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Como atrair o público-alvo alternativo em nichos de mercado de subculturas com o Marketing de Conteúdo

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Faculdade Educamais
Como atrair o público-alvo alternativo em nichos de mercado de subculturas com o Marketing de Conteúdo
Thaís Margarida Reis de Paula1
Equipe Orientadora:
novembro/2020.
RESUMO
A tecnologia e a Internet já se tornaram algo corriqueiro para o nosso dia a dia, o que tornou a sociedade cada vez mais conectada e com acesso a uma grande quantidade de ofertas de produtos e serviços. Entretanto, por trás das inovações, novos serviços ou produtos direcionados ao nicho de subculturas, existe todo um esforço para compreender e decifrar o comportamento do consumidor. O público-alvo alternativo, foco deste trabalho que visa abordar a criação de conteúdos para o nicho de subculturas, tem características únicas que podem ser atendidas em nichos de mercado específicos a partir do momento em que há identificação com os produtos e serviços ofertados. A segmentação, nesse cenário, é importante para o desenvolvimento de estratégias de marketing que atendam aos anseios, desejos e necessidades de pessoas com estilos de vida que consideram diferentes. A estratégia de marketing de conteúdo direcionado a um grupo específico de pessoas ajuda a encontrar maneiras de promover, distribuir e transmitir a mensagem da marca com alto valor de consumo e representatividade. Para desenvolver este trabalho foi considerada a pesquisa bibliográfica com ênfase qualitativa. 
O objetivo do presente trabalho, portanto, é estudar as possibilidades de criar estratégias de conteúdo com uma linguagem adequada e que instigue o público-alvo alternativo a se identificar e se tornar um lead. Além disso, seu intuito é compreender a segmentação baseada no consumidor alternativo, suas necessidades e como seu estilo de vida e visão do mundo que o cerca influencia sua forma de comprar. Conclui-se então que, ao dominar os processos desde a definição, pesquisa, implementação, promoção e medição da estratégia de geração de conteúdo, a marca construirá eficientemente uma campanha de marketing sólida para atingir o público-alvo alternativo. 
[footnoteRef:0] [0: Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela USJT. E-mail: thaismpaula@gmail.com] 
 
Palavras-chave:
Comportamento do consumidor; Nicho de mercado; Nichos de mercado de subculturas; Escolha do consumidor; Valores humanos.
1. INTRODUÇÃO
O Marketing de Conteúdo, no âmbito de nichos de mercado de subculturas, tem a missão de engajar o público-alvo alternativo por meio de conteúdos que agreguem valor aos produtos e serviços para aumentar as conversões (vendas). Atrair o público-alvo alternativo em nichos de mercado de subculturas com o Marketing de Conteúdo pode ser um enorme desafio, pois existem diversas características únicas desse tipo de segmento que tornam a criação de campanhas ainda mais complexas. 
De acordo com SOLOMON (2006, p.25), “uma ou várias pessoas podem tomar decisões envolvidas na compra de produtos que serão utilizados por muitos”. Em conclusão, saber como falar com um público-alvo em uma linguagem que não pareça superficial e desconectada pode ser o diferencial para conquistar esse tipo de cliente. 
O objetivo do presente trabalho, portanto, é entender como o público-alvo alternativo se identifica com os produtos ou serviços e sente interesse em adquirí-los. Além disso, compreender como a segmentação baseada nas necessidades e visão de mudo afeta as decisões dos consumidores alternativos. Por consequência, como devem ser criadas as estratégias de conteúdo, a importância da linguagem direcionada e relacionada ao estilo de vida alternativo e o que o instiga as pessoas que fazem parte de uma subcultura a se tornarem um lead. 
Serão abordadas nos próximos capítulos algumas questões sobre o desenvolvimento de conteúdo que atenda um público-alvo alternativo de nichos de mercado de subculturas; como devem ser desenvolvidas as estratégias; quais critérios e ferramentas precisam ser consideradas ao criar campanhas direcionadas aos clientes alternativos; o direcionamento do conteúdo e suas metrificações. 
