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1 2 Objetiva-se apresentar uma compreensão acerca do Desenvolvimento e da Personalidade Humana, bem como dos Processos Psicológicos Básicos e Superiores. Para tal, partiremos do estudo do desenvolvimento humano à luz das teorias produzidas pela Psicologia do Desenvolvimento, veremos as principais teorias da personalidade, a partir da similitude com o desenvolvimento, destacando os processos psicológicos, com foco na sensação, na percepção, na emoção e na motivação. Certamente você é capaz de conjecturar e dissertar sobre aspectos relacionados ao desenvolvimento, aos processos psicológicos e à personalidade humana. Isso ocorre porque temos alguma compreensão sobre o nosso próprio processo de desenvolvimento e a partir desse modelo interno, tendemos a analisar o nosso entorno. É por esse motivo que somos capazes de aconselhar alguém, quando julgamos que essa pessoa esteja passando por uma situação análoga a uma situação vivenciada por nós ou quando acreditamos que nossa experiência ou conhecimento teórico nos permite analisar a referida situação com mais clareza. Você concorda? A nossa questão inicial encontra-se justamente neste ponto: a nossa experiência de causa e o nosso domínio teórico, que acreditamos possuir, de fato, nos permitem analisar uma situação com clareza? O nosso entendimento advindo das vivências e do nosso arcabouço teórico são realmente universais e, portanto, aplicáveis a qualquer situação que julgamos similares? O nosso julgamento está livre de questionamentos? Bom, como você deve ter respondido, nenhum julgamento é livre de questionamentos, principalmente aqueles que se fazem ou se baseiam na ciência. Mas por que tendemos a nos tomar como métrica? De onde vem esse egocentrismo? Para buscar responder a esses questionamentos, precisamos mergulhar nas doutrinas do desenvolvimento, na compreensão dos processos psicológicos e nas teorias da personalidade humana. 3 A área da Psicologia que estuda o ser humano em todos os seus aspectos — físico- motor, afetivo-emocional, relacional/social e intelectual, isto é, que estuda o desenvolvimento humano desde o nascimento até a idade adulta, fase em que esses aspectos do desenvolvimento humano atingem a maturidade e a estabilidade em seu mais alto grau e, mais recentemente, desde a vida intrauterina até a morte, considerando os processos de morte e morrer — é a Psicologia do Desenvolvimento. De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2005), a Psicologia do Desenvolvimento compreende inúmeras teorias, que foram construídas por meio de observações, pesquisas com grupos de pessoas em diferentes faixas etárias ou em diferentes culturas, estudos de casos clínicos e acompanhamentos longitudinais, ou seja, acompanhamento de sujeitos desde o nascimento até a idade adulta. Você deve estar se perguntando: por que saber disso? Precisamos conhecer essas teorias para compreendermos o desenvolvimento humano e, com isso, buscarmos responder às perguntas como e por qual motivo um sujeito se comporta de um modo específico, em determinada situação, em um dado momento do seu desenvolvimento? Por desenvolvimento humano, compreendemos não somente o crescimento orgânico, mas também o desenvolvimento mental, isto é, a contínua construção do aparelho mental, caracterizada pela manifestação gradativa das estruturas mentais. As estruturas mentais são formas de organização da atividade mental, que são aperfeiçoadas e consolidadas ao longo do processo de desenvolvimento, até o momento em que, estando plenamente desenvolvidas, proporcionarão, no sujeito, a equilibração dos aspectos de inteligência, da afetividade e das relações sociais. As estruturas mentais podem ser perenes, isto é, permanecerem durante toda a vida do sujeito, ou temporárias, transitórias. Durante o nosso desenvolvimento, algumas estruturas mentais ou esquemas adaptativos são substituídas. Em outras palavras, muda-se o conceito, muda-se o esquema adaptativo. Exemplo disso é a moral da obediência observada na criança, que é gradativamente substituída pela autonomia moral do jovem adolescente que vai se consolidando na moral do adulto. A criança muito pequena (menor que 2 anos) não tem a estrutura mental da permanência do 4 objeto, para ela, o objeto só existe quando está na sua presença. Aos poucos, esse esquema é substituído pela estrutura mental da conservação do objeto, o que equivale a dizer que a criança saberá que o objeto existe mesmo quando não estiver no seu campo de visão. Por outro lado, algumas estruturas mentais permanecem e dão continuidade ao processo de desenvolvimento. É o caso da motivação, compreendida como a motriz do comportamento (motivo da ação), seja por necessidades fisiológicas, afetivas, seja intelectuais. O conceito de infância que temos hoje, no qual compreendemos que a criança deve ser cuidada, protegida e supervisionada, por compreendermos a infância