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Metodologia Científica Ética em pesquisa Sumário • O que é ética; • O Conselho Nacional de Saúde; • Pesquisa em Psicologia; •Algumas discussões levantadas; •Propostas; •Atualmente; • Ética em Pesquisa: aspectos fundamentais: •Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; •Sigilo em relação à identificação de participantes; •A questão do plágio; •Normas e Técnicas. O que é ética? Por que falamos de ética na construção de pesquisas? Ética • Ética- ethos (grego): costuma/ caráter (jeito de agir) • Moral- moris (latim): costume Costume: • Refere-se a cultura, sociedade e história • Fruto da vida em sociedade, não é “natural” • Forma como organizamos nossas vidas • São sustentados por valores (qualificação entre bom e mal, criação de significações) Ética • Dimensão constituinte dos seres humanos em sociedade; • Espaço de reflexão, atitude crítica; • Reflexão crítica sobre a moral e a moralidade; • Reflexão que tem a intenção de problematizar os valores que sustentam as propostas da moralidade. Ética • Levando em conta os princípios da ética é que podemos olhar criticamente para as normas e valores presentes na moralidade. Princípios da ética: • Respeito ao outro (mútuo): reconhecer os outros; admitir a existência do outro. • Justiça: igualdade em direitos. Verificar a consistência da lei, para ver se ela é justa. Deve levar em conta o respeito e a diversidade. • Solidariedade: Gratuidade (faço algo porque considero o outro na sua integridade de outro). Os princípios éticos devem permitir que as pessoas respondam à pergunta: “que vida eu quero viver?” (La Taille, 2006, p. 36). Aplicando-se essa definição à atividade de pesquisa, uma ética em pesquisa deveria consistir em um conjunto de princípios de valor que permitisse responder: que pesquisa se quer realizar? Deveria permitir identificar o que é uma boa pesquisa. Pesquisa em ciências humanas e sociais: aquelas que se voltam para o conhecimento, compreensão das condições, existência, vivência e saberes das pessoas e dos grupos, em suas relações sociais, institucionais, seus valores culturais, suas ordenações históricas e políticas e suas formas de subjetividade e comunicação, de forma direta ou indireta, incluindo as modalidades de pesquisa que envolvam intervenção. (Cap. 1, Art. 2º, item XVI, Resolução 510 abr/2016) Quem normatiza as condições para que se realize pesquisa com seres humanos? O Conselho Nacional de Saúde Quem orienta e disciplina a atuação das(os) psicólogas(os) nas diferentes áreas, inclusive na produção de pesquisas? O Conselho Federal de Psicologia O Conselho Nacional de Saúde O Conselho Nacional de Saúde (CNS) instância máxima de deliberação do Sistema Único de Saúde – SUS - de caráter permanente e deliberativo, tem como missão a deliberação, fiscalização, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas de saúde. Com a ampliação da comunidade científica/acadêmica, os debates sobre os procedimentos adotados no campo de pesquisa cresceram. O Conselho Nacional de Saúde Só a partir da década de 1990 passou a se considerar que a aplicação de princípios não podia ser resolvida exclusivamente em âmbito individual pelo pesquisador. Tal processo concretizou-se na edição da Resolução nº 196, do Conselho Nacional de Saúde (CNS, 1996), que normatiza a realização de pesquisas que envolvem seres humanos no Brasil. O Conselho Nacional de Saúde O fato representa um avanço no sentido de estabelecer um controle social sobre as atividades de pesquisa, o que é plenamente legitimado pela própria história do desenvolvimento científico. O Conselho Nacional de Saúde No campo da psicologia, esse debate tem sido acalorado, reabastecido e tem se renovado continuamente por diversas ocorrências (encontros e desencontros) no relacionamento dos pesquisadores (especialmente professores e pós-graduandos) com os diversos comitês de ética em pesquisa (CEPs) estabelecidos nos termos da citada resolução, e com editores das revistas científicas no País, bem como pelo trâmite de projetos de lei no Congresso Nacional. O Conselho Nacional de Saúde Discutiu-se, ao longo do desenvolvimento de Projetos de Lei (PL’s) voltados às questões éticas, que as pesquisas que envolvam seres humanos só devem ser admissíveis quando oferecerem possibilidade de gerar conhecimento para entender, prevenir ou aliviar um problema que afete o bem-estar. Conselho Nacional de Saúde A Resolução de 96 incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os quatro referenciais básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça, entre outros, e visa a assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado (Resolução CNS no 196/96, Preâmbulo). Pesquisa em Psicologia Para a maioria das(os) psicólogas(os)/pesquisadores, o acesso ao próprio objeto de pesquisa não é nada simples, e, por isso, a relação com os participantes é uma questão simultaneamente ética e técnica. Pesquisa em Psicologia Para estabelecer tal relação, é necessário valorizar não só os princípios já citados mas também a importância de os participantes se sentirem bem, livres para opinar, além de sentirem que a relação com