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1 O que é o leite? ● O leite e uma secreção altamente nutricional produzida pela glândula de mamíferos através da transformação de nutrientes consumidos pela fêmea com o objetivo de nutrir o neonato. ● Muitos animais foram domesticados e selecionados para produzir quantidades de leite que excedem as necessidades nutricionais do neonato. ● Principal exemplo é a espécie bovina para a alimentação de humanos Composição: ● 87% é água ● 3,9% é gordura ● 8,8% é sólidos não gordurosos ○ Lactose 52% ○ Proteína 36% ○ Vitaminas 1,7% ○ Minerais/Ácidos 10,3% Por que produzir o leite? ● Alimento nobre. o Rico em proteína, carboidratos, vitaminas, sais, gordura. ● Oportunidade de mercado. o Existe uma demanda bem maior, que atualmente vem crescendo mundialmente (Ásia, Índia, China). o O Brasil vem aumentando também. ● O tambo de leite gera ganhos o ano todo, mas existem épocas em que temos uma maior produção. ● Conhecimento da atividade/formação. 2 o É uma cadeia de produção bem complexa, com várias variáveis, que necessita de um conhecimento. ● Mercado diferenciado. o Existem hábitos alimentares de pessoas que utilizam apenas o leite, principalmente para aquelas que não consomem carne. Maiores produtores de leite do mundo: ● Índia ● EUA ● China ● Paquistão ● Brasil ● De mais produtores Produção brasileira de leite ● Estava em uma crescente, principalmente devido ao aumento do consumo interno pois a renda média também aumentou (2002 – 2014). o Antes da crise atualmente. ● Não apenas na ingestão do leite, mas como dos derivados. ● Em 20 anos teve um aumento de quase 100%. ● Infelizmente o Brasil não exporta muito, o que acontece é o contrário ele importa muito leite, principalmente o sólido. ● Aqui no Brasil já tivemos o leite com um preço mais baixo, mas atualmente o leite está bem alto. o Mesmo valendo bem, existe um alto custo na ração/alimentação devido ao aumento do milho e farelo de soja. o RS: ▪ Mesmo existindo uma grande quantidade de cooperativas, ainda somos os que menos valoriza em questão econômica do Brasil. o Captação brasileira de leite: ▪ Sempre nos períodos de inverso temos uma redução da captação leiteira – vazio de forragem. ● Final das gramíneas de verão e início das de inverno. 3 ● Brasil importa muito leite sólido (leite em pó); ● Brasil não é um grande exportador. 4 Senário do Rio Grande do Sul Principais derivados do leite: ● Queijo ● Leite em pó ● Manteiga Glândula Mamária Anatomia da glândula mamária em bovinos: Úbere: ● glândula mamária ● tetos ● estruturas de suporte: ○ ligamentos suspensórios (medial e laterais) ■ tecido conjuntivo e elástico ■ origem: túnica abdominal-tendão subpubico ○ pele - mínimo suporte ○ sulco intermédio da sustentação; 5 Suporte sanguíneo: Tem vários casos, sai do coração > aorta abdominal > chega nas artérias e veias ilíacas > artéria mamária cranial e caudal. Assim chega o sangue arterial com os nutrientes necessários. O sangue também vai ser drenado pelas veias abdominais subcutâneas chegando até a veia cava cranial voltando ao coração. Raças: ● Raça europeia pura; ● Raça europeia de dupla-aptidão; ● Raça de dupla aptidão adaptada aos trópicos; ● Raça zebuínas leiteiras; ● Vacas mestiças. Europeia pura: ➔ Holandesa: maior volume de leite; ➔ Jersey: a que produz o leite com maior teor de gordura e mais sólidos; ➔ Pardo-suíça. Europeia de dupla aptidão: produtoras de leite e também na produção de carne ➔ Simental; ➔ Normanda; ➔ Red Poll: no nossa estado não (RS); ➔ Girolando: adaptado aos trópicos e produz muito leite em locais mais extremos com temperaturas mais elevadas. 