Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTOMATOLOGIA HALITOSE Não é considerada uma doença, mas uma alteração crônica e endógena do odor bucal ou odor da respiração. − Odor desagradável que pode indicar um desequilíbrio local ou sistêmico − Limitações e restrições no convívio social − Não deve ser confundida com mau hálito transitório, decorrente de: ingestão de alho, cebola, mau hálito matinal ou fumantes − Prevalência incerta: em algumas populações cerca de 50% ❖ CLASSIFICAÇÃO − Halitose genuína − Pseudo halitose − Halitofobia HALITOSE GENUÍNA ➢ Local de origem − Intraoral ou bucal (76%) − Extraoral: vias aéreas, TGI e Disturbios Metabolicos Sistemicos ➢ Etiologia − Aumento de carga bacteriana ou substrato na superfície da cavidade orofaríngea, trato respiratório ou esofago – causando assim o odor desagradável ➢ Causa intraoral − Degradação proteolítica por microrganismos orais (gram – anaeróbios) que possuem compostos Sulfuricos Voláteis (CSVs) − Sulfeto de Hidrogenio (H2S) − Metil Mercaptana (CH3SH) − Dimetilsulfeto (CH3)2S) • Língua e Saburra Lingual ▪ Principais causa intraoral − 25 cm2 de superfície irregular − Células descamadas, restos alimentares, fungos e bactérias − Bactérias anaeróbias • Doença Periodontal − Bacterias capazes de produzir CSVs − Bolsas periodontais, placa bacteriana e lacais e sangramento − Correlaçao com halitose muito menor do que a saburra lingual • Xerostomia − Maior acumulo de placa bacteriana e saburra lingual − Aumento da carga bacteriana e CSVs ▪ Causa Extraoral − Aumento de certos metabolitos na circulação sanguínea − Outros compostos voláteis além dos (CSVs) − Formados ou absorvidos em qualquer parte do organismo como fígado, intestino, rins, etc − Diabéticos: hálito cetonico − Problemas hepáticos: odor sulfúrico − Insuficiencia renal: odor de peixe (dimetilamina e trimetilamina) • Vias aéreas − Todas lesões com necrose de tecido e supuração − Tonsilite crônica ou aguda, faringite, abscesso pulmonar, pneumonia, bronquite, etc. • Trato Gastrointestinal − Esofagite de regurgitação: refluxo devido a função inapropriada do esfíncter esofágico − Constipação intestinal e produção de gases: podem ser absorvidos e transportados pelo sangue − • Outros fatores: − Doença periodontal: bactérias capazes de produzir compostos sulfúricos voláteis são encontradas no sulco gengival e nas bolsas periodontais (em grande quantidade nessa ultima) − Cavidades extensas de carie: causa acumulo alimentar, gerando placa (substrato propicio para ação das bactérias) − Procedimentos cirugico: presença do sangue, coagulo e o processo de cicatrização − Próteses − Diastema ou falha em reconstituição de pontos de contato − Tumores, ulceras, infecções, inflamação ESTOMATOLOGIA • Diagnostico − Identificar a causa − Perguntar a queixa da halitose − Fazer anamnese + testes diagnósticos − Se for uma halitose genuína e a causa oral for confirmada, fazer tratamento e orientações, se a causa for negativa deve fazer o encaminhamento para uma avaliação medica ❖ TESTES TESTES ORGANOLÉPTICO − Teste subjetivo − É feito no período de pior hálito − Não deve utilizar enxaguatorio ou dentifrícios em ate 2h antes do teste − O CD irá avaliar de 0 a 10 o quão desagradável é o hálito do paciente, devendo ser tratado em uma distancia de 20cm − Como é um teste subjetivo é passível ao erro, pois depende muito de cada dentista e da sua condição olfatória HALITOMETRIA − Mais usado a nível de pesquisa − É capaz de detectar e quantificar compostos sulfúricos voláteis ▪ Vantagens − Mais conveniente (não constrange) − Fácil de ser executado − É objetivo ▪ Desvantagens − Só serve para condição de halitose com causa intraoral − Requer equipamento especifico − Não identifica qual o composto sulfúrico volátil esta presente − Uso de enxaguante e dentifrios altera a leitura. CROMATOGRAFIA GASOSA ▪ Vantagens: − Sensibilidade e especificidade alta − Identifica dimetilsulfeto (causa extraorais) ▪ Desvantagens − Alto custo − Disponível em centros especializados − Requer equipamento específicos TRATAMENTO DAS CAUSAS DE HALITOSE − Remoçao de sírios de infecção e retenção de microorganismo − Clorexidina para uma redução mais significativa de compostos sulfúricos voláteis (65%), porem, possui a desvantagem de pigmentação de dentes e língua e redução do paladar, nunca sendo usada continuamente, só em período especifico (após cirurgias principalmente) − Enxaguatorios bucais: são moderadamente efetivos na redução dos compostos sulfúricos (25%), sendo seu efeito maior mascarador, dura de 2 a 3h apenas. LESÕES EROSIVAS E ULCERATIVAS • LESÕES FUNDAMENTAIS − Erosão: rompimento superficial do tecido epitelial da mucosa