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29- Livros Proféticos NT

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LIVRO PROFÉTICO NT 
 APOCALIPSE 
 
 
 
 
 
 
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1 
LIVRO PROFÉTICO DO NT 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ................................................................................... 2 
 
CAPÍTULO I – Considerações Preliminares 
 Pano de Fundo .................................................................................2 
 Literatura Apocalíptica .....................................................................3 
 Simbologia Apocalíptica ...................................................................3 
 Métodos de Interpretação .................................................................4 
 Autoria do Livro ...............................................................................5 
 Data da Escrita .................................................................................5 
 Lugar de Escrita ...............................................................................5 
 Ocasião da Escrita ............................................................................6 
 Destinatários do Livro ......................................................................6 
 Propósito do Livro ...........................................................................6 
 Tema do Livro ..................................................................................7 
 Características do Livro ...................................................................7 
 Estilo do Livro ................................................................................ 7 
 
CAPÍTULO II – Sinopse do Livro 
Capítulo Um ..........................................................................................8 
Capítulo Dois/Três ............................................................................... 9 
Capítulo Quatro .................................................................................. 11 
Capítulo Cinco .....................................................................................12 
Capítulo Seis ....................................................................................... 12 
Capítulo Sete ...................................................................................... 14 
Capítulo Oito/Nove .............................................................................17 
Capítulo Dez ...................................................................................... 17 
Capítulo Onze .................................................................................... 17 
Capítulo Doze .................................................................................... 18 
Capítulo Treze .....................................................................................18 
Capitulo Catorze .................................................................................19 
Capítulo Quinze/Dezesseis ..................................................................19 
Capítulo Dezessete ............................................................................. 21 
Capítulo Dezoito ................................................................................ 22 
Capítulo Dezenove ..............................................................................22 
Capítulo Vinte .....................................................................................22 
Capítulo Vinte e Um/Vinte e Dois ......................................................24 
 
CAPÍTULO III – Esboço do Livro 
 Esboço do Livro..............................................................................25 
 Conclusão .......................................................................................27 
 Bibliografia ................................................................................... 28 
 
 
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2 
INTRODUÇÃO 
 
O Apocalipse tem a fama de livro obscuro, misterioso e enigmático, impossível de ser explicado. 
Não bastasse isso, muita gente associa a palavra com coisas sinistras, destrutivas e fatalistas. Fala-se, por 
exemplo, do Apocalipse como sinônimo de destruição mundial por um holocausto nuclear. 
 Contudo, o próprio nome dado a suas inspiradas páginas e exarado no versículo inicial — ―Revelação 
de Jesus Cristo‖ — contradiz a afirmação de que é um livro encoberto. Uma revelação é alguma coisa que 
foi revelada, descoberta, que deu-se a conhecer. O propósito principal do livro é, portanto, revelar, e não 
esconder; é dar esperança, e não desesperar. Na realidade o livro foi escrito para guiar e confortar os filhos 
de Deus desde que foi escrito até o fim do mundo. 
 Algumas pessoas, até evitam o Apocalipse por entenderem que o livro é fechado, misterioso, não pode 
ser compreendido. Suas páginas são recheadas com alazões de guerra, seres alados, dragões e demônios. Mas 
qual a mensagem central do Apocalipse? E que figura mais se destaca? 
 O Apocalipse é a consumação da obra do Redentor (Cristo). O santuário é o palco da cena, e Jesus o 
Cordeiro, é apresentado como protetor, Rei dos reis, e Senhor dos senhores. 
 As cenas são o desfecho final do milenar conflito cósmico entre o bem o mal, Miguel (Cristo) e o 
Dragão (Satanás) (Apoc. 12:7-9), com Miguel como vencedor absoluto. 
 O mundo é apresentado, como apodrecido embaixo dos pés dos seres humanos, prestes a explodir 
canceroso, recebendo avisos sismográficos que prenunciam catástrofes horríveis a quem se afasta de Deus. 
 As mensagens deste livro são advertências aos seres humanos de todas as épocas. 
 
 
CAPÍTULO I 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 
 
PANO DE FUNDO 
 
Definição e Nome 
 Último volume da Bíblia segundo a disposição da maioria das traduções, o ―Apocalipse‖ é o único 
livro profético do Novo Testamento e trata da divina revelação profética do futuro dada ao apóstolo são João 
por Jesus Cristo. 
 Seu nome deriva da palavra grega Apokalupsis, que significa ―revelação‖, ―descoberta‖, 
‖desvelamento‖. Nos manuscritos gregos mais antigos o título reza simplesmente Apokalupsis Ioµannou, 
―Apocalipse de João‖. Os títulos mais elaborados procedem de séculos posteriores. 
 
Importância do Livro 
 O livro do Apocalipse torna compreensível e consuma muitos grandes temas proféticos da Bíblia. É de 
capital importância no sentido de que supre força e visão espirituais para os que se achegam a Deus e sua 
Palavra. Nele todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem. Aí está o complemento do livro de 
Daniel. Um é profecia; o outro, revelação. Encontramos destacados nele o interesse de Deus nos períodos da 
igreja cristã e o seu estrito e amoroso cuidado com os que viveram e vivem guiados pelas Escrituras 
Sagradas. Jesus sabe exatamente que condições prevalecem e o que tem de ser feito. Isto se manifesta 
especialmente nos três primeiros capítulos. 
 Na revelação contida em Apocalipse também são desdobradas cena após cena de empolgante interesse 
na experiência dos adoradores do Cordeiro (Jesus); e a história da igreja é desvelada até o fim dos séculos. 
Em figuras e símbolos, assuntos de vasta importância são apresentados a João para que os relate, a fim de 
que o povo do seu século e dos séculos futuros tenha inteligente compreensão dos perigos e conflitos diante 
deles.
1
 No Apocalipse são pintadas as coisas profundas de Deus. 
 
 
LITERATURA APOCALÍPTICA1
 Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, pág. 583. 
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3 
 
 O Apocalipse difere bastante dos demais livros do NT. É único por muitas razões. Uma das mais 
importantes consiste em ser ele o único livro do Novo Testamento inteiramente dedicado à profecia. Situa-se 
na classe da literatura apocalíptica. A literatura apocalíptica era geralmente produzida em épocas de 
perseguição e opressão para encorajar aqueles que sofriam por sua fé. Caracterizava-se por: 1) intenso 
desespero com respeito às circunstâncias contemporâneas e por uma esperança igualmente intensa na 
intervenção divina no futuro; 2) emprego de linguagem simbólica, sonhos e visões; 3) introdução de 
potestades celestes e demoníacas como mensageiros e agentes no progresso do propósito de Deus; 4) 
predição de castigos catastróficos para os ímpios e livramento sobrenatural para os justos; e 5) atribuição 
pseudônima da obra a uma personagem eminente da história bíblica. 
 O livro de Apocalipse ostenta a maior parte destas características, exceto que o autor revela o seu nome 
e parte do princípio de que é conhecido, não como celebridade do passado, mas como participante atual dos 
assuntos relativos àqueles a quem se dirigia.
2
 
 
SIMBOLOGIA APOCALÍPTICA 
 
 Por que o Apocalipse usa linguagem simbólica? O modo de Deus ao mesmo tempo, se ocultar e se 
revelar, é a linguagem figurada. Algumas verdades são profundas demais para a linguagem pragmática e 
racionalista. São mais bem explicadas empregando-se a polivalência da metáfora e do símbolo. Os 
contemporâneos de João estavam mais familiarizados com esse tipo de escrito do que os leitores ocidentais 
dos nossos dias. Devemos ler o Apocalipse tentando enfatizar com a cultura e os valores judaicos do 
primeiro século. 
 
Os Sete Setes do Apocalipse 
 
1. Sete Igrejas (2:1—3:22) 
2. Sete Selos (6:1—9:1) 
3. Sete Trombetas (8:2—11:19) 
4. Sete Trovões (10:1-7) 
5. Sete Personagens (12:1—13:18) 
a) A mulher (12:1-2) 
b) O dragão (12:3-4) 
c) O menino (12:5) 
d) O arcanjo Miguel (12:7) 
e) O remanescente (12:17) 
f) A besta marítima (13:1-8) 
g) A besta terrestre (13:11-18) 
6. Sete Taças (15:1—16:21) 
7. As sete coisas novas (21:1—22:21) 
a) Novos Céus (21:1) 
b) Nova Terra (21:1) 
c) Nova cidade (21:9-23) 
d) Novas nações (21:24-27) 
e) Novo rio (22:1) 
 f) Nova árvore (22:2) 
g) Novo Trono (22:3-5) 
 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DO APOCALIPSE 
 
 Os variados métodos de interpretação aplicados às profecias do Apocalipse pelos expositores modernos 
encaixam-se em quatro padrões básicos: o alegórico, o preterista, o futurista e o histórico. 
1. Método Alegórico ou Idealista. Este método hermenêutico adota a abordagem mística e 
alegórica para a maior parte do livro. Minimiza o significado histórico do livro e tira dele todo o valor 
 
