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3
Índice
Introdução	3
1.Origem etimológica do termo inspecção.	5
1.2.Tipos de Inspecção	6
2.Diferença entre inspecção e supervisão	6
2.2. Função do Inspector	7
2.4. Tarefas e Deveres dos Inspectores	8
2.5. Etapas da Supervisão Escolar	8
Funções da Supervisão escolar	9
3. Objectivos da inspecção	11
3.1. Competencias da Inspecção	12
3.2. O papel do Inspector na Sociedade Actual	12
3.3. Características essenciais da Acção Inspectiva na Actualidade	13
3.4. Inspecção Regional da Educação tem como Competências	13
3.4.1. A Inspecção Escolar no Contexto da “Educação Nacional”	14
3.5. Relação entre Professores e Inspectores	14
4. Planificação	15
4.1.1. Planificação da acção da Inspecção	15
4.1.2. Fases da realização da inspecção Administrativa e pedagógica	15
4.1.2. I Fase: Preparação da missão inspectiva	15
4.1.3. II Fase: Realização da inspecção administrativa e pedagógica	16
4.1.4. III Fase: Verificação e acompanhamento do cumprimento das recomendaçõe	18
2.Função da Inspecção	19
5.1. Funções da Inspecção Educacional	20
Conclusão	22
Bibliografia	23
Introdução
A supervisão e a inspecção é parte importante dentro da prática educativa objectivando o desenvolvimento de pessoas e processos voltados ao ensino e aprendizagem. Este estudo foi realizado no sentido de tentar compreender as funções e diferenças objectivas e etapas relacionadas a inspecção. Em termos estruturais o presente encontra subdividido em três principais partes a destacar: introdução, desenvolvimento e conclusão acompanhada da respectiva referência bibliográfica.
Portanto todo trabalho vem acompanhado dos seus objectivos, não obstante disso o presente trabalho tem como objectivo os seguintes:.
Objectivo geral
· Dar a conhecer analisar aspectos da planificação da inspecção.
Objectivos específicos
· Descrever as tarefas, postura e deveres dos inspectores educacionais no nosso contexto;
· Diferenciar a supervisão da inspecção;
· Conhecer e caracterizar cada tipo de inspecção
Em termos metodológico obedece as normas de realização de realização e publicação de trabalhos científicos estabelecido UniRovuma, no que estão devidamente citados todos os autores e fontes que subsidiaram no processo de elaboração e desenvolvimento do presente trabalho.
1. Origem etimológica do termo inspecção
MENESES apud PEREIRA (2012; 18) afirma que, a palavra inspecção vem do latim “inspectio”, “onis”, e significa “acção de olhar; exame, verificação”. Portanto, de acordo com este autor, no sentido de aço: “inspecção é acercar-se de alguma coisa ou alguém para compreender, controlar, cuidar, examinar, fiscalizar, guardar, observar, olhar, revistar, superintender, supervisionar, ver, verificar, vigiar, vistoriar.
A inspecção é um órgão especial de controlo e supervisão do cumprimento das disposições e normas pedagógicas, administrativas, jurídicas, financeiras e outras vigentes em todos os órgãos e instituições do ministério da educação.
Inspecção é uma actividade de controlo que consiste na recolha ou apuramento de factos ocorridos no desempenho dos serviços, para conhecimento superior.
A inspecção escolar goza de uma autonomia no exercício da sua actividade e tem como função avaliar e fiscalizar a realização da educação escolar.
De acordo com Augusto, apud, ABREU (2011), inspetor é aquele que inspecciona, examina, verifica, exerce vigilância, fiscaliza. As ações do inspector compreendem basicamente na verificação das obrigações legais prescritas, das instituições e pessoas que as integram, assim como, as restrições e proibições de ações, tendo em vista o funcionamento correto e legal dos serviços.
O Inspector Escolar tem uma função fundamental e importante dentro da escola apoiando a direcção na administração e na resolução de problemas, influenciando também no aspecto motivacional. Dessa forma ganham à participação dos alunos, e dos demais profissionais da educação, as famílias envolvidas e a própria sociedade.
Hoje a inspecção e consequentemente os inspectores tem as suas competências bem delineadas e concentradas no comportamento das escolas e professores, ainda que estas acções ocupem a maior parte das actividades desenvolvidas pelos mesmos 
A actuação do inspector escolar deve estar direccionada a promover integração de todos no ambiente educacional, verificando as facilidades e dificuldades encontradas pelos mesmos.
1.1.2.Evolução dos Paradigmas de Inspecção
Existem várias abordagens acerca de modelos ou paradigmas de inspecção educativa. As próprias designações desse serviço de “controlo”, ao longo dos tempos costumam servir de critério de abordagem dos modelos de Inspecção. Assim, e falando da experiência recente, podem encontrar-se designações que indiciam, de algum modo, a natureza ou mesmo o conteúdo da acção inspectiva: inspecção escolar, inspecção do ensino, inspecção da educação.