bucal sem exposição do tecido conjuntivo. − Ulcera: perda de continuidade do revestimento epitelial com exposição do tecido conjuntivo subjacente. Forma-se entao uma pseudomembrana − Fissura: é uma ulcera retilínea. Canto de boca • LESÕES EROSIVAS E ULCERADAS − Aborda um grupo extenso e variado de lesões − Traumáticas (natureza física ou química): reparo rápido entre 3 a 4 dias − Infecciosa (vírus, bactérias ou fungos – Candida) − Imunomediadas (pênfigo, E.A.R) − Quadro sistêmico ou sindrômico − Neoplásicas (por formações de área de necrose) Kamila Realce Kamila Realce Kamila Realce ESTOMATOLOGIA • ASPECTOS SEMIOLOGICOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS COM VISTA AO DIAGNOSTICO − Manifestação primaria ou secundaria (pós- vesicula ou bolha) − Localização: herpes recorrente intraoral em geral ocorre em mucosa queratinizada − Tamanho: ulcerações virais podem se apresentar pequenas e arredondadas − Número de lesões: trauma em geral se apresenta por lesão única − Aspectos das margens: ulceras aftosas recorrentes tem margens bem demarcadas − Profundidade: lesões de fundo imunitário são em geral superficiais − Coloração: ulceras aftosas recorrentes mostram halo eritematoso evidente − Duração: ulcerações herpéticas mostram ciclo de uma ou duas semanas • OUTROS SINAIS E SINTOMAS PARA AUXILIAR − Linfadenopatia − Fenômenos prévios a instalação − Caráter recidivante o não − História familiar − Presença de outros órgãos afetados (genitais, pele, mucosa ocular....) ❖ ULCERA AFTOSA RECORRENTE – UAR − Chamadas de Ulceraçoes aftosas recorrentes; Estomatite aftosa recorrente − Doença comum − Distribuição mundial − Ocorrência varia entre 5 e 25% − Tendência familial − Feminino: masculino -> 2:1 − Primeira manifestação pode ocorrer nos primeiros meses de vida, porem mais comum entre 10 e 20 anos de idade − se for removida cirurgicamente reparação ocorre entre 2 a 3 dias UAR minor – Mikulicz − 85% dos casos − Única ou múltiplas − Superficial, de contorno arredondado − Entre 2 a 10mm (geralmente uma a quatro lesões) − Mucosa de revestimento, não queratinizada − Reparação 10 a 14 dias − Menor tempo de duração − Menor taxa de recorrência UAR major – Sutton − Forma clinica mais ‘’agressiva’’ da afta − É mais profunda − Demora mais para reparar − Menos comum (10% dos casos) − De 1cm a 3cm − Sintomatologia dolorosa bastante intensa − Persiste de 3 a 8 semanas − Em alguns casos, evidencia-se notável fibrose (pode formar uma cicatriz) Kamila Realce Kamila Realce ESTOMATOLOGIA UAR tipo herpetiforme − Rara (5% dos casos) − Ulcerações rasas, múltiplas, 1 a 3mm − Mais comum em mucosa de revestimento − Lembra clinicamente herpes simples − Não há estagio vesicular − Não apresenta sinais prodomicos − Frequentemente concomitantes com outras manifestações da síndrome de Behçet • ETIOPATOGENIA −Diferentes subgrupos de pacientes parecem responder a diferentes causas para UAR − Diversas teorias foram discutidas ao longo da história: teoria infecciosa / teoria imunologia – perfil autoimune / teoria genética – tendência família − A herança de um defeito no sistema imunológico propiciaria a produção das ulcerações na mucosa da boca, nos indivíduos susceptíveis, diante da introdução de um antígeno, que poderia ser microbiano, através da barreira mucosa − a resposta imune anormal do tipo celular tem sido considerada a responsável pela UAR − por motivos pouco conhecidos, antígenos comuns presentes no epitélio, interpretados como estranhos pelo sistema imune, desencadeariam a resposta, mediada principalmente por linfócitos T citotóxicos, contra as células epiteliais − a identidade desses antígenos permanece desconhecida • FATORES LOCAIS E SISTEMICOS − Estresse: pois tem uma resposta importante em cima do sist. Imunológico, fazendo liberação de hormônios na classe dos corticoides, baixando a imunidade do paciente − Doenças sistêmicas (AIDS, doença de Crohn, doença celíaca e doença de Behçet) − Deficiência nutricional: relacionada a redução da queratinaçao da mucosa, deixando-a assim mais suscetível − Alergia − Alteração hormonal − Interrupção do tabagismo • RECORRENCIA DA DOENÇA SÃO RESULTADO DE: − Uma imunodesregulaçao − Uma diminuçao da barreira mucosa − Elevado estimulo antigênico • DIAGNOSTICO E TRATAMENTO − O diagnostico se baseia em suas manifestações clinicas e anamnese e não na biopsia − É preciso sempre considerar as possibilidades de envolvimento sistêmica: doença de Behçet, doença de Crohn, colite ulcerativa e infecção por HIV − Recomenda-se investigação hematológica: ferro (ferritina e transferrina), vitamina B (folato e vitamina B12) e zinco − Na tentativa de se obter alivio sintomático (cauterização) − Corticoterapia (bochechos de corticoide, pomadas, géis) − Laserterapia − Antibacterianos − Anestésicos − Vitaminas, zinco − O tratamento segue apresentando característica não especifica em função da falta de esclarecimento definitivo de sua etiopatogenia − Os casos mais complexos e graves exigem a prescrição de terapia sistêmica, associada ou Kamila Realce Kamila Realce ESTOMATOLOGIA não a procedimentos e medicamentos de uso tópico − As medicações mais utilizadas: corticosteroides e agentes imunossupressores (dapsona, colchicina, talidomida ❖ Úlcera Traumática − Traumas mecânicos, físicos e químicos (ac fosfórico, aspirina, álcool, agentes clareadores) − Agudas ou crônicas − Acidentais ou iatrogênicas (peças de mao, remoção abrupta de rolos de algodão, pro instrumental) − Etiologia quase sempre relatada pelo paciente − Mais comuns são mordidas involuntárias − Ulceras terminas: alimentos excessivamente quentes − Ulceras pós anestésica: particularmente em crianças − Ulcerações gengivais por escova − Ulcerações produzidas por aparelhos protéticos e ortodônticos − Certas ulceras traumáticas podem persistir por muito tempo, tendo um aspecto de uma ulcera profunda podendo se assemelhar por carcinoma epidermoide − Fazer biopsia ▪ Tratamento − A terapêutica varia de acordo como tipo do trauma e tamanha − Lesões iatrogênicas podem demandar sutura − Cuidados sintomáticos locais ou sistêmico geralmente (analgésicos, antissépticos) ❖ Ulcera Psicogenica ou Factícia − São ulceras autoinduzidas, ações de autoinjuria que resultam em danos físicos − Desordens de ordem psiquiátrica ou emocional − Pacientes buscam atenção medica ou cuidados familiares − Mais frequente entre mulheres − Lesões cutâneas são mais comuns − Lesões orais são decorrentes de hábitos de mordiscar − Lesionar a mucosa oral com algum artefato pontiagudo (caneta, clips, unha) − Locais comuns: língua, mucosa jugal e lábios − Caráter crônico e recorrente − Ulceras irregulares, centro deprimido, fundo fibrino-hemorragico − São geralmente acompanhadas de área queratótica − Entidades separadas das ulceras traumáticas devido a etiologia particular e a dificuldade diagnostica que podem apresentar − Paciente raramente não relata ❖ DOENÇAS IMUNOMEDIADAS − Grande parte são ulceradas e erosivas − Advem de falhas do sistema imune − Afetam pele e mucosas na maioria das vezes, não necessariamente ao mesmo tempo − Maioria aparece na mucosa oral com manifestações primarias − Lesão vesico-bolhosas, erosivas, ulceradas, descamadas e ceratóticas − Quase sempre acompanham de dor − Etiopatogenia: ainda é pouco incerta ESTOMATOLOGIA − Autoimune vem da perda de tolerância imunológica, ataque à próprias estruturas − Mediados por Linfócitos T(citotóxicos – liberam citocinas) ou Linfócitos B (liberam anticorpos), eles reconhecem estruturas estranhas − Drogas, microorganismos são antienos que acabam gerando o que chamamos de resposta cruzada (o anticorpo ou citocina produzido para atacar a eles ataca qualquer parte do corpo) − Diagnostico: baseia-se na combinação da anamnese, exame clinico, histopatologia (biopsia) e exames complementares (radiográficos) − Algumas lesões comente precisa apenas de uma biopsia e já pode se dar o diagnostico − São doenças crônicas (sem cura e duram a vida toda) e cíclicas, com períodos de remissão e recidiva − Lesão só em pele, mucosa e em ambos podendo aparecer ao mesmo tempo ou em tempos distintos. Pode aparecer em mucosa ocular e genital também. ❖ LIQUEN PLANO − A característica clinica mais comum é ele se apresentar reticular, o qual apresenta inúmeras estrias − É uma doença inflamatória crônica muco- cutänea − Atinge pele, couro cabeludo, mucosas e unhas − Etiologia incerta (pode ser multifatorial) − Patogeese e mecanismo envolve LT citotóxicos, e suas citocinas destroem queratinócitos. LT tem um antígeno externo apresentado a eles mas fabricam citocinas contra cel. queratin. do próprio corpo − Doença comum, sendo a mucosa oral mais afetado − Afeta pessoas de 30 a 60 anos − Predileção pelo gênero feminino − Hipótese relacionadas a causa: problemas imunológicos, psicogênicos, neurológicos, infecciosos e medicamentos − Apresentações clinicas: reticular, erosivo, bolhoso. ❖ PENFIGÓIDE BENIGNO DAS MUCOSAS OU PENFIGÓIDE CICATRICIAL − Após biopsia: desprendimento do epitélio em relação ao tec. Conj., formando uma fenda subepitelial (forma uma bolha que logo se rompe e forma ulceras) − Acomete +mulheres, entre os 50 e 60 anos − Ocorre em mucosas, tanto ocular, oral e genital − Patogênese: auto-anticorpos que atacam estruturas como hemidesmossomos, que ligam queratinócitos à membrana basal − Recomenda-se em caso de pênfigo e penfigoide que