 A cicatrização é demorada e produz mais tecido cicatricial. 
 Exemplos: alvéolos após extração, fraturas mal reduzidas, ulceras profundas. 
Terceira intenção: 
 Cicatrização de feridas através do uso de enxertos de tecido para cobrar 
grandes feridas e reduzir ou eliminar o espaço entre as margens. 
Classificação da ferida cirúrgica: 
 Tipo I – Superficial: não necessita sutura. Ex: escarificação 
 Tipo Ia – Profunda: necessita de sutura 
 Tipo Ib – Profunda e larga: necessita de sutura, enxertos e retalhos. 
 
 
Quanto ao reparo: 
 Primeira intenção: 
 Feridas profundas, em derme e planos profundos 
 As bordas são aproximadas e mantidas justapostas 
 Segunda intenção superficial: 
 Bordas não se aproximam, há perda do tecido da epiderme. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
19 
 Fechamento por epitelização 
Ex: escarificação 
 Segunda intenção profunda: 
 Bordas não se aproximam. 
 Ocorre granulação, contração e epidermixação 
Ex: queimaduras de terceiro grau, extração dental. 
SÍNTESE 
O termo sutura é usado para designar todo material utilizado para ligar (amarrar) 
vasos sanguíneos ou aproximar tecidos. 
Na odontologia o objetivo principal da sutura é posicionar e manter firme o retalho 
cirúrgico a fim de promover ótima cura. 
Objetivos: 
 Evitar acidentes hemorrágicos (promover hemostasia); 
 Manter o retalho em posição, evitando a deiscência por separação do tecido ao osso 
e/ou exposição do osso subjacente, que atrasará a reparação tecidual devido a 
cicatrização por segunda intenção. 
 Prevenir a penetração de microorganismos na ferida (em exodontia o coágulo faz 
esse papel). 
 Proteger o alveolo, favorecendo a manutenção do coágulo sanguíneo. 
Qualidades de uma boa síntese: 
 Sutura asséptica quer seja por fios e instrumentais não estéreis ou tecidos 
contaminados. 
 Sutura atraumática, deve realizar sua função sem aumentar o traumatismo. Essa 
qualidade é dependente da habilidade manual do cirurgião e da escolha correta de fios e 
agulhas. 
 Tensão exercida deve ser suficiente para manter o retalho em posição, tensões 
excessivas podem resultar em necrose. Asutura laceada não imobiliza suficientemente 
os tecidos e compromete a estabilização do coágulo retardando a reparação tecidual. 
 Promover sutura plano-a-plano de tecidos homólogos, ou seja tecidos de 
mesma natureza. (a não realização desse procedimento criaremos um “espaço morto” 
que irá se tornar um hematoma e infecionar). 
 Proporcionar bordas nítidas e regulares com os tecidos íntegros. 
 Manter a vitalidade dos tecidos através de bordas cruentas, dessa forma pode se 
restabelecer a microcirculação e a ferida tende a ter evolução normal. 
 Segurança na escolha do tipo de síntese, e das agulhas e fios de sutura. 
 Ausência de hematoma. 
 Ausência de corpos estranhos (remanescentes de dente, osso, restauração), uma 
curetagem após a realização do procedimento previne essa condição. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
20 
MATERIAIS DE SUTURA: 
1. Agulhas: 
 
Quando usadas corretamente minimizam a reação inflamatória traumática e evitam 
lacerações teciduais. São classificadas quanto à ponta ativa, formato do corpo, fundo, 
curvatura, comprimento e diâmetro. A agulha atraumática tem seu diâmetro igual ao 
fio. 
A. ponta ativa: 
Parte ativa de penetração dos tecidos apresenta formas variadas. 
 Triangular de corte convencional: 
o Indicada nas cavidades oral, nasal, faringe, pele, ligamento e tendão. 
 
 Triangular de corte reverso: 
o Indicada para mucosas oral e nasal, ligamento e fáscia (aponeurose). 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
21 
 Agulha cilíndrica: 
o Indicada para músculos, gordura subcutânea, nervos, vasos, aponeuroses, 
peritônio e miocárdio. 
o Pode ter ponta romba para tecidos frágeis ou fragíveis como rim, fígado 
pâncreas e colo uterino. 
 
B. Formato do Corpo: 
Existem várias formas: triangulares, cilíndricas, ovaladas e quadradas. O corpo pode 
ser diferente da ponta ativa. 
C. Fundo: 
 
 Fixo ou Verdadeiro: agulha do tipo comum de custura. 
 Falso: o fio é fixado sob pressão no fundo da agulha. 
Traumáticas: provocam maior trauma devido a diferença de diâmetro entre agulha e 
fio, o fundo é maior que o corpo. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
22 
Atraumáticas: o feio é pré-montado, é a utilizada atualmente. 
 
D. Quanto a curvatura: 
 
Diversos formatos, sendo as mais comuns
 
 Retas: não necessitam de porta agulhas. 
 Semi-retas: necessita de porta agulha. 
Podem ser: 
1/2 - cavidades oral e nasal, faringe, gordura subcutânea, pele e músculo. (mais 
utilizada pela odontologia). 
3/8 - aponeuroses, duramáter, olho, músculos, miocárdio, nervos, vasos. Agulhas curvas 
usadas em profundidade. 
1/4 - indicadas para olho e microcirurgia. 
5/8 - cavidades oral e nasal, sistema cardiovascular, pélvis, trato genitário. 
 
2. FIOS DE SUTURA: 
Devem ser escolhidos conforme as características da área operada e da própria 
conveniência do operador. 
 
Classificação 
 
 
A. Quanto a sua estrutura física: 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
23 
 
 Monofilamentar: um filamento. É menos irritante a pele. P.ex.: nylon 
 Multifilamentar: fibras torcidas e estiradas pouco. Para serem menos irritantes 
devem ser bem torcidos e estirados. 
Quanto à permanência: 
 Absorvíveis: absorvidos por processos enzimáticos do organismo. É um fio de alto 
custo. 
 Não absorvíveis: permanecem nos tecidos. 
Quanto a origem: 
 Orgânica: 
o Animal: catgut, seda; 
o Vegetal: algodão, linho. 
 Sintética: nylon, polipropileno, poliéster, poligliconato, polodioxanone, 
poliglactina, acido poliglicólico, poliamida. 
 Metálico: fio de aço. 
Diâmetros dos fios de sutura: 
 Determinado em milímetros e expresso em zeros. 
 Quanto menor o diâmetro maior o numero de zeros. 
 Fios de maior calibre: n3 (diâmetro de 0,6 a 0,8) 
 Fios de menor calibre: n 12.0 (diâmetro de 0,0001 a 0,01 mm) 
 Na cavidade oral calibres de 3.0 (0,2 a 0,34 mm), 4.0 (0,15 a 0,25 mm) 5.0 e 6.0. 
o Ex. em ferimentos de pele utiliza-se o de menor calibre 6.0. 
-mm ou finos + mm ou grossos 
12.0 – 6.0 – 5.0 – 4.0 – 3.0 – 2.0 – 1.0 – 000 – 00 – 0 – 1 – 2 – 3 
 
Tipos de fio: 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
24 
A. Absorvíveis: 
 Catgut: 
 
 
o Monofilamentar 
o Origem animal (intestino de carneiro) 
o Indicado para suturas profundas e síntese de tecidos não contaminados. 
o Pode desencadear reação alérgica do tipo corpo estranho e processo 
inflamatório intenso na reabsorção. 
o Perde tensão com o passar do tempo. 
o Tempo de reabsorção: 
 Fio simples: 8 a 10 dias 
 Fio cromado: 20 dias 
o CONTRA INDICADO NA CAVIDADE ORAL. 
 