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Para desenvolver esse trabalho, foram utilizados conteúdos de obras que constam na bibliografia. A seguir, alguns conceitos serão explicados para um melhor entendimento do capítulo seguinte, no qual serão apresentadas estratégias para atrair o público-alvo alternativo em nichos de mercado de subculturas com o Marketing de Conteúdo.
2.1. Subculturas e Personas
Para BAUMAN (2012, p.69), “a cultura é parte separável do ser humano (…) partilha com a personalidade a qualidade singular de ser ao mesmo tempo a ‘essência’ definidora e a ‘característica existencial’ descritiva da criatura humana”.
O nicho de mercado que atende a um público-alvo alternativo é considerado como uma subcultura. Segundo VILA NOVA (2011, p. 61), "Subcultura significa parte de uma cultura. As subculturas, sendo diferentes do todo, não são, contudo, independentes da cultura total. Uma subcultura não é também um simples conjunto de pessoas. As pessoas participam de subculturas, mas não são as subculturas”.
Temos como exemplo as subculturas gótica, punk, cosplay, geek e nerd, além das regionalistas, como a nordestina e a gaúcha, que fazem parte da cultura brasileira. 
Dessa forma, a criação de personas pode ser a melhor forma de representar o público-alvo de uma subcultura. 
PEÇANHA (2017, p. 34) define “personas” como uma representação semifictícia do cliente ideal e para qual o conteúdo de marketing será desenvolvido com o objetivo de captar leads. Ainda de acordo com PEÇANHA (2017, p. 173), “lead é uma pessoa que demonstrou interesse inicial no conteúdo, produto ou serviço de alguma empresa”. 
Esse interesse é efetivamente demonstrado quando ocorre uma interação com o material produzido, como o ato de informar um e-mail numa landing page (página de captação) para receber um ebook na caixa de entrada ou se inscrever em um webinar. 
2.2. Diferenças entre Segmento de mercado e Nicho de mercado
Antes de mais nada é importante diferenciar segmento de mercado de nicho de mercado. De acordo com COBRA (1997, pág 71), “a segmentação é uma subdivisão do mercado global de uma empresa em parcelas mais homogêneas possível, com o fito de formular estratégias de marketing”.
Por outro lado, segundo o blog da Runrun.it, empresa que fornece software de gestão de processos e projetos:
Enquanto um segmento é um grande grupo de consumidores com características semelhantes, um nicho é um recorte deste grupo. É um mercado menor, cujas necessidades não estão sendo totalmente satisfeitas. Ele seria, assim, um segmento dentro do segmento.
Nichos de mercado, por si só, são oportunidades para encontrar clientes qualificados, pois eles procuram determinados produtos com características únicas. No caso das subculturas, o funil de vendas pode ser aplicado em um nicho de mercado que atenda especificamente às subculturas. 
"O mercado está se afastando das marcas de massa e produção em larga escala e seguindo na direção das marcas de nicho de baixo volume", (KOTLER, 2017, p. 26)
Assim, o trabalho com marcas menores pode trazer mais retorno, pois o público-alvo é qualificado e tem potencial para ser engajado quando acredita nos valores do que consome. 
Ao adquirir um produto ou serviço que carregue características da subcultura ao qual um indivíduo pertence (ou deseja pertencer) torna sua inclusão ainda mais nítida. Um coturno, maquiagem, espartilhos e outros itens, podem compor o visual de alguém que aprecia rock, por exemplo.
De acordo com KOTLER (2017, p. 20), “a inclusão tornou-se a nova tendência. Em nível macro, o mundo está avançando de uma estrutura de poder hegemônica para uma multilateral”.
Por isso, o nicho de mercado de subculturas inspira identificação no indivíduo, que se sente realizado ao fazer sua jornada de compra. 