2
 Merril C. Tenney, O Novo Testamento: Sua Origem e Análise, pág. 409. 
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predito, espiritualizando-o. Vê o livro apenas como uma apresentação simbólica da luta constante entre o 
bem e o mal, ou entre o cristianismo e o paganismo anticristão. Clemente de Alexandria, Origines e 
posteriormente Agostinho e Jerônimo seguiram este método. Recentes intérpretes que aceitaram este método 
concluem que o livro trata basicamente da luta geral entre a igreja e o mal através dos séculos, e por meio 
disso concede estímulos aos santos provados. Tal interpretação falha, contudo, em dar ao livro uma 
exposição significativa e praticamente ignora seus reclamos de natureza profética (1:3; 10:11; 22:7, 10, 18-
19). Deixa de reconhecer a chave interpretativa do livro (1:19) e o enfoque do Apocalipse no segundo 
advento, que inclui os climáticos eventos que se segue (1;&; 3:11; 16:15; 22:7, 12). 
2. Método Preterista. Esta escola interpretativa sustenta que as profecias do livro já foram quase 
todas cumpridas. Vê Apocalipse como descrevendo apenas os acontecimentos históricos ocorridos no 
primeiro século. É a opinião da maioria dos comentadores liberais, como R. H. Charles e C. C. Torrey. O 
ponto de vista preterista mais antigo mantinha que o livro se cumpriu na derrota dos inimigos judaicos da 
primeira igreja e no reinado de Nero (cap. 6-11), os capítulos restantes estão vagamente no futuro. Desde o 
século dezessete em diante, os preteristas acreditam que é descrito o conflito do cristianismo com o judaísmo 
(cap. 4-11) e com o paganismo (cap. 12-19). Os capítulos 20-22 descrevem o presente triunfo. Essa posição 
ignora a chave interpretativa de 1:19, dá significados arbitrários aos símbolos encontrados no livro e falha 
em dar satisfações às indicações de um breve período de tempo que cobre os eventos dos caps. 4-19 que 
precedem o segundo advento. 
3. Método Futurista. Esta escola vê a maior parte do livro como estando ainda no futuro, no final 
dos tempos. Apenas os três primeiros capítulos do livro estão no passado. Fundamentam essa crença na 
interpretação de profecias do AT, tais como as que se relacionam com o Dia do Senhor (Isa. 2:10-22; 4:1-6; 
34:1-17), o reino (Isa. 35:1-10) e o segundo advento de Cristo (Zac. 14). As profecias do NT que se referem 
à volta de Cristo são correlacionadas com os eventos registrados em Apocalipse (e.g., Mat. 24-25; Mar. 13; 
Luc. 21. São expositores futuristas J. A. Seiss, C. I. Scofield, A. G. Gaebelein, H. A. Ironside e outros. 
4. Método Histórico ou Historicista. Os que adotam este ponto de vista mantém que o Apocalipse 
é uma espécie de calendário profético que cobre toda a amplitude da história da igreja desde o tempo de João 
até o fim do mundo. Apresenta em forma simbólica o curso da história do mundo desde os dias do NT até o 
retorno de Cristo. A posição tem sido popular desde o tempo de Berengaud (séc. IX) e Joaquim (séc. XII). 
Wycliffe, Lutrero, José mede, Isaque Newton, Bengel, Barnes e outros o defenderam. Adotaremos nesta obra 
a posição historicista por ser a que nos parece mais sensata de acordo com 1:19. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUT
ORIA DO LIVRO 
 
 O autor do Livro de Apocalipse identifica-se como João quatro ou cinco vezes (1:1; 4:9; 22:8; 21:12). 
Intitula-se servo de Cristo (1:1) e irmão e companheiro na tribulação (1:9). Declara que estava na ilha de 
Patmos por causa do testemunho de Jesus (1:9). Clemente de Alexandria, Eusébio e Irineu escreveram que o 
apóstolo João foi exilado para esta ilha penal de serviços forçados pelo imperador romano Domiciano por 
volta de 95 d.C. É mais provável, portanto, que o autor do Apocalipse seja o apóstolo João. 
 Pais da igreja como Justino Mártir, Irineu, Tertuliano, Hipólito, Clemente de Alexandria e Orígenes 
reconheceram a autenticidade e autoria joanina do Apocalipse. O livro foi incluído no Cânon Muratoriano (c. 
170 d.C.). Também foi citado no Didaquê (10:3; 16:4) e no Pastor de Hermas (Visão 4.2.1). Papias aceitou a 
autoridade do Apocalipse, que também foi citado por Dionísio de Corinto. 
SIMBOLISMO NUMÉRICO NO APOCALIPSE 
 
Número Significado 
2 Confirmação de um assunto (Apoc. 11:3-4) 
3 Ênfase e intensidade (Apoc. 4:8; 8:13; 16:13, 19) 
4 Universalidade ou quadrangulação em simetria 
6 Imperfeição, anormalidade, monstruosidade 
7 Inteireza, perfeição espiritual, divina 
10 Totalidade ou inteireza física, terrena 
12 Organização divina mente constituída 
24 Arranjo organizacional dobrado 
 
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 Embora o estilo e o vocabulário do Apocalipse difira de alguma forma dos outros escritos de João, há 
muitas similaridades, particularmente entre o Apocalipse e o Evangelho de João. Ambos os livros enfocam a 
divindade e a obra de Cristo. O fato de as sete cartas do capítulos 2 e 3 focalizarem a província da Ásia e 
começarem com a carta a Éfeso, indica que o João Revelador é o mesmo João Apóstolo, a quem a tradição 
coloca como residindo e escrevendo em Éfeso durante as últimas décadas do primeiro século da era cristã. A 
proximidade da ilha de Patmos com a Ásia e a cidade de Éfeso também provê suporte para esta identificação. 
 
DATA DA ESCRITA 
 
 O Livro de Apocalipse foi provavelmente escrito perto do fim do reinado do imperador Domiciano — 
por volta de 95-96 d.C. João declara haver recebido (e provavelmente escrito) as visões registradas no livro 
enquanto estava na ilha de Patmos, aparentemente exilado por pregar o evangelho de Cristo (cf. 1:9). Visto 
que diversos escritores primitivos declaram que João foi exilado para Patmos por Domiciano durante a 
perseguição que este imperador moveu contra os cristãos (95-96 d.C.), é razoável concluir que João esteve 
naquela ilha penal por volta de 95-96 d.C. e escreveu o livro durante sua permanência ali. A tradição declara 
que após a morte de Domiciano (96 d.C.), João foi anistiado e voltou para Éfeso. 
 
LUGAR DA ESCRITA 
 
 João declara ter recebido suas visões e ordem para registrá-las por escrito durante sua estada em 
Patmos, ilha do Mar Egeu a cerca de sessenta milhas de Éfeso (1:9, 11; 19:9; 22:9, 10, 18, 19). 
 Segundo o comentarista Uriah Smith, ―Patmos é uma ilha pequena e estéril perto da costa ocidental da 
Ásia Menor, entre a ilha de Içaria e o promontório de Mileto. . . . Tem cerca de dezesseis quilômetros de 
comprimento, e uns dez de largura máxima. Seu nome atual é Patmos. A costa é escarpada, e consta de uma 
sucessão de cabos, que formam muitos portos. O único usado até hoje é uma profunda baía protegida por 
altos montes de todos os lados exceto de um, onde é protegida por um promontório. A povoação ligada a este 
porto está situada num monte escarpado e rochoso, sobranceiro ao mar, e é o único local habitado da ilha. A 
cerca de meio caminho do monte em que está construída esta povoação, existe uma gruta natural na rocha, 
onde, segundo a tradição, João teve a sua visão e escreveu o Apocalipse. Devido ao seu caráter agreste e 
isolado, esta ilha era usada, durante o império romano, como lugar de exílio, o que explica o fato de João ter 
sido banido para ali.‖
3
 
 
OCASIÃO DA ESCRITA 
 
 Como último apóstolo sobrevivente, João foi exilado para Patmos ao que parece durante a perseguição 
dos cristãos pelo imperador romano Domiciano (81-96 d.C.) no ano de 95 d.C. Enquanto esteve no exílio, 
Jesus por meio de um anjo deu ao apóstolo amado uma revelação de sua própria pessoa e de seu programa 
profético para a Terra. 
 
DESTINATÁRIOS DO LIVRO 
 
 Jesus disse para João escrever num livro o que viu e enviar para as sete igrejas da província da Ásia 
(Ásia Menor Ocidental): Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia (1:11). As sete 
cartas escritas individualmente para estas sete igrejas nos capítulos 2 e 3 também dão indicação de que os 
destinatários originais do Apocalipse eram os crentes destas sete igrejas. A tradição declara que João exercia 
supervisão espiritual dessas igrejas enquanto residia em Éfeso durante as últimas décadas do primeiro século. 
A ordem em que as igrejas são mencionadas formam um semicírculo começando a oeste de Éfeso, 
estendendo depois para o norte de Pérgamo e posteriormente para o sul de Laodicéia. É óbvio, portanto, que 
o Apocalipse foi inicialmente enviado como carta-circular primeiro para Éfeso e a partir daí para toda a 
província. 
 Se bem que o livro do Apocalipse tenha sido, a princípio, dirigido a sete igrejas literais da Ásia, foi 
endereçado também a toda a igreja cristã desde o seu estabelecimento até o fim do mundo, pois os 
acontecimentos aí revelados deveriam ocorrer por todo esse tempo. O número ―sete‖ significa perfeição ou 
totalidade, e indica que as mensagens às igrejas se estendem até à consumação dos séculos. Os nomes usados 
 
3
 Uriah Smith, Profecias do Apocalipse, pág. 17. 
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e as condições descritas em relação às sete igrejas são simbólicos do estado do povo de Deus na sua 
totalidade, durante sete períodos da era cristã, desde o estabelecimento da igreja apostólica até a consumação 
dos séculos. 
 
PROPÓSITO DO LIVRO 
 
 Vários propósitos podem ser detectados no Livro de Apocalipse. (1) Primeiro, foi escrito para encorajar 
os crentes a suportar a perseguição e a perseverar em meio ao sofrimento, sabendo que a vitória de Cristo 
sobre o mundo e o diabo era garantida e certa. (2) Em segundo lugar, o livro foi escrito para mostrar como 
todas as profecias focalizam Jesus Cristo — sua Pessoa e seu programa para o mundo. (3) Em terceiro lugar, 
o livro procurar unir todas as variadas linhas de profecia bíblica (tanto do Antigo como do Novo Testamento) 
e mostrar como elas convergem para a segunda vinda de Cristo a fim de governar a Terra em seu reino 
messiânico. (4) Em quarto lugar, o livro procura corrigir alguns problemas morais e doutrinários que 
existiam (e a ainda existem) nas igrejas, e instruir os cristãos em coisas como salvação, profecia, cristologia e 
vida cristã. E em quinto e último lugar, o livro talvez seja uma polêmica contra o paganismo e a adoração ao 
imperador romano, particularmente contra o imperador Domiciano e sua perseguição aos cristãos; há no livro 
diversas referências veladas à natureza e atividades anticristãs de Roma. 
 
