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PRINCIPAIS TÉCNICAS EMPREGADAS NA PREPARAÇÃO DE RUFIÕES BOVINOS

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Jaguariúna, Fevereiro de 2021 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS 
PRINCIPAIS TÉCNICAS EMPREGADAS NA PREPARAÇÃO DE RUFIÕES BOVINOS 
 
 
Profa. Fernanda Monteiro 
 
 
 
 
 
Alicia Moura, RA: 11719194 
Jaqueline Sousa, RA: 11718382 
Júlia Ribeiro Fernandes Aleixo, RA: 11717993 
Renilla Campos de Almeida, RA: 11718898 
Zaydah Stephany Moreno, RA: 11718508 
9º Semestre - Noturno - Turma A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESVIO LATERAL DO PÊNIS 
Técnica que realiza a preparação do touro excitador e deve acompanhar junto, como precaução, 
uma técnica de esterilização, podendo ela ser uma vasectomia ou uma epididimectomia. O 
primeiro tempo do ato cirúrgico consiste na incisão da pele sobre a linha média, 
na porção retroumbilical. O limite cranial desta incisão é de 3 cm da inserção do óstio prepucial, 
estendendo-se caudalmente até 5 cm da base do escroto. Após rebater a pele e o tecido 
subcutâneo é realizada a hemostasia dos pequenos vasos hemorrágicos, através de ligadura 
(categute 0 ou 2.0), devendo manter intactos os vasos abdominais superficiais (artéria e veia 
epigástrica caudal superficial). Outra incisão deve ser feita de forma circular em torno da inserção 
do óstio prepucial (aproximadamente de 3 cm), tomando cuidado para não lesar as lâminas do 
prepúcio. Em seguida é feita uma incisão circular da pele na região ventral do flanco (esquerdo 
ou direito), cerca de 45º da linha média ventral do abdome (cranialmente a prega do flanco), com 
um diâmetro equivalente ao da incisão circular do óstio prepucial. Através da dissecação romba é 
feito um túnel subcutâneo (haste de metal ou tesoura longa) em direção lateral, até a incisão 
circular de pele no flanco. O óstio prepucial é protegido com gaze estéril (ou luva estéril) e 
tracionado através do túnel sub cutâneo para o local de implante, onde é fixado por pontos 
isolados tipo Wolff ou Donatti (nylon 0,50 ou 0,60). A síntese do subcutâneo e pele da incisão 
mediana é feita com pontos isolados simples (nylon 0,60). É muito importante evitar a 
contaminação e a torção do pênis e do prepúcio, durante o processo de deslocamento para a 
região do implante. 
 
 
VASECTOMIA OU DEFERENTECTOMIA 
A vasectomia é uma técnica de esterilização do animal e é indicada para a obtenção de touro 
detector de cio. A técnica consiste na incisão de pele na parte superior da rafe mediana do 
escroto (cranial ou caudal), após isso, exteriorizar o cordão espermático, o ducto deferente, que 
pode ser palpado como uma estrutura firme e não pulsante, semelhante a um cordão. Incide-se a 
túnica vaginal diretamente sobre o ducto que será facilmente isolado e exteriorizado. Procede- se 
a remoção de um segmento com cerca de 2 cm e as extremidades seccionadas podem ser 
ligadas para maior segurança da técnica (categute 2.0). Não é essencial suturar a túnica vaginal, 
mas a pele deverá ser fechada com pontos isolados (nylon 0,40 – 0,50). 
 