 Poliglactina 910 – VICRYL 
 
o Multifilamentar, bem torcido e bem estirado. 
o Origem sintética. 
o É hidrofóbio portanto não sofre embebição. 
o Boa resistência à tração e de fácil manuseio. 
o Não adere a indutos. 
o Não causa reação inflamatória do tipo corpo estranho. 
o Tempo de absorção: absorvido por hidrólise em 60 dias. 
o Tem a desvantagem de ser de alto custo. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
25 
o IDEAL PARA CIRURGIAS ORAIS E SUTURAS PROFUNDAS. 
 
 Poliglecaprone 25 – Monocryl 
 
o Mono filamentar 
o Origem sintética 
o Tempo de absorção: absorvido por hidrólise em 91 a 121 dias. 
o Não causa reação inflamatório do tipo corpo estranho. 
o Excelente resistência e reduzida memória. 
o Possui grande maleabilidade 
o Traumatiza pouco. 
B. NÃO ABSORVÍVEIS 
 Nylon 
 
 Monofilamentar 
 Origem sintética 
 Reação inflamatória pouco intensa e por tempo limitado. 
 Pouco maleável e com memória. A segurança dos nós pode ser melhorada, 
dando-se 4 ou 5 nós. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
26 
 As pontas podem traumatizar os tecidos em suturas intra-orais. 
 IDEAL PARA SUTURAS EXTRA-ORAL. 
 Seda 
 
 Multifilamentar retorcido ou trançado 
 Origem animal 
 Embebe-se em contato com os tecidos 
 Adere indutos 
 Causa reação inflamatória localizada. 
 Vantagens: barata, excelente manuseio, e boa segurança nos nós. 
 Desvantagens: maior reação tecidual, embebição. 
 BEM INDICADA PARA CAVIDADE ORAL. 
 
 Algodão 
 Multifilamentar pouco retorcido e pouco estirado. 
 Origem vegetal. 
 Adere a indutos. 
 Favorece a retenção de micro-organismos. 
 Podem desencadear reações inflamatórias do tipo corpo estranho na 
cavidade oral. 
 Provoca atraso na cicatrização (proliferação fibroblástica). 
 NÃO INDICADA PARA CAVIDADE ORAL. 
Indicativos presentes na embalagem dos fios: 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
27 
 
 
SEQUÊNCIA DE DOS PONTOS DA SUTURA: 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
28 
TIPOS DE SUTURAS: 
Descontínuas: 
 Ponto simples 
 
 É a técnica de sutura mais comumente usada em odontologia. 
 O ponto simples é usado para aproximação/coaptação dos retalhos cirúrgicos, 
e não para resistir a qualquer tipo de tensão do retalho. 
 Não oferece resistência à tensão de esforços musculares. 
 A distância entre os pontos deve ser de 5-7 mm. 
 O nó não deve ser posicionado sobre a incisão. 
 
 Sutura em forma de X ou cruzada 
 Esta manobra é usada em espaços edêntulos. 
 Utilizada para manter o coagulo no alvéolo. 
 
 Sutura em forma de X interno 
 
APOSTILADE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
29 
 Sutura interrompida em U horizontal ou do Colchoeiro horizontal. 
 São utilizadas para maior segurança do retalho e para maior controle e de 
exatidão no posicionamento do retalho. 
 São principalmente utilizadas para resistir a tração do músculo. 
 
 Sutura interrompida em U vertical ou do Colchoeiro Vertical 
 
Contínuas: 
 Continuada em U ou Continuada do Colchoeiro 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
30 
 Continuada em espiral (Abaixo, Figura A e B): 
 Continuada festonada (Abaixo, Figura C): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
31 
TERCEIRO ANO DE ODONTOLOGIA - UNIOESTE 
2 
EXODÔNTIA 
 