TEMA DO LIVRO 
 
 O tema de Apocalipse pode ser declarado nestes termos: A Revelação da pessoa de Jesus Cristo e de 
seu programa profético. A figura principal é o próprio Cristo como Rei dos reis. 
 
CARACTERÍSTICAS DO LIVRO 
 
 O título português ―Apocalipse‖ vem da primeira palavra do livro no original grego (1:1). A palavra 
grega apokalypsis, que significa revelação, desvendamento ou exposição de algo previamente escondido, 
vendado ou encoberto. Em Apocalipse tanto Jesus como Seu programa eterno são revelados, de modo que o 
livro fornece um clímax apropriado para a revelação do Novo Testamento. 
 O Apocalipse é apocalíptico na forma, ou seja, é principalmente escatológico (profético). Foi escrito 
durante um tempo de perseguição. É repleto de visões, e o estilo é geralmente figurativo e simbólico. O livro 
é cheio de símbolos e sinais, tais como números, cores, animais, pedras, pessoas, grupos, lugares e ações. 
Alguns símbolos são interpretados no próprio texto (e.g., 1:20). Já outros precisam ser interpretados à luz do 
Antigo Testamento (e.g., 11:4). Já outros não aparentam nenhuma conexão, e apresentam alguns problemas 
de interpretação. É possível que o uso da palavra semaino (―indicar por meio de símbolos‖) em 1:1 indique 
que a maior parte da Revelação do livro ocorrerá por meio do emprego de simbologias. 
 O Apocalipse tem duas grandes porções: Histórica (cap. 1-14) e Escatológica (cap. 15-22). A porção 
histórica têm três cenas que acontecem no lugar Santo do santuário celestial (sete igrejas, sete selos e sete 
trombetas) e uma que ocorre no lugar santíssimo(o grande conflito). A porção escatológica tem uma só cena, 
externa ao templo: as sete últimas pragas. 
 O número sete é muito saliente no livro. Há sete igrejas, sete candeeiros, sete estrelas, sete cartas, sete 
espíritos, sete selos, sete trombetas, sete trovões, sete cabeça e coroas, sete anjos, sete taças, sete montanhas 
e sete bênçãos. Os números ―quatro‖ e ―doze‖ também parece ter significado especial no Apocalipse. 
 O livro de Apocalipse é construído em grande parte sobre o Livro de Daniel do AT. Muitos símbolos 
introduzidos em Daniel são repetidos e posteriormente esclarecidos em Apocalipse. Uma plena compreensão 
do Apocalipse é impossível sem um acurado entendimento das profecias de Daniel. 
 Jesus, antes de sua morte, antecipou o livro de Apocalipse quando declarou que o Espírito Santo 
anunciaria aos discípulos ―as coisas que hão de vir‖. João 16:13. Isto foi iniciado através dos ensinos 
escatológicos de Paulo e de Pedro, embora tenha se cumprido de modo mais ostensivo por intermédio do 
apóstolo João em Patmos. A frase: ―E eu vi‖, ocorre mais de quarenta vezes no Apocalipse, e é comum a 
declaração ―achei-me em espírito‖. Doze vezes no livro, João recebe instruções para escrever o que está 
vendo. 
 
ESTILO DO LIVRO 
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 O livro está escrito em forma de carta, pormenorizando uma série de visões apresentadas em ordem 
apropriada, em progressão regular, atingindo por fim uma visão culminante. Fornece uma conclusão 
adequada para a Bíblia inteira. 
 A estrutura do livro se funda sobre quatro grandes visões, cada uma delas principiando com a frase ―no 
espírito‖, e contendo algum aspecto da pessoa de Cristo e sua suprema capacidade como juiz do mundo. 
Cada visão aparece numa cena diferente e cada qual avança mais um passo no desenvolvimento da idéia 
central do livro.‖
4
 
 O livro parece estar elaborado à base duma série de grupos de sete. A abertura de sete selos leva ao 
toque de sete trombetas, daí a sete pragas. Há sete castiçais, sete estrelas, sete trovões, e muitas outras coisas 
em grupos de sete, evidentemente porque o número sete representa inteireza, e o livro trata da conclusão do 
segredo de Deus (Apoc. 10:7).
5
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO II 
SINOPSE DO LIVRO 
 
CAPÍTULO UM 
 Prólogo. João introduz o livro com um prólogo no qual apresenta o título, o autor e o assunto do livro 
que está prestes a escrever (1:1-18). Apresenta o livro como uma ―revelação (apocalypse) de Jesus Cristo‖, 
comunicada a Ele pelo Pai, e notificada ao profeta por intermédio do anjo de Cristo — Gabriel (Dan. 10:21; 
Judas 9; 1 Tess. 4:16; João 5:28). O propósito do registro é mostrar aos servos de Deus os eventos futuros (v. 
1). O centro do livro é Cristo, aquele que, além de ser o Redentor da humanidade, é o Controlador da história 
e Restaurador do mundo. 
 Bênção e Saudação. Há uma tríplice bênção especial para os que lêem, ouvem e obedecem às palavras 
do livro (1:3). A seguir vem uma saudação às sete igrejas da Ásia em nome das três Pessoas da Trindade 
(1:4-5a). Nesta saudação João tributa glória a Cristo pelo que Ele fez e fará (1:5b-6), menciona 
especificamente quatro descrições proféticas da segunda vinda de Cristo (1:7) e enfatiza a soberania e 
eternidade de Deus. Cristo se intitula o alfa e o ômega, a primeira e a última letra do alfabeto grego, modo 
simbólico de Ele referir-se a sua posição como Senhor absoluto da História, do princípio ao fim (1:8). 
 Visão de Cristo. Depois João descreve em detalhe uma visão de Cristo que o Senhor lhe deu quando o 
convidou a escrever este livro (1:9-20). Ao descrever o cenário (1:9-11) para a revelação, João se identifica 
como o escritor (1:9a); a Ilha de Patmos, lugar de seu desterro, como o lugar da revelação (1:9b); o tempo 
em que teve as visões como ―o dia do Senhor‖, isto é, o sábado (1:10; cf. Gên. 2:1-3; Êxo. 20:8-11; Isa. 58:3; 
Mar. 2:28) e finalmente relata, que uma voz lhe disse para assentar por escrito o que ele estava prestes a ver e 
a ouvir, e enviar o que escreveu às sete igrejas da província da Ásia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, 
Sardes, Filadélfia e Laodicéia (1:11). 
 Em seguida João passa a descrever a visão que teve (1:12-18). Vê Cristo glorificado na forma humana 
ressurrecta. Sua descrição de Cristo é a de um Juiz avaliando o serviço de sua igreja na Terra e 
comunicando-lhe Sua graça mantenedora (1:12-16). Cristo encontra-Se a andar no meio de sete candeeiros 
de ouro, e aparece com glória, fogo e poder (João 8:12). Seu cabelo branco (v. 14a) indica eternidade; os 
olhos flamejantes (v. 14b), olhar onisciente (cf. 19:12); os pés como latão (v. 15a); a voz marulhante (v. 
15b), pronunciamento terrível; a espada que lhe saía da boca, indica que julga segundo a Palavra de Deus 
(Efés. 6:17; Heb. 4:12); o rosto como o Sol, a glória eterna (cf. Mat. 17:2). 
 Esmagado sob o peso de glória desta visão, João cai prostrado aos pés de Cristo. Ele coloca a mão 
direita sobre o profeta e, afirmando Sua eternidade e vida inerente, conforta-o e fortifica-o com a declaração 
de que possui autoridade de acesso à morte e à sepultura (1:17-18). A seguir instrui João a escrever três 
coisas: (1) as coisas que viu, ou seja, a visão de Cristo (cap. 1); (2) as coisas que são, ou seja, as condições 
das igrejas contemporâneas e as promessas e advertências que Cristo vai apresentar (cap. 2 e 3); e (3) as 
coisas que sucederão, ou seja, os juízos, o retorno de Cristo, o reino messiânico e o estado eterno dos 
redimidos, foco principal do livro (cap. 4-22). 
 
4
 “Análise do Apocalipse”, na Bíblia Shedd. 
5
 Wayne A. Brindle, New Testament Introduction, págs. 348-356. 
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 Esta tríplice divisão esquemática do livro é a chave para a correta compreensão das visões. Finalmente, 
Cristo interpreta para João o significado das sete igrejas às quais o livro é endereçado. Explica que as sete 
estrelas que Cristo traz na mão direita (proteção e honra) são representativas dos anjos (mestres religiosos) 
das sete igrejas e que os sete candeeiros representam as sete igrejas, símbolo apropriado para quem tem a 
missão de iluminar um mundo tenebroso (1:20). Essa visão de João sobre Jesus é muito parecida com a que 
teve Daniel (Dan. 10:4-21). 
 
