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Ana Carolina Casali Zanette- 2º semestre • Dividida em regiões: Orelha externa: coleta ondas sonoras e direciona para dentro Orelha média: conduz as vibrações sonoras para a janela do vestíbulo (oval) Orelha interna: armazena receptores para a audição e equilíbrio Orelha externa • Composta pela orelha (pavilhão auricular), pelo meato acústico externo e pela membrana timpânica • Orelha: é uma aba de cartilagem elástica com formato semelhante à extremidade de uma corneta e recoberta por pele. A sua margem é a hélice; A parte inferior é o lóbulo. Ligamentos e músculos ligam a orelha à cabeça. • Meato acústico externo: é um tubo curvado com cerca de 2,5 cm de comprimento que se encontra no temporal e leva à membrana timpânica. • Membrana timpânica ou tímpano é uma divisão fina e semitransparente entre o meato acústico externo e a orelha média. é coberta por epiderme e revestida por um epitélio cúbico simples Entre as camadas epiteliais encontra-se tecido conjuntivo composto por colágeno, fibras elásticas e fibroblastos. • Meato acústico externo contém alguns pelos e glândulas sudoríferas especializadas chamadas de glândulas ceruminosas, que secretam cera de ouvido ou cerume. A combinação entre pelos e cerume ajuda a evitar a entrada de poeira e de objetos estranhos na orelha. O cerume também evita danos à pele delicada do meato acústico externo que podem ser causados pela água e por insetos O cerume em geral desidrata e desprendesse do meato acústico Orelha média • É uma pequena cavidade, cheia de ar e revestida por epitélio, situada na parte petrosa do temporal • Ela é separada da orelha externa pela membrana timpânica e da orelha interna por uma divisão óssea fina que contém duas pequenas aberturas: a janela do vestíbulo (oval) e a janela da cóclea (redonda). • ossículos da audição: são os 3 menores ossos do corpo humano, que são conectados por articulações sinoviais • Os ossos, nomeados por causa de seus formatos, são o martelo, a bigorna e o estribo. • Martelo: O cabo: se liga à face interna da membrana timpânica A cabeça: é articulada ao corpo da bigorna • Bigorna: o osso do meio na série, se articula com a cabeça do estribo • Estribo: base do estribo se encaixa na janela do vestíbulo (oval). • Janela da cóclea (redonda): encontra-se abaixo da janela do vestíbulo (oval) e é encapsulada por uma membrana chamada de membrana timpânica secundária. • Músculos esqueléticos que se ligam aos ossículos: músculo tensor do tímpano, que é inervado pelo ramo mandibular do nervo trigêmeo (V), limita o movimento e aumenta a tensão da membrana Sistema auditivo – anatomia e fisiologia Anatomia Ana Carolina Casali Zanette- 2º semestre timpânica, evitando danos à orelha interna por causa de barulhos muito altos O músculo estapédio, que é inervado pelo nervo facial (NC VII) é o menor músculo esquelético do corpo humano. Ao evitar grandes vibrações no estribo decorrentes de sons altos, ele protege a janela do vestíbulo (oval), mas também diminui a sensibilidade auditiva. o A paralisia do músculo estapédio está associada à hiperacusia, que é uma audição anormalmente sensível • Tuba auditiva: abertura na parede anterior da orelha média. Contendo osso e cartilagem elástica, conecta a orelha média com a parte nasal da faringe ou nasofaringe (porção superior da garganta) Encontra- se fechada em sua extremidade medial (faríngea). Durante a deglutição e ao bocejar, ela se abre, permitindo que o ar entre ou saia da orelha média até que a pressão nela seja igual à pressão atmosférica É uma rota para patógenos que saem do nariz e da garganta para a orelha média, causando o tipo mais comum de infecção auditiva Orelha interna - Labirinto • Dividida em: um labirinto ósseo externo que encapsula um labirinto membranáceo interno. • Labirinto ósseo: é formado por uma série de cavidades na parte petrosa do temporal divididas em três áreas: (1) os canais semicirculares (2) o vestíbulo (3) a cóclea. O labirinto ósseo é revestido por periósteo e contém a perilinfa Perilinfa: líquido semelhante ao líquor, reveste o labirinto membranáceo, uma série de sacos e tubos epiteliais dentro do labirinto ósseo que têm o mesmo formato geral do labirinto ósseo, abrigando os receptores para a audição e o equilíbrio. O vestíbulo é a parte central oval do labirinto ósseo. • Labirinto membranáceo epitelial contém a endolinfa nível de íons potássio (K+) na endolinfa é incomumente alto para um líquido extracelular e os íons potássio desempenham um papel na geração dos sinais auditivos • Vestíbulo: O labirinto membranáceo no vestíbulo é