Cirurgia e Traumatologia Oral e 
Bucomaxilofacial I 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE ESTUDO PARA DISCIPLINA DE CIRURGIA I 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
32 
EXODONTIA 
Consiste em um conjunto de manobras que resultará na remoção de um ou mais 
dentes, de modo seguro, rápido e menos traumático. 
CLASSIFICAÇÃO DAS EXODONTIAS: 
Dois tipos de classificação: 
I. 
Via alveolar: 
Fundamenta-se na dilatação do alvéolo, utilizando-se de forças controladas que atuam 
sobre o dente e transferem-se ao alvéolo deformando-o, consequentemente, ocorre a 
ruptura dos ligamentos alvéolos dentários, que permitirá o avulção dos dentes. 
Sem seccionamento dental: é aquela que com uso de fórceps ou alavanca, o dente é 
removido sem que haja seccionamento das raízes. 
Com seccionamento dental: utiliza-se o fórceps ou alavanca, após seccionamento das 
raízes. 
Via não alveolar: 
Quando não é possível a dilatação do alvéolo, seja pela friabilidade do dente, 
hipermineralização óssea, anatomia radicular de forma, septo inter-radicular retentivo, 
má posição dentária, continuidade com o seio maxilar e/ou canal mandibular, 
utiliza=se osteotomia e/ou odontossecção, ou ambas. 
É aquela em que haverá remoção de tábuas ósseas para conseguirmos a remoção do 
dente, portanto o dente não é extraído pela dilatação do alvéolo. Podendo ser parcial 
ou total, por osteotomia ou por apicectomia. 
II. 
Técnica 1ª: 
Utiliza apenas os fórceps dentais para extração. 
Indicada para dentes com coroas íntegras ou que suportem a força dos fórceps. 
Técnica 2ª: 
Utiliza o uso de alavancas para extração dentária. 
Indicada para dentes com coroas ou raízes destruídas, em que não é mais possível a 
utilização do fórceps. 
Técnica 3ª: 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
33 
Técnica que se realiza um retalho mucoperiostal, expondo o alvéolo que será removido 
(alveolectomia) para possibilitar a remoção do dente ou da raiz. 
Indicada em casos em que na foi possível ou não houve êxito da utilização da técnica 1ª 
ou 2ª. 
OBJETIVOS DA EXODONTIA: 
 Limitar o dano causado pela doença ou traumatismo, evitando sequelas de ordem 
local e/ou geral. 
 Favorecer a correção do déficit anatômico e funcional existente, contribuindo para a 
reabilitação pela prótese. 
PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA EXODONTIA: 
 Acesso adequado 
Ter via de acesso livre de obstáculos para atingir, com liberdade,a região onde o dente 
se situa; ter espaço físico suficiente para desdobrar todas as etapas do ato cirúrgico; ter 
espaço para aplicar e para poder exercer sobre o dente a ser avulsionado todos os 
movimentos específicos do instrumento. 
 Via desimpedida 
Redução na resistência aposta para desalojar o dente, possível de ser atingida com 
dilatação do alvéolo, exérese do tecido ósseo alveolar, seccionamento do dente ou uso 
combinado desses recursos. 
 Uso de força controlada 
Tirar proveito das características mecânicas de cada instrumento, aplicando-o de forma 
a não ultrapassar limites que venha a produzir danos às estruturas teciduais. 
Necessidade da exodontia: 
Indicações: 
 Grande destruição da unidade anatômica funcional da coroa. Esta indicação é 
relativa devido aos procedimentos protéticos que quase sempre conseguem 
recuperar a coroa. 
 Comprometimento do periodonto (grande mobilidade) que não respondem mais 
aos tratamentos conservadores. Está indicada nesse caso para preservação do osso 
permitindo uma reabilitação protética, seja ela fixa (implantes) ou móvel (próteses 
totais ou parciais). 
 Fraturas radiculares extensas, nas quais há formação de bolsas periodontais 
verticais sem possibilidade de tratamento. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
34 
 Comprometimento endodontico, quando não é possível realizar as técnicas 
endodonticas seja por dificuldade de acesso da coroa, anatomia complexa dos 
canais ou calcificação da entrada dos condutos. 
 Por motivos ortodônticos (pré-molares ou terceiros molares). 
 Dentes mal posicionados. Está indicado para aqueles que não podem receber 
tratamento ortodôntico. 
 Dentes inclusos com impactação, por promoverem cáries, doença periodontal e 
reabsorção nas raízes dos dentes adjacentes. 
 Dentes supranumerários, pois atrapalham o posicionamento dos demais dentes e 
muitas vezes dificultam a higiene oral. 
 Dentes associados com lesões patológicas. 
 Dentes envolvidos em fraturas dos maxilares. 
 Terapia pré-radiação, a fim de evitar a Osteorradionecrose. 
 Por motivos econômicos. 
Oportunidade ao Uso da Exodontia: 
Inoportunidade temporária: 
Quando as alterações das condições de saúde local e/ou geral, inadequadas à prática 
exodôntica, podem ser normalizadas pelo uso dos recursos de terapêutica próprios da 
odontologia, da medicina ou de ambas. 
 Dentes em áreas inflamadas. Haverá somatório da inflamação causada pela 
cirurgia e a inflamação preexistente, causando aumento no sangramento 
transoperatório, propicia a infecção, interfere com a reparação e desenvolve grande 
desconforto ao paciente. 
 Dente que apresente o ápice em continuidade ao seio maxilar, em um portador de 
sinusite. 
 Dente causador ou envolvido em processo séptico que acarreta bacteremia mais 
intensa que comprometa a saúde geral do paciente (prescrever antibióticos). 
 Dentes situados em áreas irradiadas. 
 Presença local de entidades patológicas, que pelo ato cirúrgico, podem difundir-se 
por todo o organismo. 
 Na impossibilidade de obtenção de acesso e de visualização do campo operatório, 
como em pacientes com trismo e DTMs 
Inoportunidade de caráter definitivo: 
Quando as alterações nas condições de saúde local e geral do paciente atingirem níveis 
que não permitem o ato cirúrgico e que não se revertem pelos recursos da terapêutica 
médica. 
 Em pacientes portadores de doenças gerais sempre que o ato operatório, não possa 
ter seu desenrolar normal, ou agravar as condições sistêmicas. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
35 
 Ocorre com frequência em diabéticos, cardiopatas, anêmicos, hiperucemia, 
hipovitaminose, pacientes em terapia de drogas anticoagulantes, 
imunossupressoras, quimioterápicas, etc. 
 Em grávidas podem ser realizados dois dos três tipos de atuação odontológica 
(emergência – dor presente, necessário, mas não urgente – abscesso crônico apical e 
tratamento eletivo) os dois primeiros podem ser realizados sem contra-indicações, 
o terceiro deve ser feita uma avaliação das possíveis complicações e benefícios. 
TEMPOS OPERATÓRIOS: 
 Anti-sepsia extra e intrabucal. 
 Anestesia. 
 Sindesmotomia (Descolador de Molt, Freer, Esculpidor Hollemback n°3S ou 
Espátula n°7). 
 Apreensão. Aplicação com Fórceps (150, 1, 18R, 18L, 65, 69, 151, 17, 16) ou Alavancas. 
 Luxação. 
 Remoção/Tração. 
 Curetagem. 
 Manobra de Chompret. 
 Sutura. 
PLANEJAMENTO DA EXODONTIA: 
Depois de avaliada a Necessidade bem como a Oportunidade para Cirurgia, é 
necessário planejar de forma mais correta o procedimento cirúrgico. 
Planejar uma exodontia inclui: 
 Definir a técnica cirúrgica a ser usada. 
 Definida a técnica, deve se calcular as dificuldades esperadas, permitindo uma 
sequencia evolutiva normal, sem aumento no traumatismo e nas sequelas pós-
operatórias (parestesia, problemas com fonação, deglutição, infecção). 
Para selecionarmos a técnica, utilizam-se os dados obtidos pelo exame clínico e análise 
radiográfica. 
Exame clínico: 
 Acesso ao dente: 
o Local e posicionamento do dente; 
o Abertura bucal (trismo, DTMs, etc.) 
 Condições dos tecidos moles circunvizinhos; 
 Grau de destruição coronária; 
o Cáries, restaurações, coroas protéticas, pinos intrarradiculares, etc. 
 Mobilidade do dente; 
o Hipercementose ou anquilose 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
36 
Radiografia (Periapical, Cefalométrica, Panorâmica, Oclusal, Tomografia 
Computadorizada): 
 Numero e morfologia das raízes; 
 Condições das estruturas mineralizadas dos dentes; 
 Presença de restaurações; 
 Presença de lesões de origem traumática; 
 Características estruturais do osso alveolar; 
 Condições de implantação óssea do dente; 
 Relação de continuidade anatômica do dente com o canal mandibular, seios 
maxilares e fossas nasais; 
 Peculiaridades das estruturas anatômicas vizinhas. 
A avaliação correta desses dados permite ao cirurgião definir: 
1. Fazer uso de suas habilitações para dar solução ao caso clínico; 
2. Definir a técnica cirúrgica mais adequada; 
3. O instrumental, bem como os recursos subsidiários de suporte que possibilitem o 
desdobramento da técnica selecionada; 
4. O tipo de anestesia local e/ou geral a ser utilizada; 
5. Quais as medidas pré-operatórias, recomendações e cuidados pós-operatórios 
compatíveis; 
6. O padrão cirúrgico. 
Indicações do Segundo as Classificações de Exodontia: 
 Exodontia Simples: 
Clinicamente: Coroa dental total ou parcialmente integra. 
Radiograficamente: dentes uni ou multirradiculares com raízes normais ou 
expulsivas, permitindo um ponto de aplicação para as pontas ativas dos fórceps ou 
alavancas. 
 
 Exodontia por Seccionamento: 
Clinicamente: dentes multirradiculares com coroas destruídas e sem pontos de 
aplicação para fórceps ou extratores. 
Radiograficamente: dentes multirradiculares com raízes divergentes, dentes 
multirradiculares. 
 
 Exodontia por Alveolectomia Total: 
Clinicamente: nos casos de insucesso pelas técnicas anteriores (p.ex.: anquilose). 
Rdiograficamente: hipercementoses, dilacerações apicais, anquiloses. 
 
