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Cancer de Pulmao Fonte: aula do Medcel Introdução O tabagismo (ativo e passivo) é o fator de risco mais importante no câncer de pulmão. Classificação histológica: Adenocarcinoma > Epidermoide > Células pequenas > Células grandes Periféricos: adenocarcinoma e células grandes → dão mais derrame pleural. Centrais: epidermoide e células pequenas → costumam comprimir vasos (como a veia cava), invadir o mediastino. Carcinoma de pequenas células o É o tumor mais agressivo (sua taxa de duplicação pode chegar a 30 dias). o É muito associado ao tabagismo. o Está muito associado à síndromes paraneoplásicas, pois ele é um tumor neuroendócrino. Epidermoide o É o tumor que mais cavita Adenocarcinoma o É o mais comum. o Cresce mais lentamente o É comum em não tabagistas. Carcinoma de células grandes o É um diagnóstico histológico de exclusão. Quadro clínico Sintomas inespecíficos e tardios. Quando um paciente vai apresentar sintomas, em 30% dos casos já possui metástase. Síndromes por efeito direto: Síndrome Claude-Bernard-Horner • Presença de tumor que comprime o gânglio estrelado/simpático cervical. • Paciente perde a inervação central da hemiface, ficando apenas com o tônus parassimpático. • Miose, enoftalmia, ptose e anidrose ipsilateral. • É um tumor do lobo superior, no sulco superior → Tumor de pancoast. Síndrome Pancoast • Tumor no lobo superior que comprime o plexo braquial. • Redução de força, parestesia ipsilateral e dor no ombro. • Essa síndrome pode OU NÃO ser causada pelo tumor de Pancoast. Isso não é regra. Síndrome da veia cava superior • Há uma massa de grande tamanho que comprime a veia cava. • As duas principais causas são tumor de pulmão (o principal é o carcinoma de pequenas células) e um linfoma (o principal é linfoma não Hodking). • Paciente jovem não tabagista → pensar em linfoma. Paciente idoso, tabagista → pensar em tumor de pulmão. • Quadro clínico: edema localizado em tronco superior, circulação colateral no tórax, dispneia que piora ao inclinar para frente. • É uma urgência oncológica e caso o paciente esteja com sintomas de obstrução de vias aéreas centrais, devemos pensar em radioterapia e corticoide urgentemente. Síndromes à distância: Sd. paraneoplásica • Falou em síndrome paraneoplásica, até que se prove ao contrário, é um carcinoma de células pequenas. Epidermoide: Hipercalcemia Adenocarcinoma: Osteoartropatia hipertrófica (presença de baqueteamento digital, reação periosteal, dor na periferia dos ossos longos). Pequenas células: Sd. de secreção inapropriada de ADH, sd. de cushing, sd. miastênica de Eaton Lambert, miastenia gravis, encefalite límbica, polineuropatia sensitiva e ataxia cerebelar: pequenas células. Exames complementares Servem para confirmar o diagnóstico e definir o tipo histológico. Podem ser eles: rx de tórax, TC de tórax, citologia do escarro, broncoscopia, mediastinoscopia, biópsia transtorácica. Além da TC de tórax, para o estadiamento do tumor de pulmão envolve TC de crânio + cintilografia óssea OU PET-scan. Estadiamento Inoperáveis: IIIB (T4 + N2/3) ou IV (M1) → nesses casos, fazemos QT e RT paliativos. No caso do carcinoma de células pequenas, podemos dividir seu estadiamento em: o Limitado: doença passiva de tratamento cirúrgico/RT. o Não limitado/disseminado/difuso: doença que vai além de um campo de radiação e não possui tratamento. Metástase O pulmão também pode ser um sítio de metástase de outro tumor primário. MAma – RIm – Osso (Mario) TEstículo – COlon – Tireoide (Tecoti) Lembrando que o pulmão também pode ser um sítio de metástase de tumor de pulmão. Nódulos > 2 cm: metástases de adenocarcinoma (mama, pulmão, cólon). Rastreamento TC de baixa dose de radiação anual em paciente com risco para CA de pulmão. Quando fazer? > 55 anos Tabagistas atuais > 30 maços/ano (ou cessaram há menos de 15 anos). Fazer até completar 75 anos ou até quando fizer 15 anos que parou de fumar. Nódulo pulmão solitário Lesão < 3 cm circunscrita por parênquima. Benigno: granuloma, embolia séptica, neoplasia benigna, má formação arteriovenosa, cisto broncogênico, pseudotumor inflamatório, granuloma de Wegener, linfonodo intraparenquimatoso, infarto pulmonar e atelectasia redonda. Maligno: carcinoma broncogênico, metástase e tumor carcinoide. BENIGNO MALIGNO o < 1,5 cm o Duplicação < 30 dias ou > 1,5 ano o Idade < 30 anos o Nunca fumou o Margens regulares o Calcificação central, em pipoca (hamartoma), em alvo (histoplasmose), homogênea, casca de ovo (sarcoidose, silicose) e casca de cebola (tuberculose). o 2,2 cm o 30 dias – 18 meses o Idade > 60 anos o > 20 cigarros/dia o Margens espiculadas (pior fator) o Calcificação excêntrica (no canto do nódulo), amorfa e irregular. Primeira coisa a se fazer na presença de um nódulo é pedir exames antigos e avaliar. Se estável, só observar. Nódulo estável + paciente sem risco: monitorizar com tomografia de 3-6 meses até completar 2 anos de visualização do nódulo. Se houver característica que sugiram doença maligna: biópsia transtorácica ou videotoracoscopia. Também podemos fazer exames com realce com contraste, como TC ou PET-TC, em paciente com reserva baixa para cirurgia. Isso ocorre, pois uma lesão maligna é bastante vascularizada e irá captar o contraste. Quando há realce, não define que é uma lesão maligna (lesão inflamatória também possui realce), mas nos ajuda a direcionar o diagnóstico e tratamento. O tratamento de nódulo solitário é sua ressecção cirúrgica.
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