o pesquisador não os ameaça nas suas relações cotidianas. Portanto, além de autônomos para decidir se participam ou não, os participantes precisam sentir-se seguros para exercer sua autenticidade. (Barros, Borges e Leite, 2013). Pesquisa em Psicologia O princípio da autonomia do participante, por sua vez, tenta evitar que ele seja submetido a atrocidades, violências, abusos e a outras práticas, admitindo-se que o relacionamento com o pesquisador seja também uma relação de poder, na qual eventualmente o participante possa ser coagido a submeter-se a tais atos. Pesquisa em Psicologia Esses princípios se relacionam a uma série de outros princípios (valores éticos) que, para os psicólogos/pesquisadores, são igualmente importantes, alguns deles em decorrência do próprio objeto de pesquisa da Psicologia, os aspectos psicossociais da vida das pessoas. Pesquisa em Psicologia Para garantir os princípios já citados, é preciso ter em vista princípios como o compromisso com a qualidade do que fazem, com o acolhimento dos outros. Pesquisa em Psicologia Assim, os princípios éticos não são aspectos a serem apenas garantidos pelos procedimentos burocráticos dos CEPs ou pelo uso do TCLE, mas elementos intrínsecos ao processo de desenvolvimento das pesquisas em ciências humanas, principalmente daquelas que adotam metodologias que pressupõem maior proximidade e/ou envolvimento entre o pesquisador e os pesquisados. Pesquisa em Psicologia O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) é um colegiado interdisciplinar e independente, com “munus público”, que deve existir nas instituições que realizam pesquisas envolvendo seres humanos no Brasil, criado para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos (Normas e Diretrizes Regulamentadoras da Pesquisa Envolvendo Seres Humanos - Res. CNS n.º 196/96, II.4). Pesquisa em Psicologia La Taille (2010) desenvolveu argumentos no sentido de que os princípios de dignidade e liberdade deveriam ser os norteadores priorizados na condução das pesquisas. O primeiro – dignidade – refere-se ao direito à integridade física e psicológica e ao respeito moral por parte de outrem, e o segundo – liberdade – o direito de não ser coagido por outrem, nem de coagir as demais pessoas. Para o autor, esses dois princípios são suficientemente abrangentes e mais claros do que aqueles citados no preâmbulo da Resolução no 196/96. Algumas discussões levantadas: O excesso de detalhamento e a redundância do texto da Resolução impõem ao pesquisador brasileiro, frente às suas condições de trabalho, um conflito entre seu papel de pesquisador e o de expert em elaboração de processos burocráticos. Propostas: Desenvolvermobilização a fim de preparar sugestões objetivas para a construção do substitutivo ao Projeto de Lei; Defender um projeto de lei mais focado no plano ético e menos no plano moral; Propostas: Propor a simplificação do protocolo de pesquisa, permitindo que os projetos tenham diferentes formatos de acordo com a área do conhecimento, o objeto de pesquisa, a abordagem do pesquisador e os métodos e as técnicas utilizadas, eliminando a solicitação de documentos redundantes e a obrigatoriedade de itens que não fazem sentido para todas as pesquisas. Propostas: Flexibilizar a composição dos CEPs para que possam ser organizados de modo a focalizar uma área de conhecimento, o que provavelmente tornará os CEPs mais competentes na matéria dos projetos que avaliam. Atualmente.... Foi Homologada a Resolução Nº 510, de 07 de abril de 2016 No dia 07 de abril de 2016 foi homologada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS/MS) a Resolução Nº 510 que dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais (CHS). Este documento representa a construção de um importante marco normativo por considerar as especificidades das concepções e práticas de pesquisa e a pluralidade das perspectivas teórico-metodológicas, adotadas nas atividades em pesquisa no campo das Ciências Humanas e Sociais. (ABRAPSO). Atualmente.... Foi Homologada a Resolução Nº 510, de 07 de abril de 2016 Considerando que a ética é uma construção humana, portanto histórica, social e cultural; Considerando que a ética em pesquisa implica o respeito pela dignidade humana e a proteção devida aos participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos; Considerando que o agir ético do pesquisador demanda ação consciente e livre do participante; Atualmente.... Foi Homologada a Resolução Nº 510, de 07 de abril de 2016 Considerando que a pesquisa em ciências humanas e sociais exige respeito e garantia do pleno exercício dos direitos dos participantes, devendo ser concebida, avaliada e realizada de modo a prever e evitar possíveis danos aos participantes; Considerando que as Ciências Humanas e Sociais têm especificidades nas suas concepções e práticas de pesquisa, na medida em que nelas prevalece uma acepção pluralista de ciência da qual decorre a adoção de múltiplas perspectivas teóricometodológicas, bem como lidam com atribuições de significado, práticas e representações, sem intervenção direta no corpo humano, com natureza e grau de risco específico; Atualmente.... Foi Homologada a Resolução