 Exodontia por Alveolectomia Parcial: 
Clinicamente: dentes uni ou multirradiculares com grande destruição coronária, 
dificultando a exodontia simples. 
Radiograficamente: hipercementoses, grandes destruição coronária. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
37 
 
 Exodontia por Osteotomia: 
Clinica/Radiograficamente: dentes inclusos (Pode ser acompanhada de odontosecção). 
 
 Exodontia por Apicectomia: 
Radiograficamente: dentes unirradiculares com dilaceração apical (Abre-se uma janela 
óssea na porção apical, removendo o ápice, seguida por remoção do remanescente). 
 
MECÂNICA EXODÔNTICA 
Posicionamento do paciente e do operador: 
A correta posição paciente/operador/cadeira tem o propósito de: 
 Facilitar o acesso ao campo operatório; 
 Obter maior campo visual para o operador; 
 Obter melhor resultado do trabalho mecânico efetuado pelo instrumental; 
 Permitir o livre trabalho para o auxiliar; 
 Manter o paciente em posição segura e confortável; 
 Poupar, fisicamente, o cirurgião. 
 
Operador: 
A posição correta permite que o cirurgião mantenha os braços juntos ao corpo e fornece 
estabilidade e apoio; também permite que o cirurgião mantenha o pulso reto o suficiente para 
transmitir força com o braço e o ombro e não com a mão. A força então pode ser controlada no 
caso de perda de resistência da raiz ou devida à fratura do osso. (PETERSON) 
 Pode se posicionar a frente à direita, atrás à direita. 
 
Paciente: 
 A altura da cadeira deve ser posicionada de forma que a boca do paciente esteja na 
mesma altura do cotovelo do cirurgião ou ligeiramente abaixo. 
 
Maxila: 
 Mão Oposta: 
Apreender as tábuas ósseas vestibular e palatina para 
sentir os movimentos de luxação evitando fratura da 
tábua óssea e proteger os tecidos moles vizinhos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
38 
Plano Oclusal: 
 Dentes anteriores: 
Para extrações de dentes anteriores do arco dentário 
superior, a cadeira deve ser posicionada de forma que o 
plano oclusal superior esteja em 60° em relação ao solo. 
 
 
 
 
 
 Dentes posteriores: 
Para extrações de dentes posteriores do arco dentário 
superior, a cadeira deve ser posicionada de forma 
que o plano oclusal superior esteja em relação 
ângulo reto (90°) em relação ao solo. 
 
 
 
Mandíbula: 
 Mão oposta: 
Estabilizar a mandíbula e/ou a cabeça do paciente 
durante os movimentos mecânicos mais pesados, 
evitando desconforto, luxação articular e fratura 
mandibular. Para elementos unirradiculares a apreensão 
é no sentido Vestibulo-Lingual. 
 
 
 
Plano Oclusal: 
Para exodontia de dentes localizados na 
mandíbula, o plano oclusal inferior deve estar 
posicionado de forma que esteja paralelo ao 
solo. 
 
 
 
 
 
 
 
Maxila: 
Operador: Sempre à direita e á frente do paciente. 
Mão Oposta: apreender as tábuas ósseas vestibular e palatina para sentir os movimentos de luxação evitando 
fratura da tábua óssea e proteger os tecidos moles vizinhos. 
Lado Direito: 
Lado direito cabeça deve ser substancialmente girada para o lado do operador para obter acesso e visualização. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
39 
Dentes Anteriores: 
Para exodontias dos dentes anteriores a cabeça deve ser posicionada de modo que o paciente deva estar olhando 
para frente. 
Mandíbula: 
Cadeira: 
A cadeira deve estar ligeiramente mais baixa que em extrações em maxila. 
Mão oposta: estabilizar a mandíbula e/ou a cabeça do paciente durante os movimentos mecânicos mais pesados, 
evitando desconforto, luxação articular e fratura mandibular. Para elementos unirradiculares a apreensão é no 
sentido Vestibulo-Lingual. 
 Posteriores: 
o Lado Direito: 
 Cabeça do paciente: deve estar totalmente girada para o lado do operador. 
 Operador: Se posiciona à direita e ligeiramente à frente do paciente. 
o Lado Esquerdo: 
 Cabeça do paciente: deve estar ligeiramente virada para o lado do cirurgião. 
 Operador: 
- Se posiciona a frente do paciente; 
- Se posiciona ao lado direito do paciente. 
- Se posiciona à direita e ligeiramente à frente do paciente. 
 Anteriores: o paciente deve estar olhando para frente. 
o Lado Direito: 
 Operador: se posiciona à direita e a frente do paciente. 
o Lado Esquerdo: 
 Operador: se posiciona à direita e atrás do paciente. 
 
 Dentes mandibulares podem ser abordados com o operador atrás do paciente, possibilitando uma melhor 
estabilização da mandíbula pela mão oposta a que segura o fórceps. 
(Cirurgia Buco-dento-alveolar Carlos Gregori) 
 
MECÂNICA À FÓRCEPS:Princípios básicos da anatomia dos fórceps: 
É dividido em ponta ativa / articulação / cabo. 
Ponta Ativa: são anguladas para que possam ser adaptadas á raiz dentária na porção 
funcional coroa/raiz (colo cirúrgico), e paralelamente ao longo eixo do dente. Em 
dentes com uma duas ou três raízes. 
 Maxila: 
Para os dentes da maxila devem ter os cabos e os mordentes dispostos em uma linha 
reta. 
Para os dentes posteriores, para serem mais funcionais, apresentam duas curvaturas, 
que pela decomposição vetorial das forças aplicadas, não interferem no instrumento. 
 
 Mandíbula: 
Mordentes posicionados em ângulo reto com o cabo. 
Alguns para facilitar na preensão dos dentes têm curvatura no seu cabo, que é 
compensada por variação na angulagem dos mordentes que passam a se posicionar em 
ângulo obtuso em relação ao cabo. 
 
 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
40 
 
Maxila 
 
 
Incisivos Superiores e Pré-Molares 
Superiores unirradiculares. 
 
150 
 
Incisivos Superiores maiores no sentido 
mésio-distal e Caninos Superiores. 
 
1 
 
Molares Superiores Direito. 
 
2 1 
18R 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
41 
 
Molares Superiores Esquerdos 
 
2 1 18L 
 
Raízes Superiores 
 
 
65 69 
 
Mandíbula 
 
 
Dentes Unirradiculares (Incisivos, 
Caninos e Pré-Molares) e Raízes. 
 
151 
 
Molares Inferiores. 
 
17 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
42 
 
Molares Inferiores (Usado entre a furca 
dos molares inferiores). 
 16 
 
Tempos para Exodontia à Forceps: 
I. Preparação: Antissepsia extra e intra-bucal, delimitação do campo operatório e 
anestesia. 
II. Exodontia própriamente dita: 
1. Sindesmotomia 
2. Apreensão 
3. Aplicação 
4. Luxação 
5. Tração 
6. Tratamento do alvéolo após exodontia 
7. Sutura 
III. Recomendações pós-operatórias 
 
1. Sindesmotomia: 
Logo após a anestesia do dente a ser avulsionado, pratica-se a sindesmotomia. Que 
consiste em uma manobra que visa a divulsão das estruturas moles ao nível do colo 
dentário, é a desinserção por rompimento das fibras gengivais e da crista dental. 
Essa manobra visa dois objetivos principais, permitindo que os mordentes do fórceps 
penetre mais subgengivalmente possível, que possibilitará melhor mecânica e menor 
agressão aos tecidos; – Visa impedir que durante a tração os tecidos gengivais 
aderidos não sofram dilaceração, proporcionando menor trauma e uma boa reparação. 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
43 
Insere-se um descolador tipo Molt, Freer ou esculpidor Hollemback n°3S, no nível de 
sulco gengival, rompendo os ligamentos gengivais, em seguida com os mesmos 
instrumentos, realiza-se o descolamento muco-periostal circunvizinho ao dente a ser 
extraído. 
 