1.2.Tipos de Inspecção
Segundo o M.A.I (1998: 2), destaca 4 tipos de inspecção:
Inspecção-geral - é o momento que uma escola e examinada como um lugar de aprendizagem em todas as áreas do seu trabalho, de forma e aconselha-la a melhorar através de um relatório avaliativo.
Inspecção de Controlo - e um tipo de inspecção que visa controlar, verificar o nível de implementação das recomendações deixadas e avaliar qualquer acção levada a cabo, para atingir os resultados desejados
Inspecção Parcial- e um tipo de Inspecção que ocorre na medida em que os inspectores examinam e avaliam um número limitado de aspectos de vida escolar, tais como: o ensino, sem preocupar-se com outros aspectos.
Inspecção Especial -este tipo de inspecção incide sobre as áreas específicas de vida de escola: greve numa escola, um acto de ma conduta de um professor
2. Diferença entre inspecção e supervisão
	INSPEÇÃO
	SUPERVISÃO
	Fiscalização
	Orienta'
	Critica
	Colaboração 
	Censura
	Auxilio
Causas que Determinam a Inspecção
Constituem causas que justificam a inspecção a necessidade de:
· Verificar o cumprimento dos plenos de estudo e programas de ensino vigentes;
· Verificar a aplicação dos sistemas, instrumentos e critérios de avaliação;
· Verificar o grau de cumprimento dos planos de actividades e de aplicação dos recursos disponibilizados;
· Verificar a conformidade dos actos administrativos, com os comandos legais, avaliar o exercício das competências por parte dos funcionários e agentes, incluindo a eficiência do seu funcionamento;
· Verificar o cumprimento das disposições e normas relativas às provas de passagens de classe e exame;
· Verificar o cumprimento das disposições e normas relativas à administração e gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros, do ministério da educação e cultura e instituições subordinadas;
· Responder às petições averiguar casos de denúncia e queixa apresentadas:
· Verificar as condições morais e materiais de trabalho no ministério da educação e instituições subordinadas;
· Verificar o cumprimento da política educativa do estado por parte dos órgãos e instituições que se ocupam da educação pública e privada bem como a eficácia do processo docente;
· Verificar outras situações não previstas nas alíneas anteriores que se julgarem pertinentes.
2.2. Função do Inspector
Deste modo aprendemos a integrar no seu mundo e compreender com maior profundidade quais os seus objectivos, funções e metodologias utilizadas no âmbito das acções inspectivas. Portanto, o trabalho inspectivo não consiste apenas na investigação no terreno, juntos das salas e professores. Neste contexto interessa-nos saber quais as funções desenvolvidas pelos inspectores:
· Estabelecer a comunicação entre os órgãos da administração superior do sistema e os estabelecimentos de ensino que o integram;
· Verificar e avaliar as condições de funcionamento das escolas;
· Orientar e dar assistência aos estabelecimentos de ensino na aplicação das normas do sistema;
· Promover medidas para a correcção de falhas e irregularidades verificadas nas escolas, visando a regularidade de seu funcionamento e a melhoria da educação escolar;
· Informar aos órgãos decisórios do sistema sobre as improbidades ou inadequaçãode normas relativas ao ensino e sugestões de modificações quando for o caso.
2.4. Tarefas e Deveres dos Inspectores
Segundo ROSSI (2010) O inspector tem a missão de verificar o cumprimento das políticas educativas nos campos técnicos pedagógico e administrativo e financeiro através de inspecções e auditorias. Numa interessante sequência de artigos, significativamente dedicada ao tema da “inspecção na escola de hoje”, um professor, Virgílio Boto, fala na necessidade duma “inspecção no sentido moderno”, em oposição à “inspecção no sentido tradicional”, que possa dar resposta a um contexto em que as tarefas da inspecção se complexificam, se revestem de um carácter cada vez mais científico, obrigando a um rigoroso planeamento; e conclui: O autoritarismo ilógico cedeu o lugar a uma acção e finalidade.
A excelência em educação está directamente ligada à conquista de óptimos resultados na prestação do serviço educativo, aferidos em função do contributo da educação ministrada para o desenvolvimento de competências para o exercício da cidadania, a integração na vida activa, a promoção do desenvolvimento sustentável e a realização pessoal, profissional e social dos indivíduos.
2.5. Etapas da Supervisão Escolar
De acordo com Nérici (1978), a actuação do supervisor escolar se desenvolve por meio de três etapas: planeamento, acompanhamento e controle. 
