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POTFÓLIO PACIENTE CRÍTICO

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POTFÓLIO PACIENTE CRÍTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação de Risco 
 
 
 
 
 
A Classificação de Risco deve ser um instrumento para melhor organizar o fluxo de 
pacientes que procuram as portas de entrada de urgência/emergência, gerando um 
atendimento resolutivo e humanizado. 
Protocolo de Manchester 
 Otimiza os processos de atendimento; 
 Método eficiente para atendimento; 
 Diminui alta demanda; 
 Tempo representa salvar uma vida ou perder um paciente; 
 Atendimento com evidência; 
 Organização das prioridades; 
 Classifica Pacientes. 
 
 
Recapitulação Histórica 
 No Brasil, o primeiro estado a implantar o Manchester foi Minas Gerais, com o 
propósito de organizar o fluxo de pacientes. Em março de 2011, a prefeitura 
começou a utilização do protocolo em 24 Unidades de saúde, em caráter de 
teste. 
 Além de Minas Gerais já foram implantados projetos pilotos do Manchester em 
outras regiões de todo Brasil, como São Paulo e Curitiba. Ressaltando que em 
cada lugar o Manchester é adaptado a realidade de Saúde, encontrando 
desafios ímpares na sua implementação. 
Protocolo de Classificação de Risco – Ministério da Saúde 
 Não é um instrumento de diagnóstico de doença; 
 Hierarquiza conforme a gravidade do paciente; 
 Determina prioridade de atendimento; 
 Não pressupõe exclusão e sim estratificação. 
 
Critérios de Classificação Avaliação do Paciente 
1 - Apresentação usual da doença; 
2 - Sinais de alerta (choque, palidez cutânea, febre alta, desmaio ou 
perda da consciência, desorientação, tipo de dor, etc.); 
3 - Situação – queixa principal; 
4 - Pontos importantes na avaliação inicial: sinais vitais – Sat. de O2 
– escala de dor - escala de Glasgow – doenças preexistentes – idade 
– dificuldade de comunicação (droga, álcool, retardo mental, etc.); 
5 - Reavaliar constantemente poderá mudar a classificação. 
 
• Queixa principal 
• Início – evolução – tempo de 
doença 
• Estado físico do paciente 
• Escala de dor e de Glasgow 
• Classificação de gravidade 
• Medicações em uso, doenças 
preexistentes, alergias e vícios 
• Dados vitais: pressão arterial, 
temperatura, saturação de O2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intercorrências Cardíacas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parada Cardiorrespiratória 
A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como cessação abrupta das funções 
cardíacas, respiratória e cerebral, comprovada pela ausência de pulso central 
(carotídeo e femoral), perda da consciência devido à diminuição da circulação cerebral 
e de movimentos respiratórios. 
 
Fatores que levam à parada cardiorrespiratória: 
• choques circulatórios ou alterações estruturais no 
coração; 
• estresse físico ao extremo; 
• traumas; 
• doenças das artérias coronárias; 
• desordens hereditárias da atividade cardíaca. 
 
 
 
Realização de RCP 
A frequência da compressão deve ser, no mínimo, 100 por minuto. A profundidade de 
compressão, em adultos, deve ser de 2 polegares (5cm). A relação compressão 
ventilação deve ser, 30/2. Para choque, 1 e continua compressões, verificação de ritmo 
a cada 5 ciclos de RCP. 
 
 
 
 
 
 
Dentre os fatores citados, as doenças do 
aparelho circulatório representam a 
principal causa de óbito no mundo segundo 
a Organização Mundial de Saúde, sendo as 
doenças isquêmicas do coração, 
principalmente, o Infarto Agudo do 
Miocárdio (IAM), as responsáveis por 80% 
dos episódios de morte súbita. As pessoas 
que estão mais expostas são aquelas que 
apresentam fatores de risco como 
colesterol alto, obesidade, tabagismo, 
sedentarismo, hipertensão e consumo 
excessivo de sódio. 
 
Interpretação de Eletrocardiograma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onda P – Ativação dos átrios. 
Intervalo P-R – Intervalo de tempo, começo da 
despolarização atrial até o começo da despolarização 
ventricular. 
Complexo Ventricular QRS – Despolarização dos ventrículos. 
Onda Q – Despolarização septal (Deflexão P/A baixo). 
Onda R – Despolarização Ventricular (Deflexão P/A cima). 
Onda S - 1ª deflexão negativa seguinte a onda R. 
Despolarização da região basal posterior do ventrículo E. 
Onda T – Repolarização dos ventrículos. 
Segmento S-T – Período de inatividade elétrica depois do 
miocárdio estar despolarizado. 
Onda U – Segue a onda T originada pelos potenciais tardios 
do início da diástole. 
Intervalor Q-T – Tempo necessário para despolarização e 
repolarização dos ventrículos. 
 
Realização do ECG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eletrodo RA: Braço 
direito, cor vermelha 
Eletrodo LA: Braço 
esquerdo, cor amarela 
Eletrodo RL: Tornozelo 
direito, cor preta 
Eletrodo LL: Tornozelo 
esquerdo, cor verde 
 
 
 
 
 
Intercorrências 
Neurológicas 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
De forma geral, pode-se dividir o AVE em isquêmico ou hemorrágico, sendo o primeiro subtipo 
responsável por 87% dos casos. Dos hemorrágicos, a maioria é subaracnóideo, sendo o 
intraparenquimatoso mais raro. É uma das únicas situações médicas em que o exame de 
imagem é imprescindível. 
– a tomografia de crânio, para podermos diferenciar entre acidente hemorrágico e isquêmico. 
• Hemorrágico – hiperdenso (fica branco) 
• Isquêmico – hipodenso (fica preto - morte) 
 
Um ponto fundamental inicial do atendimento do paciente com a suspeita de AVC é a 
coleta de informações. 
 Quando foi o último momento em que o paciente estava assintomático. 
 Obter dados sobre antecedentes mórbidos e medicações em uso. Se o paciente 
fizer uso de anticoagulantes, questionar quando ele fez uso da última dose. 
 Avaliar a presença de contraindicações para trombólise endovenosa (TEV). 
Além disso, um exame físico direcionado deve ser realizado. 
 Monitorização dos sinais vitais e coleta da glicemia capilar. 
 Aferição da pressão arterial (PA) em quatro membros. 
 Realizar exame neurológico sucinto e calcular o National Institutes of Health 
Stroke Scale (NIHSS). 
 