2. Aplicação e 3. Apreensão: 
1) O fórceps deve corresponder ao dente a ser extraído. 
2) Empunha-se o fórceps de forma que o polegar se situe próximo da articulação, 
permitindo regular a força de trabalho. 
 
Aplicação do fórceps para Maxila Aplicação do fórceps para Mandíbula 
 
3) Os mordentes devem ser introduzidos o mais 
subgengivalmente possível (colo anatômico). 
4) Os mordentes do fórceps devem ser aplicados e 
apreendidos firmemente e paralelamente ao elemento dental. 
5) A aplicação do fórceps começa pela inserção das 
extremidades filadas dos mordentes por palatina e/ou lingual, 
continua pela preensão do dente a desenvolve-se por ação da 
força e dos movimentos conferidos pelo operador ao fórceps, e 
que são transmitidos ao dente visando a exodontia. 
 
 
 
4. Luxação: 
A utilização do fórceps tem dois objetivos: 
a. Expansão do alvéolo ósseo com uso das pontas ativas em 
forma de cunha, e dos movimentos de alavanca sobre o dente 
e o tecido ósseo. 
b. Rompimento das fibras do ligamento periodontal. 
c. Remoção do dente 
Intrusão (pressão apical): três objetivos (1) a inserção das pontas 
ativas para dentro do espaço do ligamento periodontal causa 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
44 
expansão do alvéolo; - (2) deslocar o centro de rotação apicalmente, se o fulcro for alto, 
uma grande quantidade de força é aplicada na região apical do dente, o que aumenta a 
chance de fratura do ápice, quando ocorre a intrusão, o centro é deslocado apicalmente, 
o que resulta em maior amplitude com menor força sobre o ápice; - (3) romper as fibras 
do ligamento periodontal. 
O fórceps para extração deve ser colocado com forte pressão apical a fim de expandir a crista óssea alveolar e deslocar o centro de 
rotação (*) para mais apical possível. 
 
 
Se o centro de rotação do dente não esta suficientemente apical, 
ele está colocado muito oclusalmente, o que resulta em excesso 
de rotação na região do ápice. O excesso de movimento do ápice 
radicular causado pelo centro de rotação alto resulta em fratura 
do ápice radicular. 
Se o fórceps é inserido no sentido apical, o centro de rotação é 
deslocado apicalmente e gera menos pressão apical (A). isso 
resulta em maior expansão cortical vestibular, menos 
movimento do ápice do dente, e, portanto, menor chance de a 
raiz fraturar (B). 
 
Luxação (Sentido vestíbulo lingual): 
No sentido vestibular ocorrerá expansão da cortical vestibular, e também gera pressão 
no ápice no sentido lingual, força excessiva pode fraturar o osso vestibular ou fraturar 
o teço médio apical da raiz. O mesmo ocorre no sentido lingual, no entanto as forças 
são inversas. Os movimentos devem ser amplos e lentos, a amplitude aumenta 
gradativamente. 
 
 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
45 
Rotação: 
Causa certa expansão interna do alvéolo dentário, e rompimento das fibras do 
ligamento periodontal, é indicado somente em dentes unirradiculares e que não 
possuem grande curvatura em suas raízes. 
 
Todos os movimentos de luxação devem ser feitos com cuidado, com os mordentes 
paralelos ao dente, com o fórceps correto e concomitante ao movimento intrusivo. 
5. Tração: é o ultimo movimento a ser realizado, é o movimento que resultará na 
remoção do dente, uma vez que tenha sido obtida uma adequada expansão óssea. 
Se for necessária uma força excessiva, as manobras anteriores devem ser refeitas. 
Esquema resumindo os 
movimentos da mecânica 
exodontica a fórceps: 
A) intrusão 
B) Luxação (Lateralidade) 
C) Rotação 
D) Tração 
 
6. Tratamento do Alvéolo Após a Extração 
Após ter sido removido o dente, é necessário um cuidado apropriado com o alvéolo. 
Este deve ser debridado apenas se necessário. Se houver tecido inflamatório advindo 
de um cisto ou granuloma periapical, este deve ser cuidadosamente removido. Se 
qualquer detrito for visível alvéolo, como calculo dental, amalgama ou fragmento do 
dente, ele deve ser delicadamente removido com uma cureta, com uma ponteira de 
aspiração ou com irrigação abundante com soro fisiológico. Se os dentes tiverem sido 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
46 
removidos devido à doença periodontal, pode haver um acumulo de tecido de 
granulação em excesso na região da margem gengival, estes devem ser completamente 
removidos. No entanto, se não houver nenhum detrito o alvéolo não deve ser 
curetado. Os remanescentes do ligamento periodontal e as paredes ósseas sangrantes, 
apresentam melhores condiçõespara uma cicatrização rápida. Os detritos presentes 
que serão curetados são denominados Esquírolas. 
Imediatamente após a curetagem, procede-se à 
pressão bidigital sobre as tábuas ósseas alveolares 
através dos dedos polegar e indicador, conhecida 
como manobra de Chompret, que tem a finalidade 
de fazer com que o alvéolo volte a posição inicial. 
Isso garante uma melhor estabilização do coagulo e 
constatação da presença de espículas. 
O osso deve ser palpado pela mucosa para identificar 
a presença de quaisquer projeções ósseas (Espículas), 
se existirem, a mucosa deve ser rebatida e as bordas devem ser alisadas com lima de 
osso ou pinça-goiva. 
 
É necessário que haja formação de coagulo no local do alvéolo, caso não haja, deve se 
estimular o sangramento, avivando os bordos gengivais ou a parede lateral do alvéolo. 
 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
47 
 
É importante verificar a presença de fraturas dos ossos alveolares. Se a fratura estiver 
aderida ao perióesteo, suturamos a gengiva para estabilização do fragmento. Caso não 
estiver aderida ao periósteo remove-se o fragmento. 
Altura espessura e formas do septo interradicular: 
 Septo expulsivo: apresenta base ampla e boa vascularização. Deve ser conservado 
 
 Septo retentivo: constitui um impedimento à exodontia. Pode ser traumatizado na 
intervenção e atrasar o processo de reparo. Deve ser removido. 
 