seja submetido a teste de imunofluorescência para evidenciar anticorpos que atacam as estruturas do corpo − Agravante da doença: comprometimento ocular. Pode ser formado o simbléfaro que é a adesão entre as conjuntivas bulbas e palpebral, podendo levar a cegueira − Em suspeita e confirmação de penfigóide benigno das mucosas, o CD deve encaminhar o paciente para o oftalmologista rapidamente. ❖ SÍNDROME DE BEHÇET − Biópsia nesse caso não dará o diagnóstico, apenas os exames reumatológicos (encaminhar sempre para o reumatologista nesse caso) − É uma doença inflamatória sistêmica (uma vasculite, ou seja, inflamação dos vasos) − Desordem multissistemica (no corpo todo) − As ulceras são orais, genitais, inflamações oculares também ocorrem, pode envolver a pele, articulações e TGI, SNC, pulmões e rins Kamila Realce Kamila Realce Kamila Realce Kamila Realce ESTOMATOLOGIA − Etiologia desconhecida, mas pode ser causada por bactérias, vírus, metais pesados − Tem forte relação com HLA-B51, que é um antígeno presente nos leucócitos de algumas pessoas − Atende +adultosjovens − O envolvimento oral (lesões em boca) ocorre em 73% dos casos, sendo a maioria ulceras menores. Em mucosa labial, alveolar, palato e orofaringe − Envolvimento ocular acontece em 80% dos casos − Lesões cutâneas ocorrem através de pápulas eritematosas. − Ulceras genitais tendem a gerar mais cicatrizes: importância de uma boa anamnese para pesquisar outros sinais no paciente − Tratamento: a base de corticoides e imunossupressores − Em casos +graves: paciente pode ter hemorragias pulmonares, hemorragias TGI, no SNC, paralisia e demência − a ausência dessas complicações mais graves, torna o prognostico bom. ❖ GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE (GUN) − Causada pela associação de vários gêneros bacterianos − Geralmente ocorre na presença de estresse psicológico − Estresse: vai liberar corticoides, e isso faz com que altere os níveis de linfócitos (diminui a resposta do sist. imune) e libera adrenalina que causa a isquemia localizada, levando a uma necrose local − Relacionada também: HIV, tabagismo, trauma local, deficiência nutricional e o sono inadequado ▪ Sinais e sintomas: − Papilas intensamente inflamadas, edemaciadas e hemorrágicas − Áreas de arranchamento (falta de tecido) − Perda da estrutura triangular comum das papilas, podendo haver crateras na posta dessa papila − Pseudomembranas (ulceras) − Odor extremamente fétido − Dor intensa − Linfoadenopatia (linfonodos aumentados e doloridos) − Febre e mal estar − Prognóstico bom: fácil de resolver, com raspagem ou antimicrobiano ❖ PENFIGO VULGAR − Auto-anticorpos que são produzidos contra os desmossomos, os quais ligam células epiteliais a célula epitelial − Celulas epiteliais se desprendem − No local da fenda, forma-se uma bolha, que se rompe facilmente e forma a ulcera no local − Imunofluorescência é recomendada para evidenciar os anticorpos − Ulceras podem estar por toda mucosa, desde pequena ate ulceras profundas. − Em boca pode gerar um quadro de gengivite descamativa assim como o penfigóide Kamila Realce Kamila Realce Kamila Realce Kamila Realce Kamila Realce ESTOMATOLOGIA − Comum apresentar bolhas e ulceras em pele − Tratamento: com corticóides ❖ ERITEMA MULTIFORME − Condição mucocutanea bolhosa e ulcerativa − É uma doença imunologicamente mediada e de etiologia incerta − Patogenese: relacionada a necrose de queratinócitos − Ocorre também reação antígeno- anticorpo na superfície de parede de vasos (pode haver destuiçao de vasos) − Pode estar relacionada a ação de vírus (herpes), bactérias (micoplasma pneumonie), exposição a drogas e medicamentos, que gera ataque aos queratinócitos por ação cruzada − Ínico agudo − Possui variação clinica, mas o mais frequente são as ulcerações em pele e mucosa − Comum em homens adultos jovens − Sintomas prodomicos antes do surgimento das lesões: febre, mal estar, dores de cabeça e dor de garganta − Estudos com imunofluorescência não são muito uteis para o diagnostico, apenas para descartas outras doenças bolhosas − Fase leve: tem ulcerações que afetam primeiro a mucosa oral. − Fase mais grave: eritema multiforme maior, as ulcerações e descamações ocorrem em toda pele e mucosas, pode causar até necrólise epidérmica toxica. − Pele: lesões vermelhas, planas, redondas e com coloração vermelho-escuro, podem se tornar bolhas com centro necrótico. Algumas aparecem com anéis eritomatosos circulares e concêntricos, com aspecto de ‘’tiro ao alvo’’ e centro necrótico − Boca: placas eritematosas com necrose epitelial, evoluem para erosões rasas e ulcerações com bordas irregulares. Crostas hemorrágicas na região do vermelhão do lábio é