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Dor aguda pós-operatória É uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada ou semelhante aquela associada a uma lesão tecidual real ou potencial. Dor aguda pós-operatória * Lesão tecidual REAL * Localização bem ESTABELECIDA * Início do quadro bem DEFINIDO * Duração LIMITADA RESPOSTA AUTONÔMICAS RESPOSTAS FISIOLÓGICAS RESPOSTAS PSICOLÓGICAS A dor pós-operatória tem duração LIMITADA COM OU SEM tratamento, PORÉM, tratar a dor é um ATO HUMANITÁRIO além de promover melhora nos: RESULTADOS MORBIDADE SATISFAÇÃO IMPORTÂNCIA DA DOR PÓS OPERATÓRIA: * 73 milhões de cirurgias/ano * 75% dos pacientes queixam de dor no pós-operatório * 2 a 10% dos pacientes evoluem com dor crônica severa * sintoma que mais incomoda o paciente no pós-operatório A dor pós operatória tratada inadequadamente resulta em : MORBIDADE MORTALIDADE CUSTOS QUALIDADE DE VIDA SATISFAÇÃO Desde 2001 a Joint Comission Acreditation of Healthcare Organizations (JCI) passou a requerer adequada avaliação, monitorização e tratamento da dor como condição para acreditação. DOR EM REPOUSO DOR INCIDENTAL Legenda www. medicina.net BENHAMOU D. et al. Postoperative analgesic therapy observational survey (PATHOS): a practice pattern study in 7 Central/Southern European countries. Pain. v. 136, p. 134–41, 2008. Perkins FM, Kehlet H. Chronic pain as an outcome of surgery. A review of predictive factors. Anesthesiology. 2000 Oct;93(4):1123-33. doi: 10.1097/00000542-200010000-00038. PMID: 11020770. Pré-operatório Intra-operatório Pós-operatório Behavioral Pain Scale Payen et al, 2001 Warden V, Hurley AC, Volicer L. Development and psychometric evaluation of the Pain Assessment in Advanced Dementia (PAINAD) scale. J Am Med Dir Assoc . 2003;4:9-15. Merkel SI, Voepel-Lewis T, Shayevitz JR, et al. The FLACC: a behavioral scale for scoring postoperative pain in young children. Pediatr Nurs. 1997;23:293-2 Qual a expectativa de dor para o procedimento? Pode ser realizado com anestesia local ou regional? Existem fatores individuais que afetam a escolha da analgesia? Qual o quadro clínico do paciente? Técnicas regionais Técnicas regionais PCA Analgésicos Dose Via de administração Intervalo Observações Dipirona 30mg/kg VO, EV Até 4/4h Paracetamol Criança: 10-15mg/Kg/dose VO A cada 4-6h Dose máxima: 50-75mg/Kg Adultos e criança maior de 12 anos e adultos: A cada 4-6h Não exceder 4g/dia ou mais que 5 doses Adulto: 10 a 15mg/kg A cada 4-6h Paciente em hemodiálise: dose de 8/8h Opioides Dose Via Intervalo Observações Morfina 0.2mg/kg/dose – sem dose teto VO, EV, retal, SC 4/4h Ajustar dose na insuficiência renal Codeina 30 a 240mg/dia, 3 a 6 doses VO, via retal Até 4/4h Buprenorfina 5, 10 ou 20mch/h Via transdérmica 7/7 dias Recomendado na insuficiência renal Oxicodona Oncólogicos: 40 a 360mg/dia VO 12/12h Eliminação renal Não-oncológicos:20 a 60mg/dia VO Fentanil 12/25/50/75/100mcg/h Via transdérmica 3/3 dias Recomendado para insuficiência renal e hepática Metadona 2.5 a 200mg/dia VO, via transmucosa, via retal, SC Máximo 6/6h Evitar dose maior que 40mg/dia Tramadol 50 a 100mg EV Até 6/6h Dose máxima: 400mg/dia 50 a 100mg VO Até 6/6h Soluções mais comuns de morfina para infusão continua Solução com morfina 0,5 mg/ml Solução com morfina 1mg/ml SF 9% 95 ml SF 0,9% 90 ml Morfina 10 mg/ml 05 ml Morfina 10 mg/ml 10 ml Bolus Infusão Contínua Morfina 0,06 a 0,18 mg/Kg/h 1-2,5 (0,5-10) mg/h Fentanil 1-2 mcg/kg 1- 2,5 mcg/Kg/h Local da cirurgia Posicionamento do cateter Extremidade superior C2 a C8 Extremidade inferior T12 a L4 Tórax T2 a T8 Abdome superior T4 a L1 Abdome inferior T10 a L3 Bupivacaina 0.125% Bupivacaína 0,5% 50ml SF 0,9% 190ml Fentanil Espinhal 10ml Ropivacaina 0.2% SF 0,9% 152ml Ropivacaína 1% 40ml Fentanil Espinhal 08ml ***Adrenalina: 0,5 ml, opcional Injeções Intermitentes Injeções administradas 2 a 3 vezes ao dia AL ou solução com opióide hidrofílico (morfina). Infusão Contínua Dose de manutenção durante 24h AL ou solução com lipofílico (fentanil); técnica fácil que requer pouca intervenção. A dose acumulada parece ser maior assim como os efeitos colaterais mais freqüentes. PCA Alta satisfação dos pacientes e redução da requisição de dose comparada a infusão contínua. Necessidade de material especial (bomba de PCA). Soluções de AL Anestesia Analgesia Lidocaína 2% (+ epinefrina) 2 a 3h 3 a 4h Ropivacaína 0,5% 3 a 5h 8 a 12h Ropivacaína 0,75% 4 a 6h 12 a 18h Bupivacaína 0,5% (+ epinefrina) 4 a 6h 12 a 18h L-Bupivacaína 0,5% (+ epinefrina) 4 a 6h 12 a 18h Bupivacaína (0,12%) Bupivacaína 0,5% 60ml Cloreto de Sódio 0,9% 190ml Ropivacaína (0,2%) Ropivacaína 1% 50ml Cloreto de Sódio 0,9% 200ml *Necessidades basais de opioides (decorrentes do vício) devem ser atendidas, somando-se as doses necessárias para o tratamento da dor. *Jamais deve ser negado o tratamento da dor com opióides para estes pacientes. *O uso de PCA pode aliviar a ansiedade do paciente em relação à obtenção da droga. *O uso de naloxona é proibido em pacientes adictos de narcóticos, pois pode causar síndrome de abstinência aguda grave e com intensa atividade simpática, resultando até mesmo em PCR. *Técnicas e drogas poupadoras de opioides são bem-vindas, mas a abstinência total é desaconselhada. * Pacientes que abusam de outras substâncias como maconha, álcool e cocaína podem exibir algum grau de tolerância cruzada quando tratados com opioides. A clonidina tem-se mostrado uma boa droga tanto na prevenção, quanto no tratamento de crises de abstinência. Outros sedativos e neurolépticos podem ser considerados.
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