 
 
 
 
Cuidados importantes na avaliação inicial do paciente 
incluem: corrigir hipoglicemia em caso de glicemia capilar < 
60 mg/dL e obter ao menos um acesso venoso periférico 
adequado (que será fundamental para infusão de contraste 
radiológico, trombolíticos e drogas vasoativas, caso se 
façam necessários). Ao hidratar o paciente, NÃO se usa soro 
glicosado, pois isso causaria edema cerebral. 
Traumatismo Crânio Encefálico – TCE 
Fratura de base de crânio – contraindicam a intubação nasotraqueal, sonda nasogástrica. 
 
 
ECG 
TCE leve: 13 a 15 
TCE moderado: 9 a 12 
TCE grave: 3 a 8 
Importante, pois, define a conduta, moderado já tem indicação de CTI, grave de 
monitorização invasiva como PIC, reflexo pupilar, pupilas midriáticas ou não? Fixas ou 
foto reagentes? Fotoreagente consensual presente? Movimento de extremidades? 
 
Morte Cerebral 
 ECG = 3 
 Pupilas não reativas 
 Reflexos do tronco ausentes (óculocefálico, corneal, olhos de boneca e 
ausência de reflexo faríngeo) 
 Ausência de esforço respiratório no teste de apneia formal 
 
 
 Placa cribiforme 
 Otorreia 
 Rinorreia 
 Sinal do Guaxinim 
(acúmulo de sangue 
periorbital)/hemato
ma periorbitário 
Escalas de avaliação Neurológica 
 Escala pré-hospitalar de Los Angeles (LAPSS) 
 Escala de AVC pré-hospitalar de Cincinnati o desvio da rima labial, queda do 
braço e fala anormal 
 
 
Escala de Glasgow 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assistência de Enfermagem 
ao CHOQUE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela tipos de Choques 
Tipo de Choque Causa Manifestação Clínica Dificuldades 
Hipovolêmico Quando se perde grande 
quantidade de líquidos (diarreia, 
vômito ou 
poliúria) e/ou sangue (hemorragia 
interna ou externa). 
Psiquismo (imóvel, apático, 
mas consciente; 
Pele fria, sobretudo nas 
extremidades, pálida, 
com turgor cutâneo 
diminuído. 
Pulso rápido, fraco e 
irregular, filiforme e por vezes 
imperceptíveis;Hipotensão sistólica e 
diastólica. Pressão venosa 
central (PVC) baixa; 
Respiração rápida, curta e 
irregular. 
Os aspectos hemodinâmicos 
aos clássicos desse tipo de 
choque incluem taquicardia, 
hipotensão, redução das 
pressões de enchimento 
cardíaco e vasoconstrição 
periférica. 
Detecção de sinais e sintomas 
para um diagnóstico clínico 
preciso; 
Tomada de decisão rápida e 
precisa. Exemplo: Inicio da 
reposição volêmica urgente 
(transfusão de sangue e 
eletrólitos). 
 
 
Cardiogênico Quando o coração perde sua 
capacidade para bombear 
sangue em quantidade adequada 
para os órgãos, causando 
diminuição acentuada da pressão 
arterial, falta de oxigênio nos 
tecidos e acumulo de liquido nos 
pulmões. 
Pressão arterial baixa; 
Elevação da frequência 
cardíaca; 
Palidez; 
Extremidades frias e úmidas; 
Diminuição do estado de 
consciência, resultando em 
sonolência e fraqueza; 
Redução da quantidade de 
urina; 
Nos casos onde há acúmulo 
de líquido nos pulmões 
também pode apresentar 
falta de ar e sons anormais 
na ausculta dos pulmões. 
 
Exame físico eficiente; 
Preparo da equipe para a 
associação dos sintomas com a 
disfunção cardíaca; 
Realização de exames como o 
ECG para diagnostico; 
Conduta rápida; 
Atenção na falência de outros 
órgãos. 
Distributivo Quando o volume sanguíneo é 
anormalmente deslocado no 
sistema vascular tal como ocorre 
quando ele se acumula nos vasos 
sanguíneos periféricos. 
 
Vasodilatação; 
Má distribuição do volume 
sanguíneo; 
Retorno venoso 
diminuído; Volume sistólico 
diminuído; Débito cardíaco 
diminuído; Perfusão tecidual 
diminuído. 
Capacitação na manutenção 
e no controle hemodinâmico e 
seus distúrbios; 
Diagnóstico precoce. 
Neurogênico Está associado a trauma de 
medula ou tronco encefálico, com 
inibição do tono vascular; hipóxia 
pela depressão por drogas 
(anestesias) e 
choque hipoglicêmico. 
Pele seca e quente; 
Hipotensão; 
Bradicardia. 
 
