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Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde - SGTES Ministério da Saúde Orientações sobre a COVID-19 na Atenção Especializada Orientações sobre a COVID-19 na Atenção Especializada UFSC 2020 FLORIANÓPOLIS Organizadores: Elza Berger Salema Coelho Carolina Carvalho Bolsoni Deise Warmling Thays Berger Conceição Dalvan Antonio de Campos COVID-19 GOVERNO FEDERAL MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde - SGTES UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Reitor: Ubaldo Cesar Balthazar Vice-Reitora: Alacoque Lorenzini Erdmann Pró-Reitor de Pós-Graduação: Cristiane Derani Pró-Reitor de Pesquisa: Sebastião Roberto Soares Pró-Reitor de Extensão: Rogério Cid Bastos CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Diretor: Celso Spada Vice-Diretor: Fabrício de Souza Neves DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA Chefe do Departamento: Fabrício Augusto Menegon Subchefe do Departamento: Lúcio José Botelho Gestora geral do Projeto Sheila Rubia Lindner Coordenação de Produção Elza Berger Salema Coelho de Material Organizadores Elza Berger Salema Coelho Carolina Carvalho Bolsoni Deise Warmling Thays Berger Conceição Dalvan Antonio de Campos COVID-19 Revisor Antônio Fernando Barreto Miranda Equipe Editorial Thays Berger Conceição Carolina Carvalho Bolsoni Deise Warmling Dalvan Antonio de Campos Assessoria Pedagógica Márcia Regina Luz Equipe Executiva Gisélida Garcia da Silva Vieira Mariáh Silva Guzmãn Eurizon de Oliveira Neto Design Instrucional/ Soraya Falqueiro Revisão de Português e ABNT/ Elaboração das questões avaliativas Colaboradores na Revisão Técnica do Conteúdo Eixo de Ações Educacionais na Saúde Coordenação Geral de Ações Estratégicas, Inovação e Avaliação da Educação em Saúde (CGIED)/Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES) Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) Marly Maria Lopes Veiga Bethania Ramos Meireles Secretaria de Atenção à Saúde (SAPS) Fernanda Almeida dos Santos Mélquia da Cunha Lima Ana Beatriz de Souza Paes Rogéria Cristina Calastro de Azevedo Mariana das Neves Sant'Anna Tunala Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) Sheyla Maria Araujo Leite Tatiane Fernandes Portal de Lima Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (SAES) Mariana Borges Dias COVID-19 Projeto Gráfico/Diagramação Laura Martins Rodrigues Esquemáticos/Infográficos Projeto Gráfico/Moodleface Pedro Paulo Delpino Bernardes Esquemáticos/Infográficos Web Naiane Cristina Salvi Desenvolvedor Web Paulo Lefol Suporte Moodle Tcharles Dejandir Schimitt Fonte para Imagem Adobe Stock, Iconfinder e Rawpixel e Esquemáticos U588c Universidade Federal de Santa Catarina. COVID-19 : orientações sobre a COVID-19 na atenção especializada [recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina; Elza Berger Salema Coelho... [et al.] (Organizadores) -- Florianópolis : Universidade Federal de Santa Catarina, 2020. 5,3 Mb ; PDF. Modo de acesso: www.unasus.ufsc.br Conteúdo do módulo: Unidade 1: O que é, e como a COVID-19 é transmitida – Unidade 2: Como prevenir a COVID-19. – Unidade 3: Atuação em rede no cenário da pandemia de COVID-19. – Unidade 4 - Estigma social associado à COVID-19 e saúde mental. ISBN 978-65-00-02484-5 1. Atenção à saúde. 2. COVID-19. 3. Transmissão de doença infecciosa. I. UFSC. II. Centro de Ciências da Saúde. III. Departamento de Saúde Pública. IV. Coelho, Elza Berger Salema. V. Bolsoni, Carolina Carvalho. VI. Warmling, Deise. VII. Conceição, Thays Berger. VIII. Campos, Dalvan Antônio de. IX. Título. CDU: 614.4 Ficha catalográfica produzida pela Bibliotecária Rosiane Maria – CRB 14/1588 COVID-19 U3 Atuação em rede no cenário da pandemia de COVID-19 34 3.1 Casos leves 35 3.2 Casos moderados 36 3.3 Casos graves 36 3.4 Serviços odontológicos 37 3.5 Notificação imediata 38 U4 Estigma social associado à COVID-19 e saúde mental 42 Encerramento do curso 47 Referências 48 Apresentação 7 U1 O que é, e como a COVID-19 é transmitida 9 1.1 Transmissão da COVID-19 10 1.2 Definição de casos operacionais 12 1.2.1 Caso suspeito 13 1.2.2 Caso confirmado da doença 14 1.2.3 Definições e observações 16 U2 Como prevenir a COVID-19 17 2.1 Prevenção individual 17 2.1.1 Recomendações para o contato entre animais e humanos 19 2.2 Prevenção comunitária 20 2.3 Recomendações para grupos específicos 21 2.3.1 Gestantes 21 2.3.2 Idosos e pessoas com doenças crônicas 22 2.3.3 Viajantes 24 2.4 Isolamento 26 2.4.1 Isolamento domiciliar 26 2.4.2 Isolamento nos serviços de saúde 29 2.4.3 Orientações para entrada e saída de casa 32 COVID-19 Todo o conteúdo deste curso é baseado em publicações oriun- das do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana de Saúde e da Organização Mundial da Saúde, e as referências de base se encontram ao final do documento. Atenção, estas orientações são baseadas nas informações atualmente disponíveis sobre a COVID-19 e podem ser atualizadas à medida que outras evidências estiverem dis- poníveis e que as necessidades de resposta mudem