 Septo filiforme: fino e pouco vascularizado. Não favorece o reparo. Deve ser 
removido 
 
 Septo supra alveolar: exterioriza-se alem da borda gengival, dificultando o reparo. 
Deve ser seccionado em nível de terço médio. 
Avaliar a comunicação buco-sinusal: ocorre em elementos com apice radicular 
próximo ou dentro do seio maxilar. Comum em pré-molares superiores e caninos 
superiores. Realizando a manobra de Valsalva (tampar o nariz do paciente por 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
48 
compressão interdigital, e pedir que ele solte o ar pelo nariz) deve se obervar se há 
escape do ar pelo alvéolo, se houver confirma a presença de comunicação. 
Se o tamanho da comunicação for até 3 mm ela se resolve com a cicatrização, pela 
estabilização do coagulo, se maior, devemos realizar um retalho para fechar. 
Tratamento: acompanhamento e antibiótico terapia, o paciente deve ser recomendado 
a não realizar bochechos, cuidar ao cuspir (para manter o coagulo) e cuidar ao espirrar, 
assoar o nariz, etc. 
7. Sutura: a sutura transalveolar tem finalidade de imobilizar as bordas da gengiva 
marginal, promovendo o repouso local e a hemostasia e, por estabilizar o coágulo, 
favorece a reparação tecidual. 
 
III. Pós-Operatório: 
a. Controle da dor; 
b. Controle do edema; 
c. Controle do sangramento; 
d. Prevenção da infecção; 
e. Acompanhamento clínico 
f. Remoção da sutura; 
g. Proservação. 
Um pós-operatório sem desconforto depende: 
 Do tipo de procedimento; 
 Da condição local do paciente; 
 Da biossegurança; 
 Dos cuidados pós-operatórios do paciente; 
 Técnica cirugica: 
o Correto manuseio dos tecidos; 
o Tempo trans-operatório (quanto menor o tempo, menos traumática será 
a cirurgia consequentemente, haverá um melhor pós-operatório). 
MECÂNICA À ALAVANCA/EXTRATORES/ELEVADORES 
O elevador dental é um instrumento usado em cirurgia bucal. É usado para levantar 
um dente ou raiz de seu alveolo, pela aplicação de uma força de deslocamento. 
É composto de uma parte ativa ou lâmina e de uma parte passiva, constituída de cabo e 
de porção intermediária ou haste. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
49 
 
Apical n° 
304 
Seldin n° 
1L 
Seldin n° 
1R 
Seldin n° 2 
Os elevadores são os segundos instrumentos de escolha em exódontia, e depende dos 
tecidos circunvizinhos para seu apoio. 
Indicações para uso de alavancas: 
 Dentes não irrompidos; 
 Dentes muito cariados; 
 Dentes ectópicos; 
 Dentes com inclinação acentuada; 
 Raízes residuais e/ou fraturadas; 
 Em conjunto com o fórceps, para auxiliar na luxação. 
Critério para uso: 
 Deve ser empunhado em posição digito-palmar, o dedo indicador deve repousar 
sobre a haste. 
 
 Buscar apoio sólido, sempre o máximo possível em osso. 
 A ponta ativa do extrator deve ser introduzida entre o alvéolo e o dente a ser 
extraído, entre as raízes seccionadas ou entre o septo interradicular e uma raiz a ser 
extraída. O apoio em dentes vizinhos pode ocasionar sua luxação indesejada, ou 
mesmo, avulciona-lo. Em caso de dificuldade de encontrar um ponto de apoio, 
considerar a realização de um retalho e alveolectomia. 
 Não utilizar como apoio as corticais vestibulares e/ou linguais e/ou palatinas. 
 A mão oposta é utilizada para proteger os tecidos circunvizinhos. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
50 
 
Estes instrumentos possuem três mecanismos físicos de ação: 
Alavanca: 
 
1 ‘ 2 
 
1 2 
Pode agir como alavanca interfixa ou inter-resistente. Consequência da força exercida 
no cabo do extrator, no sentido vertical. 
Ação de roda ou sarilho: movimento de rotação do cabo em torno do próprio eixo, no 
sentido de deslocar as raízes para o sentido coronal. 
 
Ação de cunha: principio de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar ao mesmo 
tempo. O dente é empurrado para fora do alvéolo. 
. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
51 
 
Clinicamente, podemos usar em exodontia os elevadores apicais curvos na mandíbula 
e os elevadores apicais retos no maxilar, sendo que os retos também podem ser usados 
na mandíbula quando: 
 Exodontias múltiplas e totais com apoio de um dente em outro dente. 
 Avulsões de remanescentes radiculares situados acima do nível ósseo alveolar 
vestibular e lingual/palatino. 
 Em complementação de odontossecção iniciada por instrumento rotatória na 
bifurcação radicular. 
Os elevadores de Seldin tem assim ordenado seu uso: 
Angulados: mandíbula, atuando por ação inter-radicular após osteotomia e 
odontossecção e no maxilar na avulsão de terceiro molares que não apresentam tuber 
proeminente por distal. 
Retos: complementando a ação do elevador apical reto. 
ODONTOSSECÇÃO 
Pode ser usada tanto pela via alveolar quanto pela via não-alveolar. 
Vantagens: 
 Reduzir a quantidade do tecido ósseo alveolar que se tem de eliminar. Diminuindo 
a resistência oposta à avulsão. 
 Diminuir o tempo operatório da execução da exodontia. 
 Suprimir quase por completo o trismo pós-operatório. 
 Não lesar o dente vizinho. 
 Diminuir o risco de lesar as estruturas circunvizinhas. 
A prática de odontossecção pode ser determinada com base em: 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
52 
Exame clínico: 
 Dentes multirradiculares com coroas totalmente destruídas e/ou fratura durante a 
avulsão; 
 Dentes multirradiculares com restaurações extensas. 
Radiográfico: 
 Dentes multirradiculares com raízes divergentes e curvas; 
 Dentes decíduos com germe do permanente entre suas raízes; 
 Dentes multirradiculares com raízes convergentes e septo inter-radicular bem 
volumoso; 
 Dentes unirradiculares com fatores que podem aumentar o traumatismo, como: 
hipercementose, dilacerações, proximidade a estruturas anatômicas nobres. 
Técnica para odontossecção: 
Pode ser realizada: 
 Sem retalho; 
 Com retalho; 
 Com retalho e osteotomia/alveolectomia. 
Muitas vezes um retalho em envelope basta, mas freqüentemente, uma incisão 
relaxante deveser feita na porção anterior ou posterior do retalho, expondo melhor o 
tecido ósseo, para realização concomitante de alveolectomia/osteotomia. 
 
O seccionamento pode ser feito paralelo ao longo eixo ou perpendicular, a altura do 
septo interradicular determina a técnica a ser utilizada, quando baixo o seccionamento 
é paralelo, quando alto e que envolva a furca da raiz é perpendicular. 
Seccionamento paralelo: pode ser feito o uso de um instrumento rotatório para que 
seccionar o dente próximo a furca, e com um cinzel e martelo, fratura-se a furca. 
 
Seccionamento perpendicular (coroa): seccionamento da coroa dental em nível de 
crista gengival e do remanescente da estrutura radicular dividindo em porção mesial e 
distal. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
53 
 
Seccionamento de uma raiz por meio da bifurcação: após exposição da furca por 
alveolectomia, com um instrumento rotatório, secciona-se a coroa em uma das raízes 
(birradiculares) ou em duas, deixando a coroa juntamente com a raíz intacta. Que com 
um fórceps pode ser removida, em seguida remove-se a(s) outra(s) raiz(s) 
separadamente. 
 