 
EPIDIDIMECTOMIA OU CAUDEPIDIDIMECTOMIA BILATERAL 
A técnica consiste na remoção cirúrgica da cauda dos epidídimos. É uma técnica de esterilização 
para touros rufiões, usada com frequência como uma técnica cirúrgica de segurança para as 
técnicas que tornam o touro incapaz de copular. O testículo é forçado manualmente até a base 
ventral do escroto, onde é feita uma incisão de pele de aproximadamente 3 cm, sobre a cauda do 
epidídimo. A túnica vaginal é seccionada, a cauda do epidídimo é exteriorizada e liberada de sua 
inserção com o testículo, com o auxílio de uma tesoura. O ducto deferente e o corpo do epidídimo 
são identificados, ligados e seccionados (categute 2.0), permitindo que a cauda do epidídimo seja 
removida. A túnica vaginal é suturada com pontos isolados simples (categute zero) e a pele com 
fio não absorvível (nylon 0,40 ou 0,50). O mesmo procedimento é repetido no outro testículo. 
 
 
REMOÇÃO DO LIGAMENTO APICAL DO PÊNIS 
Esta técnica é indicada para o preparo de rufiões bovinos, devendo ser empregada em animais 
com idade variando entre 16 e 20 meses. O pênis é exposto e realiza-se uma incisão longitudinal 
de aproximadamente 15 cm de comprimento, na mucosa da superfície dorsal da glande, iniciando 
cerca de 1,0 cm da extremidade caudal da glande e terminando próxima a inserção da lâmina 
interna do prepúcio. O ligamento apical na túnica albugínea deve ser identificado e dissecado 
com tesoura, até atingir o ponto abaixo da sua inserção com a lâmina interna do prepúcio, onde 
deverá ser seccionado. A mucosa é aproximada com pontos isolados simples, utilizando categute 
 
cromado 2-0. Esta técnica promoverá, no momento da ereção durante a cópula, um desvio da 
glande no sentido ventral e lateral direito. 
 
 
FIXAÇÃO DA FLEXURA SIGMÓIDE DO PÊNIS 
Esta técnica est á indicada para a preparação de rufiões bovinos, com a idade ideal variando 
entre 15 a 18 meses. É feita uma incisão de pele na linha média perineal, acima da base do 
escroto, com aproximadamente 10 cm de comprimento. Por dissecação romba, são separados o 
tecido subcutâneo e os músculos semimembranosos, até a localização da curvatura caudal da 
flexura sigmóide do pênis, próximo à base do escroto. Esta deverá ser tracionada, até o local da 
incisão. A túnica albugínea da face lateral do corpo do pênis, antes da flexura sigmóide da 
curvatura caudal, é escarificada com o bisturi e deverão ser aplicados três pontos isolados 
simples, com fio não absorvível (algodão 2.0), pegando superficialmente o corpo do pênis, fixando 
a curvatura caudal da flexura sigmóide. O tecido subcutâneo é aproximado com categute 1.0 com 
pontos simples, a síntese da pele com fio não absorvível (nylon 0.50). Deve-se ter o cuidado de 
não atingir a uretra no momento dos pontos para a fixação da flexura sigmóide do pênis. 
 
 
FIXAÇÃO DA TÚNICA ALBUGÍNEA DO PÊNIS 
Técnica cirúrgica utilizada para o preparo de rufiões bovinos por meio da fixação do pênis na 
parede ventro-abdominal. A área para incisão está localizada a 8 cm da base do escroto, na 
direção do óstio prepucial e 2 cm lateral à linha média ventral. Realiza-se uma incisão de pele, 
com aproximadamente 6 cm, sobre a área anteriormente descrita. Deve-se dissecar o tecido 
conjuntivo subcutâneo, exteriorizar o pênis e tracioná-lo no sentido caudal (mais próximo do 
escroto). Logo após deve-se escarificar a túnica albugínea e a parede abdominal próxima à linha 
branca. Após a escarificação, fixa-se o pênis na parede abdominal por meio de 3 ou 4 pontos 
isolados simples, com fio não absorvível (seda, algodão, linho 0 ou 1.0), fazendo com que as 
partes escarificadas fiquem unidas. A síntese do subcutâneo é com pontos contínuos simples 
(categute cromado 1) e a pele com pontos isolados simples ou Wolff (nylon 0,50 ou 0,60). Os 
pontos devem ser feitos laterais no pênis, evitando obstruir a uretra ou atingir a veia e a artéria 
dorsais do pênis.

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