como um período especial no desenvolvimento, é bastante novo. Segundo Rappaport (1981), até o século XVII, as crianças eram tratadas como pequenos adultos, o que equivale a dizer que eram comparadas aos adultos nos diversos aspectos, tais como: o raciocínio, os sentimentos e as emoções. Até mesmo as ações voltadas ao trabalho tinham os mesmos elementos básicos daquelas desempenhadas pelos adultos. Somente nesse século as crianças foram afastadas dos assuntos ligados ao sexo, por intermédio da Igreja, que se preocupou em apontar as inadequações na formação da moral e do caráter, em decorrência dessas vivências. Cabe ressaltar que foi apenas a partir do século XVIII que, aos poucos, o conceito de infância foi se modificando. Nesse período, as crianças eram cuidadas até os 7 (sete) anos. Nessa época, grandes filósofos passaram a defender a ideia de que o funcionamento da mente da criança era diferente do funcionamento da mente de um O que são Estruturas mentais? De acordo com a teria piagetiana, as estruturas mentais são conceitos ou esquemas que utilizamos para organizar e interpretar as informações que recebemos, tanto as concretas, do ambiente, quanto as abstratas, teóricas. 5 adulto. No entanto, essas mudanças eram exclusivas da aristocracia e da burguesia da época. Dessa forma, até o século XIX, na classe baixa havia pouco distinção entre as crianças e os adultos, ao passo que, a mortalidade infantil era assustadoramente alta. Já no século XX, a psicologia do desenvolvimento foi sistematizada e, com isso, ampliou-se a preocupação com o estudo da criança e com a necessidade de uma educação formal. Entretanto, os métodos disciplinares eram bem rígidos, tanto nas famílias quanto nas escolas, onde as crianças eram severamente castigadas. Como vimos, a criança não é um adulto em miniatura, ela apresenta características próprias de sua fase do desenvolvimento. Precisamos compreender isso para prosseguirmos em nosso estudo acerco do desenvolvimento humano e compreendermos a importância dos estudos produzidos nessa área. A Psicologia do Desenvolvimento nos permite verificar que cada fase do desenvolvimento, isto é, cada faixa etária, possui formas de percepção, compreensão e comportamento que lhes são próprias. Isso ocorre porque, segundo a teoria de Piaget, os esquemas são produzidos pelos processos de assimilação e acomodação. Você está lembrado como isso ocorre? Ok, vamos relembrar. O processo de assimilação, consiste nas novas experimentações e aquisições feitas a partir da capacidade de entendimento que já possuímos. Já a acomodação, consiste no ajustamento dos esquemas às novas experiências. Em outras palavras, assimilamos o meio ambiente de forma progressiva e a esse processo de assimilação se segue o processo de acomodação das estruturas mentais aos novos dados do mundo exterior (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2005). Nas palavras de Bock,Furtado e Teixeira (2005, p. 98): Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o que nos torna mais aptos para a observação e interpretação dos comportamentos. Agora você compreende o porquê nos interessa compreender as etapas do desenvolvimento humano? Nos interessa porque com esse conhecimento conseguiremos analisar o comportamento humano com mais destreza. 6 O desenvolvimento humano é um processo dinâmico afetado diretamente por diversos fatores, que são indissociáveis e estão em constante e permanente interação. Estamos falando de fatores da hereditariedade, do crescimento orgânico, da maturação neurofisiológica e do meio. Hereditariedade – a carga genética de um sujeito, recebida dos pais, estabelece o seu potencial, que enquanto potência, pode ou não se desenvolver. A exemplo disso, há pesquisas que evidenciam aspectos genéticos da inteligência. Entretanto, o desenvolvimento da inteligência também dependerá das condições ambientais, ou seja, a inteligência pode desenvolver-se aquém ou além do seu potencial. Crescimento orgânico – o desenvolvimento físico, aumento de altura e estabilização do esqueleto, possibilita ao sujeito um domínio de mundo e um repertório comportamental cada vez mais ajustados ao meio. Considere as descobertas de uma criança antes de engatinhar, durante esse período e ao andar. Certamente as possibilidades vão aumentando na medida em que ela ganha domínio dos movimentos. Maturação neurofisiológica – o Sistema Nervoso Central (SNC) é o primeiro a aparecer no processo de constituição do sujeito, no entanto, o seu desenvolvimento é gradativo. Por exemplo, o processo de mielinização do SNC se inicia no fim do período fetal e vai até, aproximadamente, o primeiro ano de vida do bebê, temos aí, então, um processo de maturação do organismo, necessário para o equilíbrio físico do bebê e, Você Sabia?! O pesquisador dinamarquês Wilhelm L. Johannsen (1857-1912) contribuiu para o desenvolvimento da genética, a partir da formulação dos conceitos de genótipo, carga