2.3. Marketing de conteúdo segmentado
Como mencionado na seção anterior, para que qualquer conteúdo tenha sucesso, ele precisa ser personalizado e falar com uma persona, um comprador potencial, com uma necessidade específica eem um ponto específico de sua jornada de compra. 
Dito de outra forma, o conteúdo deve ser direcionado de forma a refletir uma mensagem que reflita o profundo entendimento do público-alvo e qual deve ser seu caminho até adquirir um produto ou serviço.
De acordo com JENKINS, (2014, p. 65),
A circulação de conteúdo de mídia dentro da cultura participativa pode servir a uma variedade de interesses, alguns deles culturais (como promover um dos sexos ou um artista), outros pessoais (como fortalecer os laços sociais entre amigos), ou políticos (como criticar a construção do gênero e da sexualidade dentro da mídia de massa) e econômicos (como os que servem às necessidades imediatas de indivíduos comuns, assim como aqueles que atendem às necessidades das indústrias de mídia).
O comportamento de compra é influenciado por diversos fatores, com destaque para o cultural. No atual cenário, em que as pessoas têm cada vez mais acesso a informações por meio da Internet, os consumidores se tornam mais seletivos e exigentes em relação às ofertas do mercado. 
Ainda mais quando se trata de um consumidor alternativo que está inserido em uma subcultura. Além disso, devemos considerar fatores psicológicos e pessoais que instigam a vontade de adquirir um determinado produto ou serviço. 
Segundo BAUMAN (2001, pág 78), “Os consumidores podem estar correndo atrás de sensações — táteis, visuais ou olfativas — agradáveis”.
O consumidor alternativo, aquele que tem características que o diferencia do grande público, como suas preferências por determinado estilo de música, modo de vestir diferente, forma como enxergam o mundo e, até mesmo, sua relação com o consumo. 
3. SEGMENTAÇÃO BASEADA NO CONSUMIDOR ALTERNATIVO
O consumidor, em geral, nem sempre enxerga os benefícios dos produtos ou serviços. De fato, como explica SOLOMON (2006, p.29), “as pessoas muitas vezes compram produtos não pelo que eles fazem, mas sim pelo que eles significam”.
 	Por consequência, isso também pode tornar difícil ao empreendedor ou para a empresa entender quais características destacar em suas ofertas quando se trata de um consumidor alternativo do nicho de mercado de subculturas. 
De acordo com COBRA (1997, pág 96), 
O estabelecimento de parâmetros que meçam os comportamentos dos indivíduos enquanto consumidores em relação aos benefícios oferecidos por certas marcas não é fácil, pois o benefício é algo subjetivo e difícil de ser identificado e medido e ao mesmo tempo de se construir em critério de agrupamento de consumidores.
Por isso, torna-se necessário que a segmentação, no caso das subculturas, seja baseada no consumidor alternativo para entender quais suas necessidades, estilos, aspirações e desejos. Da mesma forma, também é importante entender a motivação da compra e sua frequência. 
Segundo Cobra (1997, p. 71),
O aprendizado da segmentação é útil para que os esforços de marketing sejam concentrados e com isso se economizem recursos de natureza financeira, física e humana. Propicia também uma visualização de uma simplificação dos processos distributivos, como alocação de vendedores, número de depósitos, número de fábricas, número de filiais etc.
Com isso, através de estudos realizados com o consumidor alternativo é possível desenvolver uma estratégia que atenda às demandas específicas. Para tal, geralmente, são realizados questionários ou observações da interação com marcas de produtos ou serviços relacionados a alguma subcultura dentro do segmento. 
O próximo passo, então, é o estudo do nicho para conceber a persona ideal e selecionar os gatilhos de compra adequados no intuito de desenvolver estratégias de marketing de conteúdo completas.
3.1. Como é feita a segmentação do mercado e identificação de nicho
	PEÇANHA (2017, p. 31) menciona que “uma das regras de outro do marketing digital é que, quanto mais de nicho for seu produto, anúncio ou conteúdo, menor será seu alcance, mas maior será o seu engajamento. 