CAPÍTULO DOIS/TRÊS 
 Nos capítulos 2 e 3 Cristo dita a João sete cartas para as sete igrejas a que o livro é endereçado. Os 
nomes das sete igrejas são símbolos da igreja em sete diferentes e sucessivos períodos da era cristã. O 
número sete indica plenitude, e simboliza o fato de que as mensagens se estendem até o fim do tempo. As 
mensagens de cada carta, refletem a condição correspondente da igreja nos diversos períodos da história do 
mundo. As cartas são dirigidas especificamente ao anjo de cada igreja, ou seja, aos líderes humanos ou 
ministros de Cristo durante o período abrangido pela igreja desse período. Eles serviam de ―mensageiro‖ de 
Deus (o sentido da palavra anjo) 
 A Estrutura das Cartas. O modelo do conselho emitido em cada carta, segue um padrão bem definido: 
(1) primeiro ele apresenta sua autoridade para dar o conselho; (2) faz um elogio introdutório; (3) identifica 
claramente a condição/problema daquela igreja; (4) dá a correção/encorajamento; (5) apresenta ao vencedor 
a recompensa. 
 Igreja de Éfeso (2:1-7).Cristo se apresenta aos efésios como aquele que tem na mão direita as sete 
estrelas (pastores das sete igrejas) e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro (acompanha sua igreja 
através do tempo) (2:1). Elogia Éfeso (igreja cristã na fase apostólica - 31 d.C. a 100 d.C.) por suas boas 
obras e perseverança, mas nota que ela abandonou o primeiro amor, isto é, sua devoção a Cristo e entusiasmo 
pela verdade (2:2-4). Insiste com ela para que se lembre de seu estado anterior, arrependa-se de sua 
degradação e volte à prática de suas antigas devoções, sob a ameaça de remover-lhe o candeeiro, ou seja, a 
luz e os privilégios do Evangelho. Elogia-a por odiar os nicolaítas, seguidores de Nicolau de Antioquia, 
herege que ensinava a imoralidade. Se ela atender ao conselho a recompensa é alimentar-se da árvore da vida 
na Nova Jerusalém (2:7). 
 Igreja de Esmirna (2:8-11). Cristo se apresenta as esmirnenses como o primeiro e o último, o 
conquistador da morte. Elogia Esmirna (igreja cristã na fase da perseguição romana até Constantino - de 100 
a 313) por sua paciência na tribulação (2:9). Não a critica, mas a estimula a não temer o sofrimento por que 
deveria passar em dez dias-anos de martírio e perseguição (de fevereiro de 303 a fevereiro de 313 d.C. sob 
Diocleciano), e promete-lhe a coroa da vida se for fiel até o fim (2:10). Nota, porém, que ela abandonou o 
primeiro amor, isto é, sua devoção a Cristo e entusiasmo pela verdade (2:2-4). Se ela atender ao conselho, a 
recompensa é imunidade à segunda morte, isto é, a punição eterna no lago de fogo, em contraposição à mera 
morte física (2:11; cf. 20:6-15; 21:8). 
 Igreja de Pérgamo (2:12-17). Cristo se apresenta aos pergamotas como o que empunha a espada afiada 
de dois gumes, isto é, a Bíblia. Elogia Pérgamo (igreja cristã na fase da grande apostasia que culmina no 
papado - de 313-538) por suas obras e fidelidade, mesmo habitando em meio a um ambiente satânico e pagão 
(2:13). Lembra que a igreja se manteve firme em ocasiões anteriores, ao mencionar Antipas, mártir cristão 
morto dessa fase. Acusa, porém, a igreja de ter em seu seio alguns que sustentam a doutrina de Balaão, isto é, 
uma doutrina que divide e arruína a igreja confundindo assuntos espirituais com interesses materiais e 
permitindo a imoralidade (2:14-15). Cristo insiste com ela para que se arrependa, senão a castigará com a 
espada da sua boca (2:16). Se ela atender ao conselho a recompensa será comer do maná escondido (vida 
eterna) e receber uma pedra branca, (honra especial) com um novo nome gravado nela (novo caráter) (2:17). 
 Igreja de Tiatira (2:18-29). Em quarto lugar, Cristo Se apresenta aos tiatirenses como o Filho de Deus, 
de olhos como chama de fogo (onividência) e pés como o bronze polido. Elogia Tiatira (igreja cristã na fase 
da supremacia papal desde Justiniano até a Reforma - de 538-1517) por suas obras, amor, serviço, fé e 
perseverança (2:19). Acusa-a, porém, de tolerar Jezebel, isto é, de permitir que falsos profetas conduzam 
muitos a prostituição, feitiçaria, idolatria. Os que estão envolvidos nessas práticas devem arrepender-se 
(2:20-23). Os que são fiéis são exortados a permanecer fiéis até a volta de Cristo (2:25). Quem não atender, 
será visitado com castigos (2:22-23). Promete alívio aos que por 1.260 anos suportaram o peso da opressão 
romana. Se eles atenderem ao conselho, a recompensa é ter autoridade sobre as nações e a posse da estrela da 
manhã, símbolo de Cristo, personificação da esperança do mundo (2:26-28). 
 Igreja de Sardes (3:1-6). Em quinto lugar, Cristo se apresenta aos sardos como aquele que tem os sete 
espíritos de Deus (multiplicidade de funções do Espírito Santo) e as sete estrelas. Condena Sardes (igreja 
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cristã na fase das igrejas reformadas e depois - de 1517-1798) por sua falta de integridade (3:1-2) e insiste 
com eles para que sejam vigilantes e se arrependam (3:3). Os poucos que permanecem fiéis são chamados 
dignos e andarão com Cristo com vestes brancas, isto é, em justiça (3:4). Se eles atenderem ao conselho a 
recompensa é ser vestido de vestiduras brancas, ter o nome confirmado no Livro da Vida (relação de todos 
quanto aceitam a Jesus e hão de receber a vida eterna) e ter seu nome confessado por Cristo diante do Pai 
Celestial e dos anjos (3:5). 
 Igreja de Filadélfia (3:7-13). Em sexto lugar, Cristo se apresenta aos filadelfianos como o santo e 
verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, isto é, jurisdição sobre a igreja (3:7). Elogia Filadélfia (igreja 
cristã na fase do movimento do advento no século XIX - 1798-1844) por sua fidelidade e perseverança (3:8-
9). Dá a esta igreja a preciosa promessa de guardá-la da hora (tempo) da provação que virá sobre toda a Terra 
antes do segundo advento (3:10) — ao que parece uma referência ao período das pragas. Promete ainda vir 
sem demora, e insiste com a igreja para que persevere em fidelidade para que ninguém tome a sua coroa, isto 
é, para que ninguém a induza a abandonar a verdade fazendo-a assim perder sua recompensa (3:11). Se eles 
atenderem ao conselho a recompensa é ser feito coluna (permanência na presença de Deus) para sempre no 
santuário de Deus e ter sobre si gravado o nome de Deus, da cidade de Deus e o novo nome de Cristo (3:12). 
 Igreja de Laodicéia (3:14-22). Em sétimo lugar, Cristo se apresenta aos laodiceanos como o Amém 
(Deus da Verdade, Isa. 65:16), a Testemunha fiel e verdadeira (plena confiabilidade e veracidade), o 
princípio (origem) da criação de Deus (3:14). Censura Laodicéia (igreja cristã na fase atual, que vai de 1844 
até a segunda vinda de Jesus) por sua mornidão espiritual (3:15-16). Eles não têm consciência de sua 
condição espiritual precária (3:17). Cristo insiste com eles para que se arrependam e se convertam (3:18-19). 
Aconselha-lhe a comprarem dEle ouro puro (fé e amor), vestiduras brancas (atos de justiça) e colírio 
(discernimento espiritual) (3:18). Convida-a para abrir a porta do coração para que Ele entre e tenha 
comunhão com ela (3:20). Se ela atender ao conselho a recompensa é sentar-se com Cristo em seu trono 
(3:21). 
 
 
IGREJA NOME SIGNIFICADO PERÍODO CONDIÇÃO DURAÇÃO 
Primeira Éfeso ―Desejável‖ 27-100 d.C. Pura 73 anos 
Segunda Esmirna ―Mirra‖ ou 
―Perfume suave‖ 
100-323 Perseguida 223 anos 
Terceira Pérgamo ―Altura‖ ou 
―Elevação‖ 
323-538 Popular e 
Mundana 
215 anos 
Quarta Tiatira ―Perfume suave de 
labor‖ ou 
―Sacrifício de 
contrição‖ 
538-1517 Política 1.260 anos 
Quinta Sardes ―Cântico de 
alegria‖ ou ―o 
resto‖ 
1517-1798 Desmazelada 316 anos 
Sexta Filadélfia ―Amor fraternal‖ 1798-1844 Missionária 11 anos 
Sétima Laodicéia ―julgamento do 
povo‖ 
1844 até o 
fim 
Morna Indeterminada 
 
CAPÍTULO QUATRO 
 
 Visão de Deus em Seu Trono (cf. Eze. 1:26-28). João tem agora a visão do trono de Deus dentro do 
santuário celestial. O céu é aberto perante ele. O profeta vê Deus Pai assentado no trono. Sua aparência, 
ainda que em termos humanos, é indescritível. Não podendo contemplar a Deus diretamente, pois Ele está 
circundado por um brilho muito intenso, simboliza seu esplendor em termos de gemas preciosas (cf. Eze. 
1:26-28; 1 João 1:5): vestes da cor de jaspe (vermelho) e sardônica (escuro-alaranjado). Ao redor do trono 
um arco-íris (símbolo da misericórdia divina) esverdeado (esmeralda) garante a fidelidade de Deus e reforça 
a grandeza da cena. (4:1-5) 
 24 Anciãos. Deus Pai está acompanhado de dois tipos de seres, que incluem 24 líderes, vestidos de 
branco, com coroas de ouro na cabeça e sentados em 24 tronos; e quatro ―seres viventes‖ com rosto de leão, 
novilho, homem e águia, cheiosde olhos e com seis asas. Ambos estão empenhados em adorar a Deus 
 
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continuamente. Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões. Diante do trono ardem sete tochas de fogo, que 
são os sete espíritos de Deus. Há diante do trono um ―mar de vidro‖ cristalino (4:9-11). 
 Os anciãos são 24 ―ajudantes‖ que assistem a Deus na administração do Universo. Trata-se 
possivelmente de seres humanos redimidos que representam os santos do Antigo e do Novo Testamento. 
Suas vestes brancas e seu número indicam que são sacerdotes (1 Crôn. 24:6-9; Luc. 1:5, 8, 9; 1 Ped. 2:9); as 
coroas são emblema de sua vitória; os tronos, a autoridade para reinar ou julgar. 
 Quatro Seres Viventes. Os quatro seres viventes são uma ordem especial de seres criados, associados 
ao trono de Deus e aparentemente combinando características de querubins (anjos da glória governamental 
divina) e serafins (anjos da santidade divina) (cf. Eze. 1; Isa. 6). O primeiro é semelhante a leão (soberania), 
o segundo é semelhante a novilho (força)... O terem esses seres muitos olhos, deve ser entendido como 
símbolo de incessante vigilância dos seres celestiais. As asas são indicativas da rapidez, com que as criaturas 
celestiais, executam as ordens divinas (cf. Heb. 1:14). Três pares de asas representam velocidade triplicada. 
 Sete Espíritos. Devido à Sua associação com o Pai e Cristo, os sete espíritos de Deus parecem 
representar o Espírito Santo em sua perfeição e multiplicidade de dons (1 Cor. 12:4-11; cf. Apoc. 3:1). 
 