genética do sujeito, referente aos genes que ele possui e fenótipo, aquilo que se expressa. O fenótipo é o resultado da interação do genótipo com o ambiente. Exemplo: se considerarmos dois sujeitos com os mesmos tipos de alelos para pigmentação da pele, gêmeos, por exemplo, mas que um deles se exponha ao sol com frequência, enquanto o outro não, teremos diferentes fenótipos, isto é, diferentes tonalidades de pele em decorrência da interação com o meio. 7 posteriormente, para os movimentos motores básicos e finos, como segurar um lápis ou uma caneta e rabiscar ou escrever. Meio ambiente – as estimulações ambientais influenciarão o padrão de comportamento do sujeito. A exemplo do que ocorre com o fenótipo, como acabamos de ver, o meio ambiente influenciará o comportamento. Por exemplo: dependendo da estimulação ambiental, uma criança de 6 (seis) anos pode ser hábil em uma coisa, como falar em mais de um idioma, com um repertório extenso e não ter grandes habilidades em atividades esportivas, ao passo que outra criança de mesma idade domine mais de uma atividade esportiva e tenha dificuldades com a língua materna. Como você deve ter percebido, esses fatores interagem e essa interação, por sua vez, afeta o que chamamos de aspectos do desenvolvimento. Mas quais seriam os aspectos influenciados por esses fatores? Vamos conhecê-los? Devemos considerar o desenvolvimento humano em sua globalidade, isto é, em sua inteireza, pois é assim que ele é entendido. Entretanto, por motivos didáticos, é estudado a partir de quatro aspectos básicos. São eles: Aspecto físico-motor – esse aspecto se refere ao crescimento do organismo, sua maturação neurofisiológica, sua capacidade de manipular objetos e de exercitar o seu próprio corpo. Você está lembrado da mielinização? Pois bem, com o processo de mielinização completo, a criança será capaz de exercitar o equilíbrio corporal, fazer movimentos conscientes, com a mão, por exemplo, pois a maturação orgânica lhe permite tal ação. Aspecto intelectual – refere-se à capacidade e qualidade do pensamento, do raciocínio. A criança entre 2 (dois) e 3 (três) não terá a noção da conservação de Mielinização O processo de mielinização é caracterizado pela criação de uma camada de gordura, chamada Bainha de Mielina, ao redor do corpo do neurônio, que ajuda na transmissão de estímulos de um neurônio para outro. 8 massa ou de líquidos, pois ainda não há reversibilidade do pensamento, mas já consegue planejar as suas ações a partir da leitura que faz do ambiente. Aspecto afetivo-emocional – refere-se ao sentir, ao modo particular que o sujeito vivencia suas experiências. A sexualidade está integrada a esse aspecto, assim como sentimentos como a vergonha, a raiva, a alegria, a tristeza, o medo, etc. Aspecto social – refere-se ao modo como o sujeito se comporta em ambiente e situações que envolvem o convívio com outras pessoas. Por exemplo, quando dizemos que uma pessoa é introvertida ou extrovertida, estamos analisando esse aspecto. Os aspectos que acabamos de estudar são indissociáveis e relacionam-se permanentemente. Esse pensamento está presente em todas as teorias do desenvolvimento, embora elas possam, em seus estudos, enfatizarem diferentes aspectos. Por exemplo, podemos dizer que a teoria cognitiva de Jean Piaget enfatiza o desenvolvimento intelectual, enquanto que a Psicanálise de Sigmund Freud, estuda o desenvolvimento da sexualidade, ou seja, enfatiza o aspecto afetivo-emocional. Você perceberá que muitas das abordagens teóricas estudadas na Psicologia do Desenvolvimento também correspondem às teorias da personalidade, isso porque o estudo da personalidade é indissociável do desenvolvimento humano, uma vez que que, via de regra, as teorias concordam com a essencial importância dos primeiros estádios do desenvolvimento na formação da personalidade humana. Vimos que a carga genética do sujeito estabelece o seu potencial, mas... e com a personalidade, isso é válido? Até que ponto os fatores hereditários, ou seja, herdados do pai e da mãe, interferem na formação da personalidade, se é que interferem? Bom, não somos os únicos preocupados com esses questionamentos, na verdade, eles vêm inquietando pesquisadores há vários anos. No estudo do desenvolvimento humano como um todo e da personalidade, o termo “estádio” é utilizado como sinônimo de estágio, que caracteriza uma fase específica do desenvolvimento e da formação da personalidade. 