O planeamento é o ato de elaborar um “roteiro” de tudo que será realizado no período lectivo, seja semestral ou anual. É necessário dizer que planejar significa analisar uma dada realidade, reflectir sobre as condições existentes, e prever as formas alternativas de acção para superar as dificuldades buscando alcançar os objectivos propostos. Este planeamento deve ser composto por um conteúdo objectivo e flexível, para que possa ser ajustado com as necessidades que surgirem no quotidiano escolar.
A etapa de acompanhamento o supervisor deve analisar diariamente se todos os planeamentos estão sendo executados com eficiência. Esta etapa propícia que o especialista observe a actuação e o desempenho dos educadores, para posteriormente, orientá-los e coordená-los. A actividade profissional executada pelo acompanhamento deve ser realizada durante todo o período lectivo. Tal acção permite que o supervisor faça replaneamentos, quando for preciso.
A etapa de controlo, é aquela fase da actividade da supervisão, em que se efectua uma análise acerca dos resultados obtidos. O intuito desta fase é prevenir desvios, rectificações e alterações buscando atender às necessidades da escola, do professor, do aluno e da comunidade.
Esta etapa tem como característica avaliar o rendimento escolar, observar a mudança de comportamento dos educandos, tratar e analisar os dados obtidos e recomendar meios para sanar as deficiências levantadas em todo o processo.
Funções da Supervisão escolar
Com o decorrer do tempo, percebe-se que a função do supervisor escolar sofreu diversas mudanças significativas, passando por distintos perfis, tais como o de fiscalizador, controlador espontâneo, inspector e actualmente, tem-se a visão do supervisor como parceiro e companheiro do trabalho pedagógico. A função primordial é de orientar para a acção educativa abrangente, dentro dos princípios legais e de formação integral. Partindo deste princípio orientador, podemos pode se destacar as funções técnicas, administrativas e sociais.
Partindo do princípio de que as funções da supervisão são múltiplas e significativas, faz se necessário destacar algumas delas conforme Brigs e JustmanapudNérici (1978, p. 42-43), que são:
· Ajudar os professores a melhor compreenderem os objectivos reais da educação e o papel especial da escola na consecução dos mesmos.
· Auxiliar os professores a melhor compreenderem os problemas e necessidades dos jovens educandos e atender, na medida do possível, a tais necessidades.
· Exercer liderança de sentido democrático, sob as formas de promoção do aperfeiçoamento profissional da escola e de suas actividades, buscando relações de cooperação de seu pessoal e estimulando o desenvolvimento dos professores em exercício, colocando sempre a escola mais próxima da comunidade.
· Estabelecer fortes laços morais entre os professores quanto ao seu trabalho, de tal forma que operem em estreita e esclarecida cooperação, para que os mesmos fins gerais sejam atingidos.
· Identificar qual o tipo de trabalho mais adequado para cada professor, distribuindo tarefas, mas de forma que possam desenvolver suas capacidades em outras direcções promissoras.
· Ajudar os professores a adquirir maior competência didáctica.
· Orientar os professores principiantes a se adaptarem à sua profissão.
· Avaliar os resultados dos esforços de cada professor, em termos do desenvolvimento dos alunos, segundo os objectivos estabelecidos.
· Ajudar os professores a diagnosticar as dificuldades dos alunos na aprendizagem e a elaborar planos de ensino para superação das mesmas.
· Auxiliar a interpretar o programa de ensino para a comunidade, de tal modo que o público possa compreender e cooperar nos esforços da escola.
· Levar o público a participar dos problemas da escola e recolher suas sugestões a esse respeito.
· Proteger o corpo docente contra exigências descabidas de parte do público, quanto ao emprego de tempo e energia dos professores.
Estas funções, só serão concretizadas, se a relação supervisor e professor decorrer de uma perspectiva de resolução de problemas e atendimento às reais necessidades da escola e se houver dedicação ao trabalho em grupo.
Função monitoradora
Segundo Leal e Henning (2009), estes defendem que a supervisão escolar exerce uma função controladora através da regulação, sendo este controle não tão literal sob a forma de ordem e obediência, mas sim de uma acção que regula sem ser explicitamente controlador. Defende que a supervisão incorpora o exercício de concepções que orientem principalmente os profissionais para o sentido da auto-regulação.
Função apoio e colaboração
Na supervisão enquanto ferramenta de apoio, colaboração e orientação, esta se volta principalmente aos membros que compõem o núcleo escolar, com ênfase maior no trabalho dos professores, “a função no desenvolvimento dos indivíduos e das sociedades implica manter e aumentar as expectativas sobre o papel que o professor desempenha na consecução desse objectivo”. Prevalece a ideia do trabalho em colaboração, pois as actividades são muitas e nem todos possuem a mesma capacidade de execução. Evidenciando- se a importância do trabalho da supervisão na execução de actividades que visam a “actuação em situações complexas, adaptabilidade, observação crítica, o diálogo, a experiência de diferentes papéis, o relacionamento plural e o autoconhecimento relativo a saberes e práticas” (Alarcão e Roldão 2010, p. 54).