formado por dois sacos chamados de utrículo e sáculo, que são conectados por um pequeno ducto Projetando-se superior e posteriormente ao vestíbulo encontram-se três canais semicirculares ósseos, cada um deles localizado em ângulos aproximadamente retos um em relação aos outros dois. Com base em suas posições, eles são nomeados como canais semicirculares anterior, posterior e lateral. Os canais semicirculares anterior e posterior são orientados verticalmente; o canal lateral é orientado horizontalmente. Em uma extremidade de cada canal encontra-se um alargamento redondo chamado de ampola As partes do labirinto membranáceo que se encontram dentro dos canais semicirculares ósseos são chamados de ductos semicirculares. Essas estruturas se conectam ao utrículo do vestíbulo. • O nervo vestibular, parte do nervo vestibulococlear (VIII) consiste nos nervos ampular, utricular e sacular Esses nervos contêm neurônios sensitivos de primeira ordem e neurônios motores que formam sinapses com os receptores de equilíbrio. Os neurônios sensitivos de primeira ordem carregam a informação sensorial proveniente dos receptores e os neurônios motores carregam sinais de retroalimentação para os receptores, aparentemente para modificar sua sensibilidade Os corpos celulares dos neurônios sensitivos encontram-se localizados nos gânglios vestibulares Ana Carolina Casali Zanette- 2º semestre • Cóclea: localizada anteriormente ao ventrículo. É um canal espiral ósseo que lembra a casca de um caracol e realiza quase três voltas ao redor de um núcleo ósseo central chamado de modíolo. dividida em três canais: o ducto coclear, a rampa do vestíbulo e a rampa do tímpano O ducto coclear é uma continuação do labirinto membranáceo em direção à cóclea; ele é preenchido por endolinfa. Rampa do vestíbulo: canal acima do ducto coclear, que termina na janela do vestíbulo (oval). Rampa do tímpano: o canal abaixo do ducto coclear, que termina na janela da cóclea (redonda). Tanto a rampa do vestíbulo quanto a rampa do tímpano são partes do labirinto ósseo da cóclea; portanto, essas câmaras são preenchidas por perilinfa. A rampa do vestíbulo e a rampa do tímpano são separadas completamente pelo ducto coclear, exceto por uma abertura no ápice da cóclea, o helicotrema A cóclea é adjacente à parede do vestíbulo, na qual a rampa do vestíbulo se abre. A perilinfa no vestíbulo é contínua com aquela da rampa do vestíbulo • Membrana (parede) vestibular: separa o ducto coclear da rampa do vestíbulo e a lâmina basilar separa o ducto coclear da rampa do tímpano Localizada sobre a lâmina basilar encontra-se o órgão espiral ou órgão de Corti • Órgão espiral: é uma lâmina espiral de células epiteliais, incluindo células epiteliais de sustentação e cerca de 16.000 células ciliadas, que são os receptores da audição. Existem dois grupos de células ciliadas: as células ciliadas internas estão organizadas em uma única fileira, enquanto as células ciliadas externas estão organizadas em três fileiras. Na porção apical de cada célula ciliada encontram-se entre 40 e 80 estereocílios, que se estendem para a endolinfa do ductococlear. Os estereocílios são microvilosidades longas e semelhantes a pelos organizadas em várias fileiras de comprimento graduado. Células ciliadas: em suas extremidades basais, formam sinapses com os neurônios sensitivos de primeira ordem e com os neurônios motores da parte coclear do nervo vestibulococlear (VIII). Os corpos celulares dos neurônios sensitivos estão localizados no gânglio espiral São as células ciliadas internas formam sinapses com 90 a 95% dos neurônios sensitivos de primeira ordem no nervo coclear, que transmite a informação auditiva para o encéfalo Células ciliadas externas: formam sinapses de 90% com os neurônios motores no nervo coclear. • Membrana tectória: uma membrana gelatinosa flexível que cobre as células ciliadas do órgão espiral Na realidade, as extremidades dos estereocílios das células ciliadas estão em contato com a membrana tectória enquanto os corpos das células ciliadas se encontram sobre a lâmina basilar. Ana Carolina Casali Zanette- 2º semestre EVENTOS 1. O pavilhão direciona as ondas sonoras para o meato acústico externo. 2. Quando as ondas sonoras alcançam a membrana timpânica, as ondas alternadas de pressão alta e baixa no ar fazem com que a membrana timpânica vibre para frente e para trás. A membrana timpânica vibra lentamente em resposta a sons de baixa frequência (tons baixos) e rapidamente em resposta a sons de alta frequência (tons altos). 3. A área central da membrana timpânica se conecta ao martelo, que vibra junto com a membrana timpânica. Essa vibração é transmitida do martelo para a bigorna e, então, para o estribo. 