9 A grande maioria dos estudos produzidos, referentes à genética da personalidade, recorre a questionários de avaliação, que invariavelmente, são aplicados a crianças e adultos. Entretanto, os gêmeos são muito utilizados nos estudos produzidos dessa área e, a partir desses estudos, pode-se chegar a, pelo menos, duas conclusões consideráveis. A primeira delas diz respeito à manutenção moderada dos traços hereditáveis da personalidade. Já a segunda considera que o meio que exerce maior influência na personalidade do sujeito não é o meio compartilhado, mas, sim, aquele que não é compartilhado. Você percebeu a sutileza dessas conclusões? Elas querem nos dizer que, mesmo nos gêmeos idênticos, normalmente usados nesses estudos, isto é, sujeitos, teoricamente com a mesma carga genética, o ambiente terá mais influência na formação da personalidade, mas não para por aí, o ambiente mais influente é o não partilhado por esses gêmeos, considerando que eles estejam na mesma família. Veja, não estamos aqui considerando os gêmeos separados no nascimento, mas aqueles que convivem na mesma família e, portanto, que partilham ambientes comuns. Assim sendo, segundo Baptista (2008), atualmente, pensa-se que apenas 40% das diferençasindividuais, ou seja, da personalidade, advêm de influências genéticas, ao passo que 60 % estão relacionadas às influências do ambiente. Você deve estar lembrado que Sigmund Freud (1856-1939) foi o criador da Teoria Psicanalítica. A Psicanálise surgiu a partir de uma preocupação de Freud em criar uma teoria que conseguisse interpretar o desenvolvimento humano por meio da compreensão dos impulsos e dos motivos internos, que são intrínsecos ao sujeito; muitos deles são de origem inconsciente. Para a teoria psicanalítica, o desenvolvimento humano possui fases universais, que chamamos de estágios do desenvolvimento. Segundo essa teoria, nos 6 (seis) primeiros anos de vida, o desenvolvimento ocorre em 3 (três) fases consecutivas, nas quais o interesse e os prazeres sexuais encontram-se concentrados em uma parte do corpo da criança. São elas: Fase oral (0-1 ano) – ao nascer, a estrutura sensorial mais desenvolvida é a boca e, por conta disso, o foco está nessa parte do corpo. 10 Fase anal (2-3 anos) – nessa etapa do desenvolvimento infantil, a libido organiza-se na zona erógena anal. O prazer encontra-se no controle e autocontrole. O controle dos esfíncteres trará grande satisfação para a criança, que poderá ofertar ou negar o que produz ao mundo. O ato de defecar será compreendido pela criança como prazeroso. Fase fálica (por volta dos 3 anos) – nessa fase há uma nova organização da libido. A erotização passa a ser dirigida aos genitais e, portanto, haverá tanto nos meninos quanto nas meninas uma grande preocupação com diferenças anatômicas entre os sexos (masculino e feminino). Nesse período, a criança percebe o progenitor do mesmo sexo como rival, isso pode se expressar por meio do desafio à autoridade do pai, no caso dos meninos e da mãe, no caso das meninas, ou a proximidade excessiva dos meninos à mãe e das meninas ao pai. Todavia, por possuir tais sentimentos, a criança teme ser punida pelo rival, pai ou mãe. Para evitar tal punição e conquistar no futuro alguém parecido com o pai ou a mãe, a criança passa a imitar o comportamento do progenitor do mesmo sexo, antes rival. Os mesmos mecanismos ocorrem na ausência do pai e/ou da mãe, pois os investimentos serão direcionados aos cuidadores ou figuras de autoridade próximas à criança. Ao final da fase fálica, entre os 5 (cinco) e 6 (seis) anos, a criança se depara com o que chamamos de período de latência sexual, no qual as forças sexuais estarão adormecidas. Por volta dos 12 (doze) anos de idade, o ser humano se encontra na fase genital, que se caracteriza por interesses sexuais maduros, que permanecem por toda a idade adulta. A Psicanálise dá grande importância à infância, isto é, às primeiras fases do desenvolvimento psicossexual da criança, pois considera que as emoções vivenciadas nessas fases influenciarão as relações futuras do sujeito. Dessa forma, parte do legado inconsciente da infância, permanecem na vida do sujeito como forças poderosas, disfarçadas na personalidade adulta. Para Freud, cada uma das fases do desenvolvimento possui conflitos e a personalidade, bem como os padrões de comportamento que o sujeito adotará para a vida toda, será determinada, considerando-se a forma como a criança resolve e enfrenta esses conflitos. 11 Atualmente, a Psicanálise é uma das principais teorias psicológicas. Um exemplo de sua grande importância está no fato de Freud tem muitos discípulos, que dão continuidade aos estudos psicanalíticos. Um desses autores é Erik Erikson (1902- 1994). Para Erikson, a personalidade se desenvolve em 8 (oito) estágios psicossociais, sendo 4 (quatro) estádios na infância, 1 (um) durante a adolescência e 3 (três) no decorrer da idade adulta. O termo psicossocial expressa a importância do contexto social no desenvolvimento psicológico do sujeito. As fases do desenvolvimento da personalidade segundo Erikson são: Confiança versus Desconfiança (do nascimento a 1 ano) – a importância dessa fase está na relação com a mãe, pois a criança experiencia confiar na sua mãe e esse padrão de comportamento é generalizado para as demais pessoas, inicialmente do ambiente familiar, mas não restrito a ele. Autonomia versus Vergonha e Dúvida (1-3 anos) – nessa fase ocorre o