Função avaliativa
Segundo Alarcão e Roldão (2010), os processos de avaliação contribuem para a compreensão dos acontecimentos, facilitando deste modo uma tomada de decisão que vise o reconhecimento dos erros e principalmente na melhoria das práticas.
De acordo com Roldão (2003, p. 84) “importa entender esta avaliação como um caminho para a aprendizagem que ao ser percorrido de forma inteligente e responsável, ajudará a compreender o que acontece e o porquê facilitando a rectificação do rumo o reconhecimento dos erros e a melhoria das práticas”. Através do conhecimento que se têm da realidade escolar a que se pertence, o trabalho da supervisão também estará presente nos processos de avaliação, objectivando constatar pontos que necessitam ser reflectidos.
 A supervisão se caracteriza portanto como uma ferramenta que, na figura do supervisor, irá constatar que a escola vai mal ou não, mas principalmente perceber o seu papel neste contexto e no que fazer para melhorar a situação.
Função construtiva
A acção da supervisão também está intimamente relacionada a práticas que orientam para melhorias, este chama a atenção para a comunidade profissional e a importância organizacional destes em torno da eficácia nos processos educacionais. A supervisãoestá portanto presente nas acções que envolvem o melhoramento, orientando para a promoção de actividades que visam a qualidade do ensino, das práticas docentes e renovação constante:
Melhoramento da prática: os métodos com as quais os supervisores trabalham no sentido da mudança e melhoramento da instrução. Melhoramento junto ao professor: com ênfase na eficácia junto aos alunos, o que implica num repertório de estratégias pedagógicas continuamente em expansão. (Formosinho, 2002, pp. 24-25).
Objectivos da inspecção
Administração Geral tem por objectivo assegurar os meios e os procedimentos necessários ao desenvolvimento da actividade da instituição inspectiva, garantindo a organização e a actualização dos processos de pessoal, a gestão orçamental e o aprovisionamento dos meios necessários ao funcionamento dos diferentes serviços e unidades orgânicas.
De acordo com MINED (2004) sendo assim destacam - se os seguintes:
· Identificar pontos fortes e fracos de modo, que as escolas possam melhorar a qualidade de educação que elas proporcionam;
· Garantir uma administração e gestão efectiva de educação nas escolas;
· Avaliar o processo de ensino— aprendizagem;
· Criar um clima de mudanças construtivas que facilitam o desenvolvimento do currículo e sua implementação;
· Garantir a alocação de recursos adequados as escolas;
· Orientar e dar aconselhamento em assuntos de carácter profissional;
· Avaliar as necessidades e o seu tratamento adequado.
3.1. Competências da Inspecção
No âmbito da sua actividade à inspecção compete:
· Realizar periodicamente de forma planificada, inspecções às estruturas central, locais dos estabelecimentos de ensino e instituições subordinadas, apresentando, ao ministro da educação ou ao dirigente máximo do sector, a nível local, os respectivos relatórios, incluindo sugestões que acham convenientes;
· Informar sobre o que lhe parecer conveniente e tiver observado sobre as condições de funcionamento, organização e eficiência técnica dos sectores queinspecciona bem assim sobre a competência e zelo dos funcionários que exercem funções de direcção e chefia.
3.2. O papel do Inspector na Sociedade Actual
A história da educação mostra que no passado, o controle da qualidade do ensino imposto pelo Estado, obedecia a padrões rígidos e o inspector escolar era incumbido de exercer esse controle de forma rigorosa e pontual. Hoje, no entanto, o que se busca é uma gestão democrática da educação, cujo controle é exercido com a participação de toda a comunidade escolar.
Segundo FERREIRA (s.n.), “a concepção cultivada e defendida pelos educadores da actualidade, é um controle colectivo da qualidade da educação, ou seja, por todos os atores que integram o cenário educacional. Esse tipo de controle poderá assegurar às escolas, a formação de cidadãos éticos e ricos de educação carácter.”
Os novos paradigmas da exigem um novo perfil do inspector escolar, que deve actuar em consonância com a nova realidade que a educação experimenta actualmente. Ele terá que saber lidar com as mudanças culturais, comportamentais, sociais e tecnológicas que vem surgindo.
Segundo MEDINA (2005) o inspetor deve ser capaz de encontrar nos dispositivos legais, os caminhos mais apropriados e as alternativas possíveis para alcançar seus objetivos, garantindo assim a qualidade do ensino. Ele deve ter competência suficiente para melhorar as condições de trabalho dos educadores, tornando mais fértil e satisfatória a atuação desses profissionais.