4. Conforme o estribo se move para frente e para trás, sua placa basal em formato oval, conectada através de um ligamento à circunferência da janela do vestíbulo (oval), faz vibrar essa janela. As vibrações na janela do vestíbulo (oval) são cerca de 20 vezes mais vigorosas do que aquelas na membrana timpânica porque os ossículos auditivos transformam eficientemente pequenas vibrações espalhadas por uma grande área superficial (a membrana timpânica) em vibrações maiores em uma superfície menor (a janela do vestíbulo - oval). 5. O movimento do estribo na janela do vestíbulo (oval) provoca ondas de pressão no líquido da perilinfa da cóclea. Conforme a janela do vestíbulo (oval) é empurrada para dentro, ela empurra a perilinfa na rampa do vestíbulo. 6. As ondas de pressão são transmitidas da rampa do vestíbulo para a rampa do tímpano e, eventualmente, para a janela da cóclea (redonda), fazendo com que ela se projete para fora na orelha média 7. As ondas de pressão atravessam através da perilinfa da rampa do vestíbulo, passam então para a membrana vestibular e se movem para a endolinfa dentro do ducto coclear. 8. As ondas de pressão na endolinfa fazem com que as membranas basilares vibrem, fazendo com que as células ciliadas do órgão espiral se movam contra a membrana tectória. Isso promove o dobramento dos estereocílios e leva em última análise à geração de impulsos nervosos nos neurônios de primeira ordem nas fibras nervosas cocleares. 9. As ondas sonoras de várias frequências fazem com que determinadas regiões da lâmina basilar vibrem mais intensamente do que outras. Cada segmento da lâmina basilar está “afinado” para um tom em particular. Como a membrana é mais estreita e mais espessa na base da cóclea (próxima à janela do vestíbulo -oval), os sons de alta frequência (com tom alto) induzem vibrações máximas nessa região. Na direção do ápice da cóclea, a lâmina basilar é mais ampla e mais flexível; os sons de baixa frequência Fisiologia Ana Carolina Casali Zanette- 2º semestre (de tom baixo) causam a vibração máxima da lâmina basilar naquele local. A altura do som é determinada pela intensidade das ondas sonoras. Ondas sonoras de alta intensidade promovem vibrações maiores na lâmina basilar, promovendo maior frequência de impulsos nervosos que chegam ao encéfalo. Sons mais altos também podem estimular uma quantidade maior de células ciliadas. Transdução do som • As células ciliadas promovem a transdução de vibrações mecânicas em sinais elétricos. • Conforme a lâmina basilar vibra, os feixes de cílios no ápice das células ciliadas se dobram para frente e para trás e deslizam um sobre o outro. Uma proteína de ligação de extremidade (tip link) conecta a extremidade de cada estereocílio a um canal iônico sensível a estresse mecânico chamado de canal de transdução no seu estereocílio vizinho mais alto. • Conforme os estereocílios se dobram em direção aos estereocílios mais altos, as ligações de extremidade (tip links) disparam os canais de transdução, abrindo-os. Esses canais permitem que cátions na endolinfa, principalmente K+, entrem no citosol da célula ciliada. • Conforme os cátions entram, eles produzem um potencial receptor despolarizante. • A despolarização se espalha rapidamente ao longo da membrana plasmática e abre canais de Ca2+ dependentes de voltagem na base das células ciliadas. • O influxo de cálcio resultante promove a exocitose de vesículas sinápticas contendo um neurotransmissor, que provavelmente é o glutamato. Conforme mais neurotransmissores são liberados, a frequência de impulsos nervosos nos neurônios sensitivos de primeira ordem que formam sinapses com a base das células ciliadas aumenta. • O dobramento dos estereocílios na direção oposta fecha os canais de transdução, permitindo que ocorra hiperpolarização e reduzindo a liberação de neurotransmissor pelas células ciliadas. Isso diminui a frequência de impulsos nervosos nos neurônios sensitivos. Via auditiva • O dobramento dos estereocílios das células ciliadas do órgão espiral promove a liberação de um neurotransmissor (provavelmente o glutamato), que gera impulsos nervosos nos neurônios sensitivos que inervam as células ciliadas. • Os corpos celulares dos neurônios sensitivos estão localizados nos gânglios espirais. • Os impulsos nervosos passam através dos axônios desses neurônios, que formam a parte coclear do nervo vestibulococlear (VIII) • Esses axônios formam sinapses com neurônios nos núcleos cocleares no bulbo naquele mesmo lado • Alguns dos axônios dos núcleos cocleares