comum. São dolorosas Kamila Realce Kamila Realce ESTOMATOLOGIA ❖ SÍNDROME DE STEVEN JOHNSON − É um eritema multiforme maior. − É a forma mais grave da doença, geralmente desencadeada por medicações e drogas em um geral. − Afeta pele e mucosa oral, ocular e genital − Pode haver problemas oculares semelhantes ao do penfigóide − Necrolise epidérmica toxica, que é uma agravante ainda maior da doença, ocorro devido a apoptose de células epiteliais. Tem uma intensa descamação grave e extensa, parecendo que o paciente foi queimado. (forma rara da doença, acomete pessoas mais velhas) − Histologicamente não é um diagnostico definitivo: processo inflamatório com formação de novos vasos sanguíneos. Observa vesículas intraepiteliais, com necrose dos ceratinócitos basais e infiltrado inflamatório. − Diagnóstico: é mais clinico e por eliminação de ouras condições através de histopatológico e imunofluorescência − Tratamento: retirar medicamentos que podem estar desencadeando a doença e tratar o herpes, usar corticoides sistêmicos. Casos graves é feito tratamento na unidade de queimados ❖ LÚPUS ERITEMATOSO SITEMICO − Doença autoimune sistêmica − Predominância em mulheres em idade fértil − Heterogeneidade clinica e imunológica: tem grande variedade de sintomas e sinais e de atuantes do sistema imune ▪ Sintomas 1. Artralgia: dor articular 2. Depressão 3. Febre e perda de peso 4. Artrite: inflamação das articulações 5. Manchas na pele (aspecto asa de borboleta no rosto) ou até ulceras na pele 6. Anemia 7. Lesões bucais (ulceras e erosões): região do palato, mucosa jugal e gengiva. − pode envolver vermelhão do lábio inferior − grau de ulcerações, dor, eritema e hiperceratose são variáveis. − No lúpus eritematoso cutâneo crônico, as lesões são muito parecidas com as do liquen plano erosivo 8. comprometimento dos rins e do coração − dor no colágeno (resposta autoimune contra o colágeno) − tem a produção de anticorpos contra diversas células, atacando o núcleo e citoplasma − é multifatorial com predisposição genética e fatores ambientais em conjunto para causar. − Mais comum em mulheres brancas − Diagnostico: clínico (encaminhas sempre ao reumatologista se haver suspeita) + exame de FAN − Histologicamente: vasculite (infiltrado inflamatório intenso em vasos) ESTOMATOLOGIA LESÕES PIGAMENTADAS − Chamada também de Lesões Negras − Podem ser encontradas em diversas regiões da mucosa e apresentar diversos tipos, tamanho e caracteristicas − variações do padrao de normalidade (pigmentação racial/melanica – gengiva) − Manifestaçoes de doenças sistêmicas (Doença de Addison) − Presença de corpos estranhos (tatuagens por amálgama) − Neoplasias malignas (melanoma) − Origem do pigmento: extrínseca e intrínseca • PIGMENTAÇAO EXTRÍNSECA − É exógeno, que não foi produzido por nenhum tipo celular e sim implantado na mucosa − É algum procedimento, como amalgama, acidental de restauração. − Mesmo com pacientes edêntulos podemos nos deparar com a pigmentação, pode ter ocorrido quando o paciente possuía algum dente ainda com restauração • PIGMENTAÇAO INTRÍNSECA − O mais frequente é a melanina, pigmento produzido pelos melanócitos − Existem outros como hemoglobina, hemossiderina... porem estão mais frequentes em outros tipos de lesão (trauma ou hemorragias na mucosa) − Se possuir melanina, fazer manobra de vitropressao: exame complementar que se utiliza para ajudar no diagnostico (provocando isquemia nos tecidos) • CORES DAS LESOES PIGMENTADAS − As cores estão relacionadas com o tipo de e local de deposito dos pigmentos − Roxo/Violeta: origem vascular, não pigmentar, podendo variar − Cinza/Azul: pode ocorrer pelo amalgama − Marrom/Preto: melanina, amalgama • APRESENTAÇOES CLINICAS − Difusas: extensas e espalhas − Múltiplas: várias máculas, pigmentação melanicas em várias regiões na gengiva − Únicas: uma lesão mais focal, delimitada, unilateral • ANAMNESE – informações importantes − Há quanto tempo a lesão estana cavidade bucal? − Observar se o paciente tem outras lesões na pele (face, perioral, mãos ou pés) − Quais medicamentos faz uso? (cloroquina – pode causar pigmento) − É fumante? (nicotina) − Tem outros sinais/sintomas sistêmicos? (como dores abdominais, perda de peso) • CARACTERISTICAS CLINICAS − Bordas: se são delimitadas ou irregulares − Forma − Cor: se a cor é uniforme ou tem variçao da tonalidade (grau de malignidade) − Tamanho: se é pequena ou extensa • EXAMES COMPLEMENTARES − Radiografias: suspeitas de pigmentações − Diascopia/vitropressão: pra determinar se é uma lesão pigmentar ou se tem alteração vascular − Biópsia: para estabelecer um diagnóstico definitivo, pois estabelecem diagnostico diferencial com o melanoma