6 Zebuínas leiteiras: extremamente rústicas e asfaltadas ao ambiente tropical, não sendo a realidade do RS ➔ Gir leiteiro; ➔ Sindi; ➔ Guzerá. Sistema de produção de leite: Sistema Extensivo: ● animais com produção de até 1200 litros de leite por vaca/ordenhada/ano Sistema Semi-Extensivo: ● animais com produção entre 1.200 e 2000 litros de leite por vaca ordenhada/ano ● criados a pasto ● suplementação volumosa na época de menor crescimento de pasto Sistema Intensivo a pasto: ● Produção 2000 - 4500 litros de leite por vaca/ano; ● Criados a pasto com forrageiras de alta capacidade de suporte (irrigação, pastagem tifton); ● Suplementação de volumoso na época de menor crescimento do pasto ou durante o ano todo. Sistema Intensivo em confinamento: ● Animais com produção acima de 4500 litros de leite vaca/ano; ● Confirmados e alimentados no cocho com forragens conservadas (silagens, pré secados ou fenos de boa qualidade). 7 Manejo de bovinos leiteiros jovens- terneiros e novilhas: ● O manejo de bovinos leiteiros jovens começa durante o período gestacional, portanto observando a vaca prenha e suprindo suas demandas ● Cuidados no nascimento ● Manejos específicos Manejo pré-parto: 1. Cuidados com mãe; 2. Condição corporal, ela não pode perder; 3. Piquete maternidade; 4. Treinamento de pessoal. 1. Cuidados com a mãe: ● Período de transição; ● Gestação de aproximadamente 284 dias; ● Primeiros dois terços de gestação; ○ Desenvolvimento da placenta; ○ Formação dos órgãos fetais. 8 ● Último terço de gestação: ○ Rápido desenvolvimento fetal; ○ Maior demanda nutricional; 2. Cuidados com terneiros: ● Colostro (ingestão dele é essencial, pois muda a vida do terneiro); ● Concentrado (tira alimentação 100% a base de leite e começa com sólido); ● Conforto; ● Cuidado com limpeza; ● Consistência de manejo; ● Atendimento e manejo ao nascimento : limpeza das vias aérea; ● Alimentação: ingestão do colostro; ● Sanidade: cuidado com o umbigo; ● Sistemas de criação; ● Nascimento: ○ Local limpo (sombra, sem lodo, não seja úmido, não tenha pasto alto), auxílio em casos de distocia (2% dos animais morre por falta de auxilio na hora do parto outros 2% de animais que morrem por erro no procedimento obstétrico - relacionado a hipóxia - ficam muito tempo no canal do parto, obstruindo a oxigenação de órgãos, principalmente nervoso); ○ Cura do umbigo: prevenir as onfaloflebites; ○ Ingestão do colostro - quanto mais cedo fornecer mais imunoglobulinas são absorvidas; ■ 8 a 10 % do peso corporal até 36 hrs; ● Sistema APGAR -> avaliação da vitalidade do neonato: ○ Pontuação até 10, acima ele tem problemas; ○ Avaliações: ■ 1,5 & 10 minutos pós nascimento. 9 10 Avaliação da transferência de imunidade passiva: ● Observação de Imunoglubulinas no sangue dos terneiros; ● 48hr após primeira ingestão de colostro; ● Equipamento: ○ Refratômetro de brix ou proteína sérica. 11 Sistema de Criação: ● Depende das características da propriedade Sistema de casas; ● Fechados. Nutrição: ● Aleitamento/alimentos sólidos; ● Desmame; ● Novilhas. Aleitamento: ● Em torno 10% P.V.; ● Dieta fracionada; ● Leite x Sucedâneos; 12 ● Alimentos sólidos; ● Água. Sucedâneos: ● Teor de proteína bruta entre 18% e 22%; ● Teor de gordura entre 10% e 22%; ● Teor de fibra 0,2%; ● Vitaminas, aa. Concentrados: ● 18-20% PB a vontade; ● Peletizado; ● Estimular papilas ruminais. 13 Volumoso: ● Em média a partir dos 20 dias; ● Auxilia na escarificação da parede ruminal; ● Transforma-se em um ruminante mais rápido. Desmame: ● Após a terneira consumir 700-800 gramas por três dias consecutivos; ● Em média o concentrado deve ser fornecido na quantidade mínima de 3 kg por dia; ● Proteína mínima de 12%; ● O consumo de volumoso deve ser estimulado; ● Imunização; ● Controle de parasitoses. Animais 4- 6 semanas: ● Volumoso, Silagem e concentrado (17-20% de proteína); ● Avaliar ganho de peso; ● Preparo da futura vaca. Novilhas: ● Serão as vacas de amanhã; ● Quando antes entrar na puberdade melhor > quando mais cedo emprenhar, mais cedo ela começa a produzir leite; ● Dietas específicas; ● Controle alimentar; ● Protocolos de inseminação eficientes. Manejo de vacas em lactação: ● Fases do ciclo produtivo