 
 
 
CAPÍTULO CINCO 
 
 O Livro Setuplamente Selado. O capítulo 5 é introduzido com João vendo na mão direita de Deus um 
livro selado com sete selos (selado perfeitamente). Um anjo pergunta quem é digno de desatar os selos e 
abrir o livro. Não havendo ninguém que se habilite, o profeta começa a chorar. Mas um dos anciãos conforta-
o dizendo que existe alguém que pode fazer isso porque é vencedor. Jesus é o único capaz de desatar esses 
selos e abrir o rolo, por que é o Leão da Tribo de Judá (Gên. 49:9), a Raiz de Davi (Isa. 11:10) e o Cordeiro 
(João 21:15), símbolos bíblicos do Messias. O Cordeiro possui sete chifres (onipotência) e sete olhos 
(onisciência). 
 O Cordeiro. Jesus aparece sob a figura de um cordeiro no meio do trono. Aproxima-se do Pai e toma o 
livro. Os quatro seres viventes e os 24 anciãos tendo nas mãos harpas e taças de ouro cheias de incenso 
entoam um novo cântico de louvor a Cristo. Bilhões de anjos se unem ao cântico com grande voz. Uma 
terceira classe engrossa o louvor: toda criatura celestial, terrestre, marítima e subterrânea. 
 Adoração Universal. Ele é pronunciado digno de abrir os selos. Cristo é então adorado (5:8-14) pelos 
seres viventes e pelos 24 anciãos, pelos anjos e por todas as coisas criadas no Universo, porque o Cordeiro 
foi morto para redimir o mundo do pecado (5:9). A abertura dos sete selos é descrita no capítulo 6. 
 
 
 
CAPÍTULO SEIS 
 Abertura dos Selos. Cristo, postado diante da mesa dos pães da proposição celestial, abre os selos. 
Embora a história da igreja cristã se ache predita no quadro profético das sete igrejas (cap. 2 e 3), o quadro 
profético dos sete selos apresenta a mesma história sob outro aspecto. A cada selo aberto (fases sucessivas da 
história da igreja), a atenção do apóstolo é chamada para as cenas que ocorrem sob cada selo. 
 Primeiro Selo. Ao abrir Cristo o primeiro selo, João vê um cavalo branco e um cavaleiro sobre ele tinha 
um arco, cena anunciada pelo primeiro ser vivente. Foi coroado e saiu vitorioso (6:1-2). Este cavalo branco 
representa a igreja no período apostólico (31-100 d.C.). A cor branca simboliza a pureza da fé e o zelo dos 
primitivos cristãos. A investida vitoriosa do cavaleiro (arco e coroa) representa os triunfos e rápido progresso 
do evangelho durante o primeiro século desta dispensação. 
 Segundo Selo. Ao abrir Cristo o segundo selo, João vê um cavalo vermelho sair, cena anunciada pelo 
segundo ser vivente. O cavaleiro recebe uma grande espada e tira a paz da Terra (6:3-4). Temos aqui uma 
descrição da igreja no período da perseguição desencadeada pelos césares romanos até Constantino (100-
313). A cor vermelha simboliza tanto o derramamento de sangue ocorrido na violenta perseguição de Roma 
pagã contra os cristãos (Isa. 1:18) como a corrupção da fé pela introdução de diversas heresias. A espada 
representa o espírito de contenda (Mat. 10:34-35) entre os poucos fiéis e a maioria propensa a sacrificar os 
princípios da fé cristã. 
 Terceiro Selo. Ao abrir Cristo o terceiro selo, João vê um cavalo preto, cena anunciada pelo terceiro ser 
vivente. Seu cavaleiro tinha uma balança. Uma voz anuncia o preço astronômico do trigo e da cevada. 
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Também pede para não danificar o azeite e vinho (6:5-6). Isto nos leva ao período de Pérgamo. A cor preta 
do cavalo simboliza derrota espiritual e corrupção da fé, que traz trevas espirituais para a igreja. A balança 
simboliza inflação e fome espirituais. Desaparece a fartura do conhecimento bíblico existente no tempo de 
Cristo e dos apóstolos. A Palavra de Deus é agora distribuída em pequenas doses. Significa também que a 
religião e o poder civil se haviam de unir numa só pessoa. Isto aconteceu no quarto século com a união da 
igreja cristã com o estado romano.
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 Vinho é símbolo de doutrina e o óleo representa o Espírito Santo e seus 
dons (Isa. 55:1; Zac. 4:1-6). Essas coisas corriam o risco de ser danificadas sob a influência de tão grande 
espírito mundano. O terceiro selo aplica-se a grande apostasia que culmina no papado desenvolvida entre 
313-538. 
 Quarto Selo. Ao abrir Cristo o quarto selo, João vê um cavalo amarelo. Seu cavaleiro se chama Morte, 
e é seguido pela sepultura. Ele recebe poder para matar a quarta parte da Terra com espada, fome, peste e 
animais ferozes (6:7-8). Estes versículos descrevem o período de supremacia papal desde Justiniano até a 
Reforma do século dezesseis (538-1517). A cor amarela simboliza morte ou pestilência. E de fato a morte 
estendeu sua mortalha sobre a quarta parte da Terra, ou seja, o território sobre o domínio do poder religioso 
personificado pela morte — Roma Papal foi um período escuro, quando a igreja se achou no direito de 
decidir quem devia morrer e quem devia viver de acordo com os pontos de crença do indivíduo. A espada, a 
fome, a peste e as feras (instrumentos de suplício) foram os meios empregados para levar à morte mais de 
cinqüenta milhões de cristãos fiéis. 
 Quinto Selo. Ao abrir Cristo o quinto selo, João vê debaixo do altar de sacrifício o sangue dos mártires 
cristãos clamando por justiça. Eles foram mortos como holocausto para Deus durante a grande tribulação 
(Mat. 24:21). Cada um recebe uma veste branca comprida e lhes é dito que tenham paciência até completar-
se o número total dos mártires (6:9-11). O quinto selo abrange a era da Reforma protestante. Vai de 1517 a 
1755. Descreve o martírio dos santos de Deus durante a Idade Média sob o altar da perseguição católica. 
Vestes brancas longas (gr. stole) aqui significam vitória. 
 Sexto Selo. Ao abrir Cristo o sexto selo, João vê grandes fenômenos naturais acontecendo: um grande 
terremoto, o escurecimento do Sol e da Lua e a queda das estrelas-cadentes (ver Mat. 24:29). Logo depois 
disso a Terra se subverte, e os habitantes dela são tomados de súbito pavor.O sexto selo abrange o período 
que se estende a era moderna, desde 1755 até a vinda de Cristo. Seu início foi assinalado com o grande 
terremoto de Lisboa (1° de novembro de 1755). Depois, em 19 de maio de 1780, veio o escurecimento do 
Sol e da Lua. Em seguida, a chuva de meteoros em 13 de novembro de 1833. Resta ainda aguardar o céu 
retirar-se como um livro e as ilhas e montes se removerem de seus lugares por ocasião da vinda de Cristo. Ao 
fim desta série de coisas, o povo da Terra reconhece que Deus está julgando o mundo (6:16-17). 
 Sétimo Selo. O sétimo selo não é descrito até o capítulo oito. Ao abrir Cristo o sétimo selo, faz-se 
silêncio no céu por quase meia hora (8:1). Aplica-se este selo ao segundo advento de Cristo (Mat. 24:29). Ao 
ausentar-se do Céu a hoste Angélica para acompanhar Cristo a Terra (Mat. 25:31), haverá silêncio ali por 
quase meia hora. Como em profecia, um dia equivale a um ano (Núm. 14:34; Eze. 4:6), meia hora equivale a 
aproximadamente uma semana. 
 
 
SELOS NOME SIGNIFICADO PERÍODO DURAÇÃO 
Primeiro Cavalo Branco Pureza da fé 27-100 d.C. 73 anos 
Segundo Cavalo 
Vermelho 
Perseguição sangrenta 100-323 223 anos 
Terceiro Cavalo Preto União entre Igreja e Estado 323-538 215 anos 
Quarto Cavalo Amarelo Morte Espiritual 538-1798 1.260 anos 
Quinta Almas debaixo 
do altar 
Sangue justo dos mártires 
Sexta Fenômenos Sinais do tempo do fim 
Sétima Volta de Jesus Indeterminada 
 
CAPÍTULO SETE 
 O capítulo sete é um capítulo parentético inserido aqui para descrever o selamento (confirmação na 
verdade e preservação) dos servos de Deus que vivem no período compreendido entre o sexto selo e a volta 
de Cristo. 
 