passam por um cruzamento no bulbo e ascendem em um trato chamado de lemnisco lateral no lado oposto e terminam no colículo inferior do mesencéfalo. • Outros axônios dos núcleos cocleares terminam no núcleo olivar superior em cada lado da ponte. • Diferenças sutis no tempo que demora para que os impulsos nervosos provenientes das duas orelhas cheguem nos núcleos olivares superiores permitem a localização da fonte do som. • Axônios dos núcleos olivares superiores também ascendem no lemnisco lateral em ambos os lados e terminam nos colículos inferiores. • A partir de cada colículo inferior, os impulsos nervosos são transmitidos para o núcleo geniculado medial no tálamo e, finalmente, para a área auditiva primária do córtex cerebral no lobo temporal do cérebro. • Como muitos axônios auditivos cruzam o bulbo, trocando de lado, enquanto outros permanecem no mesmo lado, as áreas auditivas primárias direita e esquerda recebem impulsos nervosos de ambas as orelhas. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 12ª. edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2010. Ana Carolina Casali Zanette- 2º semestre Definição e principais causas • As anomalias congênitas (AC) podem ser definidas como todas as alterações funcionais ou estruturais do desenvolvimento fetal, cuja origem ocorre antes do nascimento. Elas possuem causas genéticas, ambientais ou desconhecidas. As principais causas das anomalias são os transtornos congênitos e perinatais, muitas vezes associados a agentes infecciosos deletérios à organogênese fetal, tais como os vírus da rubéola, da imunodeficiência humana (HIV), o vírus Zika, o citomegalovírus; oTreponema pallidum e o Toxoplasma gondii.. Substâncias Teratogênicas • Um agente teratogênico pode ser definido como qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal, pode produzir uma alteração na estrutura ou função da descendência Agentes Infecciosos • Apesar do feto ou do embrião estar protegido pela placenta, alguns agentes infecciosos presentes na mãe podem atingi-lo. Os defeitos induzidos por micro- organismos diferem dos induzidos por agentes ambientais, uma vez que nem todas as lesões aparecem no período da gestação, sendo que muitas manifestações clínicas aparecem após o nascimento, mesmo que congenitamente adquiridas. É importante conhecer a soro prevalência gestacional de agentes infecciosos que possam ser transmitidos para o feto gerando anomalias.19 • Rubéola É um doença infecto-contagiosa com sintomas leves e erupção generalizada, causada por um vírus da família Togaviridae e do gênero Rubivirus. A rubéola congênita possui um efeito teratogênico, uma vez que o vírus infecta a placenta, atinge o feto, inibe a mitose e estimula apoptose, comprometendo assim a organogênese, sendo pior no primeiro trimestre gestacional. A evolução da forma congênita é crônica e grave. As principais manifestações são surdez, cataratas, glaucoma, retinopatia, cardiopatias, microcefalia, retardo mental, distúrbios motores, entre outros. • Toxoplasmose: é uma doença causada pelo protozoário intracelular obrigatório T. gondii, e pode ser adquirida por meio da ingestao de oocistos liberados pelas fezes de felídeos, que podem estar presentes na água ou alimentos, ingestao de carne crua ou mal cozida, contendo cistos teciduais e da transmissão de taquizoítos por via transplacentária. O parasito atravessa a barreira placentária, atinge o feto, gerando infecção congênita e levando ao desenvolvimento de complicações neurológicas, oculares, auditivas e morte intraútero • Citomegalovírus (CMV) Também conhecido como HHV-5 É um herpesvírus humano (HHV) e pertencente à família Herpesviridae. A infecção congênita pode ocorrer por transmissão vertical durante a gestação (via transplacentária), no momento do parto ou no período pós-natal (via leite materno) O CMV pode infectar o feto tanto durante a infecção primária materna, quanto durante a reativação da infecção materna presente antes da concepção. Manifestações: retardo do crescimento intra- uterino, prematuridade, icterícia colestática, hepato- esplenomegalia, púrpura, plaquetopenia, pneumonite intersticial e manifestações neurológicas como microcefalia, calcificações intracranianas, crises Agentes infecciosos relacionados a anomalias congênitas Ana Carolina Casali Zanette- 2º semestre convulsivas no período neonatal, coriorretinite e deficiência de acuidade visual e auditiva. A surdez neuro-sensorial é a sequela mais frequente, atingindo 57% dos lactentes infectados. • Sífilis: É uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria T. pallidum. Durante a gestação, leva