Detecção do trauma resultando 
na falta de estabilização e 
posicionamento adequado; 
Demora em realizar exames 
complementares para 
diagnóstico; 
 
Anafilático É uma reação alérgica grave e 
potencialmente fatal devido 
alguma substância estranha no 
organismo, são causados 
primariamente por comidas, 
picadas de insetos, pólen, drogas 
ou qualquer outra substância 
alérgica 
Sensação de desmaio; 
pulso rápido; dificuldade de 
respiração, incluindo chiados 
no peito; náusea e vômito; 
dor no estômago; 
inchação nos lábios, língua 
ou garganta (incluindo o 
palato mole - a parte de trás 
do céu da boca -, a úvula - 
campainha-, e a glote - 
provocando o edema de 
glote); placas altas e 
pruriginosas na 
pele: urticária; pele pálida, fria 
e úmida; vertigens, confusão 
mental e perda 
da consciência; pode haver 
parada cardíaca. 
 
Falta do conhecimento de 
histórico alérgico do paciente; 
Diagnóstico preciso dos 
sintomas e da causa da reação; 
Rápida conduta para reversão 
da resposta exagerada do 
sistema imunológico; 
Séptico Infecção generalizada que ocorre 
quando micro-organismos de 
uma infecção local chegam à 
corrente sanguínea espalhando-
se por todo o corpo. 
Fase 
hiperdinâmica: enchimento 
capilar rápido, pulso 
periférico oscilante. 
Fase hipodinâmica: perfusão 
reduzida, pulso periférico 
reduzido, extremidades 
frias; estado mental alterado, 
enchimento capilar maior 
que 2 segundos. 
Falta da identificação e 
a eliminação da causa da 
infecção; 
Falta de conhecimento quanto 
aos cuidados de enfermagem; 
Falta de protocolo de 
atendimento nos serviços de 
saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intercorrências 
Respiratórias 
Ventilação Mecânica 
Os principais objetivos da VM: 
 Manutenção das trocas gasosas; 
 Alívio do trabalho da musculatura respiratória; 
 Reversão/prevenção da fadiga da musculatura respiratória; 
 Diminuição do consumo de oxigênio; 
 Aplicação de terapêuticas e procedimentos específicos. 
 
Parâmetros Ventilatórios Básicos 
 Volume corrente (VT): O volume corrente deve ser ajustado de 6 a 8 ml/kg 
conforme peso ideal (peso previsto para o paciente, e não o peso real). Não usar 
volume corrente em excesso devido risco de trauma. 
 Fração inspirada de oxigênio (FiO2): deve ser a suficiente para manter a SPO2 
>90%. Estar atento para a toxicidade do oxigênio quando usado em excesso e com 
pacientes DPOC. 
 Frequência Respiratória (FR): irá depender do modo ventilatório que o paciente se 
encontra, porém inicialmente deve ser mantida de 12 a 20 rpm para pacientes 
estáveis. 
 Pressão expiratória final positiva (PEEP): é uma pressão positiva que impede o 
colabamento dos pulmões e possui valor fisiológico de 5 cmH20. Cuidar com PEEP 
alta devido repercussão hemodinâmica. 
Ciclo Ventilatório 
  Disparo: É a transição da fase expiratória para a inspiratória. Ocorre pela abertura da 
válvula de fluxo e fechamento da válvula de exalação. 
  Fase inspiratória: Fornecimento do fluxo inspiratório pelo ventilador ao paciente, 
pressurizando o sistema respiratório. 
 Ciclagem: É a transição da fase inspiratória para a expiratória. Ocorre, então, 
fechamento da válvula de fluxo e abertura da de exalação. 
 Fase expiratória: A pressão positiva no sistema respiratório será equilibrada com a 
atmosférica (ou com a pressão expiratória final ajustada – PEEP), com a exalação 
progressiva do volume corrente previamente recebido. 
 
 
Ventilação controlada: pressão X volume 
Quando se ventila por VOLUME, este é constante e a pressão é variável, e quando se 
opta por ventilar a PRESSÃO ela se mantém constante enquanto o volume varia, 
sendo que cada forma tem suas vantagens e desvantagens. A escolha irá depender 
da avaliação do paciente e da sua resposta. 
 
Modos Ventilatórios 
 Controlado: Utilizado em pacientes apnéicos por alguma condição clínica como 
anestesia, uso de drogas sedativas ou agentes paralíticos. Nesse modo, todos os ciclos 
são fornecidos pelo ventilador eliminando o trabalho respiratório e proporcionando o 
completo controle sobre a ventilação. Quando utilizado por longo período causa 
fraqueza muscular e atrofia. 
 Assistido-controlado: É uma modalidade de ventilação na qual os ciclos mandatórios 
são fornecidos a uma FR, pressão (ou volume), fluxo e tempo pré-estabelecidos. Esse 
modo garante, portanto, que um nível seguro mínimo de ventilação seja atingido. 
 Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada-SIMV: Nesse modo os pacientes 
respiram espontaneamente entre respirações obrigatórias da máquina. Pode ser 
associado com pressão de suporte. 
 Pressão de Suporte: Ajuda a ventilação espontânea iniciada pelo paciente por meio 
de uma pressão inspiratória pré-determinada e constante. Essa modalidade oferece 
treinamento gradual aos músculos inspiratórios, ao mesmo tempo em que previne a 
atrofia e evita fadiga muscular por sobrecarga de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
Equilíbrio Ácido-Base 
O principal sistema tampão do meio interno, que visa evitar variações bruscas do pH, é 
o sistema bicarbonato-CO2. 
 Aumento da concentração plasmática de base, ou seja, bicarbonato, ELEVA o 
pH, isto é, ALCALINIZA o sangue, pois a base consome H+. 
 Aumento plasmático de CO2 REDUZ o pH, ou seja, ACIDIFICA o sangue, pois o 
ácido libera H+. 
 A resposta compensatória é SEMPRE no mesmo sentido do distúrbio primário. 
Ex: a redução do HCO3 (acidose metabólica) deve ser 
acompanhada por uma redução da PCO2. 
 