PIGMENTAÇOES INTRÍNSECAS 1. Pigmentação fisiológica ou Melanose Racial − Mais frequente em pacientes de pele escura − Surge decorrente a maior atividade dos melanócitos − Coloração marrom/acastanhada (intensidade variável) − Gengiva é o local mais acometido − Se apresenta bilateral − Pode acometer mucosa jugal, língua, lábios, comissura labial, etc − Margem menos definida em outros áreas − Não é necessário nenhum tratamento ESTOMATOLOGIA 2. Mácula Melanótica − Alteração de cor plana marrom e uniforme − É bem definida − Bem arredondada/oval − É mais frequente de lesões únicas − Acometem mais o vermelhão do lábio − São menores do que 1cm − Frequente em mulheres − Não apresentam nenhum risco de transformação em melanoma − Normalmente realiza biopsia para estabelecer o diagnostico e descartar a possibilidade de ser um melanoma em estágio inicial 3. Nevus ou Nevo Melanocítico − se refere a más formações da pele, da mucosa − origem congênita ou de desenvolvimento − representa uma prolifereaçao benigna e localizada de células que são provenientes da crista neural (células nevicas) − a coloração depende da quantidade de pigmentos e da localização do pigmento − se desenvolve durante a infância − estão presentes ate os 35 anos de idade − frequente em mulheres − difícil fazer um diagnostico diferencial entre o melanoma e nevus − não requer um tratamento − normalmente precisa fazer a biopsia para descartar a possibilidade de ser um melanoma. ESTOMATOLOGIA 4. Melatoacantoma − é incomum − pode causar uma pigmentação rápida e difusa − ocupa grande parte da mucosa − coloração bem heterogênea (áreas mais escuras que outras) − acometem pessoas entre a 3º e 4º década de vida, principalmente pessoas negras e mulheres − pode desaparecer sozinho − muitas vezes realiza a Biopsia para estabelecer o diagnostico (melacantoma ou melanoma) − o próprio procedimento da biopsia pode levar uma regressão espontânea − qualquer local da mucosa pode ser acometido − evolução rápida, por isso é bom fazer a biopsia 5. Síndrome de Peutz-Jeghers − Doença sistêmica − Desordem genética − Rara − Associada a mutação de um gene localizado no cromossomo 19 − Clinicamente: múltiplas lesões − Se apresenta por manchas subcutâneas − Não requerem nenhum tratamento − Não tem risco de transformação em melanoma − Causa a presença de pólipos intestinais − Pode ter um risco aumentado para diversos órgãos − Variam desde um Marrom mais claro até um mais acinzentado − Tamanho: 1 a 4mm − Pode acometer a mucosa nasal, mãos e pés. 6. Doença de Addison − Se caracteriza por uma hipofunçao da adrenal (diminuição dos hormônios adrenocorticais – podendo estimular a hipófise anterior a secretar ACTH, esse aumento estimula a secreção do Hormonio -estimulador de melanócitos e esse hormônio ira estimular um deposito de maneira difusa da melanina pelos melanócitos) − Manchas marrons difusas − Podem acometer vários sítios da mucosa (língua, palato, gengiva) − Os depósitos de melanina pode aparecer em outros lugares do corpo 7. Melanose do fumante − não é considerada uma lesão pré- neoplasica − a produção de melanina é uma resposta protetora da mucosa, decorrente do calor, fumaça e outros agentes agressores (nicotina) − frequente em mulheres − se apresenta de forma difusa na região da gengiva − não requer nenhum tratamento 8. Pigmentação Pós-inflamatória − Se desenvolve mais em indivíduos negros − É mais uma pigmentação reativa − Acomete pacientes com pigmentação liequenoide Kamila Realce ESTOMATOLOGIA − Coloração é um marrom claro − Tratamento: tratar a inflamação liequenoide − Não requer nenhum tratamento da pigmentação 9. Pigmentaçoes por medicamentos − A patogênese é desconhecida, varia com o tipo de medicamento − Pode envolver desde um acumulo de melanina até um acumulo dos metabolitos desses medicamentos − Geralmente decorre de um uso sistêmico e prolongado desses medicamentos − Coloração varia desde um Azul até um Cinza − Acometem apenas o palato − Antimaláricos: quinacrina, cloroquina e hidroxicloroquina − Azidotimidina ou zidovudina (AZT) − Tetraciclina, minoclina e clorpromazina − Anticoncepcionais e cetoconazol − Tratamento: substituição do medicamento, ou o paciente use por um tempo e depois não necessite mais 10. Melanoma Oral − Neoplasia maligna − Origem melanocitica − Pode se desenvolver em qualquer sitio da mucosa a onde exista melanócitos − Quando acomete a mucosa tem diagnóstico pior (mais agressivo) − Acomete pessoas com mais de 50 anos − Predileção pelo sexo masculino − Frequente em palato (40%), mas também acomete gengiva − Encontra desde uma mácula até como uma placa tecidual (crescimento tumoral) − Pode ter a superfície da lesão ulcerada − Assimetrico − Bordas irregulares − Pigmentação difusa e heterogênea − Geralmente o diâmetro é maior que 6mm − O paciente pode relatar dor ou parestesia − Dependendo da agressividade ou do momento do diagnostico pode verificar mobilidade nos dentes na região da lesão − Em alguns casos os pacientes podem ser assintomático − É uma neoplasia fatal − Prognostico ruim, pela grande chance de metástase − Tratamento: remoção cirúrgica radical com margem de segurança extensa − Geralmente a quimioterapia e a radioterapia são unificazes contra o melanoma PIGMENTAÇOES EXTRÍNSECAS 1. Tatuagem por amalgama − Lesão plana − Azulada / acinzentada − Pode ocorrer durante a restauração − Geralmente acomete a gengiva e a mucosa alveolar − Consegue ver na radiografia regiões radiopacas se as partículas forem grandes (25% dos casos) − Realiza biopsia para excluir a possibilidade de ser um melanoma e pode encontrar as partículas de amalgama também ESTOMATOLOGIA LESÕES BRANCAS − Geralmente se observa áreas esbranquiçadas ou um branco acinzentado na mucosa bucal − Tem variações do padrao de normalidade (leucoedema) − Lesões reacionais: ceratose friccional e estomatite nicotínica − Lesões de origem autoimune: liquen plano − Lesões infecciosa: candidíase e Sífilies secundária − Lesões geneticamente determinadas: Nevo branco esponjoso − Essas lesões surgem devido a alterações no processo de renovação do epitélio (aumento do epitélio) e quadros de hiperqueratose − Essa placa branca devido a hiperqueratose do epitélio NÃO é removível com raspagem ▪ Processo: 1. Anamnese é fundamental (através dela que se obtem as informações) 2. Avaliação clínica: para determinar as características clinicas da lesão 3. Biópsia: para estabelecer o diagnostico definitivo • LEUCOEDEMA − É uma variação do padrao de normalidade sem conotação patológica − É um achado clinico comum, principalmente em pacientes negros − Se apresenta com uma aparência ligeiramente esbranquiçada e brilhante (mucosa jugal) − Bilateral − O diagnosticoclinico: vai distender a mucosa e se a lesão desaparecer significa que é um leucoedema • CERATOSE FRICCIONAL − Placas brancas provocadas por fatores traumáticos − Geralmente de forma única ou isolada − Ex: próteses mal adaptadas, dentes fraturados, aparelho ortodôntico, trauma de mastigação... − Tratamento: remoção do agente causador (regridem) • CERATOSE DO TABACO − Placa branca fina − Pode ser confinada na área de contato com tabaco de mascar ou rapé − Pacientes que tem o habito de colocar e deixar o tabaco em contato com a mucosa, e justamente a agressão dos componentes podem levar a formação dessa placa branca. − Potencial de malignidade é baixo − Tratamente: orientar o paciente sobre os riscos que ele corre e remoção do agente causador − Biópsia: se a lesão for mais intensa, muito verruciforme ou ulcerada ESTOMATOLOGIA • LESAO QUIMICA DA MUCOSA ORAL − Lesões produzidas pelo uso inadequado de substancias químicas − Acontece quando o paciente com alguma dor de dente e quer resolver sozinho − Utilizam diretamente próximo ao dente aspirina, gasolina, e outros medicamentos podendo levar a uma queimadura do tecido − Aspecto esbranquiçado na mucosa − Diagnostico é simples, pois com a anamnese bem feita o próprio paciente confessa − Orientar o paciente que se ele não aplicar o medicamento no local da dor a lesão irá regredir naturalmente − Pode ser encontrada: mucosa jugal, fundo de vestíbulo. • ESTOMATITE NICOTÍNICA − Lesão branca resultante da ação do calor crônico provocado pelo tabaco ou por alguma bebida quente consumida com regularidade − Aparece na região de limite entre o Palato Duro e Palato Mole − Característica difusa − Apresenta pápulas avermelhadas: são os ductos e glândulas salivares menores, que estão inflamados − Considerada lesão benigna e não apresenta riscos de transformação maligna − Não precisa fazer nenhum tipo de tratamento e biópsia • QUEILITE ACTÍNICA − Lesão branca − Descamativa − Ulcerada − Mais frequente no vermelhão do lábio inferior, devido a exposição a radiação solar − É uma lesão que tem potencial de malignidade, deve-se entao ficar atento as características − Orientar o paciente para evitar a exposição direta a luz, pedir para fazer o uso de protetor solar, chapéus, protetores labiais − Se houver ulceras persistentes e áreas mais endurecidas o melhor é indicar/realizar uma biopsia para ver o grau de alteração tecidual da lesão e assim estabelecer o melhor tratamento para o paciente • MUCOSA MORDISCADA − Lesão benigna − Provocada pelo hábito de morder a mucosa − Na linha de oclusao encontrada com maior frequencia, mas também pode se encontrar no lábio inferior, bordo lateral da lingual. − Essa