desenvolvimento da autonomia, isto é, as crianças aprendem a autossuficiência em muitas atividades, mas, por vezes, terá dúvida das próprias capacidades. Iniciativa versus Culpa (3-6 anos) – nesse estágio do desenvolvimento, a criança desenvolve sua identidade (menino ou menina), por meio da identificação com o progenitor, geralmente do mesmo sexo, que culmina na reprodução dos aspectos dos comportamentos adultos. Ocorre que ao imitar comportamentos e atitudes dos adultos, as crianças podem ultrapassar os limites estabelecidos pelos pais e, por conta disso, vivenciarem o sentimento de culpa. Diligência versus Inferioridade (7-11 anos) – a realização marcante desse estágio encontra-se no desenvolvimento de habilidades, inclusive sociais. A assimilação da competência e proatividade, por meio do controle de novas habilidades, se dá de forma acelerada, no entanto, o sentimento de inferioridade, por não desenvolver qualquer atividade, também pode ser rapidamente assimilado. Em virtude disso, há a necessidade de incentivar a criança a participar dos grupos sociais, onde poderá exercitar o sentimento de competência e de domínio das próprias capacidades. Intimidade versus Confusão de Papéis (adolescência) – nessa fase o adolescente experiencia amplas questões, como estabelecer uma carreira profissional e política e 12 sua identidade sexual. A confusão de papéis se dá porque o adolescente não se identifica mais com o papel social da criança, mas também não participa do papel social de adulto. Dessa forma, ao mesmo tempo que vivencia, mesmo que inconscientemente, o luto da infância, enfrenta a difícil missão de tornar-se adulto. Intimidade versus Isolamento (idade adulta) – espera-se que o adulto esteja preparado para estabelecer relações mais afetivas e duradouras, como no casamento, com amigos ou com grupos sociais, isto é, que se sinta preparado para encarar uniões mais estáveis. Entretanto, para isso, deve haver uma identidade pessoal forte, um profundo autoconhecimento, pois do contrário, pode surgir o temor de perda da identidade pessoal, que gera distanciamento e isolamento, bem como experiências de autoabandono. Generatividade versus Estagnação (adultos de meia-idade) – essa fase se caracteriza pela busca da estabilidade por parte do adulto, seja pela criação e manutenção da família, pelo trabalho profissional, entre outras atividades. Pode-se dizer, então, que há nessa fase uma busca de sentido para a vida. Após os 60 anos, surge a última fase – crise de desintegração e morte. Nessa fase, tendo superado todos os conflitos e crises dos estágios anteriores, o adulto terá adquirido integridade pessoal para enfrentar essa última crise, assim como terá desenvolvido um senso de solidariedade em relação aos outros. Caso contrário, os objetivos não alcançados poderão gerar um sentimento de desesperança face ao seu processo de morte, por não ter estabelecido sentido à sua vida. A exemplo de Freud, para Erikson, a formação e manutenção da personalidade dependerá do modo como o sujeito resolve cada um dos desafios ou crises do desenvolvimento. Entretanto, para o autor, a solução dessas crises depende da interação existente entre as características do sujeito com o suporte oferecido pelo meio social. Discípulo dissidente de Freud, Carl Gustav Jung (1875-1961) elaborou a abordagem conhecida como Psicologia Analítica, a partir de uma nova interpretação dos sonhos. A interpretação dos sonhos foi e é utilizada na Psicanálise, pois se acredita que os sonhos, assim como os atos falhos e até mesmo os sintomas de repressão corporal, os quais não há qualquerbase orgânica, como uma paralisia ou ausência da fala sem 13 qualquer comprometimento da área motora ou do aparelho fonador, constituem uma forma de expressão do inconsciente. Na teoria analítica, a teoria da sexualidade é rejeitada, mas o conceito de inconsciente é utilizado e é um dos pontos essenciais. Para Jung, o inconsciente se divide em duas entidades distintas: o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo. O conceito de inconsciente coletivo nos remonta à ideia de que o nosso desenvolvimento não ocorre de forma isolada, ou seja, o contexto sócio-histórico e cultural nos influencia intimamente, pois nos transmite padrões de comportamento e formas de experimentação da realidade; mas não para por aí, para o autor, o inconsciente coletivo é constituído por arquétipos. Tudo bem? Tranquilo para você até aqui? Provavelmente a sua resposta será “sim e não”, “não” porque não é tão simples assim compreender o que vem a ser arquétipo, principalmente dentro de uma teoria específica e, por assim dizer, pouco conhecida, como é o caso da teoria jungiana. Cabe então esclarecer o que vem a ser o tal arquétipo à luz dessa teoria. Vamos lá?! De forma simples, arquétipos são padrões de imagens e símbolos recorrentes, que representam uma tendência herdada e transmitida de geração em geração, que se expressam em