6
 William Miller, Evidence From Scripture and History of the Second Coming of Christ, pág. 176. 
 
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12 
 Primeiro João nota que quatro anjos estão posicionados nos quatro cantos da Terra (pontos cardeais) 
para deter os ventos, isto é, as forças do mal, até que a obra de Deus nos corações humanos esteja completa e 
o povo de Deus esteja selado na fronte. 
 Um anjo sai do oriente com a missão específica de marcar a fronte dos servos de Deus com o selo do 
Deus vivo. Qual é este selo? Não é uma marca literal, como se poderia facilmente supor, mas uma instituição 
que serve de sinal distintivo entre os adoradores de Deus e os adoradores da besta. (Êxo. 20:8-11; cf. Eze. 
20:12, 20). 
 Quantas pessoas serão seladas com este selo? 144.000 de todas as tribos do Israel espiritual (7:4) em 
adição a uma grande e inumerável multidão de redimidos (7:9). João vê, portanto, duas classes de salvos: 
 (1) a grande e incontável multidão, que será constituída de pessoas fiéis e sinceras de todo o mundo, 
desde o princípio até o início do juízo investigativo em 1844 e dos que dessa data para cá se acham dentro ou 
fora das diferentes denominações religiosas que não tiveram o privilégio de ouvir a verdade a respeito do 
sábado, mas que viveram em obediência à luz que possuíam. Estão vestidos de branco (vitória) e têm palmas 
(vitória) nas mãos (7:9). 
 (2) Os cento e quarenta e quatro mil, que serão seladas com o selo de Deus (7:1-8), contados desde 
1844 até o fim do tempo da graça e que constituem um grupo especial e privilegiado de salvos. Representam 
os que do século dezenove em diante creram na mensagem do terceiro anjo. 
 No verso 11 a atenção do profeta volta novamente para o trono de Deus, diante do qual anjos, anciãos e 
seres viventes se prostram em atitude de adoração. Um dos anciãos pergunta quem são os vestidos de branco 
e de onde vêm. João responde que eles vêm da grande tribulação e estão vestidos de branco porque lavaram 
suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro (Cristo). Do verso 15 ao 17 apresenta as recompensas: 
ficam constantemente diante do trono, jamais terão fome, sede ou calor, serão apascentados por Cristo que os 
guiará para as fontes da água da vida e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima. 
 
 
 
 
CAPÍTULO OITO/NOVE 
 
 Os capítulos 8 e 9 introduzem mais uma das cadeias proféticas do Apocalipse. As Sete Trombetas 
apresentam em miniatura os eventos militares e políticos que ocasionaram o esfacelamento do Império 
Romano em dez partes, dando origem à Europa. Trata-se, portanto, de um esboço complementar de Daniel 
cap. 2 e 7. As quatro primeiras são interpretadas como os juízos de Deus sobre Império Roma Ocidental; a 
quinta e a sexta, a dissolução de Roma Oriental; e a sétima, o fim de todos os reinos do mundo e o raiar de 
uma nova era. 
 Sete Trombetas. João vê sete anjos em pé diante de Deus. Eles recebem sete trombetas para anunciarem 
vindouros juízos divinos. Trombetas são símbolos de guerra (Jer. 4:19-21; 1 Cor. 14:8). Cada um tocará por 
vez trazendo sucessivas cenas proféticas. Um oitavo anjo balança seu incensário de ouro diante do altar de 
ouro que fica defronte ao trono de Deus e oferece junto com o incenso as orações dos santos. A cena é 
simbólica da ministração de Cristo em favor do seu povo. De repente a cena muda. O anjo pára de interceder 
(fim do tempo de graça), enche o incensário de fogo retirado do altar e o atira a Terra. Há trovões, vozes, 
relâmpagos e terremotos (descrição dos eventos da sétima trombeta). As trombetas são tocadas diante do 
altar de incenso no santuário celestial. 
 Primeira Trombeta (8:7). Ao tocar o primeiro anjo sua trombeta, saraiva e fogo misturados com sangue 
são atirados a Terra. Isto queima a terça parte da Terra, das árvores e toda erva verde (8:7). O flagelo 
descreve de maneira singular a invasão da ―terça parte‖ (grande parte) do Império Romano pelos visigodos 
liderados por Alarico entre 396 d.C. a 410 d.C. Esta foi a primeira das incursões teutônicas no Império 
Romano que desempenharam papel importante em sua derrocada final. Os invasores são representados pela 
―saraiva‖, pois vinham das regiões gélidas do norte da Europa. Pelo ―fogo‖ fizeram grandes devastações, 
tanto nas cidades, como nos campos e bosques, e derramaram muito ―sangue‖. 
 Segunda Trombeta (8:8-9). Ao tocar o segundo anjo sua trombeta, uma coisa parecida com um grande 
monte ardendo é lançada no mar. Torna-se em sangue a terça parte do mar. Morre a terça parte das criaturas 
marinhas e perde-se a terça parte das naus. A catástrofe anunciada pela segunda trombeta tem seu 
cumprimento na segunda grande invasão que abalou os alicerces do império romano realizada pelos 
vândalos, sob Genserico, entre 428 a 476 d.C. Esses bárbaros migraram através da Espanha para a África do 
Norte e estabeleceram seu reinado em Cartago. Dali dominaram o lado ocidental do Mediterrâneo e fizeram 
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pilhagem na Espanha, na Itália e mesmo na Grécia. O ponto alto de suas depredações foi em 455 d.C., 
quando por duas semanas saquearam e pilharam a cidade de Roma. Monte em profecia representa reino (Jer. 
51:24-25; Zac. 4:7; Dan. 2:35, 45). As conquistas dos vândalos foram principalmente navais. 
 Terceira Trombeta (8:10-11). Ao tocar o terceiro anjo sua trombeta, cai do céu uma grande estrela 
ardendo como uma tocha sobre a terça parte das massas de água doce. O nome da estrela é Absinto. A terça 
parte das águas fica amarga e envenena muitas pessoas. Descreve-se aqui a invasão dos hunos sob o 
comando de seu rei Átila no século V. Como um meteoro elese arremete contra Roma. O ―absinto‖ 
representa adequadamente as amargas conseqüências de sua invasão. 
 Quarta Trombeta (8:12-13). Ao tocar o quarto anjo sua trombeta, a terça parte do Sol, da Lua e das 
estrelas é ferida para que se escureça e não brilhe a terça parte do dia. Em 476 d.C., Odoacro, à frente dos 
hérulos, tomou posse de Roma. Caiu então, a parte ocidental do Império Romano. Sol, Lua e estrelas — os 
grandes luminares do governo romano ocidental — seus imperadores, senadores e cônsules, deixaram de 
brilhar. 
 Quinta Trombeta (9:1-12). Ao tocar o quinto anjo sua trombeta, uma estrela cai na Terra. Ela recebe a 
chave do poço do abismo. Abre-o e dele sobe grande quantidade de fumaça que escurece o Sol e o ar. Da 
fumaça saem gafanhotos que descem a Terra e recebem poder como o poder dos escorpiões (9:1-3). Na 
seqüência de juízos enviados por Deus para castigar o cristianismo apostatado, a quinta trombeta aplica-se à 
invasão do Império Romano Oriental pelos sarracenos. Maomé é a estrela caída do céu que recebe a chave (o 
poder) sobre o poço do abismo (os vastos e quase desabitados desertos da Arábia). A fumaça são as doutrinas 
do Alcorão. Os gafanhotos voadores parecidos com cavalos são os exércitos islâmicos em sua primeira fase 
de conquista, a fase árabe. Relva e árvores verdes são o povo de Deus, a quem os muçulmanos poupam. As 
pessoas que têm o selo de Deus na testa são os cristãos observadores do sábado que sobreviveram na 
Armênia e na Etiópia. Cinco meses profético de tormento, à base de trinta dias por mês, resulta num total de 
aproximadamente 150 dias-anos decorridos a partir de dia 27 de julho de 1299 até ao dia 27 de julho de 
1449, quando findou o período de supremacia otomana. Emite-se o primeiro ai. 
 Sexta Trombeta (9:13-21). Ao tocar o sexto anjo sua trombeta, recebe ordens para soltar os quatro 
anjos atados ao rio Eufrates. Os quatro anjos representam líderes islâmicos. O Eufrates é o termo genérico 
para Mesopotâmica. Os 200 milhões de cavaleiros são os exércitos islâmicos posteriores, denominados pelos 
turcos, em especial os otomanos. Fogo, fumaça e enxofre simboliza o uso de armas que empregavam pólvora 
pelos otomanos. A terça parte dos homens que morreu foi o Império Bizantino que caiu diante dos turcos 
otomanos em 1453. Emite-se o segundo ai. 
 Sétima Trombeta (11:15-19). Ao tocar o sétimo anjo sua trombeta, ouvem-se grandes vozes no Céu 
anunciando que os reinos do mundo se tornaram de Cristo. Os 24 anciãos se prostram e adoram a Deus. 
Abre-se o santuário de Deus no Céu e é vista a arca da aliança, dentro da qual se encontra as tábuas da lei. 
Isto indica que se abriu a segunda e última fase do ministério celestial de Cristo, por analogia com o dia 
típico da expiação. Pode-se fixar o início do toque da sétima trombeta em 1844 (ver Dan. 8:14) quando se 
iniciou o movimento do advento em todo o mundo e começou-se a proclamar o tempo do fim. Os 
relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada devem ocorrer sob a sétima praga (16:18-21). 
Emite-se o terceiro ai. 
 
 
TROMBETAS CENA SIGNIFICADO DATA 
Primeira Saraiva, sangue e fogo Visigodos (Alarico) 410 d.C. 
Segunda Montanha cai no mar Vândalos (Genserico) 455 d.C. 
Terceira Estrela cai nos massas de 
água doce 
Hunos (Átila) 451 d.C. 
Quarta Sol, Lua, estrelas Queda de Roma 
Ocidental pelos 
hérulos (Odoacro) 
476 d.C. 
Quinta Estrela cai, fumaça, 
gafanhotos 
Maomé 622 d.C. 
Sexta Quatro anjos soltos 
 
Hora, dia, mês e ano 
Quatro sultanatos: 
Icônio, Alepo, Bagdá e 
Damasco 
27/7/1449 391 anos e 
15 dias 11/8/1840 
 
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14 
Sétima Grandes vozes, adoração, 
Ira de Deus e galardão 
Reino do mundo se 
torna do Senhor e do 
seu Cristo 
1844 ... 
 
CAPÍTULO DEZ 
 Outra vez é interpolado um capítulo parentético (10:10—11:13), desta vez entre a sexta e a sétima 
trombeta. Os eventos aí descritos aplicam-se em grande parte à era moderna. Um poderoso anjo (Cristo, cf. 
5:2; 8:3) traz um pequeno livro (livro de Daniel) e jura que não haverá mais demora para o estabelecimento 
do reino messiânico de Cristo. Sete trovões dão testemunho da veracidade desta declaração (10:1-7). O anjo 
entrega o livro a João e lhe dá ordens para comer o livro (compreender e assimilar plenamente a mensagem 
dele), o qual se torna doce na sua boca, mas amargo no seu estômago (10:8-11). 
 