no país. Por fim, para realização da leitura e compreensão das informa- ções abordadas a seguir, estimamos uma carga horária de 15 horas. Desejamos a você bons estudos! Apresentação Olá. Seja bem-vindo ao curso Orientações sobre a COVID-19 na Atenção Especializada! Este curso foi elaborado especialmente para você, pensando no desafio que será trabalhar no contexto da Atenção Especializa- da frente à pandemia do novo coronavírus, a COVID-19, que se instalou recentemente. No Brasil, o número de casos confirmados cresce diariamente e foi decretada transmissão comunitária em todo território na- cional. Diante das estimativas, o país começou a entrar em uma nova fase, buscando criar condições para diminuir os danos que o vírus pode causar à população, por meio da prevenção. Seu desafio neste processo é imenso: somos a base para combater essa doença e estamos trabalhando neste contexto de instabilidade e imprevisibilidade para enfrentar esta pande- mia. Consciente dessa realidade, o Ministério da Saúde (MS), em parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), lançou diversos microcursos para capacitação de estudantes e profissionais da saúde para o enfrentamento e a prevenção da COVID-19. Neste microcurso, vamos abordar quais orientações podemos fornecer aos pacientes, para que estes também auxiliem na prevenção e combate à COVID-19, a fim de conseguirmos supe- rar esta situação o mais breve possível. COVID-19 Objetivos de aprendizagem: Ao final deste curso, você deverá ser capaz de: • Diferenciar as formas de disseminação da COVID-19. • Identificar as definições operacionais de casos. • Reconhecer a sintomatologia de pacientes com COVID-19. • Identificar o grau de gravidade de pacientes com COVID-19. • Compreender detalhadamente as orientações sobre isola- mento domiciliar, considerando também aquelas relativas a gerenciamento de contatos. • Empregar e saber orientar as medidas de redução da transmissão do novo coronavírus. • Atuar em rede e orientar sobre os pontos da rede de atenção à saúde. • Utilizar estratégias de referência e contrarreferência dos casos suspeitos, confirmados e tratados. • Orientar levando em consideração os impactos à saúde mental e os estigmas sociais associados à COVID-19. Apresentação COVID-19 9 U1 O que é, e como a COVID-19 é transmitidaORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções res- piratórias. O agente do novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi des- coberto em dezembro de 2019 após casos registrados na China e provoca a doença chamada de COVID-19. O conhecimento sobre as formas de transmissão da COVID-19 ainda está em andamento, mas já se sabe que ocorre a transmissão de pessoa para pessoa, por gotículas respiratórias ou contato. Qualquerpessoa que tenha contato próximo (menos de 1 metro) com al- guém com sintomas respiratórios pode ficar exposta à infecção. Quanto às formas de disseminação da COVID-19, estas podem ser divididas em: casos importados, transmissão local e transmissão comunitária. Veja qual a definição de cada uma delas a seguir! Casos importados Casos de pessoas que adquiriram o vírus em outro país. Transmissão local Ocorrência de caso autóctone com vínculo epidemiológico a um caso confirmado identificado. Em outras palavras, caso em que alguém é contaminado por contato com alguém infectado em outro país. Transmissão comunitária 1. Ocorrência de casos autóctones sem vínculo epidemiológi- co a um caso confirmado, em área definida, OU 2. Se for identificado um resultado laboratorial positivo sem relação com outros casos na iniciativa privada ou na rotina de vigilância de doenças respiratórias OU 3. A transmissão se mantiver por 5 (cinco) ou mais cadeias de transmissão. Unidade 1 O que é, e como a COVID-19 é transmitida COVID-19 10 U1 O que é, e como a COVID-19 é transmitidaORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA Condições e fatores de risco a serem considerados para possí- veis complicações da síndrome gripal: • Idade igual ou superior a 60 anos. • Miocardiopatias de diferentes etiologias (insuficiência cardíaca, miocardiopatia isquêmica etc.). • Hipertensão. • Pneumopatias graves ou descompensados (asma moderada/grave, DPOC). • Tabagismo. • Obesidade. • Imunodepressão. • Doenças renais crônicas em estágio avançado (graus 3, 4 e 5). • Diabetes mellitus, conforme juízo clínico. • Doenças cromossômicas com estado de fragilidade imunológica. • Neoplasia maligna. • Gestação de alto risco. Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente res- piratórios, semelhantes a um resfriado. Pode também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Acompanhe a seguir os sinais e sintomas por classificação: É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de maneira continuada. Importante 1.1 Transmissão da COVID-19 A transmissão da COVID-19 costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: • Gotículas de saliva. • Espirro. • Tosse. • Catarro. • Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão. • Contato com objetos ou superfícies contaminadas, segui- do de contato com a boca, o nariz ou os olhos. Estudos apontam que uma pessoa infectada pelo vírus SARS- -CoV-2 pode transmitir a doença durante o período sintomático, que pode ser de 2 a 14 dias, em geral de 5 dias, a partir da infecção, mas também sugerem que a transmissão possa ocor- rer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Ainda há controvérsias acerca da transmissão do vírus por pessoas assintomáticas. COVID-19 11 U1 O que é, e como a COVID-19 é transmitidaORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA CLASSIFICAÇÃO DOS SINAIS E SINTOMAS POR GRUPO Grupo Classificação Leve Moderado Grave Adultos e gestantes Síndrome gripal (tosse, dor de garganta ou coriza) seguido ou não de: • Anosmia (disfunção olfativa) • Ageusia (disfunção gustatória) • Coriza • Diarreia • Dor abdominal • Febre • Calafrios • Mialgia Fadiga • Cefaleia Tosse persistente + febre persistente diária OU Tosse persistente + piora progressiva de outro sintoma relacionado à COVID-19 (adinamia, prostração, hiporexia, diarreia) OU Pelo menos um dos sintomas acima + presença de fator de risco Síndrome respiratória aguda grave – síndrome gripal que apresente: • Dispneia/desconforto respiratório OU • Pressão persistente no tórax OU • Saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente OU • Coloração azulada de lábios ou rosto Importante: em gestantes, observar hipotensão. Crianças • Taquipneia: ≥ 70 rpm para menores do que 1 ano e ≥ 50 rpm para crianças maiores do que 1 ano • Hipoxemia • Desconforto respiratório • Alteração da consciência • Desidratação • Dificuldade para se alimentar • Lesão miocárdica • Elevação de enzimas hepáticas • Disfunção da coagulação; rabdomiólise • Qualquer outra manifestação de lesão em órgãos vitais Observação: as crianças, idosos e as pessoas imunossuprimidas podem apresentar ausência de febre e sintomas atípicos. Infiltrados bilaterais em exames de imagem do tórax, aumento da proteína C-reativa (PCR) e linfopenia evidenciada em hemograma são as alterações mais comuns observadas em exames complementares. COVID-19 12 U1 O que é, e como a COVID-19 é transmitidaORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA A página inicial do app possui um botão vermelho com a pergun- ta “Está se sentindo mal?”, que traz uma lista de questões que podem ajudar em um auto diagnóstico de infecção por corona- vírus. Utilize esse aplicativo no seu cotidiano de atendimento e divulgue para as pessoas próximas a você e para a população em geral. E, para dar continuidade aos estudos, acompanhe a seguir as orientações sobre a sintomatologia da COVID-19. Sempre oriente os pacientes, no caso de sintomas respi- ratórios ou síndrome gripal, a entrar em contato com as equipes de atenção primária por telefone, para o teleaten- dimento, antes de ir à unidade de saúde. Esta medida reduz a exposição aos serviços de saúde. Outra possibilidade é ligar para o 136 para esclarecimentos, ou baixar o aplicativo do Coronavirus - SUS. Importante 1.2 Definição de casos operacionais Diante da confirmação de casos da COVID-19 no Brasil e con- siderando a dispersão do vírus no mundo, a Secretaria de Vigi- lância em Saúde do Ministério da Saúde apresenta as seguintes definições operacionais para contato próximo, contato domici- liar, casos suspeitos e casos confirmados do novo coronavírus. Acompanhe! Para auxiliar na disseminação dessas informações com vistas à prevenção e orientação, o Ministério da Saúde lançou o aplica- tivo (App) Coronavírus-SUS, com o objetivo de conscientizar a população sobre a doença pelo novo coronavírus. Para isso, o aplicativo conta com as seguintes funcionalidades: • Informativos de diversos tópicos como os sintomas, como se prevenir, o que fazer em caso de suspeita de infecção, etc. • Mapa indicando unidades de saúde próximas. • Em caso de suspeita de infecção, o cidadão pode conferir se os sintomas são compatíveis com os da COVID-19 e, caso seja, será instruído e encaminhado para a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. • Área de notícias oficiais do Ministério da Saúde com foco na COVID-19. O aplicativo Coronavírus-SUS está disponível para celulares com sistema operacional ANDROID e IOS nos seguintes links: Google Play: <http://bit.ly/AndroidAppCoronavirus-SUS> App Store: <https://apps.apple.com/br/app/ coronav%C3%ADrus-sus/id1408008382> Link http://bit.ly/AndroidAppCoronavirus-SUS https://apps.apple.com/br/app/coronav%C3%ADrus-sus/id1408008382 https://apps.apple.com/br/app/coronav%C3%ADrus-sus/id1408008382 COVID-19 13 U1 O que é, e como a COVID-19 é transmitidaORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) Síndrome Gripal que apresente: dispneia/desconforto respira- tório OU Pressão persistente no tórax OU saturação de O2 me- nor que 95% em ar ambiente OU coloração azulada dos lábios ou rosto. Crianças: Além dos itens anteriores, observar os bati- mentos de asa de nariz, cianose, tiragem in- tercostal, desidratação e inapetência. 