característica clínica, resulta no aumento de queratina devido ao trauma crônico − Placas brancas de superfície regular − Podem ser únicas ou múltiplas, dependendo de como o paciente executa o habito ESTOMATOLOGIA • NEVO BRANCO ESPONJOSO − Doença relativamente rara, determinada geneticamente e transmitida por traço autossômico dominante − Fazer perguntas na anamnese para o paciente: A quanto tempo ele percebeu essa alteração na mucosa? Se tem desde a infância ou adolescência? Se em outros membros da família também tem essa alteração de cor da mucosa? − Se apresenta como uma placa simétrica − Coloração branca ou acinzentada − Forma difusa − Geralmente são espessos e corrugados − São assintomáticos − Pode se manifestar bilateralmente • LINQUEN PLANO RETICULAR − Doença mucocutânea inflamatória crônica − As células da membrana basal de pele e mucosas são destruídas por linfócitos T citotóxicos − Pacientes são assintomáticos − Pode ser realizado uma biopsia para estabelecer o diagnóstico definitivo − Nos casos onde tem áreas erosivas e ulceradas, pode ser necessário indicar uso de corticosteroides tópico, para diminuir a sintomatologia • SÍFILIS SECUNDARIA − Manifestaçao da fase secundária da sífilis, infecção bacteriana sistêmica causada pelo Treponema pallidum − Placa esbranquiçada e elevada − Pode se apresentar de forma ulcerada − Lesões são irregulares − São mais comuns na mucosa jugal, mas também pode acometer a língua, palato, lábios, etc. − Examinar a pele do paciente, pois pode apresentar manchas vermelhas indolores (palmas das mãos e plantas do pé) − Diagnostico: só é confirmado através dos exames de sangue (deve encaminhar o paciente para um infectologista) − Não requer nenhum tratamento da cavidade bucal, se o paciente já trata a doença, a lesão ira regredir espontaneamente • CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA − Infecção fúngica oportunista por Candida (Candida albicans) − Sempre existe um fator local ou sistêmico que gera um desequilíbrio do meio bucal e favorece ao surgimento dessa infecção − fatores predisponentes: imunodeficiência, diabetes melito, hipoparatireoidismo, hipossalivação, higiene oral deficiente, distúrbios endócrinos, uso de próteses, etc. − ter forma de cortorno arredondado irregular − geralmente surgem no palato, língua e principalmente na mucosa jugal − são lesões removíveis, se destacam quando passa uma gaze − tratamento: uso de antifúngicos (tópicos) ESTOMATOLOGIA • LEUCOPLASIA − Conceito (OMS): mancha ou placa branca que não pode ser retirada e não pode ser caracterizada clinica ou patologicamente como qualquer outra doença − É um termo clinico: nao implica uma alteração tecidual histopatológica especifica. NÃO É UM DIAGNÓSTICO!!! − Pode apresentar uma hiperqueratose, ou displasia leve, moderada, intensa ou até carcinoma in situ ou CEC − Etiologia: tabaco, álcool, radiação ultravioleta, traumas, carência nutricional, microrganismos (EBV), leucoplasia pilosa (HIV) − Lugares comuns: mucosa jugal, gengiva e vermelhão do lábio, se apresentar em outros sítios é uma característica de maior grau de agressividade − Tamanho: se for maior que 2cm é indicativo de maior agressividade ▪ Tratamento: − Diagnostico definitivo: biopsia − Displasia moderada ou grave: remoção − Acompanhamento − Orientar o paciente a abandonar o habito de fumar / eliminar traumas/ realizar uma boa alimentação ▪ Diagnostico diferencial − Liquen plano − Ceratose friccional − Ceratose da bolsa de tabaco − Mucosa mordiscada − Leucoedema − Essas alterações devem ser descartadas antes que o diganostico de leucoplasia possa ser estabelecido. • LEUCOPLASIA PILOSA ORAL − Relacionada ao Vírus Epstein- Barr (EBV) − Comum encontrar em pacientes HIV-positivos (imunossuprimidos) − Lesão branca bem delimitada − Varia de estrias verticais na borda da língua, até uma placa mais achatada de aspecto papilar filiforme ou corrugada − Bilateral − Tem uma distribuição simétrica − Não é destacável − Necessário realizar uma biopsia para estabelecer o diagnóstico − Não tem necessidade de um tratamento especifico, normalmente regridem quando o quadro imunológico do paciente se estabiliza • CARCINOMA VERRUCOSO − Variante do Carcinoma Espino Celular − Clinicamente ele se apresenta como uma massa branca exofitica − Superfície verrucosa − Geralmente relacionado pela infecção do papiloma vírus − Tamanho de 1cm (lesão inicial) − Localização frequente mucosa jugal, mas pode acometer o palato e a mucosa alveolar − Acomete fumante com idade acima de 60anos − Biópsia de suma importância, para estabelecer o diagnóstico − Tratamento: remoção cirúrgica da lesão • A • A • A • Aa • A • a ESTOMATOLOGIA
Compartilhar