Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MED ONCOLOGIA Raio-x de tórax ----> lesão = medir a lesão: ≤ 3 cm = NÓDULO Se não houver mais nada além do nódulo = nódulo pulmonar solitário BENIGNO MALIGNO Ex.: cicatriz de TB Ex.: câncer de pulmão (o que + mata) A sobrevida do câncer de pulmão em países desenvolvidos é de 20% em 5 anos (mortalidade muito elevada). E, além disso, não há nenhum screening universalmente aceito para o câncer de pulmão (diferente do que temos, por exemplo, para ca de mama, colo de útero, colorretal). Alguns trabalhos mais recentes tentam demonstrar o benefício do rastreio com a tomografia, porém, isso ainda não é universalmente aceito. Enquanto a lesão ainda é um nódulo pulmonar solitário, é possível o tratamento, com sobrevida que chega até a 80% NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO BENIGNO MALIGNO Cicatriz de tuberculose (BK) Câncer + IMPORTANTES CALCIFICAÇÃO / FORMA DO NÓDULO CENTRAL CONCÊNTRICO DIFUSO PIPOCA HAMARTOMA SALPICADO EXCÊNTRICO Falam a favor de lesão maligna: salpicado e excêntrico CARCINOMA BRONCOGÊNICO (brônquio, bronquíolos e alvéolos) NÃO PEQUENAS CÉLULAS Adenocarcinoma (40%): Mais comum, não fumantes, periférico (associado a derrame) Epidermoide (30%): Mais comum: tabagistas; central; associado a cavitação Grandes células (10%): Periférico PEQUENAS CÉLULAS (OAT CELL) (20%) Menos comum Mais agressivo Central CARCINOMA BRONCOGÊNICO – CLÍNICA *Tosse*/ Hemoptise/ Dispneia/ Dor torácica SÍNDROME DE PANCOAST: dor torácica + compressão do plexo braquial + síndrome de Horner Mais comumente associada ao: EPIDERMOIDE SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR: varizes (tórax); edema de face; turgência jugular Mais comumente associada ao: OAT CELL ----------------------------------------------------------------------- SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS: OAT CELL Síndrome miastênica de Eaton-Lambert ADENOCARCINOMA Osteoartropatia hipertrófica pulmonar EPIDERMOIDE Hipercalcemia (PTH-like) Síndrome miastênica de Eaton Lambert (ataca a placa motora paciente apresenta fraqueza) CARCINOMA BRONCOGÊNICO – DIAGNÓSTICO Histopatológico – BIÓPSIA CENTRAL = escarro ou broncoscopia PERIFÉRICO = toracotomia ou videotoracoscopia ou procedimento percutâneo ESTADIAMENTO PEQUENAS CÉLULAS LIMITADO: um hemitórax EXTENSO: espalhado NÃO PEQUENAS CÉLULAS TNM T1: lesão < ou = 3 cm (nódulo pulmonar solitário) T2: lesão 3-7 cm (massa) E a 2 cm ou mais da carina T3: lesão > 7 cm OU a menos de 2 cm da carina T4: estrutura adjacente ou ≥ 2 lesões no pulmão (geralmente T4 contraindica a ressecção, contudo, em caso de 2 lesões presentes no mesmo pulmão = ainda é ressecável) N1: linfonodos hilares do mesmo lado da lesão N2: linfonodos mediastinais do mesmo lado da lesão N3: linfonodos contralaterais irressecável M1: metástases (osso, cérebro, fígado) ou derrame pleural/ pericárdico neoplásicos TRATAMENTO PEQUENAS CÉLULAS LIMITADO: QT + RT (cura 15-25%) EXTENSO: QT paliativa NÃO PEQUENAS CÉLULAS Sempre que possível: CIRURGIA + QT *IA(T1N0M0 – nódulo pulmonar solitário) = só cirurgia IRRESSECÁVEL: T4, N3, M1 (IIIb ou IV) = QT +/- RT CÂNCER DE TIREOIDE BEM DIFERENCIADO Mulher (20-40ª); mais comum (90%); bom prognóstico - PAPILÍFERO - FOLICULAR POUCO DIFERENCIADO Somente 9%; pior prognóstico - MEDULAR (CMT) - ANAPLÁSICO TABAGISMO IDADE > ou = 35 ANOS NÓDULO > 2 CM CRESCIMENTO EM 2 ANOS CALCIFICAÇÃO/ FORMA DO NÓDULO RX, TC ou PET 3-6 m por 2 anos Ressecção ou Lobectomia MED PAPILÍFERO FOLICULAR Tipo Bem diferenciado Bem diferenciado Características gerais Mais comum Mulher 30-40 anos Excelente prognóstico Disseminação linfática Associado à radiação Corpos psamomatosos Segundo mais comum Mulher 40-60 anos Bom prognóstico Disseminação hematogênica Associado à carência de iodo células foliculares Diagnóstico PAAF (o diagnóstico é citológico) PAAF = não consegue diferenciar um adenoma folicular de um câncer folicular de tireoide Diagnóstico é HISTOPATOLÓGICO Tratamento <1cm e sem risco: parcial (1lobo+istmo) >2cm ou com risco: total (se <15anos, história de irradiação: total) <2cm e sem risco: parcial (se adenoma: ok/ se câncer: total) >2cm ou com risco: total Seguimento Tireoglobulina / Cintilografia Tireoglobulina / Cintilografia ESTADIAMENTO – CÂNCER DE TIREOIDE ESCORES DE AMES/ AGES BAIXO RISCO ALTO RISCO Idade <40 anos >40 anos Sexo Feminino Masculino Extensão Tumor confinado à tireoide Extensão extratireoidiana Metástase Ausência de metástase Metástase regional ou à distância Tamanho <2cm >4cm Grau Bem diferenciado Pobremente diferenciado CARCINOMA MEDULAR DE TIREOIDE - CMT (Células C ou Parafoliculares: calcitonina) Marcadores: CALCITONINA Diagnóstico: PAAF ESPORÁDICO (80%) FAMILIAR (20%) Associação com NEM-2 NEM2A: CMT + FEOCROMOCITOMA + HIPERPARATIREODISMO NEM2B: CMT + FEOCROMOCITOMA + NEUROMAS Protooncogene RET: pesquisar em parentes de 1º.grau Se positivo = tireoidectomia profilática Tratamento: tireoidectomia + linfadenectomia Seguimento: calcitonina ANAPLÁSICO ou INDIFERENCIADO (mais raro, PIOR prognóstico, mais agressivo, idoso) Diagnóstico: PAAF Tratamento: traqueostomia + QT/RT Um algo a mais ... CARCINOMA DE CÉLULAS DE HURTHLE (variante mais agressiva e menos diferenciada do folicular) Tratamento: tireoidectomia total + linfadenectomia NÓDULO TIREOIDIANO História + Exame físico Avaliar função tireoidiana = TSH *Câncer não altera a função da tireoide TSH BAIXO NORMAL CINTILOGRAFIA USG QUENTE FRIO <1cm >1cm ADENOMA TÓXICO SEGUIMENTO PAAF CÂNCER DE PRÓSTATA ADENOCARCINOMA É o 2º. câncer mais comum em homens (em primeiro = câncer de pele não melanoma). Qual o que mais mata = pulmão Fatores de risco Idade, história familiar, raça negra Clínica Maioria assintomático (periférico) Se avançado: sintomas obstrutivos e irritativos Metástase Óssea (mais comum) RASTREAMENTO Recomendação do Ministério da Saúde = NÃO RASTREAR! Obs.: as sociedades de urologia ainda mantêm a orientação de fazer o rastreamento. Quando indicar? >50 anos TODOS até 76 anos >45 anos negros/história familiar O que indicar? Toque retal + PSA Para confirmar .. USG transrretal