diferentes formas em todas as culturas. Dessa forma, os arquétipos são imagens universais que podem ser reconhecidas nas diferentes culturas e sociedades, por meio das manifestações culturais, tais como: a linguagem, o comportamento social, os sonhos, etc., pois somos afetados pela cultura, mesmo que não tenhamos nos dado conta disso. O arquétipo do herói, da mãe, do pai, a Anima e o Animus são exemplos de imagens arquetípicas, pois são comuns a todas as culturas e sociedades. Certamente você compreende com mais facilidade o quem vem a ser o arquétipo do herói, da mãe e do pai, mas não esteja familiarizado com os conceitos de Anima e Animus. Esses arquétipos estão relacionados aos conceitos de gênero e seus papéis. A Anima representa o arquétipo do lado feminino na mente do homem, poderíamos dizer que equivale ao ideal feminino, isto é, à mulher idealizada, enquanto que o Animus representa o lado masculino na personalidade feminina, isto é, o homem idealizado pelas mulheres, representado na mente feminina. 14 O Associacionismo, cujo principal representante é Edward L. Thorndike (1874-1949), deu origem à primeira teoria da aprendizagem na Psicologia, que ficou conhecida como Lei do Efeito. Segundo essa teoria, se a consequência do comportamento for agradável, haverá repetição desse comportamento. Já se a consequência for desagradável, haverá tendência à extinção do comportamento. O trabalho de Thorndike, influenciou o principal teórico da Análise do Comportamento, Burrhus Frederic Skinner (1904-1990). Skinner desenvolveu o conceito de comportamento operante, que inclui todas as respostas, isto é, todas as reações do sujeito que têm algum efeito sobre o ambiente. A partir desse conceito, o teórico desenvolveu o conceito de condicionamento operante, que pode ser entendido como o processo pelo qual o comportamento poderá aumentar ou diminuir a frequência, dependendo de sua resposta ou consequência. Na análise do comportamento, dizemos que todo comportamento cuja a resposta for seguida de um reforço, aumenta de frequência ou tende a se repetir, ao passo que todo comportamento cuja resposta for seguida de uma punição, tende à extinção. O reforço positivo ocorre quando a consequência do comportamento é percebida como favorável e se acrescenta algo bom. Tem-se um pensamento do tipo “Legal! Ganhei”. Exemplo: a situação ou estímulo é uma prova. Diante desse estímulo, o comportamento adotado é estudar para a prova e o resultado é obter uma boa nota. Temos um reforço positivo, o que implica dizer que em outra situação semelhante o sujeito tenderá a repetir o comportamento de estudar. O reforço negativo ocorre quando a consequência do comportamento é percebida como favorável, no entanto, ocorre pela remoção de um estímulo aversivo. Tem-se o pensamento do tipo “Ufa! Me livrei”. Exemplo: a criança costuma vivenciar brigas dos pais. Diante dessa situação ou estímulo, a criança se tranca no quarto, onde permanece por muito tempo, evitando, assim, ouvir os pais brigando. Na punição positiva, há a inserção de um estímulo aversivo. Exemplo: o esposo esquece o aniversário da esposa ou vai para o barzinho com os amigos e chega tarde em casa. Diante dessa situação, a esposa briga com ele e o coloca para dormir no sofá. Certamente ouvir a esposa brigar e dormir no sofá será interpretado pelo marido como algo aversivo, ruim. 15 Já na punição negativa, retira-se algo bom que a pessoa já possui. Exemplo: o filho tinha uma prova, mas não se dedicou e obteve uma nota abaixo do esperado por um ou ambos os pais, que em decorrência disso, resolve(em) retirar o acesso à internet do filho ou lhe deixa sem usar o celular e computador por um período de tempo. É provável que o pensamento do filho nessa situação seja do tipo “Ah, perdi!”. Vejamos uma representação gráfica: Quadro 1 – Análise do Comportamento Estímulo => Resposta => Situação => Comportamento Resultado Favorável Reforço Positivo Reforço Negativo Resultado Desfavorável Punição Positiva Punição Negativa Fonte: elaborado pelo autor Você percebeu que o que diferencia um reforço de uma punição é a consequência do comportamento e que, nesse caso, a palavra negativo(a), que podemos representar com o sinal de subtração (-), tem a ver com a retirada de algo, sendo algo ruim no caso do reforço e algo bom no caso da punição? Lembre-se: o reforço negativo aumenta a probabilidade de resposta futura, enquanto que a punição negativa diminui essa probabilidade, podendo a chegar à extinção do comportamento. Jean Piaget (1896-1980) é o grande nome dessa teoria, cujo enfoque encontra-se na estrutura e no desenvolvimento dos processos de pensamento e do conhecimento humano. A teoria desenvolvida por Piaget também é conhecida como Construtivismo. Para essa teoria, o modo como as pessoas pensam revela como elas interpretam suas experiências e vivências, em um processo de construção de seus valores e suas premissas, daí o nome