A segmentação de mercado e seu nicho requer análises de algumas características classificatórias que ajudam a direcionar a estratégia de marketing de conteúdo. Assim, de acordo com COBRA (1997, p. 74), torna-se imprescindível utilizar “algumas bases conhecidas e outras novas de segmentação de mercado” para identificar grupos de consumidores. 
Com isso, ainda segundo COBRA (1997, p.77), a segmentação e identificação de nicho podem ser realizadas considerando as variáveis de segmentação e dimensões. Neste estudo, o foco é como atrair o público-alvo alternativo em nichos de mercado de subculturas com o Marketing de Conteúdo. 
Assim, podem ser consideradas a localização geográfica, que considera o local onde o consumidor vive, como bairro, município, estado ou país; características demográficas, como idade, gênero, subcultura, nacionalidade e religião, entre outros; características socioeconômicas, como renda e grau de instrução dos membros da família do público-alvo alternativo. 
4. ESTRATÉGIA DE CONTEÚDO PARA SUBCULTURAS 
Para criar conteúdo direcionado é extremamente importante criar uma mensagem apropriada que conduza a persona em cada etapa de sua jornada. Assim, compreender como deve ser a jornada do comprador, do público-alvo de um nicho de mercado de subculturas, é apenas uma parte da equação. Ademais, compreender completamente quem são os verdadeiros compradores desse nicho é extremamente importante para que a estratégia de conteúdo seja bem-sucedida. 
Um ótimo conteúdo devidamente direcionado a um público específico é a melhor forma de apresentar uma marca, torná-la conhecida, solidificar sua presença digital e fidelizar seu público-alvo. Com isso, as pessoas sentirão que são conhecidas e suas características, preferências, estilo de vida e anseios são respeitados.
Por isso, de acordo com PEÇANHA (2017, p. 18), a estratégia de marketing de conteúdo pode ser realizado em quatro etapas: Definição do nicho de mercado, Criação de persona, Desenvolvimento da campanha por meio do conteúdo direcionado e Medição da estratégia de geração de conteúdo. A seguir, cada estágio será explicado:
4.1. Definição do nicho de mercado
	Quando uma empresa busca a definição do nicho de mercado em que pretende atuar e posiciona sua marca para um público específico não só estabelece sua credibilidade, mas encontra o seu foco, desde sua proposta de valor única até a elaboração de uma campanha com o marketing de conteúdo direcionado a um público-alvo alternativo. 
	De acordo com o blog de Neil Patel (2019) - influenciador de marketing digital, Autor do livro Hustle (best seller nos EUA) e criador de ferramentas de análises de dados sobre comportamento de usuários - “normalmente, a segmentação é feita de acordo com quatro principais características: geográfica, demográfica, psicográfica e comportamental”.
	Seguindo essa tipificação, o nicho de mercado pode ser encontrado ao analisar alguns aspectos dentro de cada característica mencionada. Ainda citando o blog de Neil Patel, a segmentação geográfica pode ser feita ao considerar “o país, estado ou cidade em que a empresa está”. Em seguida, na segmentação demográfica, devem ser levados em conta “gênero, idade, religião, renda e grau de instrução”.
	A segmentação psicográfica, de acordo com o blog de Neil Patel, “utiliza fatores como a personalidade, estilo de vida e valores dos consumidores para segmentar seu público”. Para finalizar, o artigo explica que na segmentação comportamental devem ser analisados “os hábitos de consumo, comportamentos e uso ou resposta a um produto para dividir seu público”.
4.2. Criação de Persona
	Antes de mais nada, uma estratégia completa de marketing de conteúdo deve ter uma persona como foco central e que reflita o público-alvo real do nicho de mercado de atuação da empresa. Caso seja necessário, mais personas podem ser criadas para criar conteúdos ainda mais direcionados.