de uma vaca leiteira: ○ 1.Início da lactação ■ 0 a 70 dias -> pico da produção de leite ○ 2.Pico de consumo de alimento ■ 79 a 140 dias -> declínio da produção de leite ○ 3.Metadee final de lactação ■ 140 a 305 dias -> declínio da produção de leite (gestação) 14 ○ 4.Período seco ■ 60, em alguns casos 40 a 14 dias antes da próxima lactação, gestação ○ 5.Transição e período pré-parto ■ 14 dias até a parição Fatores relacionados ao manejo: ● Criação e transição; ● Manejo/gestão de dados; ● Ambiente; ● Acompanhamento clínico; ● Sanidade; ● Reprodução; ● Nutrição. Nutrição racional de vacas leiteiras: ● Atender todos os requerimentos nutricionais de vacas leiteiras - fibra é o mais importante; ● Respeitar a categoria trabalhada; ● Conforto ambiental; ● Produção dos animais e potencialidade dos animais; ● Levantamento de dados/avaliação de alimentos Lotes de produção. 15 Sanidade e Nutrição: ● Baixa incidência de doenças; ● Baixo índice de problemas reprodutivos; ● Vacas que atingem seu potencial produtivo Requerimentos nutricionais adequados; ● Manejo adequado. Reprodução e nutrição: ● Diagnóstico da causa; ● Microminerais; ● Vitaminas: ○ Imunológica; ● Aditivos; ● Anestro nutricional. Manejo de ordenha: ● Ordenha: ○ Ato de coletar após estímulo adequado na vaca para a liberação; ● Tranquilidade na condução dos animais até a sala; ● Manter o ambiente da sala calmo na hora da ordenha; ● Desinfecção dos tetos (pré-dipping); ● Teste da caneca com fundo preto; ● Teste de CMT; ● Pós-dipping. Quantidade de ordenhas 16 ● Duas -> uma = queda de 6,2 Kg leite/dia; ● Duas -> três = aumento de 3,5 kg leite/dia: ○ 11,6% produção de leite a mais; ● Duas -> quatro = aumento de 4,9 kg leite/dia: ○ Aumento de 14 % custo com alimentação; ○ Aumento 2,5 h trabalho/dia; ○ Ordenhas robotizados. Qualidade da ordenha/produção ● Alvéolo -> unidade funcional de produção de leite; ● Função: ○ Remove os nutrientes do sangue; ○ Transformação dos nutrientes em leite; ○ Descarregar o leite no lúmen ductos. Iniciando a ordenha: ● Rotina; ● Higiene; ● Avaliação dos animais; ● Escala de animais (doenças). Pré ordenha: 2. Preparação Inicial: ● Ideal usar luvas de procedimento ● Observar as vacas e procurar aquelas que: 17 ● Remova a sujeira do teto ○ Estão em tratamento ○ Têm quartos inchados ○ Têm tetos machucados ● Lavar os tetos sujos, secar (tolhas individuais) ○ Evitar o uso de água 3. Pré dipping: ● Cubra completamente todos os quatros tetos com um desinfetante de imersão de ação comprovada (sol. Clorados) ● Cubra 75-90 % da superfície do teto ● Deixe agir por 20 – 30 segundos 4. Retirada dos primeiros jatos: ● Massageie a extremidade do teto 3-4 vezes ● Tire 3-4 jatos de leite de cada teto Teste da raquete: ● Cafofornia Mstite Test (CMT) ● Presença de conteúdo celular no leite ● Após teste negativo da caneca do fundo preto Coleta-se o leite de cada teto (2ml) Medidas para animais com MC & MSC: ● Isolamento; ● Ordenha separada; 18 ● Leite retirado; ● Tratamento completo/coleta de material, identificação das causas e agentes. 5. Secagem dos tetos: ● 20 a 30 segundos após o pré- dipping ->toalhas individuais; ● Movimentos giratórios para baixo; ● Vire o lado limpo da toalha e passa-o agressivamente 2 ou 3 vezes na extremidade do teto. Fim da ordenha 6. Fim da ordenha: ● Não empurre a unidade para baixo no fim da ordenha ● Este procedimento pode provocar a entrada de ar na unidade, e, deste mo 7. Remoção da Unidade: ● Cheque periodicamente a vaca ordenhada manualmente o úbere imediatamente após a remoção do coletor Pós ordenha: 8. Pós-dipping: ● Após a remoção da unidade, aplique um desinfetante de imersão comprovadamente eficiente; ● Cubra 75 – 90% da superfície do teto. Pós ordenha: ● Limpeza da sala; ● Retirada do esterco; ● Limpeza do equipamento; ● Monitorar resfriador; ● Organização para uma nova ordenha. 19
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