1.2.1 Caso suspeito Conheça quais são as definições de casos suspeitos de corona- vírus, a seguir: SÍNDROME GRIPAL (SG) Indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por sen- sação febril ou febre*, mesmo que relatada, acompanhada de tosse OU dor de garganta OU coriza OU dificuldade respiratória. *Na suspeita de COVID-19, a febre pode não estar presente. Crianças: Considera-se também obstrução nasal, na ausência de outro diagnóstico específico. Idosos: A febre pode estarausente. Deve-se conside- rar também critérios específicos de agrava- mento como sincope, confusão mental, sono- lência excessiva, irritabilidade e inapetência. COVID-19 14 U1 O que é, e como a COVID-19 é transmitidaORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA Testes imunológicos Os testes imunológicos incluem: • Sorologia por imunocromatografia • Teste rápido para detecção de anticorpo IgM e/ou anticorpo IgG • Teste enzimaimunoensaio (ELISA IgM) • Imunoensaio por eletroquimioluminescência (ECLIA IgG) Os testes de detecção de anticorpos contra o SARS-CoV-2 (ou “testes rápidos”) podem diagnosticar doença ativa ou pregres- sa. Mesmo validados, é importante saber que os testes rápidos apresentam limitações e a principal delas é que precisa ser realizado, de forma geral, a partir do 8º (oitavo) dia do início dos sintomas. É necessário que o caso suspeito ou contato de caso confirmado de COVID-19 espere esse tempo para que o sistema imunológico possa produzir anticorpos em quantidade suficiente para ser detectado pelo teste. 1.2.2 Caso confirmado da doença DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O diagnóstico laboratorial pode ser realizado por testes de biologia molecular (RTPCR), testes imunológicos (sorologia) e exames de imagem. Teste de biologia molecular (PCR em tempo real) Permite identificar a presença do vírus SARS-CoV-2 em amostras coletadas da nasofaringe até o 8º dia de início dos sintomas. Tem por objetivo diagnosticar casos graves internados e casos leves em unidades sentinela para monitoramento da epidemia. Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, a detecção do vírus por RT-PCR (reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa) permanece sendo o teste laboratorial de escolha para o diagnóstico de pacientes sintomáticos na fase aguda (entre o 3º e 7º dia da doença, pre- ferencialmente). COVID-19 15 U1 O que é, e como a COVID-19 é transmitidaORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA DIAGNÓSTICO CLÍNICO A infecção pelo SARS-CoV-2 pode variar de ca- sos assintomáticos, manifestações clínicas le- ves como um simples resfriado, até quadros de insuficiência respiratória [BT1], choque e disfunção de múltiplos órgãos, sendo necessá- ria atenção especial aos sinais e sintomas que indicam piora clínica exigindo a hospitalização do paciente. O diagnóstico pode ser feito por investigação clínico-epidemiológica e exame físico adequa- do do paciente caso este apresente sintomas característicos da COVID-19. Também é crucial que se considere histórico de contato próximo ou domiciliar nos últimos 14 dias antes do apa- recimento dos sintomas com pessoas já confir- madas para COVID-19. Alto índice de suspeição também deve ser ado- tado para casos clínicos típicos sem vínculo epidemiológico claramente identificável. Essas informações devem ser registradas no pron- tuário do paciente para eventual investigação epidemiológica. Imagem (tomografia computadorizada de alta resolução – TCAR) As seguintes alterações tomográficas são compatíveis com caso de COVID-19: • Opacidade em vidro fosco periférico, bilateral, com ou sem consolidação ou linhas intralobulares visíveis (“pavi- mentação”). • Opacidade em vidro fosco multifocal de morfologia arre- dondada com ou sem consolidação ou linhas intralobula- res visíveis (“pavimentação”). • Sinal de halo reverso ou outros achados de pneumonia em organização (observados posteriormente na doença). Observação: Segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), quando indicada, o protocolo é de uma TC de alta resolução (TCAR), se possível com protocolo de baixa dose. O uso de meio de contraste endovenoso, em geral, não está indicado, sendo reservado para situações específicas a serem determinadas pelo radiologista. COVID-19 16 U1 O que é, e como a COVID-19 é transmitidaORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA CONTATO PRÓXIMO DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE COVID-19 • Uma pessoa que teve contato físico direto (por exemplo, apertando as mãos). • Uma pessoa que tenha contato direto despro- tegido com secreções infecciosas (por exem- plo, gotículas de tosse, contato sem proteção com tecido ou lenços de papel usados e que contenham secreções). • Uma pessoa que teve contato frente a frente por 15 minutos ou mais e a uma distância in- ferior a 2 metros. • Uma pessoa que esteve em um ambiente fecha- do (por exemplo, sala de aula, sala de reunião, sala de espera do hospital etc.) por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros. • Um profissional de saúde ou outra pessoa que cuide diretamente de um caso de COVID-19 ou trabalhadores de laboratório que manipulam amostras de um caso de COVID-19 sem Equi- pamento de Proteção Individual (EPI) recomen- dado, ou com uma possível violação do EPI. • Um passageiro de uma aeronave sentado no raio de dois assentos de distância (em qual- quer direção) de um caso confirmado de CO- VID-19; seus acompanhantes ou cuidadores e os tripulantes que trabalharam na seção da aeronave em que o caso estava sentado. 