	No entanto, vale seguir a recomendação de PEÇANHA (2017, p. 36) para decidir quantas personas serão realmente necessárias na estratégia de marketing de conteúdo, que considera insegurança criarmais de uma persona. Além disso, o autor explica que “a criação de várias personas, nesse caso, causaria uma grande segmentação na sua geração de conteúdo”. 
	Após definir o número de personas, o próximo passo é determinar algumas informações para criá-las. Tais dados, segundo PEÇANHA (2017, p. 39-45) são obtidos através de pesquisas e questionários presencialmente, por telefone ou online com o uso de alguma plataforma geradora de pesquisa. 
	Nesse caso, podem ser realizadas entrevistas com a equipe de vendas, clientes, leads e a pesquisa de mercado desenvolvida por outra empresa especializada. 
	Outras ferramentas sugeridas por PEÇANHA (2017, p. 39-45) são o uso de Google Analytics e a observação das atividades do público-alvo nas redes sociais, como Facebook e LinkedIn.
	Após a análise das informações do formato de pesquisa escolhido já é possível criar a persona com dados e características importantes e relacionados ao negócio e nicho de mercado. PEÇANHA (2017, p. 37-38) sugere, ainda, que uma persona pode ser construída a partir das seguintes referências: nome; cargo e detalhes sobre a empresa onde a persona trabalha; dados demográficos; objetivos; desafios pessoais; hobbies; receios e valores, entre outros. No entanto, o autor comenta que não existe um padrão de informações para construir uma persona. 
4.3. Desenvolvimento da campanha por meio do conteúdo direcionado
Antes de mais nada, o conteúdo direcionado a um público-alvo alternativo que participa e vive em uma subcultura deve considerar a persona, o objetivo, a plataforma (ou rede social) onde será feita a publicação e o formato mais adequado.
Dessa forma, se a persona utiliza mais o YouTube, por exemplo, não valeria a pena criar artigos longos já que ela prefere conteúdo em vídeo. 
Conforme PEÇANHA (2017, pág 51), “O formato do seu conteúdo determina a maneira como ele será consumido e também deve ser sempre o formato mais eficiente para que o conteúdo seja facilmente assimilado”. Por isso, o mais indicado é seguir a faixa etária da persona e as plataformas mais acessadas. 
Considerando que o Facebook tem 2.271 milhões de usuários - de acordo com o Report Think Forward - Trends Shaping Social in 2019, do site We Are Social - o conteúdo direcionado pode ser pensado para essa plataforma, por exemplo.
Portanto, podem ser utilizadas imagens ou vídeos com pessoas que representem as personas usando serviços ou produtos da empresa. Além disso, a linguagem do texto precisa ser parecida com a forma de falar do público-alvo. 
4.4. Medição da estratégia de geração de conteúdo
A análise de resultados é muito importante para visualizar e analisar cada nível da campanha desenvolvida para o nicho de subculturas. A avaliação é extremamente importante e deve considerar desde a eficiência geral da estratégia adotada ao longo do mês, como a análise detalhada de cada fonte de tráfego, entre outros aspectos. 
Por isso, o uso de métricas é importante para entender tanto os acertos quanto os erros de uma campanha de marketing. Os processos de medição evoluem constantemente, mas leva tempo para rastrear, analisar e relatar o desempenho das estratégias. Entretanto, ao longo dos anos, o ciclo de medição e otimização é essencial para o sucesso do marketing de conteúdo para o nicho de mercado de subculturas.
Com essa abordagem é possível determinar o que pode prosseguir ou o que deve ser corrigido para o próximo mês para que os resultados apareçam ou sejam ainda melhores. Assim, podem ser consideradas algumas métricas operacionais que, de acordo com PEÇANHA (2017, p. 211), “são aquelas acompanhadas no dia a dia da empresa”. 