 
 
Acidose Respiratória Acidose Metabólica 
Aumento da PCO2 faz cair o PH 
PCO2 > 45mmHg 
PH <7,35 
A redução do HCO3 faz cair o PH 
HCO3 <25 mEq/l 
PH < 7,35 
Alcalose Respiratória Alcalose Metabólica 
A redução da PCO2 faz o PH elevar 
PCO2 <35 mmHg 
PH > 7,45 
Aumento do HCO3 aumenta o PH 
HCO3 > 26 mEq/l 
PH > 7,45 
 
 
 
 
 
 
pH normal = 7,35-7,45 
PCO2 normal = 35-45mmHg 
HCO3normal = 22-26mEq/L 
Base Excess (BE) = -3,0 à 
+3,0mEq/L 
 
Gasometria Arterial 
 A gasometria arterial é um exame invasivo que mede as concentrações de 
oxigênio, a ventilação e o estado ácido-básico. Normalmente essa a mostra é 
coletada na artéria radial, mas também poderá ser coletada pela artéria 
braquial ou femoral. 
 Os valores gasométricos são obtidos quando o quadro clínico do paciente 
sugere uma anormalidade na oxigenação, na ventilação e no estado ácido-
básico. 
Os níveis dos gases arteriais também são obtidos para avaliar alterações na terapia que 
podem afetar a oxigenação, tal como a mudança na concentração de oxigênio 
inspirado (FiO2), níveis aplicados de pressão expiratória final positiva (PEEP), pressão 
das vias aéreas, ventilação (mudança de frequência da respiração, alterações do 
volume corrente) ou equilíbrio ácido-básico (administração de bicarbonato). 
Valores Normais de Gasometria Arterial 
pH 7,35 a 7,45 
PO2 80 a 100 mmHg 
PCO2 35 a 45 mmHg 
BE -2 a +2 
HCO3 22 a 28 mEq/L 
SatO2 >95% 
 
Causas de Acidose Respiratória: 
• Lesão no Centro Respiratório (AVE, TCE, tumor); 
• Depressão no Centro Respiratório (intoxicações, 
anestésicos, sedativos, lesões, narcóticos); 
• Obstrução de Vias Aéreas (Asma, DPOC, 
secreção, corpo estranho); 
• Infecções agudas (Pneumonias); 
• Edema Pulmonar; 
• SDRA, Atelectasias, Pneumotórax, Fibrose 
Pulmonar; 
• Trauma torácico, deformidades torácicas 
severas; 
• PO cirurgia abdominal alta, toracotomias; 
• Distensão abdominal severa; 
• Doenças Neuromusculares (Poliomelite, 
Polirradiculoneurites); 
• Tromboembolia Pulmonar; 
• Fadiga e falência da musculatura respiratória. 
 
 
Causas de Alcalose Respiratória: 
• Hiperventilação por ansiedade, dor, hipertermia, 
hipóxia, grandes altitudes; 
• Hiperventilação por VM; 
• Lesões do SNC, tumores, encefalites, 
hipertensão intracraniana; 
• Salicilatos e sulfonamidas; 
• Alcalose pós acidose. 
 
 
Causas de Acidose Metabólica: 
• Insuficiência Renal; 
• Cetoacidose diabética; 
• Ingestão excessiva de ácidos; 
• Perdas excessivas de bases (diarréias); 
• Elevação de ácido láctico na 
glicogenólise muscular (aumento do 
trabalho respiratório); 
• Hipóxia (insuficiência respiratória, 
choque circulatório); 
• Hipertermia, doenças infecciosas, 
anorexia. 
 
 
Causas de Alcalose Metabólica: 
• Oferta excessiva de bicarbonato; 
• Perda de suco gástrico por vômitos ou 
aspirações de sondas gástricas; 
• Uso abusivo de diuréticos e 
corticosteróides; 
• Insuficiência respiratória crônica 
(retentores crônicos de CO2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intercorrências Renais 
Fisiologia Renal 
Processos renais envolvidos na produção da Urina 
 Ultrafiltração glomerular: as substâncias do plasma são filtradas livremente para o 
Espaço de Bowman. 
 Reabsorção de substâncias dos túbulos renais para o sangue. Pode ser transcelular ou 
paracelular. 
 Secreção de substâncias do sangue para os túbulos renais. 
 Excreção: a excreção de uma determinada substância se relaciona matematicamente 
pela seguinte equação: Taxa Excreção Urinária = Taxa Filtração – Taxa Reabsorção + Taxa 
Secreção 
 
 Hipovolemia: Resulta na perda dos líquidos corporais e ocorre com maior 
rapidez quando associado à diminuição da ingesta de liquido. 
 Hipervolemia: Está relacionado à simples sobrecarga de liquido ou à função 
diminuída dos mecanismos homeostáticos responsáveis por regular o equilíbrio 
hídrico. Fatores que podem contribuir: insuficiências cardíaca e renal e cirrose do 
fígado. 
 Hiponatremia: é um transtorno de eletrólitos, transtorno dos sais presentes no 
sangue no qual a concentração de Sódio no plasma sanguíneo (nível sérico) é 
menor do que o normal, 135 mEq/l. 
 Hipernatremia: é um desequilíbrio na concentração de sódio no sangue, que se 
encontra em excesso, mais que 145 mEq/l. 
 Hipocalemia: Indica um déficit real nas reservas totais de potássio, < 3,5 mEq/l. 
Com o excesso de potássio a célula hiperpolariza, criando uma dificuldade para 
um novo potencial de ação, pode levar a insuficiência cardíaca. 
 Hipercalemia: Concentração de potássio sérico maior que o normal, raramente 
ocorre nos pacientes com função renal normal. Volume maior que 5,0 mEq/l. 
Com a falta de potássio a célula tem uma dificuldade para repolarizar, causando 
fraqueza muscular e também problemas para o miocárdio. 
 