1.2.3 Definições e observações FEBRE Considera-se febre temperatura acima de 37,8°. Alerta-se que a febre pode não estar presente em alguns casos como por exemplo: em pacien- tes jovens, idosos, imunossuprimidos ou que em algumas situações possam ter utilizado medica- mento antitérmico. Nessas situações, a avaliação clínica deve ser levada em consideração e a de- cisão deve ser registrada na ficha de notificação. Considerar a febre relatada pelo paciente, mes- mo não mensurada. CONTATO DOMICILIAR DE CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO DE COVID-19 Uma pessoa que resida na mesma casa/ambien- te. Devem ser considerados os residentes da mesma casa, colegas de dormitório, creche, alo- jamento etc. COVID-19 17 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA Confira, agora, ações direcionadas à prevenção em diferentes contextos. 2.1 Prevenção individual Como ainda não existe vacina contra o novo coronavírus, a melhor maneira é se prevenir. A maioria das pessoas infectadas apresenta uma forma leve da doença e logo se recupera, mas em outras, a doença pode ser mais grave. Considerando que desde 20 de março de 2020, o Governo Federal assumiu que há transmissão comunitária em todo o território nacional, as ações preventivas diárias devem ser reforçadas, para ajudar a conter a propagação desse vírus respiratório. Confira. • Lave as mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool, para matar vírus que podem estar em suas mãos. • Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um com- portamento amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto. • Higienize com frequência o celular. • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos. • Mantenha pelo menos 2 metros de distância entre você e qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando. Quando alguém tosse ou espirra, pulveriza pequenas gotas líquidas do nariz ou da boca, que podem conter Unidade 2 Como prevenir a COVID-19 COVID-19 18 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA usado imediatamente). Ao seguir isso, você protege as pessoas ao seu redor contra quaisquer vírus respiratórios que causam resfriados, gripes e a COVID-19. • Fique em casa se não se sentir bem. Se você tiver febre, tosse e dificuldade em respirar, procure atendimento médico. Siga as instruções da sua autoridade sanitária nacional ou local, porque ela sempre terá as informações mais atualizadas sobre a situação em sua localidade. • Pessoas doentes devem adiar ou evitar viajar para áreas, províncias ou cidades, onde há transmissão comunitária do novo coronavírus – não áreas com apenas casos im- portados. vírus. Se você estiver muito próximo, poderá inspirar as gotículas– inclusive do vírus da COVID-19 se a pessoa que tossir tiver a doença. • Evite tocar nos olhos, no nariz e na boca. As mãos tocam muitas superfícies e podem ser infectadas por vírus. Uma vez contaminadas, as mãos podem transferir o vírus para os olhos, o nariz ou a boca. A partir daí, o vírus pode entrar no corpo da pessoa e deixá-la doente. • Certifique-se de que você e as pessoas ao seu redor se- guem uma boa etiqueta respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com a parte interna do cotovelo ou lenço quando tossir ou espirrar (em seguida, descarte o lenço Como prevenir o contágio Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel Cubra nariz e boca ao espirrar ou tossir Evite aglomerações Mantenha os ambientes bem ventilados Não compartilhe objetos pessoais Resumo de ações de prevenção Fonte: Ministério da Saúde (2020). COVID-19 19 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA 2.1.1 Recomendações para o contato entre animais e humanos • Até que se entenda mais sobre a COVID-19, os idosos e/ou as pessoas com condições médicas subjacentes são con- sideradas com maior risco de doença grave. Eles devem evitar o contato com mercados de animais vivos, animais de rua e animais selvagens, e não devem comer peixe cru ou outra carne crua de animais. Tais recomendações também devem ser disseminadas para viajantes e turistas com condições médicas subjacentes. • Os trabalhadores de matadouros, veterinários encarrega- dos da inspeção de animais e alimentos nos mercados, trabalhadores de mercado e aqueles que manipulam animais vivos e produtos de origem animal devem pra- ticar boa higiene pessoal, incluindo lavagem frequente das mãos após tocar em animais e produtos de origem animal. Eles devem considerar usar roupas protetoras, luvas, máscaras enquanto manipulam profissionalmente animais e produtos de animais frescos. Os equipamentos e as estações de trabalho devem ser desinfetados com frequência, pelo menos uma vez ao dia. As roupas de