Nº 510, de 07 de abril de 2016 Considerando que a relação pesquisador-participante se constrói continuamente no processo da pesquisa, podendo ser redefinida a qualquer momento no diálogo entre subjetividades, implicando reflexividade e construção de relações não hierárquicas; Considerando os documentos que constituem os pilares do reconhecimento e da afirmação da dignidade, da liberdade e da autonomia do ser humano, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948 e a Declaração Interamericana de Direitos e Deveres Humanos, de 1948; Considerando a existência do sistema dos Comitês de Ética em Pesquisa e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa; Atualmente.... Foi Homologada a Resolução Nº 510, de 07 de abril de 2016 Considerando que a Resolução 466/12, no artigo XIII.3, reconhece as especificidades éticas das pesquisas nas Ciências Humanas e Sociais e de outras que se utilizam de metodologias próprias dessas áreas, dadas suas particularidades; Considerando que a produção científica deve implicar benefícios atuais ou potenciais para o ser humano, para a comunidade na qual está inserido e para a sociedade, possibilitando a promoção de qualidade digna de vida a partir do respeito aos direitos civis, sociais, culturais e a um meio ambiente ecologicamente equilibrado; e Considerando a importância de se construir um marco normativo claro, preciso e plenamente compreensível por todos os envolvidos nas atividades de pesquisa em Ciências Humanas e Sociais, resolve: Ética em Pesquisa: aspectos fundamentais • Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; • Sigilo em relação à identificação de participantes; • A questão do plágio; • Normas e Técnicas. DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS DAS PESQUISAS EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Art. 3o São princípios éticos das pesquisas em Ciências Humanas e Sociais: I - reconhecimento da liberdade e autonomia de todos os envolvidos no processo de pesquisa, inclusive da liberdade científica e acadêmica; II - defesa dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo nas relações que envolvem os processos de pesquisa; III - respeito aos valores culturais, sociais, morais e religiosos, bem como aos hábitos e costumes, dos participantes das pesquisas; DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS DAS PESQUISAS EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Art. 3o São princípios éticos das pesquisas em Ciências Humanas e Sociais: IV - empenho na ampliação e consolidação da democracia por meio da socialização da produção de conhecimento resultante da pesquisa, inclusive em formato acessível ao grupo ou população que foi pesquisada; V – recusa de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de indivíduos e grupos vulneráveis e discriminados e às diferenças dos processos de pesquisa; DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS DAS PESQUISAS EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Art. 3o São princípios éticos das pesquisas em Ciências Humanas e Sociais: VI - garantia de assentimento ou consentimento dos participantes das pesquisas, esclarecidos sobre seu sentido e implicações; VII - garantia da confidencialidade das informações, da privacidade dos participantes e da proteção de sua identidade, inclusive do uso de sua imagem e voz; VIII - garantia da não utilização, por parte do pesquisador, das informações obtidas em pesquisa em prejuízo dos seus participantes; DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS DAS PESQUISAS EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Art. 3o São princípios éticos das pesquisas em Ciências Humanas e Sociais: IX - compromisso de todos os envolvidos na pesquisa de não criar, manter ou ampliar as situações de risco ou vulnerabilidade para indivíduos e coletividades, nem acentuar o estigma, o preconceito ou a discriminação; e X - compromisso de propiciar assistência a eventuais danos materiais e imateriais, decorrentes da participação na pesquisa, conforme o caso sempre e enquanto necessário. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE): Os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) é um documento que tem por finalidade possibilitar, aos sujeitos da pesquisa, o mais amplo esclarecimento sobre a investigação a ser realizada, seus riscos e benefícios, para que a sua manifestação de vontade no sentido de participar (ou não), seja efetivamente livre e consciente. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Eu, ...(nome do sujeito da pesquisa, nacionalidade, idade, estado civil, profissão, endereço, RG), estou sendo convidado a participar de um estudo denominado...(título da pesquisa), cujos objetivos e justificativas são: ...(apresentar a que o estudo se destina e por que está sendo realizado) A minha participação no referido estudo será no sentido de ...(descrever o procedimento em linguagem acessível ao leigo – se imprescindíveis os termos técnicos, mencionar explicação entre parênteses). Fui alertado de que, da pesquisa a se realizar, posso esperar alguns benefícios, tais como: (descrever os benefícios esperados, sempre em linguagem acessível ao leigo) TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Recebi os esclarecimentos necessários sobre os possíveis desconfortos e riscos decorrentes do estudo, levando-se em conta que é uma pesquisa, e os resultados positivos ou negativos somente serão obtidos após a sua realização. Assim, ...