construtivismo. Segundo essa abordagem, o desenvolvimento cognitivo está dividido em períodos ou estádios: O primeiro deles é o sensório-motor (0 aos 2 anos) – o foco desse período entra no desenvolvimento sensorial e motor da criança. Lembra do processo de mielinização? Pois bem, ele se completa nesse estágio do desenvolvimento. Ao fim desse período, a criança terá noção da permanência do objeto; a qualidade do seu pensamento terá 16 ações mentais, além das ações físicas; o egocentrismo será marcante, ou seja, a criança é voltada para ela mesma. O segundo período é conhecido como pré-operatório (dos 2 anos aos 6 anos) – nesse estágio, a criança faz uso da imaginação e da linguagem. Ao final do período a criança será menos egocêntrica e conseguirá compreender os jogos de regra, bem como, coordenar pontos de vista diferentes e variados. No terceiro estádio, operatório concreto (dos 7 aos 11 anos) – a criança será mais lógica, objetiva e racional e, por conseguinte, menos intuitiva nas interpretações que faz de suas experiências e do entorno. No quarto e último estágio, operatório formal (12 anos à idade adulta) – o adolescente e o adulto são capazes de fazer uso da abstração para resolverem problemas hipotéticos, assim como poderão dominar as habilidades sociais e demonstrarem interesses por temas como economia, política, questões sociais, morais e éticas. Você já deve ter compreendido que o estudo da personalidade desperta interesses nas diversas áreas sociais e humanas e que todas as teorias da personalidade,assim como as teorias do desenvolvimento humano, atribuem grande importância à infância. Mas, afinal, o que é personalidade? Antes de buscarmos definir o que vem a ser personalidade, mesmo que de maneira geral e, portanto, genérica, devemos conceituar temperamento, caráter e traços de personalidade, para que não venhamos a confundir esses conceitos e incorrermos em um erro comum. Por temperamento, temos os traços da personalidade, por assim dizer, que possuem base eminentemente genética, isto é, são traços inatos, que podem ser modificados pela experiência, independentemente de sua origem hereditária. Já o caráter, que em nada tem a ver com o julgamento moral empregado pelo senso comum, é compreendido como disposições duradouras, sem base genética e, portanto, aparecem mais tardiamente e que modificam o temperamento. Por traço, se compreende a disposição comportamental do sujeito nas mais variadas situações, ou seja, o padrão constante de comportamento desse sujeito. Entre os traços mais 17 comuns, temos a generosidade, a impulsividade, a timidez, a honestidade, a empatia e a honestidade. Dito isso, podemos concluir que a personalidade é um processo dinâmico que ocorre no interior do sujeito, mas que não se encontra em um lugar específico, como o cérebro, por exemplo, assim como, apesar de possuir aspectos psicológicos com bases fisiológicas, não corresponde à justaposição dessas peças psicológicas e fisiológicas, mas represente a sua organização global. Podemos definir ainda a personalidade como uma força interna, que determina o padrão de comportamento adotado, sendo constituída por padrões de respostas recorrentes e consistentes, que não estão direcionados a uma única direção, mas a várias direções, a exemplo do que ocorre com os sentimentos, as emoções, os pensamentos e comportamentos. Precisamos compreender a pessoa em sua totalidade, pois não existem funções psíquicas isoladas. Para a Psicologia, as funções mentais, tais como a sensação, a percepção, a atenção, a memória, o pensamento, a linguagem, a motivação, a emoção, a aprendizagem, etc., são compreendidas como processos psicológicos. Os processos psicológicos podem ser básicos, que compreendem a sensação e a percepção e superiores, que compreende a consciência, a memória, a motivação e as emoções. A sensação e a percepção são processos complementares, enquanto a sensação se refere às respostas sensoriais a um estímulo do meio, a percepção se expressa como a capacidade de captar informações para o seu processamento. Dessa forma, temos que a sensação é realizada pelos órgãos do sentido, por meio dos onze sentidos distintos, que desempenham quatro papéis: detecção (recepção do estímulo por meio do órgão do sentido), transdução (conversão de energia), transmissão e processamento de informações. Já a percepção, pode ser compreendida como sendo o ponto de encontro entre a cognição e a realidade. Dessa forma, as funções táteis, olfativas, gustativas auditivas e visuais são funções senso- perceptivas. 