proteção devem ser removidas após o trabalho e lavadas diariamente. Os trabalhadores devem evitar expor os membros da família a roupas, sapatos ou outros itens sujos que possam ter entrado em contato com material potencialmente contaminado. Portanto, é recomendável • Os viajantes que retornam das áreas afetadas devem ficar atentos ao surgimento de quaisquer sintomas por 14 dias e seguir os protocolos nacionais dos países onde desem- barcaram; e, se surgirem, devem entrar em contato com um médico e informar sobre o histórico de viagem e os sintomas que apresentaram. Para os pacientes que apresentam síndrome gripal e procuram os serviços de saúde da Atenção Especializada, a recomen- dação é o encaminhamento para a Atenção Primária à Saúde (APS), para que o acompanhamento do paciente possa ser feito a cada 48 horas, até 14 dias após o início dos sintomas, prefe- rencialmente por telefone, com consulta presencial apenas se necessidade de exame físico. Nesse caso, realizar visita domi- ciliar com medidas de precaução de contato e EPIs conforme protocolo vigente. Caso sair na rua seja inevitável, oriente que as máscaras caseiras podem ajudar na prevenção contra o Coronavírus. O Ministério da Saúde elaborou algumas orientações para que a população faça as máscaras com os materiais que têm em casa. Para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, que são simples. Acesse o link e conheça os passos necessários: <https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46645- mascaras-caseiras-podem-ajudar-na-prevencao-contra-o- coronavirus-->. Link https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46645-mascaras-caseiras-podem-ajudar-na-prevencao-contra-o-coronavirus-- https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46645-mascaras-caseiras-podem-ajudar-na-prevencao-contra-o-coronavirus-- https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46645-mascaras-caseiras-podem-ajudar-na-prevencao-contra-o-coronavirus-- COVID-19 20 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA • O isolamento respiratório com máscara, deve ocorrer no caso do indivíduo ser um caso suspeito ou confirmado com sintomas, ou se houver contato com alguém nessas condições. • Pacientes portadores de doenças crônicas estáveis devem ter seus receituários renovados pelo maior período pos- sível, bem como deve ser feito adequado planejamento para que não fiquem sem medicamentos, buscando assim evitar o trânsito desnecessário dessas pessoas pela UBS. • Atenção especial deve ser dada às casas de repouso/ lares de idosos sob responsabilidade das equipes, dado o maior potencial de gravidade da doença na população idosa. Ações de educação podem ser realizadas nesses locais, buscando a prevenção. Na ocorrência de um caso, cuidado redobrando deve ser dedicado ao paciente e aos demais moradores. Conheça mais sobre a prevenção do Coronavírus (Covid-19): <https://www.youtube.com/watch?v=aQCnF1yY7Uc> Sugerimos para leitura complementar os conceitos de me- didas de distanciamento social, apresentados no Boletim Epidemiológico n° 8, disponível no link: <https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/ April/09/be-covid-08-final-2.pdf>. Link que roupas e itens de proteção permaneçam no local de trabalho para lavagem diária. Com base nas informações disponíveis, não se sabe se a CO- VID-19 tem algum impacto na saúde dos animais e se algum evento específico foi relatado em alguma espécie. 2.2 Prevenção comunitária Considerando o cenário de transmissão comunitária no Brasil, além das medidas de isolamento aos que compõem os grupos de risco e pessoas que mantiveram contato com casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus, há medidas de prevenção popu- lacional que devem ser adotadas pela população em geral. Confira: • Realizar lavagem frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, especialmente após contato direto com pessoas doentes. • Utilizar lenço descartável para higiene nasal. • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir. • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca. • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar. • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas. • Manter os ambientes bem ventilados. • Evitar contato com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença. • Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de sua residência. https://www.youtube.com/watch?v=aQCnF1yY7Uc https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/09/be-covid-08-final-2.pdf https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/09/be-covid-08-final-2.pdf COVID-19 21 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA As decisões sobre o parto de emergência e a interrupção da gravidez são desafiadoras e baseadas em muitos fatores, como idade gestacional, condição materna e estabili- dade fetal. As consultas com especialistas em obstetrícia, neonatal e terapia intensiva (dependendo da condição da mãe) são essenciais. Até onde as evidências atuais indicam, gestantes e puérperas não possuem risco individual aumentado para infecção por coronavírus. Contudo, medidas devem ser adotadas para proteção da criança. Além disso, gestantes e puérperas têm maior po- tencial de risco para desenvolvimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) decorrente de Síndrome Gripal, oriunda do vírus da Influenza. Desta forma, é importante que você oriente as gestantes e puérperas com Síndrome Gripal e risco para COVID-19, a seguir as recomendações descritas a seguir. Gestantes • Não utilizar rotineiramente corticosteroides. Entretanto, o uso de esteroides para promover a maturidade fetal em parto pre- maturo antecipado pode serconsiderado individualmente. • Monitoramento da frequência cardíaca fetal. • Monitoramento da contração uterina. 