com biópsia BIÓPSIA, quando indicar? - Toque retal suspeito OU - PSA >4 BIÓPSIA 2,5-4* REFINAR (buscar dados de malignidade) (*) Se <60ª BIÓPSIA PSA sugestivo de câncer (refinamento) FRAÇÃO LIVRE DO PSA <25% DENSIDADE DO PSA > 0,15 VELOCIDADE DE CRESCIMENTO > 0,75ng/mL/ano TRATAMENTO Doença localizada Prostatectomia OU Radioterapia MED Metástase Privação androgênica (“castração”) Segundo o Ministério da Saúde, a única neoplasia a ser rastreada em homens é o câncer colorretal (colonoscopia a partir dos 50ª) CÂNCER DE BEXIGA (hematúria e mais nada ... no máximo uma anemia por uma perda sanguínea crônica) CARCINOMA DE CÉLULAS TRANSICIONAIS Homem branco > 70 anos -------------------------------------------------------------------- Fatores de risco Tabagismo, arilaminas, hidrocarbonetos, Schistosoma haematobium Clínica Hematúria Diagnóstico Cistoscopia com biópsia Tratamento Superficial (submucosa) Ressecção endoscópica +/- BCG intravesical Invasivo (muscular) QT adjuvante + neoadjuvante Cistectomia+ linfadenectomia Metastática QT +/- ressecção da doença residual (*) BCG = bacilo atenuado de M. bovis >> objetivo = inflamar a bexiga, fazendo com que o sistema imune destrua algum ‘foco’ que ainda tenha restado (é como uma modalidade de QT) CÂNCER DE ESÔFAGO Tipos ESCAMOSO - esôfago médio-superior Fumo, álcool, tilose, acalasia ADENOCARCINOMA - esôfago distal Barret (metaplasia intestinal) Clínica Disfagia progressiva, odinofagia, emagrecimento,.. Diagnóstico EDA + biópsia Estadiamento Tis Mucosa T1 Submucosa **TUMOR PRECOCE** T2 Muscular T3 Adventícia T4 Outra víscera N0 Sem metástase para linfonodos N1 Metástases em 1 a 2 linfonodos N2 Metástase em 3 a 6 linfonodos N3 Metástase em = 7 ou mais linfonodos M1 Doença metastática Tratamento QT + RT neoadjuvante + ESOFAGECTOMIA + LINFADENECTOMIA exceção: T4 (*irressecável) e M1 -> paliativa (*) aorta, corpo vertebral, traqueia ATENÇÃO: Só mucosa envolvida >>> mucosectomia endoscópica Até a submucosa >> esofagectomia + linfadenectomia (não é preciso de QT e RT) Tumor que foi até a submucosa = tumor precoce! –importante-- CÂNCER GÁSTRICO ADENOCARCINOMA (90%) Tipos (LAUREN) Intestinal: homem, >50ª, melhor prognóstico, bem diferenciado, associado a gastrite crônica atrófica Difuso: mulher, jovem, pior prognóstico, pouco diferenciado, disseminação linfática Clínica Dispepsia + emagrecimento Outros dados Krukenberg (ovário), Virchow (linfonodo supraclavicular), dermatomiosite (manif paraneoplásica) Diagnóstico EDA + Biópsia Classificação macroscópica (BORMANN) Tipo I Polipoide Tipo II Ulcerado/ bordos nítidos Tipo III Ulcerado/bordos não nítidos Tipo IV Infiltrante (linite plástica) Tipo V Não classificável Obs.: Maioria dos diagnósticos = tipo III Estadiamento = esôfago (até T1 = tumor precoce) Obs.: ASCITE = VIDEOLAPAROSCOPIA para o estadiamento Tratamento Curativo (sem metástase): GASTRECTOMIA + LINFADENECTOMIA +/- QT + RT DISTAL: GASTRECTOMIA SUBTOTAL (retira cerca de 2/3 do estômago) PROXIMAL: GASTRECTOMIA TOTAL CÂNCER COLORRETAL História Na história natural tudo