18 As funções psicológicas superiores, tais como a atenção, a memória, a imaginação, o pensamento, a linguagem, a emoção e a motivação têm como finalidade organizar adequadamente a vida mental do sujeito em seu meio. Elas são organizadas em sistemas funcionais. Dessa forma, podemos dizer que a emoção é um estado mental, de qualidade subjetiva, que está associado a uma ampla variedade de sentimentos, comportamentos e pensamentos. As emoções têm grande importância, pois podem alterar o grau de atenção, bem como, o padrão comportamental do sujeito. A motivação, por sua vez, pode ser compreendida como uma força interna que leva à ação, isto é, ela pode ser percebida como a motriz da ação ou o motivo interno do comportamento proativo. É de se esperar que a motivação tenha sido objeto de estudo de várias abordagens. Você, por exemplo, já deve ter se perguntado qual foi o motivo que levou uma pessoa a realizar um comportamento que você desaprova ou o que faz uma pessoa ser tão proativa. Esses pensamentos estão ligados à motivação, pois quando fazemos esses questionamentos, na verdade, estamos tentando descobrir o que se encontra por trás da ação, os seus motivos internos. Ufa! Estamos finalizando o nosso módulo. Entretanto, esse “ufa” não é do tipo “ufa, me livrei”, que vivenciamos em uma situação de reforço negativo. Na verdade, ele é do tipo que representa uma missão cumprida, não é mesmo? O nosso trabalho de estudo foi um tanto árduo, mas também significativo. Partimos dos estudos produzidos na Psicologia do Desenvolvimento, compreendemos os fatores que interferem nos aspectos do desenvolvimento, assim como as principais teorias da personalidade. Por fim, conhecemos brevemente os processos psicológicos básicos e superiores, com foco na sensação, na percepção, na emoção e na motivação. Nesse momento, espera-se que você tenha compreendido que a dinamicidade da personalidade e dos processos psicológicos e tenha ciência da importância da infância e da adolescência no desenvolvimento humano. Até a próxima! 19 1. Conheça um pouco mais sobre as estruturas dinâmicas da personalidade, a partir do vídeo “Psicologia aplicada ao Direito: personalidade e estruturas dinâmicas da personalidade”. No vídeo, a profa. Daniela Mattar discute a formação da personalidade, a partir do paradigma proposto pelo modelo biopsicossocial e da análise dos fatores genético, psicológico e social. Você poderá assisti-lo acessando o seguinte link: <https://www.youtube.com/watch?v=lQah21ywWR0>. Acesso em: 10 jan. 2018. 2. Amplie os seus conhecimentos sobre a personalidade humana, assistindo ao vídeo “Personalidades (Bloco 1)”. No vídeo, a neurocientista Rosana Alves parte da teoria da personalidade proposta por Hipócrates, para discutir a personalidade humana. Se possível assista aos 3 (três) Blocos. Você poderá assisti-lo acessando o seguinte link: <https://www.youtube.com/watch?v=Z_SkdhqeZxI>. Acesso em: 10 jan. 2018. 3. Para que possamos refletir sobre as diferentes fases do desenvolvimento, sugiro o filme “Boyhood: Da Infância à Juventude”. No filme, você poderá acompanhar a vida de Mason que, literalmente, passa pelas primeiras fases do desenvolvimento diante de nossos olhos. A história gira em torno da vida do garoto, desde sua infância à sua juventude, perpassa pelo seu relacionamento com os pais, suas descobertas, experiências e seus conflitos. Você poderá ao trailer do filme acessando o seguinte link: <https://www.youtube.com/watch?v=oNC3NYWh1vI>. Acesso em: 10 jan. 2018. Amplie os seus conhecimentos sobre o estudo do desenvolvimento humano na Psicologia com a leitura do capítulo a seguir, disponível na Biblioteca Virtual do UNISAL: CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida. O estudo do desenvolvimento humano. In: ______. Psicologia do desenvolvimento. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997. p. 9-21. 20 Conheça um pouco mais sobre a personalidade humana, as raízes históricas da Psicologia da Personalidade, suas principais perspectivas teóricas e sua relação com o contexto, a partir do estudo do seguinte capítulo disponível na Biblioteca Virtual do UNISAL: FRIEDMAN, Howard S.; SHUSTACK, Miriam W. O que é personalidade? In: ______. Teorias da personalidade: da teoria clássica à pesquisa moderna. São Paulo: Prentice Hall, 2004. p. 1-23. BARROS, C. S. G. Pontos de Psicologia do Desenvolvimento. 12.ed. São Paulo: Ática, 2008. BERGER, K. S. O Desenvolvimento da Pessoa: da infância à terceira idade. Tradução de Dalton de Alencar. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. CÓRIA-SABINI, M. A. Psicologia do Desenvolvimento. 2. ed. 8. imp. São Paulo: Ática, 2010. DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. DAVIDOFF, Linda. Introdução à Psicologia. São Paulo: Pearson Makron Books,2001. ESCORSIN, A. P. Psicologia e Desenvolvimento Humano. Curitiba: Intersaberes, 2016. FRIEDMAN, Howard S.; SHUSTACK, Miriam W. Teorias da personalidade: da teoria clássica à pesquisa moderna. São Paulo: Prentice Hall, 2004. PAPALIA, D.; FELDMAN. R. D. Desenvolvimento Humano. Tradução de Cristina Monteiro e Mauro de Campos Silva.12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. PILETTI, N.; ROSSATO, S. M.; ROSSATO, G. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Contexto, 2014.
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