(descrever todos os eventuais desconfortos e possíveis riscos de qualquer natureza que possam decorrer da sujeição à pesquisa, igualmente em linguagem acessível ao leigo). Estou ciente de que minha privacidade será respeitada,ou seja, meu nome ou qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me identificar, será mantido em sigilo. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Também fui informado de que posso me recusar a participar do estudo, ou retirar meu consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e de, por desejar sair da pesquisa, não sofrerei qualquer prejuízo à assistência que venho recebendo. Foi-me esclarecido, igualmente, que eu posso optar por métodos alternativos ,que são: ...(descrever a eventual possibilidade de o sujeito da pesquisa optar por métodos alternativos e quais são os existentes). Os pesquisadores envolvidos com o referido projeto são...(nomes dos pesquisadores e instituições a que estão vinculados em relação à pesquisa) e com eles poderei manter contato pelos telefones ...(telefones dos pesquisadores) TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO É assegurada a assistência durante toda pesquisa, bem como me é garantido o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências, enfim, tudo o que eu queira saber antes, durante e depois da minha participação. Tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e compreendido a natureza e o objetivo do já referido estudo, manifesto meu livre consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou a pagar, por minha participação. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO No entanto, caso eu tenha qualquer despesa decorrente da participação na pesquisa, haverá ressarcimento na forma seguinte: ...(descrever se a forma de ressarcimento será em dinheiro, ou mediante depósito em conta-corrente, cheque, etc) . De igual maneira, caso ocorra algum dano decorrente da minha participação no estudo, serei devidamente indenizado, conforme determina a lei. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO No entanto, caso eu tenha qualquer despesa decorrente da participação na pesquisa, haverá ressarcimento na forma seguinte: ...(descrever se a forma de ressarcimento será em dinheiro, ou mediante depósito em conta-corrente, cheque, etc) . De igual maneira, caso ocorra algum dano decorrente da minha participação no estudo, serei devidamente indenizado, conforme determina a lei. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO São Paulo, ... de ... de 2018. Nome e assinatura do participante da pesquisa Nome(s) e assinatura(s) do(s) pesquisador(es) responsável(responsáveis) Sigilo em relação à identificação de participantes • Resolução 510/16: Art. 17. O Registro de Consentimento Livre e Esclarecido, em seus diferentes formatos, deverá conter esclarecimentos suficientes sobre a pesquisa, incluindo: IV - a garantia de manutenção do sigilo e da privacidade dos participantes da pesquisa seja pessoa ou grupo de pessoas, durante todas as fases da pesquisa, exceto quando houver sua manifestação explícita em sentido contrário, mesmo após o término da pesquisa; A questão do plágio Sig.: apresentação feita por alguém, como de sua própria autoria, de trabalho, obra intelectual etc. produzido por outrem. • O direito autoral como ponto de partida; • O plágio na “era digital”; A questão que envolve o plágio deve ser vista além da dimensão legal, pois a atitude de usurpar a criação intelectual de outra pessoa atravessa o campo da ética e é de suma importância no campo institucional. A questão do plágio O Código Penal tem uma sessão que trata especialmente dos Crimes Contra a Propriedade Intelectual: Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 – Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. O problema ultrapassa a noção de crime.... Envolve diretamente a questão da criação. Normas Técnicas ABNT é a sigla de Associação Brasileira de Normas Técnicas, um órgão privado e sem fins-lucrativos que se destina a padronizar as técnicas de produção feitas no país. As normas técnicas elaboradas e aprovadas pela ABNT têm como objetivos: facilitar a comunicação e proporcionar segurança à produção. “Ensinar e aprender a criar são atos que requerem uma linguagem comum.” Referências •Barros, S. , Borges, L. e Leite, C. Ética na Pesquisa em Psicologia: Princípios, Aplicações e Contradições Normativas. Psicologia: ciência e profissão, 2013. •La Taille, Y. Moral e ética: dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre: Artmed, 2006. •Kretschmann, A. Wiedemann Neto, N. Na pesquisa científica: plágio involuntário e direito autoral. Revista da AJURIS – v. 41 – n. 136 – Dezembro, 2014. • Vieira S, Hossne WS. Metodologia científica para a área da Saúde. 2nd ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2015.
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