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AV1 de Prática Penal

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AO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI/RJ
Pedro, nacionalidade XXX, engenheiro civil, estado civil XXX, endereço eletrônico XXX, portador da célula de identidade (RG) nº XXX, inscrito no cadastro de pessoa física (CPF) sob nº XXX, residente e domiciliado na rua XXX, nº XXX, bairro XXX, na cidade de Niterói/RJ, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada que esta subscreve (procuração com poderes em anexo), OFERECER
QUEIXA-CRIME, com fundamento nos arts. 139 e 140 do CP, c/c art. 44 do Código de Processo Penal
EM FACE de Helena, nacionalidade XXX, profissão XXX, estado civil XXX, endereço eletrônico XXX, portador da célula de identidade (RG) nº XXX, inscrito no cadastro de pessoa física (CPF) sob nº XXX, residente e domiciliado na rua XXX, nº XXX, bairro XXX, na cidade de Niterói/RJ
I- DOS FATOS:
Em comemoração de seu aniversário em 19 de dezembro, Pedro, planejou festejar em uma renomada churrascaria da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro. Sendo assim, enviou convites aos seus contatos por meio da rede social Facebook.
Ao ter notícia da realização da festa, Helena, ex-namorada de Pedro, em 10 de janeiro de 2014, publicou na referida rede social, com o intuito de ofender Pedro, a mensagem a seguir: “Ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”
Pedro, que estava em seu apartamento na companhia de seus amigos Marcos, Miguel e Manuel, conectado à rede social por meio de seu tablet, ficou bastante abalado ao ver a referida mensagem altamente ofensiva postada em sua página do facebook.
Por relevante, importante registrar que a repercussão desta mensagem causou um enorme abalo emocional a Pedro, de tal modo que, de tão constrangido pela situação ocorrida, cancelou sua festa, lhe causando também danos psicológicos, pois havia se sentido frustado. 
II- DO DIREITO
Ante o exposto, não resta dúvida que Helena ao proferir as seguintes palavras “Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha” teve sua conduta tipificada no artigo 140 do Código Penal: “injuriar alguém, ofendendo lhe a dignidade ou o decoro”. A ofensa proferida, sem dúvidas, feriu a honra subjetiva de Pedro, gerando uma ofensa à sua autoestima, e dessa forma qualquer manifestação de opinião pessoal sobre uma pessoa, que seja entendida como um insulto a esta, pode ser caracterizada como crime de injúria.
No caso narrado, também resta evidente o cometimento do crime de difamação, no momento em que Helena acusa Pedro de “trabalhar todo dia embriagado e vestindo saia! E que no dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive estava tão bêbado no horário de expediente que a empresa em que trabalhava teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo”. Ora, não restam dúvidas que Helena narrou um fato mentiroso e desonroso à reputação do autor e tal atitude pode gerar graves consequências à vida do mesmo além de todo constrangimento, como por exemplo, pode prejudicar Pedro no seu emprego e ainda prejudicar a imagem pública dele.
Vale frisar que o delito foi praticado na presença de várias pessoas e por meio de rede social que facilita a divulgação da injúria e da difamação, devendo ser aplicada a causa de aumento de pena de 1/3 constante do artigo 141 do CP. 
E por fim, não se pode esquecer que houver concurso formal de crimes heterógenos.
Desta feita, a conduta da querelada se adequa perfeitamente aos crimes de injúria e difamação 
Assim, encontra-se a querelada incurso nas penas dos artigos 139 e 140 do CP, aumentada de 1/3 com base no inciso III, do artigo 141.
III- DO PEDIDO
Desta forma requer: 
A)	O recebimento da presente Queixa-Crime;
B)	A citação do querelado para vir ao processo se defender das acusações que lhe são imputadas;
C)	Que seja processado e ao final condenado nas penas dos artigos139 e 140 do CP;
D)	A Manifestação do Ministério Público. 
E)	Requer, por fim, a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos pelo querelante, nos termos do artigo 387, IV, do CPP.
 
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
 
Assinatura do advogado OAB

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