OSTEOTOMIA/ALVEOLECTOMIA PARA EXODONTIA: 
 
 Provavelmente, a mais frequente causa de insucesso em exodontia seja devido ao 
fracasso em se obter uma via desimpedida para remoção de um dente. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
54 
 Deve ser considerada sempre que perceberem necessidade força excessiva na 
extração de um dente. Nesse caso ela será menos traumática que a por via alveolar. 
 Às vezes é necessário efetivar uma abertura óssea na vertente vestibular da cortical 
óssea com tamanho suficiente para permitir a passagem do dente ou da raiz. 
Indicações: Dentes irrompidos impactados, mal posicionados, dentes irrompidos com 
raízes divergentes, curvas, dilaceradas ou co hipercementose. 
 O emprego da via-não alveolar, com osteotomia, implica acesso cirúrgico a planos 
ósseos praticados pelas manobras de diérese (incisão e divulsão). 
 A utilização do retalho de tecido mole é o primeiro passo para se obter acesso 
adequado para exodontia via não-alveolar. 
 O segundo passo é a remoção do tecido ósseo alveolar para permitir acesso à 
estrutura dental subjacente, diminuindo o traumatismo cirúrgico pela redução da 
resistência aposta a pratica da avulsão. 
Exodontia por alveolectomia: parcial ou total. Realiza-se um alivio ósseo para criar 
ponto de apoio para luxar. 
Exodontia por apicectomia: para elementos com dilacerações ou curvaturas de raiz. 
Realiza-se a incisão semilunar alta (Partsh), osteotomia da tábua óssea vestibular, 
remoão da porção do ápice, seguida de remoção do elemento pela via alveolar. 
Exodontia por osteotomia: pode ser ou não associada aos seccionamentos, muito 
aplicada em 3ºs molares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
55 
 
unioeste 
Universidade Estadual do Oeste do Paraná 
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde 
Curso de Odontologia 
Cirurgia I 
 
Paciente:__________________________________________________ Data: ___/___/____ 
Telefones para Contato: 
Nome do aluno (45) 9999-9999 , Nome da dupla (45) 9999-9991 
Recepção Odontologia UNIOESTE (45) 3220-3241, ou ir pessoalmente. 
 
Orientações do Pós - Operatório 
 Após a cirurgia colocar gaze umedecida com soro fisiológico no alvéolo remanescente e 
ocluir (fechar a boca). Trocando de 30 min á 1 hora até parar de sangrar. 
 Ficar em repouso por algumas horas, sem deitar-se. 
 Ao deitar-se, usar dois travesseiros nos primeiros 3 dias. 
 Evitar fumar nos primeiros 5 dias. 
 Evitar pressão negativa (espirros vigorosos, tussir, bochechos vigorosos). 
 Evitar passar a língua nos pontos. 
 Evitar exposição ao sol durante os primeiros dias. 
 Evitar esforço e exercícios físicos nos primeiros sete dias. 
 Saliva sanguinolenta é normal principalmente após o término da anestesia. Caso haja 
sangramento, colocar gaze sobre o local operado e mordê-la durante 15 minutos. 
 Caso o sangramento for excessivo ligar para o Cirurgião Dentista. 
 Os pontos deverão ser removidos após 5 a 7 dias. 
 A escovação deverá ser feita normalmente, evitando a região operada, que deverá ser 
higienizada com uma gaze, algodão ou cotonete umedecidos em soro fisiológico. 
 Fazer bochechos LEVES com clorexidina por 1 semana, iniciando 24 horas após a cirurgia. 
 Fazer compressa com gelo nas primeiras 48 horas, depois disso, utilizar compressa quente 
até diminuir o inchaço. 
 A alimentação nas primeiras 48 horas devem ser mornas e pastosas. 
 Após as 48 horas devem ser pastosas, passando uma semana a alimentação pode voltar ao 
normal. 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
56 
TERCEIRO ANO DE ODONTOLOGIA - UNIOESTE 
4 
PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR 
 
Cirurgia e Traumatologia Oral e 
Bucomaxilofacial I 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE ESTUDO PARA DISCIPLINA DE CIRURGIA I 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
57 
PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR 
(...) O conjunto de eventos locais e loco regionais que ocorrem no interior do alvéolo 
dental, após exodontia, faz com que ocorra o preenchimento deste por coágulo sanguíneo, 
formando uma matriz de fibrina que permite o crescimento, proliferação e organização celular, 
culminando com a formação do tecido conjuntivo, sua maturação e calcificação. 
Essa maturação conjuntiva e óssea, no interior do alvéolo dental, permite que o epitélio 
migre e feche a ferida alveolar, caracterizando o reparo de ferida de extração dental ou processo 
de reparo alveolar. (...) 
(Carvalho e Okamoto 1987) 
 
 
 
 
 
 
 
(Prof. Eleonor Álvaro Garbin Jr.) 
Reabsorção alveolar (CARLSON ET AL. 1967): 
 Perde cerca de: 25% do volume em 1 ano; 
 Perde cerca de: 40 a 60% da espessura em 1 a 3 anos; 
Tempos da Reparação Alveolar (AMLER, 1969): 
 Formação do coágulo sanguíneo (primeiro dia); 
 Início da evidência de epitelização (quarto dia); 
 Substituição do coágulo sanguíneo por tecido de granulação (sétimo dia); 
 Substituição do tecido de granulação por tecido conjuntivo (vigésimo dia); 
 Aparecimento do tecido osteóide (vigésimo sétimo dia); 
 Amadurecimento gradativo da matriz óssea (trigésimo oitavo dia); 
 Fusão do epitélio (entre o vigésimo quarto e o trigésimo quinto dia). 
Principais fatores responsáveis pela reparação alveolar (SANCHES ET AL., 1972; 
SAAD NETO, 1982): 
 "após 60 dias de uma extração, com cicatrização normal, pode ser instalado 
um implante ósseo integrado". 
 "atualmente há uma tendência de se instalar um implante no alvéolo pós-
extração, a fim de evitar a perda óssea." 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
58 
 Remanescentes do ligamento periodontal; 
 Tecido conjuntivo do espaço trabecular da 
cortical óssea alveolar; 
 Formação, organização e manutenção do coágulo 
sanguíneo. 
 
Fases do processo de reparo em feridas de extração dental: 
 Fase de proliferação celular: 
 Formação do coágulo; 
 Processo inflamatório; 
 Células inflamatórias migram para a parte superficial do coágulo 
exposto a saliva; 
 Final do primeiro dia: presença da rede de fibrina recobrindo a 
superfície do coágulo; 
 Após as 24 horas, início da organização do coágulo sanguíneo; 
 Coágulo gradualmente invadido por fibroblastos originados por mitoses 
dos fibroblastos pré-existentes e por diferenciação das células 
adventícias, ambos presentes nosremanescentes do ligamento 
periodontal que permanece aderido as paredes alveolares pós 
exodontia; 
 Novos vasos crescem a partir das paredes do alvéolo; 
 Coagulo organizado se transforma em tecido de granulação 
preenchendo todo o alvéolo; 
 Aumento da migração e proliferação fibroblástica: síntese de pró-
colágeno; 
 Fase do desenvolvimento do tecido conjuntivo: 
 Três dias pós-operatório em ratos e 9 dia em humanos; 
 Tecido neoformado exibindo grandes quantidades de células; 
 Síntese de fibras colágenas e substancia fundamental amorfa; 
 Fase de maturação do tecido conjuntivo: 
 De ate 5 a 10 dias pós-operatório em ratos (em humanos 3 vezes mais 
lentos). 
 Aumento de fibras colágenas; 
 Diminuição do numero de células de vasos sanguíneos; 
 Inicio da deposição da matriz orgânica/formação do tecido osteóide 
o Diferenciação dos fibroblastos e de células osteoprogenitoras em 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
59 
osteoblastos. 
 Fase de diferenciação óssea ou mineralização: 
 Trabéculas ósseas neoformadas 
 Equilíbrio osteoclástico-osteoblástico 
 Crista alveolar remodelada 
 Rato 21 dias (Okamoto e Russo, 1973) 
 Cão: 48 dias (Santos Pinto, 1964) 
 Homem: 64 dias (Amler) 
Fatores de ordem local que influenciam o processo de reparo em feridas de extração 
dental: 
1. Uso abusivo de curetagem; 
2. Remoção parcial da parede óssea 
alveolar; 
3. Fragmentos ósseos sem nutrição; 
4. Remoção do coágulo sanguíneo; 
5. Uso de agentes irrigadores. 
 