O inspector escolar actualmente tem a função de proporcionar estreita ligação entre órgãos do sistema educacional tais como Secretarias e as Unidades Escolares, visando garantir a aplicação da lei. Esse profissional tem concentrado esforços para garantir o bom funcionamento das escolas nos aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos, trabalhando até mesmo como agente sociopolítico.
O papel do inspector é de articulação, integração e somente quando esse profissional adquire uma postura de educador é que se torna capaz de ajudar a escola na criação e desenvolvimento de projectos pedagógicos, que viabilizam o trabalho integrador, no qual a instituição de ensino deverá estar empenhada com a participação de todos que nela trabalham.
3.3. Características essenciais da Acção Inspectiva na Actualidade
Não obstante a diversidade de modalidades de acção inspectiva, esta deve pautar-se por um conjunto de princípios que enformam o paradigma actual de Inspecção Educativa e que o inspector, enquanto profissional da educação, deve ter sempre presente na sua actividade. Passamos a apresentar as características mais relevantes da acção inspectiva educativa que se propugna:
· A acção inspectiva deve basear-se na legalidade - Num Estado de Direito, todos devem sujeitar-se à lei, não podendo o Inspector exigir o seu cumprimento enquanto ele próprio se exime da sua observância;
· A acção inspectiva deve ser científica, como condição para a sua credibilidade e aceitação;
· A acção inspectiva deve ser democrática – Num Estado Democrático, a educação deve ser uma prática da liberdade e da democracia, não podendo a acção inspectiva utilizar métodos e práticas que coarctem a liberdade, instaurem o medo e o autoritarismo; 
· A acção inspectiva deve ser feita de forma proporcionada, equilibrada e equitativa, de modo a que todos os segmentos do sistema educativo possam beneficiar-se dela; 
· A acção inspectiva deve reconhecer os méritos para mais facilmente superar os defeitos, sem cair nem no paternalismo nem no autoritarismo;
· A acção inspectiva deve realizar-se mais com acções do que com palavras, sem que se traduza num pragmatismo rotineiro, mas antes propugnado uma abordagem estratégica da educação.
3.4. Inspecção Regional da Educação tem como Competências
De acordo com o artigo 3.o do referido decreto Regulamentar regional, a inspecção regional da Educação tem como competências:
· Conceber, planear, coordenar e executar inspecções, auditorias e vistorias aos estabelecimentos de Educação e de ensino integrados nas unidades orgânicas do sistema educativo regional;
· Acompanhar, avaliar auditar, controlar e fiscalizar, nas vertentes técnico pedagógica, administrativo-financeira, patrimonial e de recursos humanos, os estabelecimentos de educação e de ensino integrados nas unidades orgânicas do sistema educativo regional;
· Proceder a intenções inspectivas, averiguações, inquéritos e sindicâncias de natureza técnico-pedagógico, administrativo financeira e patrimonial;
· Instruir processos disciplinares que resultem da sua actividade inspectiva ou que lhe sejam cometidos legal ou superiormente pela tutela.
3.4.1. A Inspecção Escolar no Contexto da “Educação Nacional”
Um certo distanciamento crítico, de que demos conta, no que diz respeito ao exercício autoritário da função não significa um menor comprometimento do discurso dos inspectores em relação à ordem política prevalecente. Tal orientação é fundamental na nossa orgânica escolar e para a sua execução o Estado tem o direito de fiscalizar e de possuir os meios necessários para assegurar um ensino superiormente entendido como o que melhor serve os altos interesses nacionais. 
Assim, fica legitimada a actividade de vigilância e controlo desenvolvida pela inspecção, à luz de uma abrangente referência aos “altos interesses nacionais”, com o fim de garantir a conformidade dos que, eufemísticamente, eram apelidados de “agentes de ensino” e de evitar desvios relativamente à política oficial. 	
De acordo com PROENÇA (1999:22), apresenta as seguintes funções inspectiva. A missão da IGE três componentes: Fiscalizar, Controlar, e Apoiar.
· As auditorias materializam a missão do controlo e de apoio; 
· A auditoria pedagógica é uma perspective de diagnostico e de resolução de problemas; 
· A auditoria deve construir em si mesma um dispositivo da formação;
· Fazer inspecção significa olhar a diversidade dos contextos, dos problemas e as soluções encontradas em cada escola; 
· Fazer inspecção implica desenvolver nas escolas uma cultura de auto avaliação e de reflexãosobre as práticas pedagógicas.
3.5. Relação entre Professores e Inspectores
LUCAS (1999:66), alerta para o facto de em consequência da herança autoritária do antigo regime, essas relações nem sempre serão ligadas por consenso, sendo, por sua vezes , marcadas por conflitos e atitudes ambíguas como aceitação e desconfiança, revela que a maioria dos professores inquiridos considera o modo de actuação dos inspectores adequado, capaz de promover uma relação interactiva e construtiva, propicia a troca de opiniões e esclarecimentos com vista ao enriquecimento profissional e a melhoria do funcionamento das instituições. Poucos são os que revelam insatisfação na actuação dos inspectores.