2.3 Recomendações para grupos específicos A implementação de precauções padrão constitui a principal medida de prevenção da transmissão entre pacientes e profis- sionais de saúde e deve ser adotada no cuidado de todos os pacientes (antes da chegada ao serviço de saúde, na chegada, triagem, espera e durante toda assistência prestada) indepen- dentemente dos fatores de risco ou doença de base, garantindo que as políticas e práticas internas minimizem a exposição a patógenos respiratórios, incluindo a COVID-19. No entanto, gestantes, puérperas, idosos, pessoas com doenças crônicas e viajantes devem, além de seguir as orientações gerais, atentar para os seguintes cuidados descritos abaixo. Acompanhe. 2.3.1 Gestantes As gestantes com suspeita ou confirmação da COVID-19 devem ser tratadas com terapias de suporte, levando em consideração as adaptações fisiológicas da gravidez. O uso de agentes terapêuticos em investigação fora de um estudo de pesquisa deve ser guiado por uma análise de ris- co-benefício individual baseada no benefício potencial para a mãe e a segurança do feto, com consulta de um especia- lista em obstetrícia e comitê de ética. Importante COVID-19 22 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA 2.3.2 Idosos e pessoas com doenças crônicas Devido à letalidade elevada da COVID-19 entre os idosos (pes- soas com 60 anos ou mais) e pessoas com doenças crônicas, deve-se priorizá-los para atendimento. Os casos identificados como síndromes gripais, sem complicações ou sem comorbi- dades de risco, devem ser encaminhados para condução pela Atenção Primária à Saúde (APS). As situações em idosos e doentes crônicos que devem ser tra- tadas nos centros de referência e atenção especializada são de Síndrome Gripal com presença de dispneia ou com os seguintes sinais ou sintomas de gravidade: • Saturação de SpO2 < 95% em ar ambiente. • Sinais de desconforto respiratório ou aumento da fre- quência respiratória avaliada de acordo com a idade. • Piora nas condições clínicas de doença de base. • Hipotensão. • Insuficiência respiratória aguda, durante o período sazonal. Devem ser consideradas também para o tratamento na Aten- ção Especializada algumas comorbidades que contraindicam isolamento domiciliar: • Diabetes. • Doenças cardíacas crônicas descompensadas. • Doenças respiratórias crônicas descompensadas. • Imunossuprimidos. • Planejamento individualizado do parto. • Abordagem baseada em equipe multidisciplinar. • Alterações no padrão da frequência cardíaca fetal podem ser um indicador precoce da piora da respiração materna. • Deve-se avaliar com cautela se o parto fornece benefícios a uma gestante gravemente doente. • A decisão quanto ao parto deve considerar a idade gestacional do feto e deve ser feita em conjunto com o neonatologista. Puérperas • Manter a amamentação. • Manter distância mínima de 1 metro entre o berço do recém nascido e mãe. • Orientar a realizar etiqueta respiratória. • Orientar a higienização das mãos imediatamente após tocar nariz, boca e sempre antes do cuidado com o recém nascido. • Orientar o uso de máscara durante o cuidado e a amamenta- ção do recém nascido. • Profissional da saúde ao atender a puérpera e o recém nascido deve seguir as orientações de precaução padrão e gotículas. • Caso a puérpera precise circular em áreas comuns da casa, uti- lizar máscara. COVID-19 23 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA • Fique atento à higienização dos objetos de uso pessoal. • Mantenha o ambiente sempre ventilado. • Não frequente locais com aglomerações ou alta circulação de pessoas, como eventos, cinemas e shoppings. • Caso necessite utilizar transporte público, opte por horá- rios de menor pico. • Em caso de visitas em casa, evite cumprimentos e sempre higienize as mãos. Doentes crônicos não podem descui- dar dos tratamentos em andamento. Caso utilize medica- mento de uso contínuo, procure seu médico ou UBS para buscar uma receita com validade ampliada, principalmen- te no período de outono e inverno. Isso reduz o trânsito desnecessário nas UBS e farmácias. • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como copos, pra- tos e talheres. Evite se alimentar em buffets e self services. • Evite fazer compras em mercados e feiras em horários de pico. • Mantenha-se saudável, alimente-se bem e pratique exer- cícios físicos