Influência de solução anestésica contendo articaína no processo de reparo em feridas de 
extração dental: analise histológica em ratos 
Composição: 
Cloridato de articaína a 4% 
Adrenalina base 1:200000 
Cloreto de sodio 
Água para preparações injetáveis 
Metabissulfito de sódio 
 
"dose máxima de sal anestésico que um paciente de 70 pode receber é 500mg" 
0,5% ------------- 9 mg 
 1%----------------18 mg 
2% ---------------36 mg 
3% ---------------59 mg 
4% ---------------72 mg um tubete possui 1,8ml" 
 
Conclui-se que em todos os lugares que onde houve irrigação de anestéstico, houve atraso no processo de 
reparação. o maior atraso foi quando a anestesia foi direto no osso. 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
60 
TERCEIRO ANO DE ODONTOLOGIA - UNIOESTE 
5 
INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS 
 
Cirurgia e Traumatologia Oral e 
Bucomaxilofacial I 
 
Guilherme Schmitt de Andrade 
 
 
 
 
APOSTILA DE ESTUDO PARA DISCIPLINA DE CIRURGIA I 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
61 
PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE 
INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS 
Peterson 
Infecções odontogênicoas derivam dos elementos dentários e têm uma flora característica. Cáries, 
doenças periodontas e pulpites são infecções iniciais que podem se disseminar alem dos dentes 
para os processos alveolares e para os tecidos profundos da face, da cavidade oral, da cabeça e do 
pescoço. 
MICROBIOLOGIA DAS INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS 
Processo o por meio do qual as bactérias aeróbicas e anaeróbicas mistas causam 
infecções: 
 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
62 
» As bactérias que causam infecção são mais comumente bactérias constituintes da 
flora oral normal e atuam no biofilme bacteriano. 
» São principalmente cocos aeróbicos Gram-positivos, cocos anaeróbicos Gram-
positivos e bastonetes anaeróbicos Gram-negativos. Essas bactérias causam uma 
variedade de doenças comum, como cáries dentárias, gengivites e periodontites. 
» Quando essas bactérias obtêm acesso para tecidos mais profundos, através da 
polpa dentária necrótica, ou através da bolsa periodontal profunda, causam 
infecções odontogênica. 
» Como a infecção progride em profundidade, diferentes membros da flora 
infectante podem encontrar melhores condições de crescimento e começar a 
exceder as espécies previamente dominantes. 
» Quase todas as infecções odontogênicas são causadas por múltiplas bactérias. 
» Infecções causadas somente por aeróbicas constituem 6%, somente anaeróbicas 
44%, infecções causadas por anaeróbicas e aeróbicas são 50%. 
Clinicamente a progressão de aeróbia para anaeróbica, parece estar relacionada ao 
tipo de tumefação que pode ser encontrada na região infectada. 
 
As infecções odontogênicas possuem 3 origens principais: 
» Periapical: necrose pulpar e invasão bacteriana subsequente do tecido periapical. 
» Periodontal: bolsa profunda que possibilita a inoculação das bactérias nos tecidos 
subjacentes. 
Tempo Indefinido 
Resolução Abscesso é drenado espontâneamente por meio da pele ou mucosa ou cirurgicamente O sistema imune começa a destruir as bactérias infectantes (processo de cura e reparo) 
Após 5 a 7 dias 
Abscesso Formação de um abscesso liquefeito ao centro da área de tumefação Microrganismos aeróbicos começam a predominar 
Após 3 a 5 dias 
Celulite Tumefação mais endurecida avermelhada e agudamente dolorosa Flora com infecção mista estimula resposta inflamatória do hospedeiro 
Primeiros 3 dias de sintoma 
Inoculação Tumefação branda e levemente endurecida Invasão do estreptococos esta começando a colonizar o hospedeiro 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
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» Pericoronária: invasão bacteriana do tecido pericoronário de um dente 
parcialmente irrompido. 
História natural da progressão das infecções odontogênicas: 
 Cárie profunda 
 Necrose pulpar 
 Bactérias penetram os tecidos periapicais 
 Bactérias invadem os tecidos 
 Infeção ativa 
 Disseminação igualmente em todas as direções 
» De preferência ao longo das linhas de menor resistência. 
 Disseminação através do osso esponjoso até a lâmina cortical 
 Lâmina cortical fina, a infecção perfurará o osso 
 Penetração dos tecidos moles localizados ao redor 
 Disseminação para localização anatômica previsível 
» A localização de uma infecção oriunda de um dente é estabelecida por dois fatores: 
1. Espessura do osso que é superposta ao ápice do dente. 
2. A relação do local da perfuração no osso com as inserções muscular na 
maxila e mandíbula. 
 
 
Tabela dos locais de disseminação das infecções odontogênicas: 
Maxila 
Maioria das infecções nos maxilares resultará inicialmente em abscessos vestibulares 
Incisivo lateral inclinado Abscesso palatino 
Raiz palatina de molar ou pré-molar Abscesso palatino 
Molares 
Podem drenar acima do músculo 
bucinador resultando em infecção do 
espaço bucal 
Caninos com raiz longa 
Pode perfurar o osso superior a inserção 
do músculo elevador do ângulo da boca e 
causará uma infecção do espaço 
infraorbitário 
Mandíbula 
Incisivos, caninos e pré-molares 
Em geral perfuram a lamina facial cortical 
superior à inserção dos músculos dos 
lábios inferiores, resultando em um 
abscesso vestibular 
Molares inferiores com mais frequência perfurarão através do osso cortical lingual do 
que os dentes anteriores 
APOSTILA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA ORAL E BUCOMAXILOFACIAL I 
 
 
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Primeiro molar 
Poderão drenar lingual ou 
vestbularmente 
Segundo molar 
Podem perfurar lingual ou vestibular 
(com mais frequência a lingual) 
Terceiro molar 
Quase sempre drenam para lâmina 
cortical lingual 
O músculo milo-hioideo determina se a infecção que drena pelo lado lingual se dirigirá 
superiormente a ele para dentro do espaço sublingual ou inferiormente a ele se dirigindo para 
dentro do espaço submandibular. 
 
» A infecção odontogênica

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