CAPÍTULO ONZE 
 O capítulo 11 se inicia com João recebendo instruções para medir o templo, o altar e os que nele 
adoram (11:1-2). Esta cena indica que Deus está medindo, pesando e aferindo o caráter dos cristãos, fazendo 
uma investigação minuciosa para ver quem de sua igreja terrena é digno de ser levado para a igreja celestial. 
O quadro sugere uma obra de julgamento. 
 As Duas Testemunhas. A cena, porém, muda. Dos versos 2 a 13 encontramos mais um diagrama 
profético. Trata-se da história da proibição da Bíblia e da feroz perseguição desencadeada contra seus leitores 
durante a Idade Média. 
 A ―cidade santa‖ que seria pisada durante 42 meses (v. 2) representa a igreja verdadeira de Deus que 
seria perseguida por 1260 dias-anos, durante o período da supremacia papal. Esses 42 meses proféticos 
iniciaram-se em 538 quando o papa Virgílio foi revestido de poder secular e terminaram em 1798, quando o 
papa Pio VI foi exilado por ordem de Napoleão Bonaparte. 
 Durante esse longo período de perseguição dos santos, duas testemunhas haviam de profetizar vestidas 
de saco. Quem são essas duas testemunhas, também chamadas de ―duas oliveiras‖ e ―dois candeeiros‖ 
(11:4)? Elas representam a Bíblia: Antigo e Novo Testamentos e a vicissitudes pelas quais tiveram que 
passar (ver Sal. 119:105; João 5:39). Ficaram vestidas de saco (luto) porque foram proibidas ao povo sob 
pena de morte durante o tenebroso período de 1260 anos e porque a tradição eclesiástica teve nesta época 
ascendência sobre a verdade bíblica e depois por causa do ateísmo durante a Revolução Francesa. 
 Quando essas duas testemunhas (a Bíblia) terminam o seu luto (1798), uma besta (poder) faz guerra 
contra elas e as mata. Essa besta que sobe do abismo representa o ateísmo ou anarquismo. O país 
simbolizado por este poder é a França, única nação que, por decreto da Assembléia Legislativa, declarou não 
haver Deus.
7
 As duas testemunhas deviam jazer mortas por três dias e meio proféticos (Núm. 14:34; Eze. 
4:6-7). O cumprimento foi exato. A Convenção Nacional aboliu toda religião, na França, em 26 de novembro 
de 1793, mas restabeleceu-a em 17 de junho de 1797, ou seja, três anos e meio depois. 
 Desde então, as duas testemunhas têm sido honradas (11:12) como nunca dantes. ―Subir ao céu‖ é 
símbolo de exaltação. A partir do século dezenove surgiram as sociedades bíblicas, publicando as Escrituras 
em milhares de língua e dialetos. 
 
CAPÍTULO DOZE 
 A partir do capítulo 12 inicia-se uma nova linha escatológica que continua até o fim do livro. A seção 
apresenta a igreja de Deus em conflito com os poderes do mal, e definitivo triunfo da igreja sobre eles. 
 A Mulher. João vê no céu uma mulher vestida do Sol com a Lua sob os pés e uma coroa de doze 
estrelas na cabeça. Está grávida e grita com as dores de parto (12:1-2). 
 Mulher na profecia é símbolo de igreja (Isa. 54:5, 6; Jer. 6:2). Mulher pura = igreja verdadeira; mulher 
corrupta = igreja falsa (Jer. 3:20; Eze. 23:2–4; 2 Cor. 11:2; Efés. 5:25–32; Apoc. 17:1–3). A mulher de Apoc. 
12 representa a verdadeira igreja de Deus. O fato de estar vestida do Sol representa a glória divina revelada 
no Evangelho. Estar sobre a Lua representa o sistema de leiscerimoniais do AT eclipsados pela maior 
revelação de Cristo. As doze estrelas aplicam-se aos 12 apóstolos. 
 O Dragão Vermelho. João vê em seguida outro prodígio: um dragão grande, vermelho, com sete 
cabeças, dez chifres e nas cabeças sete diademas. A cauda do animal arrasta a terça parte das estrelas do céu. 
Depois fica esperando a mulher dar a luz para devorar-lhe o Filho. Quando nasce a criança, é arrebatada para 
Deus. E a mãe do menino foge para o deserto onde fica 1.260 dias (12:3-6). 
 
7
 Blackwood’s Magazine, novembro de 1870. 
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 O dragão vermelho é símbolo de Satanás operando por intermédio de Roma pagã, o poder vigente 
quando Jesus nasceu. Vermelho (―cor de fogo‖) significa perseguição e destruição. As sete cabeças com os 
respectivos diademas ou coroas são sete formas de governo por que Roma passou: 1) Reis; 2) Cônsules; 3) 
Ditadores; 4) Decênviros militares; 5) Tribunos; 6) Imperadores; 7) Papado. Os dez chifres representam as 
dez divisões do Império Romano ocidental, a partir de 476. 
 O ato do dragão esperar o nascimento da criança para devorá-la, representa Satanás em sua tentativa de 
destruir o menino Jesus através de Herodes (Mat. 2:16). Nisto, porém, não obteve êxito. O Messias cresceu, 
cumpriu sua missão, morreu, ressuscitou e ascendeu ao Céu. 
 Guerra no Céu. Os versos 7-9 deixam claro que este dragão vermelho é o mesmo príncipe angélico 
Lúcifer, que depois de ter seduzido a terça parte dos anjos celestiais, foi expulso do Céu por Miguel (Cristo) 
e os anjos leais, e tornou-se o Diabo e Satanás. Depois da derrota na batalha, ele desceu a Terra com seus 
anjos (demônios) e sob a forma de uma serpente enganou Adão e Eva, tornando-se, por usurpação, o príncipe 
deste mundo. 
 Os versos 13-18 relatam que desde então, Satanás e seus demônios têm perseguido o povo de Deus. No 
caso específico em tela, não conseguindo atingir o Filho de Deus, a fera voltou-se então para a mãe dEle. A 
mãe de Cristo simbólica, representada aqui pela igreja cristã, teve que fugir para o deserto, ou seja, para uma 
condição de proteção divina de obscuridade e clandestinidade durante os anos tenebrosos (538-1798). 
Durante a Reforma Protestante, a ―terra‖ (lugar pouco povoado em contraste com mares) que socorreu a 
mulher são as terras do Novo Mundo (América), para onde fugiram os perseguidos no Velho Mundo 
(Europa, Ásia e África). O restante da descendência da mulher é a verdadeira igreja de Deus na atualidade, 
cuja principal característica é a observância dos mandamentos de Jesus e a posse do testemunho de Jesus, 
que é o Espírito de Profecia. 
 
CAPÍTULO TREZE 
 No capítulo 13 João contempla duas bestas: uma que sobe do mar e outra que sobe da Terra. 
 Uma besta : 
 ‖ Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis que se levantarão da terra ( Daniel 7:17)‖. 
Aqui encontramos a chave para decifrarmos o significado das bestas (animais). Tanto Daniel quanto o 
Apocalipse são livros proféticos cheios de simbolismo. Aqui, no capitulo treze, encontramos algo assustador. 
Uma besta que surge do mar. O ―mar‖ é e a ―besta‖ são simbólicos. De acordo com Daniel, bestas (ou 
animais) simbolizam reis ou reinos da terra, poder político/religioso, governos. Esta besta tem sido 
interpretada como sendo o poder exercido pelos Imperadores Romanos e até mesmo pelo poder exercido 
pelos papas ao longo da história. Talvez porque ambos os poderes citados possuam características comuns, 
identificadas na profecia. 
 
 Besta Marítima. A cena da besta marítima é descrita dos versos 1-10. A atenção do profeta é 
deslocada para o mar, de onde vê emergir uma besta de sete cabeças nas quais havia nomes de blasfêmia e 
dez chifres com diademas. Tem a aparência de um leopardo, mas possui pés de urso e boca de leão. O dragão 
vermelho transfere para esta besta seu poder, trono e autoridade. Uma de suas cabeças é golpeada de morte, 
mas alguém cura a ferida. E todos se maravilham e seguem a besta, adorando a ela e o dragão que lhe 
patrocina. A besta se envaidece e começa a proferir arrogâncias e blasfêmias. 
 
 Arrogâncias e blasfêmias: 
 
 A Bíblia define blasfêmia como a tentativa humana de exercer atributos ou prerrogativas divinas. Jesus 
foi considerado um blasfemo porque dizia possuir o poder de perdoar pecados, uma prerrogativa pertencente 
somente a Deus. Veja Luca 5:20 e 21. 
 
 É bastante conhecido pela história, que vários Imperadores Romanos arrogaram-se divinos, dignos de 
adoração. O culto ao imperador era a principal religião do império até a chegada do cristianismo. Isto era 
visto como uma blasfêmia pelos cristãos. Daí porque muitos foram martirizados. Preferindo a morte à 
traírem sua fé. 
 
 Alguns intérpretes também fazem alusão ao fato que os papas também usaram títulos blasfemos e 
pretenderam exercer poder e autoridade que competia unicamente ao criador. Neste caso, o poder exercido 
pelos papas coincide com o poder exercido pela besta. 
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16 
 
 No quinto concilio de Ladrão, em 1512, Foi dito do papa Júlio II: ―Tú és o Pastor, Tú és o médico, tu és o 
governador, Tu és o esposo e, finalmente, Tu és outro Deus na Terra”. 
 
 Alphonsus de Liguori, escritor católico, explicando a visão católica do sacerdócio diz: 
 
 ―O sacerdote assume o lugar do próprio salvador quando, ao dizer: “Eu te absolvo. Ele absolve o 
pecado. Perdoar um simples pecado requer toda a onipotência de Deus. Por isso o sacerdote pode, de uma 
certa maneira, ser chamado o criador do criador.” - Alphonsus de Liguori, Dignity and Duties of the 
Priests, pág. 32 e 33. 
 