Para começar a avaliação, complementa o autor, podem ser utilizadas as métricas de consumo que indicam quantas pessoas estão consumindo um conteúdo e como elas fazem isso. Tais métricas são: visitantes únicos no blog ou site, visualizações das páginas, fontes de tráfego, páginas mais visitadas e taxas de abertura, entre outros. 
O mais importante, vale ressaltar, é utilizar as métricas que são mais relevantes, interessantes e realmente relacionadas ao nicho de mercado de subculturas, plataformas utilizadas e formatos de conteúdo produzidos. 
5. DISCUSSÃO
Ao elaborar uma estratégia de conteúdo para o público-alvo alternativo, os produtos ou serviços precisam ter suas características trabalhadas no intuito de demonstrarem seus valores e o quanto estão alinhados com o estilo de vida do consumidor. 
O nicho de mercado de subculturas tem o papel de atender um público que se diferencia por sua visão de mundo, formas de se comunicar e necessidades. 
Por isso, cada vez mais, encontramos lojas virtuais oferecendo seus produtos nas redes sociais onde seu público está presente. No caso de empresas que trabalham com moda gótica, por exemplo, devido ao foco do Instagram ser a postagem de imagens, a estratégia inclui a produção de conteúdo alinhado ao estilo de vida deste nicho de mercado.
Em vez de lançar uma ampla rede em mídia de massa e marketing de grandes eventos, por exemplo, o marketing de conteúdo, nesse caso, dedica-se ao nicho de subcultura em locais estrategicamente selecionados e em plataformas de mídia que têm altas concentrações desses consumidores-alvo.
Podemos ver esse tipo de estratégia sendo adotada pela Loja Reversa, que mantém um perfil ativo no Instagram com mais de 209 mil seguidores, alimentado com postagens mostrando influencers e modelos usando peças de suas coleções de roupas e calçados em um contexto relacionado ao estilo de vida de subculturas. 
Muitos tipos de empresas, efetivamente, usam estratégias de marketing de nicho em suas campanhas globais de marketing. De fato, quando se trata de um público específico e de nicho, é especialmente útil que empresas menores com orçamentos reduzidos trabalhem corretamente a promoção de produtos ou serviços que são direcionados para um determinado segmento da população.
Outro exemplo é a Loja Moon Black, que comercializa peças relacionadas a filmes de horror, misticismo e subculturas diversas. A estratégia da empresa é criar promoções sazonais, como o Halloween, usando as redes sociais para veicular suas campanhas. Assim, o público se interessa em adquirir produtos da loja, pois podem, por exemplo, receber brindes personalizados conforme a época do ano e o motivo da ação promocional.
 Além disso, a empresa costuma compartilhar, em seu Instagram que tem mais de 30 mil seguidores, algumas fotos de clientes usando suas peças, o que aproxima o público-alvo e dissemina o estilo de vida da subcultura do público-alvo alternativo. 
Quando uma empresa começa a implementar uma estratégia de conteúdo segmentada, ela primeiro tenta responder a perguntas importantes que guiarão seus esforços contínuos. 
Dessa forma, busca entender quais publicações ou sites são visitados pelo público-alvo, quais perfis e influencers seguem nas redes sociais e se sua decisão de compra é influenciada por indicações ou pela publicidade. 
6. CONCLUSÃO
A segmentação de mercado considera as características únicas dos nichos de mercado de subculturas atende aos anseios, estilos de vida e necessidades de um público-alvo alternativo e que pode encontrar dificuldade de encontrar aquilo que precisa ou deseja em outros mercados mais amplos. 
O marketing de conteúdo, quando foco de uma estratégia de marketing, deve atender marcas e conquistar os consumidores certos que serão fidelizados e se tornarão promotores ao compartilhar as experiências positivas com os produtos ou serviços adquiridos. 
Como visto no capítulo 3, o consumidor compra produtos por seu significado. Assim, o empreendedor no nicho de mercado de subculturas tem o desafio de desenvolver estratégias que consigam atrair a atenção do público e mostrar o quanto seu produto ou serviço está alinhado a sua visão de mundo e estilo de vida. 