 
 
 
 
Quando há uma diminuição do volume circulante 
(hipovolemia), a hipoperfusão renal estimula 
o aparelho justa glomerular a secretar RENINA, 
responsável por converter ANGIOTENSINOGÊNIO em 
ANGIOTENSINA I. Esta sofre ação de uma enzima 
produzida pelos pulmões denominada ENZIMA CONVERSORA DE 
ANGIOTENSINOGÊNIO (ECA, ou em ingês, ACE), convertendo-se em ANGIOTENSINA II. 
A Angiotensina II será responsável por exercer 3 ações: 
1) estimular o centro da sede no Hipotálamo (área lateral do mesmo) para aumentar a 
volemia. 2) em nível renal, diminuir a excreção de sódio e de água, na tentativa de 
aumentar a pressão sanguínea e a volemia. 3) estimular a Adrenal a sintetizar e 
secretar ALDOSTERONA, também responsável por diminuir a excreção de sódio e água 
(estimulando a reabsorção dos dois). 
 Portanto, o eixo Renina-Angiotensina-Aldosterona é responsável por promover uma 
Hipertensão fisiológica, e é ativado em condições de Hipovolemia. 
 
O hormônio antidiurético (ADH) é um 
hormônio protéico produzido no 
hipotálamo e armazenado na hipófise. 
A partir da neuro-hipófise o ADH é 
liberado para o sangue. 
A principal ação do ADH é regular a 
tonicidade do fluido extracelular, 
aumentando a permeabilidade à água 
dos epitélios do túbulo distal, túbulo 
coletor e ducto coletor. 
 O ADH aumenta a permeabilidade à 
água pela abertura dos poros nas 
células epiteliais do ducto coletor. 
Pode-se dizer que o ADH é o 
hormônio da conservação da água. 
 
Os rins têm papel importante na regulação da remoção de H+ do corpo. Entretanto, o controle 
preciso da concentração de H+ no líquido extracelular envolve muito mais do que a simples 
eliminação de H+ pelos rins. Existem também diversos mecanismos de tamponamento acido-básico 
envolvendo o sangue, as células e os pulmões, que são essenciais para manter as concentrações 
normais de H+, tanto no líquido extracelular quanto no intracelular. 
 
 
 
 
 
 
 
Intercorrências ao Paciente 
Politraumatizado 
Trauma 
 O trauma é a principal causa de mortalidade entre jovens, e é considerada a 
única doença totalmente evitável, por meio de medidas governamentais ou 
apenas comportamentais. 
 O Advanced Trauma Life Support (ATLS) foi criado para sistematizar as 
condutas no atendimento dos pacientes, com base no reconhecimento e 
tratamento das lesões com maior risco de vida 
 
XABCDE do Trauma 
Durante o exame primário, deve-se buscar tratar as lesões com risco iminente de 
morte. 
X Hemorragia Exssanguinante 
A Vias aéreas com proteção da coluna cervical 
B Respiração e ventilação 
C Circulação 
D Incapacidade, estado neurológico 
E Exposição com controle do ambiente 
 
 
 
A – VIAS AÉREAS E COLUNA CERVICAL 
(Airways) 
▪ Se o paciente consegue falar, significa que 
as vias aéreas estão pérvias; 
▪ Manobras de estabilização das vias aéreas, 
como elevação do queixo e anteriorização 
da mandíbula devem ser realizadas sempre 
que possível/necessário; 
▪ A proteção da coluna cervical SEMPRE 
deve ser feita; 
▪ Avaliar a necessidade de uma via aérea 
definitiva (IOT); 
▪ Todo paciente com trauma acima da 
clavícula, politraumatizado ou com alteração 
do nível de consciência apresenta lesão da 
coluna cervical até que se prove o contrário; 
▪ A prancha rígida NÃO É UM MÉTODO DE 
IMOBILIZAÇÃO. 
B – RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO 
(Breathing) 
▪ Permeabilidade das vias aéreas não 
é sinônimo de ventilação adequada! 
▪ É crucial identificar e tratar lesões 
com risco à vida: Obstrução dasvias 
aéreas; Pneumotórax hipertensivo; 
Hemotórax maciço; Tamponamento 
cardíaco; Tórax flácido ou instável 
com contusão pulmonar. 
▪ Todo politraumatizado deve receber 
oxigênio suplementar e ter sua 
saturação avaliada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Triagem e atendimento pré-hospitalar 
Princípio mais importante no atendimento inicial: GARANTIR A SEGURANÇA DA CENA! 
Em caso de desastres com múltiplas vítimas: 
 Número de vítimas > Capacidade de atendimento: dar prioridade aquelas que tem 
maior chance de sobrevivência, pois demandam menor gasto de tempo, 
equipamentos e recursos; 
 Número de vítimas < Capacidade de atendimento: dar prioridade aos pacientes mais 
graves e com maior risco. 
Escala START (Simple Triage and Rapid Treatment). 
 