começa com um ADENOMA , que sofre degeneração ADENOCARCINOMA Clínica CÓLON DIREITO: anemia ferropriva, massa palpável, febre CÓLON ESQUERDO: diarreia, constipação RETO: hematoquezia, fezes em fita, tenesmo Diagnóstico Colonoscopia + Biópsia Os tumores colônicos podem ser sincrônicos – por isso, uma retossigmoidoscopia irá visualizar apenas uma parte do intestino >> diagnóstico incompleto (lembrando que mais comumente teremos tumores a D) CEA = acompanhamento Estadiamento T e M = ESTÔMAGO N0 Sem linfonodo regional N1 1 a 3 linfonodos regionais N2 = ou > 4 linfonodos regionais Tratamento CÓLON: Ressecção com margem de segurança + linfadenectomia QT adjuvante RETO: ----- importante---- QT + RT neoadjuvante QT adjuvante TUMORES ALTOS (≥6cm): ressecção abdominal baixa (RAB) + anastomose colorretal TUMORES BAIXOS (≤5cm): ressecção abdominoperineal (MILES) + colostomia definitiva Quando ressecar a doença metastática? No fígado >> se até 3 lesões unilobares No pulmão e peritônio >> metástase única Obs.: o câncer colorretal tem um crescimento muito lento (demora cerca de 2 anos para dobrar de tamanho). Associação: TILOSE (hiperceratose palmo-plantar) ASSOCIAÇÃO: endocardite infecciosa por S. bovis e câncer MED CÂNCER DE PÂNCREAS ADENOCARCINOMA DUCTAL (90%) Homem, negro, idoso, tabagista Clínica Dor abdominal + emagrecimento Síndromes paraneoplásicas Síndrome de Trousseau – tromboflebite migratória Diabetes – se lesar >90% Virchow Se cabeça de pâncreas (mais comum..) SÍNDROME COLESTÁTICA (COURVOISIER) Diagnóstico TC de abdome (a imagem , mesmo sem biópsia já orienta para um tratamento curativo – cirúrgico – ou não) Marcador: CA19-9 > acompanhamento Tratamento Curativo: sem metástase e sem invasão vascular CABEÇA = PANCREATODUODENECTOMIA (WHIPPLE) CORPO E CAUDA = PANCREATECTOMIA DISTAL + ESPLENECTOMIA .......... QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE TUMORES HEPÁTICOS MALIGNOS METÁSTASE HEPATOCARCINOMA BENIGNOS ADENOMA HEMANGIOMA HIPERPLASIA NODULAR FOCAL MALIGNOS METÁSTASE CÓLON/ PÂNCREAS/ MAMA Múltiplos nódulos de tamanho semelhante Tratamento: paliativo Ressecar se: primário do cólon com até 3 lesões unilobares HEPATOCARCINOMA FATORES DE RISCO: CIRROSE, HEPATITE B DIAGNÓSTICO; alfafetoproteína/ TC dinâmica (trifásica)* ou RNM Na dúvida = biópsia TRATAMENTO: LESÃO ÚNICA + CHILD A = ressecção LESÃO ÚNICA < 5 cm ou ATÉ 3 LESÕES < 3 cm (CHILD B e C) = transplante LESÃO IRRESSECÁVEL= embolização METÁSTASE = paliativo (*) TC dinâmica (trifásica): sem contraste/ arterial/ portal captação arterial (“wash-out”) BENIGNOS HEMANGIOMA Mais frequente Tratamento: expectante – exceção: sintomas, sangramento Risco de ruptura HIPERPLASIA NODULAR FOCAL Segunda mais frequente Cicatriz central (grande característica) Tratamento: expectante ADENOMA HEPÁTICO Associação: anticoncepcional oral Risco de ruptura e malignização > ressecção TC DINÂMICA (TRIFÁSICA) HEMANGIOMA Captação arterial periférica HIPERPLASIA NODULAR FOCAL Captação arterial “Roda de Carruagem” ADENOMA HEPÁTICO Captação arterial heterogênea
Compartilhar