 
Perseguição 
 
 A besta arroga-se autoridade para agir por 42 meses (1260 anos), durante os quais persegue o povo de 
Deus. 
 
 Apoc. 13:7 diz : ―Foi-lhe dado, também , que peleja-se contra os santos ao vencesse‖. 
 
 Este poder representado pelo primeiro animal, emerge do mar, isto é, surge de regiões populosas da Terra 
(Apoc. 17:15). Muitos interpretes tem aplicado ao Império Romano, florescido na Europa, em suas duas 
fases: pagã e papal. As sete cabeças representam as sete formas de governo pelas quais Roma passou desde a 
sua fundação em 753 a.C. Pode-se referir também às sete colinas sobre as quais a cidade está edificada. Os 
dez chifres representam as divisões do Império Romano apartir de 476 d.C. Os diademas simbolizam poder 
para reinar ou governar reivindicado pelas respectivas cabeças (2 Reis 11:12; Eze. 21:26-27). 
 
 Em sua segunda fase, a papal, Roma perseguiu protestantes por 42 meses ou 1.260 dias (com base no 
princípio dia ano aplicado a algumas profecias de tempo, onde cada dia profético equivale a um ano literal), 
desde 538 a 1798, quando o general napoleônico Berthier entrou em Roma, declarou extinto o governo 
político do papado e aprisionou o papa Pio VI na França, onde faleceu. 
 
 A Nova Enciclopédia Católica diz: 
 
 ―Vista pelos padrões contemporâneo, a Inquisição, especialmente da maneira como ocorreu na 
Espanha, já no final da idade Média, pode ser classificada somente como um dos mais negros capítulos da 
historia da igreja. 
 
 Sob a influência dos costumes e conceitos germânicos, a tortura foi pouco usada do século 9 até o 
século 12... Em 1252, o papa Inocêncio IV sancionoua ampliação de tortura por autoridades civis a 
hereges, e a tortura veio a ter um lugar reconhecido nos procedimentos das cortes inquisitórias.” 
 
 A Besta Terrestre. A cena da besta terrestre (ou falso profeta) é descrita dos versos 11-18. João vê subir 
da terra uma besta que possui dois chifres. Parece um cordeiro, mas fala como leão. Ela exerce a autoridade 
da primeira besta diante dela. Obriga os habitantes do mundo a adorarem a primeira besta cuja ferida mortal 
foi curada. Quem adora recebe o sinal dessa besta na testa e na mão, e não é perseguido. Mas quem não 
aceita, padece perseguições. O número humano da besta é 666. 
 
 Este poder representado pelo segundo animal emerge da terra, isto é, surge de regiões despovoadas da 
Terra — do Novo Mundo. Simboliza os EUA, única nação que preenche as especificações da profecia. Os 
dois chifres simbolizam os dois aspectos notáveis do sistema americano: republicanismo (liberdade civil) e 
protestantismo (liberdade religiosa). É semelhante ao cordeiro porque aparentemente é uma nação cristã e 
gentil no trato. A aparência, porém, contradiz as ações (fala como dragão). 
 
CAPÍTULO CATORZE 
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 O capítulo 14 descreve em maiores detalhes o programa de Deus para este período. Os 144.000 
mencionados no capítulo 7 são vistos por antecipação no Monte Sião com Cristo e devidamente identificados 
seu caráter e destino (14:1-5). São descritos como os que obtiveram vitória sobre a besta e sua imagem. 
 A Tríplice Mensagem Angélica. Começa uma nova cena. Três anjos são comissionados por Deus para 
anunciar três mensagens muito importantes aos moradores da Terra. A primeira mensagem pede para temer a 
Deus e anuncia o início do juízo final (14:6-7). A segunda mensagem anuncia a queda de Babilônia (14:8). A 
terceira mensagem diz que quem adorar a besta ou a sua imagem e receber sua marca sofrerá os juízos de 
Deus e irá para o lago de fogo e enxofre. Os vencedores são mencionados como tendo as seguintes 
características: guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. (14:9-12). 
 Duas Colheitas. Na terceira cena deste capítulo, João contempla Jesus voltando numa nuvem branca. O 
Senhor tem uma coroa (realeza) na cabeça e uma foice (julgamento) afiada na mão. Vem a Terra na 
qualidade de Rei e Juiz. O mundo é comparado a uma plantação moral que está madura para a colheita. A 
primeira colheita ou a ceifa dos cereais representa a colheita dos justos (14:14-16; ver Mat. 13:38). A 
segunda colheita, ou vindima, representa a colheita dos ímpios. Os justos são recolhidos e levados para o 
Céu. Os ímpios, recolhidos e lançados no lagar da cólera de Deus, para serem pisados (14:17-20). 
 
CAPÍTULOS QUINZE/DEZESSEIS 
 Os capítulo 15 a 19 focalizam os acontecimentos que se seguem ao término do tempo de graça humano 
e levam ao segundo advento de Cristo 
 Os 144.000. O capítulo 15 forma uma espécie prefácio para as pragas, uma série de castigos divinos 
contra os impenitentes. Logo no início do capítulo João vê no céu sete anjos cada um com uma taça e dentro 
delas os últimos flagelos ou pragas que Deus enviará ao mundo. Mas do verso 2 até o 4, sua atenção é 
desviada para os crentes que foram vencedores da besta e da sua imagem. Eles se encontram sobre o mar de 
vidro (diante do trono de Deus) com as harpas. Adoram a Deus, cantando o cântico de Moisés (que celebra a 
libertação da tirania babilônica, assim como o hino de Êxo. 15:1-21 celebrava o livramento da opressão 
egípcia) e o cântico do Cordeiro (louvor Àquele que os libertou). 
 As Pragas. A cena dos flagelos retorna. Os sete anjos, vestido de linho puro e cintos de ouro, recebem 
ordem para cumprir sua tarefa. Um dos quatro seres viventes entrega a cada anjo a sua taça de ouro cheio de 
castigo. O santuário celestial se enche de fumaça, indicando que o tempo de intercessão já passou; ninguém 
pode ter acesso à misericórdia. O tempo da preparação acabou. Começa agora a fase dos juízos de Deus. 
 Primeira Praga — Úlceras. Ao derramar o primeiro anjo sua taça na Terra, as pessoas portadoras da 
marca da besta foram atacados de úlceras malignas e dolorosas (16:1-2). É literal, mas não tem extensão 
universal. 
 Segunda Praga — Mar em Sangue. Ao derramar o segundo anjo sua taça no mar, as águas ficaram 
como o sangue humano coagulado, e morreram todos os seres vivos do mar. Deus obstrui assim o comércio 
marítimo, o turismo litorâneo e as viagens internacionais (16:3). É literal, mas não tem extensão universal. 
 Terceira Praga — Água Doce em Sangue. Ao derramar o terceiro anjo sua taça nas massas de água 
doce da Terra, e elas viraram sangue. E os ímpios vão beber sangue por terem derramado o sangue do povo 
de Deus e dos profetas como paga de seus crimes (16:4-7). Será impossível a bebida, o banho e a irrigação. É 
literal, mas não tem extensão universal. 
 Quarta Praga — Sol Abrasador. Ao derramar o quarto anjo sua taça sobre o Sol, as pessoas se 
queimam com o intenso calor. Sofrem queimaduras dolorosas causadas por esse fogo e amaldiçoam o nome 
de Deus, que tem autoridade sobre essas pragas. Mas não se arrependem dos seus pecados nem louvam a 
glória de Deus. (16:8-9). É literal, mas não tem extensão universal. 
 Quinta Praga — Trevas. Ao derramar o quinto anjo sua taça sobre o trono da besta, cujo reino ficou na 
escuridão, e as pessoas mordiam a língua de dor e, por causa das suas dores e feridas, amaldiçoavam o Deus 
do céu. Porém não abandonaram as coisas más que faziam (16:10-11). É literal e tem extensão universal. 
 Sexta Praga — A Batalha do Armagedom. Ao derramar o sexto anjo sua taça sobre o grande rio 
Eufrates, que secou a fim de se abrir um caminho para os reis que vêm do Oriente. A linguagem aqui é 
simbólica. Eufrates representa as pessoas sobre as quais a Babilônia mística se apóia. A trindade satânica 
compõe-se do dragão, da besta e do falso profeta. Da boca destes saem três espíritos imundos parecidos com 
rãs. Esses espíritos imundos são as doutrinas errôneas (vinho de Babilônia, 16:14; 17:2, 6) proclamadas ao 
mundo por esta tríplice união religiosa. Eles conseguem convencer os chefes de estado do mundo inteiro, 
mediante milagres que aparentemente autenticam seu poder, a organizar um exército internacional para 
batalhar contra Deus e seu povo. 
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 Os ―reis do oriente‖ representam Cristo e Seus anjos. Há entre esses dois grupos uma batalha num lugar 
chamado Armagedom, na planície de Esdrelom. É a derradeira e decisiva batalha do grande conflito 
cósmico. Cristo vence. Assim como Ciro no passado, vindo do ―oriente‖, secou o rio Eufrates e conquistou a 
Babilônia literal, assim Cristo e Seus anjos fazem secar os patrocinadores da Babilônia mística e a destrói 
(16:12-16). É simbólica e tem extensão universal. O verso 15 menciona uma bem-aventurança para os que 
não se deixam seduzir por esse engano nem vacilam na fé durante esse período. 
 Sétima Praga — Natureza em Convulsão. Ao derramar o sétimo anjo sua taça pelo ar, uma voz do 
santuário brada que está feito, isto é, foi desmascarado completamente o mistério da iniqüidade. Há 
relâmpagos, estrondos, trovões e o mais violento terremoto da história humana que fratura a grande cidade 
(Babilônia mística) em três partes, desbaratando a tríplice união (romanismo, espiritismo e protestantismo 
apostatado,

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