C – CIRCULAÇÃO (Circulation) 
▪ Deve ser feita avaliação hemodinâmica: 
frequência cardíaca, pressão arterial, 
diurese e nível de consciência; 
▪ Hemorragias externas devem ser 
identificadas e controladas, 
preferencialmente por meio de compressão 
direta; 
▪ A reposição volêmica, quando indicada, 
deve ser precoce; 1-2L de Ringer Lactato 
em adulto, ou 20ml/kg em crianças. 
▪ Em caso de sangramentos intracavitários, 
especialmente hemorragias abdominais, a 
reposição volêmica não pode ser suficiente, 
e a cirurgia deve ser indicada; 
Hipotensão + Taquicardia = Hipovolemia 
 
D – DÉFICITS NEUROLÓGICOS (Disability) 
▪ Deve ser feita avaliação do nível de 
consciência e do tamanho e reatividade 
das pupilas; 
▪ A avaliação da consciência se dá através 
da Escala de Coma de Glasgow. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intercorrências 
Gastrointestinais 
 
 
 
 
 
 
Distúrbios Gastrointestinais e Seminários 
 
 
 
ACALASIA - MEGAESÔFAGO 
• Ocorre quando o esfíncter esofágico 
não se relaxa durante a deglutição, logo 
o alimento deglutido não passa para o 
estômago. 
• A musculatura do esôfago permanece 
contraída e o plexo mioentérico perde 
a capacidade de transmitir sinal que 
cause o relaxamento quando o 
alimento se aproxima. 
• Quando a acalasia se torna grave, o 
esôfago não consegue esvaziar o 
alimento deglutido no estômago. Logo, 
ele se dilata muito, até que chegue a 
reter microorganismos durante a 
estase esofágica. 
• A infecção pode causar ulceração da 
mucosa, levando a dor e morte. 
• Trata-se com inserção de uma sonda 
esofágica + balão e uso de 
antiespasmódicos (relaxamento da 
musculatura lisa). 
GASTRITE 
• A inflamação da gastrite pode ser 
superficial ou penetrar profundamente 
na mucosa gástrica e em casos de longa 
duração, causar atrofia completa da 
mucosa gástrica. 
• Em alguns casos pode ser aguda e 
intensa, com escoriação ulcerativa 
pelas próprias secreções do estômago. 
• Frequentemente a gastrite é causada 
por infecção bacteriana crônica, e é 
tratada com sucesso por esquema 
intensivo de terapia antibacteriana. 
• Certas substâncias irritativas que são 
ingeridas podem ser prejudiciais para a 
barreira protetora da mucosa gástrica, 
como o álcool e a aspirina. 
• Em pessoas com gastrite crônica, a 
mucosa se atrofia com redução até a 
supressão completa da secreção 
digestiva das glândulas gástricas. 
CONSTIPAÇÃO – MEGACÓLON 
• Significa movimento lento das fezes 
no intestino grosso. Está associada a 
grande quantidade fezes ressecadas 
endurecidas no cólon descendente, que 
se acumulam devido a absorção 
excessiva ou insuficiente ingestão de 
liquido. 
• Se não houver defecação quando os 
reflexos são excitados, os reflexos ficam 
menos fortes com o passar do tempo e 
o cólon se torna atônico. 
• A constipação pode resultar também 
de espasmo de pequeno segmento do 
cólon sigmoide. 
• Quando a constipação é intensa, os 
movimentos do intestino ocorrem só 
uma vez. Isso faz com que grande 
quantidade de material fecal se 
acumule no cólon, distendendo-o. 
PANCREATITE 
• A causa mais comum é o excesso de 
bebidas alcoólicas, a segunda causa é o 
bloqueio papila de Vater por cálculos 
(bloqueando o dueto secretor principal 
do pâncreas e o colédoco). 
• As enzimas pancreáticas ficam 
represadas nos ductos do pâncreas, 
eventualmente o acúmulo de 
tripsinogênio e a sua ativação à tripsina 
digerem o próprio pâncreas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSTRUÇÃO GASTROINTESTINAL 
• As causas mais comuns de obstrução do 
TGI são: câncer, constrição fibrótica 
decorrente de ulceração ou por aderências 
peritoneais, espasmo de segmento do 
intestino e paralisia do segmento do 
intestino. 
• Se a obstrução ocorrer no piloro 
(constrição fibrótica após úlcera péptica) 
ocorrerá vômitos persistentes, reduzindo a 
nutrição corporal. 
• Se a obstrução for além do estômago, o 
refluxo antiperistáltico do intestino delgado 
faz com que os sucos intestinais voltem para 
o estômago e eles são vomitados. Nesse 
caso, há desidratação por perde de água e 
eletrólitos. 
• Se a obstrução ocorrer na extremidade distal 
do intestino grosso, as fezes poderiam se 
acumular no cólon. O paciente desenvolve 
sensação intensa de constipação. E a obstrução 
prolongada do intestino grosso causa ruptura do 
mesmo. 
DIARREIA 
• A diarreia resulta do movimento rápido de 
material fecal pelo intestino grosso. 
• A enterite é a inflamação do trato 
intestinal, ocasionada por vírus ou bactérias. 
Na diarreia infecciosa, a infecção é mais 
extensa, e em todos os lugares há irritação 
da mucosa, cuja secreção aumenta. 
 
 
 
 
Intoxicação Exógena 
 
 
 
 
 
 
Intoxicações 
Intoxicação/envenenamento refere ao efeito dose-dependente que pode se desenvolver após 
a exposição à determinados agentes. 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
 Pré clínica: acontece após a intoxicação e antes do aparecimento dos sintomas. O 
objetivo é reduzir ou evitar a toxicidade; 
 Tóxica: período do início dos sintomas até o pico das manifestações clínicas ou 
laboratoriais. O objetivo é estabilizar as vias aéreas, ventilação e a circulação do 
paciente, administrar os antídotos indicados; 
 Resolução: ocorre do pico dos sintomas até a recuperação completa. O objetivo é 
encurtar o período de duração da toxicidade. 
Em casos de exposição tópica, devem ser retiradas as roupas do paciente, lavagem abundante 
com água ou irrigação com solução salina; 
Em casos de intoxicação por ingestão, a administração de carvão ativado ainda é a melhor 
opção. 
 