a sérias implicações para a mulher e seu concepto, podendo causar o abortamento, a morte intra-uterina, o óbito neonatal ou deixar sequelas graves nos recém-nascidos. A transmissão congênita faz-se da gestante infectada para o concepto, por via transplacentária, em qualquer momento da gestação.23 Segundo o Ministério da Saúde (2006)24, além da prematuridade e do baixo peso ao nascimento, as principais características dessa síndrome congênita são hepatomegalia com ou sem esplenomegalia, lesões cutâneas (como por exemplo, pênfigo palmo- plantar, condiloma plano), periostite ou osteíte ou osteocondrite (com alterações características ao estudo radiológico), pseudoparalisia dos membros, sofrimento respiratório com ou sem pneumonia, rinite sero-sanguinolenta, icterícia, anemia e linfadenopatia generalizada (principalmente epitroclear). Outras características clínicas incluem petéquias, púrpura, fissura peribucal, síndrome nefrótica, hidropsia, edema, convulsão e meningite • Vírus Zika: AC que ocorre devido a uma lesão neuronal que interfere no desenvolvimento cerebral, havendo redução do perímetro cefálico. Poucos estudos comprovaram que a infecção pelo vírus Zika durante a gravidez está associada à microcefalia, porém grande parte destes sugeriram esse elo. Referencia: MENDES, Isadora Cristina; JESUINO, Rosália Santos Amorim; PINHEIRO, Denise da Silva; REBELO, Ana Cristina Silva. Anomalias congênitas e suas principais causas evitáveis: uma revisão. Revista médica de Minas Gerais. V.28, e. 1977. Jun. 2018. Ana Carolina Casali Zanette- 2º semestre • No Brasil, o aborto provocado é crime, com penas previstas de 1 a 3 anos de detenção para a gestante, e de 1 a 4 anos de reclusão para o médico ou qualquer outra pessoa que realize em outra pessoa o procedimento de retirada do feto. O aborto no Brasil somente não é qualificado como crime em três situações: Quando a gravidez representa risco de vida para a gestante. Quando a gravidez é o resultado de um estupro. Quando o feto for anencefálico, ou seja, não possuir cérebro. Esse último item foi julgado pelo STF em 2012 e declarado como parto antecipado com fins terapêuticos. • As gestantes que se enquadrarem em uma dessas três situações tem respaldo do governo para obter gratuitamente o aborto legal através do SUS Implicações do aborto clandestino e/ou inseguro • O aborto realizado de maneira insegura, em contextos de ilegalidade, tal qual a situação brasileira, resulta em sérias consequências para a sociedade, pois compromete a saúde da mulher, com elevada morbimortalidade. Além disso, sobrecarrega o sistema de saúde, implica em custos, diminui a produtividade, traz inúmeras repercussões familiares e estigmatiza a mulher • O aborto é uma das principais causas de morte materna no mundo, e sua maior incidência acontece em países em desenvolvimento. Estima-se que no Brasil ocorram mais de um milhão de abortamentos ao ano. Vulnerabilidades, desigualdades de gênero e de acesso à educação, além das múltiplas dimensões da pobreza, como o déficit de recursos econômicos e a dificuldade de acesso à informação e direitos humanos fazem com que o aborto clandestino e/ou inseguro atinja, especialmente, as mulheres pobres e marginalizadas (BRASIL,2010). Nesta perspectiva, a prevenção da mortalidade materna por aborto depende da existência de serviços de saúde estruturados nos vários níveis de assistência, para garantir atendimento às mulheres. • Conforme Diniz e Medeiros (2010), os níveis de hospitalização pós-aborto no Brasil são elevados. Em média, 50% das mulheres que realizaram aborto e recorreram ao sistema de saúde foram internadas devido a complicações. Parte significativa dessas internações poderia ter sido evitada se o aborto não fosse tratado como atividade clandestina e o acesso aos medicamentos seguros fosse garantido. • O aborto pode implicar em sequelas à saúde física, • mental e reprodutiva da mulher. Dentre complicações físicas imediatas estão as hemorragias, infecções, perfurações de órgãos e infertilidade, que se somam aos transtornos subjetivos, ao se vivenciar o ônus de uma escolha inegavelmente difícil em um contexto de culpabilização e penalização do aborto Referência ANJOS, Karla Ferraz dos et al.. Aborto e saúde pública no Brasil: reflexões sob a perspectiva dos direitos humanos. Saúde debate, Rio de Janeiro , v. 37, n. 98, p. 504-515, Sept. 2013 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S 0103-11042013000300014&lng=en&nrm=iso>. access on 26 Mar. 2021. https://doi.org/10.1590/S0103- 11042013000300014. Aborto no Brasil
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