No entanto, uma relação entre professores e inspectores não pode igualmente desprezar o respeito mútuo, a interacção, a comunicação, a lealdade e a responsabilidade, fundamentais para uma relação construtiva que tem como finalidade comum a qualidade e o sucesso educativo.
4. Planificação
4.1. Conceitos básicos
A Planificação é uma actividade ou um processo que consiste em preparar, definir e sequenciar um conjunto de decisões, visando atingir determinados os objectivos, no tempo e no espaço determinado.
Segundo ALBERTINO (1998:33). a planificação é o exercício dum esforço organizado, consciente e contínuo cujo objectivo principal é de escolher os melhores meios para atingir objectivos cuidadosamente escolhidos. É um processo contínuo que pode acelerar ou facilitar o desenvolvimento.
Na óptica de ZABALZA (2000: 47), Salienta que planificação é um fenómeno de planear, de algum modo as nossas previsões, desejos, aspirações e metas num projecto que seja capaz de representar, dentro do possível, as nossas ideias acerca das razões pelas quais desejaríamos conseguir, e como poderíamos levar a cabo, para concretizar
4.1.1. Planificação da acção da Inspecção
4.1.2. Fases da realização da inspecção Administrativa e pedagógica
A fase da realização da inspecção administrativa e pedagógica tem as seguintes etapas:
4.1.2. I Fase: Preparação da missão inspectiva
Inspecção ordinária
· Elaboração de uma informação proposta dirigida ao dirigente competente. Esta informação proposta deve conter: método de trabalho que se propõe aplicar, bem como a situação específica da instituição a ser inspeccionada.
· Despacho de aprovação pelo dirigente competente. O despacho sai em forma de uma ordem de inspecção;
· Notificação da acção à entidade visada e solicitação dos documentos (com antecedência mínima de 15 dias). A notificação deve incluir um informe sobre o objectivo da inspecção e as áreas a serem inspeccionadas;
· Elaboração do guião específico de inspecção (consulta de relatórios de inspecções anteriores); 
· Preparação da equipa com um mínimo de 2 elementos; – Elaboração de uma credencial a ser apresentada à entidade objecto de inspecção e assinada pelo respectivo Ministro.
Inspecção Extraordinária
· Recepção, por escrito da ordem de inspecção da entidade competente;
· Elaboração do guião de inspecção;
· Consulta de relatórios de inspecções anteriores;
· Elaboração de uma credencial e guia de marcha a serem apre- sentadas nos locais a serem inspeccionados.
4.1.3. II Fase: Realização da inspecção administrativa e pedagógica
· Apresentação da equipa inspectiva;
· Reunião inicial;
· Visita aos diversos departamentos;
· Logística (gabinete para a equipa inspectiva);
· Realização da inspecção;
· Reunião de balanço.
A reunião inicial é desencadeada pela equipa inspectiva com a entidade inspeccionada e tem como propósito estabelecer um ambiente de confiança e cooperação, que irá se reflectir nas actividades desenvolvidas pela equipa e, por consequência, nas oportunidades de sucesso da inspecção/fiscalização.
O estabelecimento desse ambiente é ainda mais importante quando a inspecção é complexa, envolve denúncias contra o inspeccionado ou está relacionada a um tema de ampla divulgação pela imprensa. 
Os inspectores devem estar claros de que, a reunião inicial é muito importante para o êxito do trabalho, pois, previne que o inspeccionado/fiscalizado construa uma visão distorcida do propósito do trabalho, evitando, assim, que ele assuma uma postura hostil em relação aos membros da equipa. É importante que o inspeccionado perceba que será tratado com isenção e respeito pela equipa de inspectores e que os assuntos examinados serão abordados com objectividade. 
Dessa forma, é importante que, durante a reunião inicial, a equipa de inspectores procure atenuar a ansiedade natural do inspeccionado, mantendo-se atenta a quaisquer manifestações de hostilidade. 
No primeiro encontro, devem ser discutidos com o inspeccionado, o tempo de duração dos trabalhos, a possibilidade de utilização de recursos do inspeccionado como, nomeadamente; o espaço físico, documentos preliminares.
Uma vez realizada a reunião inicial, a equipa de inspectores deve dar prosseguimento aos seus trabalhos, os quais poderão incluir entrevistas de colecta de dados. Nesta modalidade, é comum que os entrevistados suprimam informações importantes para o êxito da inspecção ao se sentirem constrangidos por estarem dando informações sensíveis aos representantes da fiscalização e inspecção administrativa do Estado ou por outras razões. 