Tratamento: 
 Avaliação inicial: MOV (monitorização, oxigenação e veia); 
 Estabilização hemodinâmica se necessário; 
 Estabilização da via aérea se necessário; 
 Lavagem gástrica + carvão ativado (na 1ª hora!) 
 Antídotos 
 
 
LAVAGEM GÁSTRICA 
Consiste na infusão e posterior aspiração de soro 
fisiológico 0.9% através da sonda nasogástrica 
ou orogástrica objetivando retirar a substancia 
ingerida; deve ser feita sempre na 1ª hora! 
Contraindicações (relativas): ingestão de 
corrosivos ou destilados de petróleo, crianças 
menores de 02 anos, vítima inconsciente ou em 
convulsão, vias respiratórias desprotegidas e 
comprometidas, hemorragia, perfuração ou 
cirurgia esofagogástrica recente, agitação ou 
recusa do paciente. 
CARVÃO ATIVADO 
Geralmente realizado após lavagem 
gástrica, mas pode ser feito isoladamente; 
Contraindicações: RN, gestantes ou 
pacientes muito debilitados, cirurgia 
abdominal recente, administração de 
antídotos por VO, ingestão de cáusticos ou 
solventes, obstrução intestinal, ingestão 
de substancias que não são efetivamente 
absorvidas pelo carvão; 
Realizar em até 2h de ingestão; 
Toxicidades 
 
 
 
 
 
 
 
Acidentes com Animais peçonhentos 
 
 
Fonte: Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina. 
 
 
 
Glossário 
Assincronia ventilatória: é uma incoordenação entre os esforços do paciente e as suas necessidades 
ventilatórias em relação ao que é ofertado pelo respirador mecânico. 
 
Barestesia: sensibilidade dos órgãos profundos (ossos, músculos, vísceras etc.) a peso ou pressão 
 
Cateter Nasal de Alto Fluxo de Oxigênio (CNAF): oxigenoterapia que pode chegar até 60 litrospor 
minuto e uma fração ofertada de O2 (FiO2) de 21% a 100%. 
 
Choque séptico: é o termo usado para designar a falência circulatória aguda de causa infecciosa. É 
caracterizada de hipotensão arterial grave e refratária a volume, sendo provocada por germes 
infecciosos como bactérias, fungos e vírus, causando o comprometimento do sistema circulatório. 
 
Cianose: é um sinal caracterizado pela coloração azul-arroxeada da pele e da superfície mucosa, 
atribuída a um aumento da hemoglobina não saturada de oxigênio. 
 
COVID-19: provoca a doença chamada Coronavírus. Trata-se de uma família de vírus que causa 
infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/2019, após casos 
registrados na China. Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No 
entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na 
microscopia, parecendo uma coroa. 
 
Desmame da ventilação mecânica: termo que se refere ao processo de transição da ventilação artificial 
para a respiração espontânea nos pacientes que permanecem em ventilação mecânica invasiva por 
tempo superior a 24 h. 
 
Diabetes: é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer 
devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas. 
 
Dispneia: sensação de falta de ar, dificuldade de respirar ou respiração incompleta. O ato de respirar 
passa à esfera consciente de um esforço desagradável. 
 
Distúrbios respiratórios: quadro respiratório caracterizado por padrões respiratórios irregulares que 
ocorrem na ausência de doenças concomitantes ou secundários a doenças pulmonares e/ou cardíacas. 
 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): é caracterizada pelos persistentes sintomas respiratórios 
e pela limitação ao fluxo aéreo que são causados por anormalidades nas vias aéreas ou nos alvéolos 
normalmente decorrentes de exposição a partículas ou gases nocivos. Eletrocardiograma (ECG): é um 
exame que avalia a atividade elétrica do coração a partir de eletrodos fixados na pele. 
 
Filtrado Glomerular: é o líquido produzido pelo glomérulo durante o processo de filtração glomerular. 
 
FiO2 : fração inspirada de oxigênio. 
 
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis 
elevados e sustentados de pressão arterial (PA). 
 
Hipotonia: é o aumento dos tônus musculares, e acontece nas lesões do arco reflexo, seja nas lesões 
aferentes ou eferentes, bem como nas lesões do cerebelo, ex: de causas musculares (miopatias). 
 
Insuficiência respiratória: é o termo usado para descrever a troca inadequada de gases pelo sistema 
respiratório, resultando numa incapacidade de manter os níveis de oxigênio e dióxido de carbono 
arteriais nos níveis normais. 
 
Intubação orotraqueal (IOT): é um procedimento de suporte avançado de vida em que o médico, com 
um laringoscópio, visualiza a laringe e, através dela, introduz um tubo na traqueia (tubo endotraqueal) 
que será utilizado para auxiliar a ventilar o paciente, pois possibilita que seja instituído o uso ventilação 
mecânica com o uso de aparelhos. 
 
Hipertrofias: aumento do volume do músculo. 
 
Oxigenoterapia suplementar: refere-se à administração de oxigênio e tem como objetivo de aumentar 
ou manter a saturação de oxigênio acima de 90%, corrigindo assim os danos causados pela hipoxemia. 
 
Oximetria de pulso: é a medida da saturação da hemoglobina em oxigênio no sangue arterial SaO2. 
PAM: pressão arterial média. 
 
PaO2 : pressão arterial de oxigênio. 
 
PaO2/FiO2: a razão PaO2/FiO2 é utilizada para determinar o índice de oxigenação do paciente, também 
chamado de índice de capacidade pulmonar de oxigenação. 
 
PAS: pressão arterial sistólica. 
 
PEEP: pressão expiratória final positiva. 
 
pH: Potencial Hidrogeniônico. A [H+] da solução é quantificada em unidades de pH. 
 
Pressão osmótica: é a pressão necessária para impedir o fluxo de água pela membrana semipermeável 
 
Pseudohipertrofia: que ocorre por acúmulo de gordura e tecido conjuntivo na distrofia muscular 
progressiva. 
 
Saturação periférica de oxigênio (SpO2 ): significa saturação de oxigênio capilar periférico, uma 
estimativa da quantidade de oxigênio no sangue. 
 