Construir estratégias de marketing com base no estilo de vida do público-alvo, conquista a consciência e a lealdade da marca e até possibilita encontrar inovações necessárias para desenvolver, cada vez mais, os produtos ou osserviços bem como disponibilizar novidades no portfólio. 
Desse modo, como visto no capítulo 4, a estratégia de marketing de conteúdo pode ser feita em quatro etapas: Definição do nicho de mercado, Criação de Persona, Desenvolvimento da campanha por meio do conteúdo direcionado e Medição da estratégia de geração de conteúdo. 
Após o cumprimento dessas etapas, a campanha atingirá o público-alvo alternativo, pois a empresa conseguiu vender conceitos, visão de mundo e um estilo de vida que são atrelados aos seus produtos ou serviços. 
Dessa forma, conclui-se com esse trabalho que dominar os processos desde a definição, pesquisa, implementação, promoção e medição da estratégia de geração de conteúdo permitirá que a marca construa eficientemente uma campanha de marketing sólida para atingir o público-alvo alternativo.
A tendência é que esse tipo de abordagem cresça nos próximos anos, pois cada vez mais as subculturas têm conquistado espaço no mercado devido a presença do público-alvo alternativo nas redes sociais. 
Com isso, o surgimento de influenciadores fomenta a disseminação de conceitos, estilos de vida e visão de mundo, além de produtos e serviços que refletem esses ideais. Por essa razão é importante olhar para isso, como feito neste trabalho, para adotar as melhores práticas para atrair o público-alvo alternativo em nichos de mercado de subculturas com o Marketing de Conteúdo.
7. REFERÊNCIAS
BAUMAN, Zygmunt. Ensaios sobre o conceito de cultura. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2012.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução de Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001.
COBRA, Marcos Henrique Nogueira. Marketing Básico: uma perspectiva brasileira. São Paulo: Editora Atlas, 2017.
DE CAMARGO, Pedro. O barato das compras - Por que comprar é tão bom?. São Paulo: Editora Novo Conceito, 2013.
JENKINS, Henry; GREEN, Joshua; FORD, Sam. Cultura da conexão: criando valor e significado por meio da mídia propagável. São Paulo: Editora ALEPH, 2014.
KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan e SETIAWAN, Iwan. Marketing 4.0 – Do Tradicional ao Digital. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2017. 
MAGALHÃES, Arnaldo; PEREIRA, Efigênia. Manual de Metodologia da Pesquisa. Rio de Janeiro: Editora Leon Denis, 2008.
PATEL, Neil. O que é Nicho de Mercado? Descubra o Significado e Como Definir o Seu. Neil Patel blog, 2019. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/nicho-de-mercado/. Acesso em: 24 de nov. de 2020. 
PEÇANHA, Vitor. Obrigado pelo Marketing. São Paulo: Editora Benvirá, 2017.
ROSS, Aaron; TYLER, Marylou. Receita Previsível. São Paulo: Editora Autêntica Business, 2017.
REPORT Think Forward - Trends Shaping Social in 2019 - We Are Social, 2020.
Disponível em: https://wearesocialit.s3.amazonaws.com/think-forward-report-2019/WAS_ThinkForward_2019_spread.pdf. Acesso em: 29 de nov. de 2020.
RUNRUN.IT. Encontrar e explorar um nicho de mercado dá trabalho, mas dá grandes resultados também. Veja como. Runrun.it blog, 2019. Disponível em: https://blog.runrun.it/nicho-de-mercado/. Acesso em: 21 de nov. de 2020.
SOLOMON, Michael R. Comportamento do Consumidor – Comprando, Possuindo e Sendo. São Paulo: Editora Bookman, 2006.
VILA NOVA, Sebastião. Introdução a Sociologia. São Paulo: ed. Atlas, 2011.

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