Chama-se igualmente atenção, ao facto de, nalgumas vezes, os inspeccionados optarem por atitudes que tendem a dificultar a recolha de informações relevantes. Para evitar isso, as equipas de inspecção devem procurar criar um ambiente favorável, que lhes possibilite conduzir melhor as entrevistas de colecta de dados e maximizar a quantidade e qualidade de informações relevantes. 
Recomenda-se também que os inspectores procurem criar um clima de confiança e de cooperação com os entrevistados de modo a evitar a omissão de dados ou informações importantes para o sucesso do trabalho. Este ambiente, todavia, não deve comprometer a independência das actividades profissionais dos membros da equipa ou os objectivos da inspecção. 
Durante a recolha de dados, é importante assegurar que todas as solicitações de informação aos inspeccionados sejam redigidas, para assegurar a formalidade e evitar situações em que os inspeccionados aleguem o não recebimento do pedido. Estas solicitações devem ser assinadas pelo chefe da equipa e pelo interlocutor.
Após a colecta de dados e finda a missão, a equipa deve realizar uma reunião de balanço com a Direcção da instituição inspeccionada, na qual serão afloradas todas irregularidades identificadas durante o trabalho, os aspectos positivos, bem como as principais recomendações. 
Esta reunião de balanço constitui uma oportunidade ímpar de acção pedagógica que deverá estar subjacente ao procedimento de inspecção, uma vez que o inspeccionado será alertado para as situações menos correctas e terá a oportunidade de a partir daquele momento deixar de cometer os mesmos erros. 
Nesta reunião, o chefe da equipa dá um informe geral das constatações registadas durante o processo de inspecção, devendo proceder da seguinte forma:
· Realçar os aspectos positivos e/ou negativos detectados; 
· Apresentar propostas de medidas correctivas (caso necessário) nos termos da lei;
· Avaliar e deixar registado os aspectos que contrariem as normas vigentes e concorrem para a fraca qualidade da prestação de serviços na Função Pública; 
· Encorajar a Direcção da instituição (quando o trabalho for positivo), promovendo a sua manutenção e desenvolvimento;
4.1.4. III Fase: Verificação e acompanhamento do cumprimento das recomendações
A missão de inspecção não termina com a elaboração do relatório. É necessária a realização de acções de fiscalização com o objectivo de verificar o cumprimento das orientações dadas e que constam nos relatórios enviados às instituições inspeccionadas, depois do despacho do dirigente competente. 
A equipa de inspecção deve estabelecer um processo de acompanhamento para monitorar e assegurar que as acções recomendadas foram eficazmente implementadas. No processo de acompanhamento devem ser levados em consideração os seguintes factores:
· Aimportância da revelação participada; 
· O grau de esforço e custo necessários para efectuar a correcção e/ou a implementação das recomendações;
· Os riscos que podem ocorrer caso as acções correctivas venham a falhar;
· A complexidade da acção correctiva; 
· O período de tempo requerido.
A equipa de inspecção deve estabelecer e manter um sistema de monitoria e avaliação dos efeitos resultantes da inspecção. As técnicas utilizadas para fazer uma monitorização incluem:
· Comunicar as revelações e recomendações feitas ao nível do órgão responsável por tomar a acção correctiva;
· Receber informações actualizações e periódicas da direcção sobre a implementação de medidas, de forma a avaliar o esforço que está sendo feito para corrigir as anomalias verificadas pela missão inspectiva;
· Receber e avaliar os relatórios de outras unidades a quem tenha sido atribuída responsabilidade dos procedimentos no acompanhamento de natureza correctiva.
4.2. Função da Inspecção
Operacionalizado o conceito, este procedimento externo de inspecção tem sempre uma função: 
· Informativa, de observação e comprovação da realidade (a existência de um vasto registo de informações é uma importante arma de supervisão da efectividade do ordenamento legal); 
· Preventiva e de dissuasão que opera tipicamente antes da verificação de uma infracção (ao verificar e prevenir a adequação de comportamentos, permite-se a adopção de medidas provisórias urgentes e um efeito intimidatório); 
· De garantia do cumprimento de obrigações para a conservação e adequação ao regime sectorial (salientamos esta segunda vertente, pois o Estado regulador tem uma função orientadora e não apenas de controlo negativo/punitivo);
· Instrutiva ou pedagógica pois lhes é conatural um acompanhamento e esclarecimento técnico que, não sendo o seu objecto, é real e previne infracções que decorram de erro ou desconhecimento (a transmissão de informação, p.e. através de recomendações e advertências, acompanha a intensidade formativa da regulação); 
· De assistência técnica, que embora seja função auxiliar, na realidade actual determina que o conhecimento dos inspectores seja transmitido aos regulados. A complexidade técnica e o pulular de fontes sectoriais informais de criação ou de revelação do Direito, e a sua interpretação “autêntica” (não num sentido técnico-jurídico mas no de que é o regulador que fixa o alcance e conteúdo das regras e princípios), tornam esta vertente essencial. 