Sepse: a sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo desencadeada por uma 
resposta inflamatória sistêmica acentuada diante de uma infecção. 
 
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS) ou SIRS (Systemic Inflammatory Response 
Syndrome): é o termo que se utiliza para descrever uma reação inflamatória sistêmica, ou seja, que 
afeta o organismo como um todo, e se desenvolve perante diferentes tipos de agentes agressores. 
 
Transporte ativo: as substâncias são transportadas através das membranas celulares contra o gradiente 
de concentração e esta movimentação requer gasto direto de energia. 
 
Transporte Passivo: substâncias ocorre por gradiente osmótico o que não requer consumo direto de 
energia. 
 
Trombectomia Mecânica (TM): é uma estratégia de reperfusão cerebral incluída nas recomendações de 
tratamento do AVEi agudo de forma relativamente recente. 
 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI): é uma estrutura hospitalar que se caracteriza como unidade 
complexa, dotada de sistema de monitorização contínua, que admite pacientes potencialmente graves 
ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos, a fim de que, com suporte e tratamento 
intensivos, tenham possibilidade de se recuperar. 
 
Ventilação mecânica: é o suporte ventilatório oferecido, por meio de um aparelho, ao paciente que não 
consegue respirar espontaneamente por vias normais devido a fatores como doenças, anestesia ou 
insuficiência respiratória. Os ventiladores mecânicos também são usados para permitir descanso dos 
músculos respiratórios até que o paciente seja capaz de reassumir a ventilação espontânea. 
 
VNI: Ventilação não invasiva. 
 
Referências 
 
RODRIGUES, Machado. Bases da fisioterapia respiratória: terapia intensiva e reabilitação. Rio de Janeiro: 
Guanabara koogan, 2013. 
 
GUIMARÃES, M. R. Revisão de literatura: reanimação cardiopulmonar. Revista de Iniciação Científica da 
Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 5, n. 1, p. 3-12, 2015. 
 
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Aspectos mais Relevantes das Diretrizes da American Heart Association 
sobre Ressuscitação Cardiopulmonar e Atendimento Cardiovascular de Emergência. Currents in Emergency 
Cardiovascular Care, v. 16, n. 4, 2006. 
 
TANNURE, M. C.; PINHEIRO AM. SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem: guia prático. 2ª ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 298 p, 2010. 
 
SANTOS AP; Freitas P; Martins HM. Manchester Triage System version II and resource utilization in the 
emergency department. Emerg Med J;31(2):148-52, Feb. 2014. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 2.970, de 8 de Dezembro de 2008: Institui diretrizes técnicas e 
financeiras de fomento à regionalização da Rede Nacional SAMU 192. Renovação e/ou ampliação das 
Centrais 192. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 2.971, de 8 de Dezembro de 2008: Institui o veículo motocicleta 
– motolância como integrante da frota de intervenção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em 
toda a Rede SAMU 192 e define critérios técnicos para sua utilização. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 2.972/GM de 9 de Dezembro de 2008: Orienta a continuidade do 
Programa de Qualificação da Atenção Hospitalar de Urgência no Sistema Único de Saúde - Programa 
QualiSUS, priorizando a organização e a qualificação de redes loco-regionais de atenção integral às 
urgências. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 1.020, de 13 de Maio de 2009: Estabelece diretrizes para a 
implantação do componente pré-hospitalar fixo (Unidades de Pronto-Atendimento - UPA e Salas de 
Estabelecimento - SE) para a organização de redes locorregionais de atenção integral às urgências em 
conformidadecom a Política Nacional de Atenção às Urgências. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 4.279, de 30 de Dezembro de 2010: Estabelece diretrizes para a 
organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 1.600, de 07 de Julho de 2011: que reformulou a Política Nacional 
de Atenção às Urgências e instituiu a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução Nº 358, de 15 de outubro de 2009. Dispõe sobre a 
Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em 
ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras 
providências. 
 
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução Nº 375, de 22 de março de 2011. Dispõe sobre a 
supervisão direta das atividades de enfermagem no pré-hospitalar por enfermeiros 
 
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria Nº 1.010, de 21 de maio de 2012: Redefine as diretrizes para a 
implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação das 
Urgências, componente da Rede de Atenção às Urgências. 
 
Manchester Triage Group. Sistema Manchester de Classificação de Risco: Classificação de Risco na 
Urgência e Emergência. Tradução do livro Emergency Triage. Org. Mackway-Jones, Kevin; Marsden, Janet; 
Windle, Jill. Tradução de Cordeiro Junior, Welfane & Mafra, Adriana de Azevedo. 1ª Edição. Grupo 
Brasileiro de Classificação de Risco. 2010 
 
CAMPBELL, William W.; DEJONG, Russell N. DeJong, o exame neurológico. 7. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan. 635 p, 2014 
 
Soler VM, Sampaio R, Gomes MR. Gasometria arterial - evidências para o cuidado de enfermagem. Rev 
Cuid;6(2):78-85, 2012. 
 
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM. Maranhão. PARECER COREN/MA-FIS 01/2015. Regulamenta a 
competência da equipe de enfermagem para coleta de gasometria arterial e outros exames laboratoriais 
por meio do Cateter Venoso Central (CVC) em pacientes internados em uma Unidade de Terapia 
Intensiva. São Luís: COREN/MA; 10 Jan 2015. 
 
Irwin RS, Rippe JM. Manual de Terapia Intensiva. 4ª ed. Rio de Janeiro/RJ: Guanabara Koogan; 2007. 
 
T. Heather Herdman, Shigemi Kamitsuru. Diagnóstico de Enfermagem NANDA I: definições e classificações- 
2018-2020. 11ºed. Porto Alegre, Arted, 2018.

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