5.1. Funções da Inspecção Educacional
Segundo CABRAL (2010:44), as funções da inspecção educacional: Acompanhamento, controlo, auditoria, avaliação, provedoria e acção disciplinar e desenvolvimento de actividades internacionais.
· Acompanhamento: Este acompanhamento consiste essencialmente na observação e acompanhamento da acção educativa das escolas, com vista a obter maior conhecimento da forma como as políticas educativas são implementadas. Com este procedimento pretende-se que se desenvolvam melhores práticas administrativas e organizacionais da escola as consequentemente, se deverão traduzir na melhoria das aprendizagens dos alunos e nos resultados escolares dos mesmos.
· O controlo
Consiste em examinar o cumprimento dos objectivos e metas fixados. Inclui, essencialmente, as funções de auditoria, supervisão, fiscalização e avaliação e trata de reforçar os factores positivos (pontos fortes) e eliminar ou atenuar os negativos (pontos fracos), visando a melhoria da organização, a sua passagem a uma fase de maior eficiência e eficácia. Em função dos resultados do controlo, são fornecidos inputs que podem contribuir para a tomada de novas decisões ao nível do planeamento. Estas actividades conjugadas com acções de acompanhamento de execução das recomendações realizadas, integram o dispositivo de monitorização do sistema educativo, da responsabilidade da IGE. Mecanismos de controlo contribuindo para que essas organizações possam avaliar e monitorar, por si próprias, o cumprimento das suas funções, passando a Inspecção a desempenhar um papel supletivo ou complementar.
· Auditoria
Reserva-se normalmente a função da Auditoria para as intervenções em que a entidade competente (no caso, a Inspecção Educativa) se propõe contribuir, através de um processo de exame conduzido segundo referências e procedimentos técnica e cientificamente recomendáveis, para que a instituição educativa tome consciência dos pontos fortes e fracos do seu desempenho e encontre subsídios que lhe permitam consolidar ou almejar a excelência do serviço (educativo) prestado.
· Provedoria
A provedoria aponta para a defesa, salvaguarda e promoção dos direitos e interesses dos cidadãos e a integridade e justiça do sistema educativo. Manifesta-se através de queixas apresentadas tanto por actores como utentes da Educação. Neste seguimento, de queixas apresentadas tanto por actores como utentes da (IRE) inspecção regional da Educação, proceder a análise documental, ao atendimento e provedoria dos utentes e á elaboração de pareceres e relatórios.
· Acção Disciplinar
Encaramos a Acção Disciplinar como o conjunto de competências, actividades e procedimentos dirigidos à efectivação da responsabilidade disciplinar – ou, mais especificamente, como o poder de instauração, instrução e julgamento de processo disciplinar.
· Avaliação
A avaliação é um elemento muito importante no processo de ensino e aprendizagem, porque é através dela que se consegue fazer uma análise dos conteúdos tratados num dado capítulo ou unidade temática.(LIBANEO, 1985)
A avaliação é uma função inerente a qualquer sistema de organização social, que estabelece objectivos e metas a atingir. Assim, pela avaliação importa aferir se a operação planeada está a decorrer como previsto e se os objectivos e metas da organização são de facto os pretendidos ou fixados.
Conclusão
Actualmente na era de informação com a globalização a sociedade actual tem passado por inúmeras metamorfoses que obviamente atingiram a educação. A ideia que tínhamos sobre o conhecimento, a criança, a escola e os métodos de ensino, já não é mais a mesma. Na sociedade moderna, o papel fundamental da educação é formar cidadãos actuantes, críticos e participativos. Novos paradigmas estão surgindo com o objectivo de transformar a educação num instrumento de democratização social, capaz de inserir toda a sociedade em seu contexto. O processo democrático e participativo exige envolvimento de todos e o estabelecimento de vínculos de liderança e tomada de decisão compartilhada.
Diante disto mudou também o olhar rígido da inspecção passando a ser vista como uma actividade que complementa e reforça o princípio ético e de responsabilidade dos funcionários públicos com particular destaque a educação.
Não só, mas também, a função da Inspecção Escolar está baseada na ideia de prevenção, ou seja, evitar que os desvios aconteçam, portanto, através da vigilância constante. Quando um inspector comparece a uma escola estabelece relações de poder que são exercidas e justificadas através da hierarquia, ou seja, o sujeito que está autorizado pela Secretaria de Educação a fiscalizar e avaliar se a legislação está sendo devidamente cumprida. O inspector representa então, o especialista que detém uma verdade em relação ao correto funcionamento de uma unidade escolar. Nesse sentido, esse olhar que vigia ao inspeccionar, extrai, ao mesmo tempo, conhecimento e, portanto, produz saber.
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