regularmente. Também é importante ressaltar que todas as pessoas idosas e com doenças crônicas devem tomar a vacina contra a gripe. • Portadores de doenças cromossômicas com estado de fragilidade imunológica. • Gestante de alto risco. Idosos e pessoas com doenças crônicas precisam de mais cui- dado. Mas, o que os idosos e doentes crônicos precisam saber e fazer? Confira! • Os sintomas mais comuns são febre e tosse ou dificuldade para respirar. Caso apresente os sintomas, ligue 136 ou procure uma UBS. • Lave sempre as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel 70%, principalmente antes de manusear qualquer medicamento. COVID-19 24 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA afetadas” são consideradas como países, províncias, territórios ou cidades que estão passando a transmissão contínua da CO- VID-19, em contraste com as áreas que relatam apenas casos importados. As recomendações gerais para todos os viajantes são as mesmas da população em geral: • Lave as mãos frequentemente • Evite tocar nos olhos, na boca e no nariz • Cubra a boca e o nariz com o cotovelo ou tecido dobrado quando tossir ou espirrar • Fique a mais de dois metros de distância de uma pessoa doente • Seguir práticas de higiene alimentar adequadas Para mais informações acesse a Nota Técnica nº 05/2020 da GVIMS/GGTES/ANVISA, que trata sobre Orientações para a prevenção e o controle de infecções pelo Novo Coronavírus (SARS-CoV-2) em Instituições de Longa Permanência para idosos (ILPI), disponível no link: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/ NOTA+T%C3%89CNICA+N%C2%BA+05-2020+GVIMS- GGTES-ANVISA+-+ORIENTA%C3%87%C3%95ES+PARA+A+P REVEN%C3%87%C3%83O+E+O+CONTROLE+DE+INFEC%C 3%87%C3%95ES+PELO+NOVO+CORONAV%C3%8DRUS+E M+INSTITUI%C3%87%C3%95ES+DE+LONGA+PERMAN%C3 %8ANCIA+PARA+IDOSOS%28ILPI%29/8dcf5820-fe26-49dd- adf9-1cee4e6d3096>. Você deve orientar os pacientes idosos sobre a necessidade de cuidados específicos. Assista ao vídeo feito pelo Ministé- rio da Saúde direcionado para os grupos de risco <https:// www.saude.gov.br/images/mp4/2020/marco/21/isolamen- to-idoso-30.mp4>. Link 2.3.3 Viajantes A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os via- jantes doentes atrasem ou evitem viajar para as áreas afetadas, em particular em casos de idosos e pessoas com doenças crôni- cas ou condições de saúde subjacentes. Nesse contexto, “áreas http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+N%C2%BA+05-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA+-+ORIENTA%C3%87%C3%95ES+PARA+A+PREVEN%C3%87%C3%83O+E+O+CONTROLE+DE+INFEC%C3%87%C3%95ES+PELO+NOVO+CORONAV%C3%8DRUS+EM+INSTITUI%C3%87%C3%95ES+DE+LONGA+PERMAN%C3%8ANCIA+PARA+IDOSOS%28ILPI%29/8dcf5820-fe26-49dd-adf9-1cee4e6d3096 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+N%C2%BA+05-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA+-+ORIENTA%C3%87%C3%95ES+PARA+A+PREVEN%C3%87%C3%83O+E+O+CONTROLE+DE+INFEC%C3%87%C3%95ES+PELO+NOVO+CORONAV%C3%8DRUS+EM+INSTITUI%C3%87%C3%95ES+DE+LONGA+PERMAN%C3%8ANCIA+PARA+IDOSOS%28ILPI%29/8dcf5820-fe26-49dd-adf9-1cee4e6d3096 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+N%C2%BA+05-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA+-+ORIENTA%C3%87%C3%95ES+PARA+A+PREVEN%C3%87%C3%83O+E+O+CONTROLE+DE+INFEC%C3%87%C3%95ES+PELO+NOVO+CORONAV%C3%8DRUS+EM+INSTITUI%C3%87%C3%95ES+DE+LONGA+PERMAN%C3%8ANCIA+PARA+IDOSOS%28ILPI%29/8dcf5820-fe26-49dd-adf9-1cee4e6d3096http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+N%C2%BA+05-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA+-+ORIENTA%C3%87%C3%95ES+PARA+A+PREVEN%C3%87%C3%83O+E+O+CONTROLE+DE+INFEC%C3%87%C3%95ES+PELO+NOVO+CORONAV%C3%8DRUS+EM+INSTITUI%C3%87%C3%95ES+DE+LONGA+PERMAN%C3%8ANCIA+PARA+IDOSOS%28ILPI%29/8dcf5820-fe26-49dd-adf9-1cee4e6d3096 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+N%C2%BA+05-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA+-+ORIENTA%C3%87%C3%95ES+PARA+A+PREVEN%C3%87%C3%83O+E+O+CONTROLE+DE+INFEC%C3%87%C3%95ES+PELO+NOVO+CORONAV%C3%8DRUS+EM+INSTITUI%C3%87%C3%95ES+DE+LONGA+PERMAN%C3%8ANCIA+PARA+IDOSOS%28ILPI%29/8dcf5820-fe26-49dd-adf9-1cee4e6d3096 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+N%C2%BA+05-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA+-+ORIENTA%C3%87%C3%95ES+PARA+A+PREVEN%C3%87%C3%83O+E+O+CONTROLE+DE+INFEC%C3%87%C3%95ES+PELO+NOVO+CORONAV%C3%8DRUS+EM+INSTITUI%C3%87%C3%95ES+DE+LONGA+PERMAN%C3%8ANCIA+PARA+IDOSOS%28ILPI%29/8dcf5820-fe26-49dd-adf9-1cee4e6d3096 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+N%C2%BA+05-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA+-+ORIENTA%C3%87%C3%95ES+PARA+A+PREVEN%C3%87%C3%83O+E+O+CONTROLE+DE+INFEC%C3%87%C3%95ES+PELO+NOVO+CORONAV%C3%8DRUS+EM+INSTITUI%C3%87%C3%95ES+DE+LONGA+PERMAN%C3%8ANCIA+PARA+IDOSOS%28ILPI%29/8dcf5820-fe26-49dd-adf9-1cee4e6d3096 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+N%C2%BA+05-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA+-+ORIENTA%C3%87%C3%95ES+PARA+A+PREVEN%C3%87%C3%83O+E+O+CONTROLE+DE+INFEC%C3%87%C3%95ES+PELO+NOVO+CORONAV%C3%8DRUS+EM+INSTITUI%C3%87%C3%95ES+DE+LONGA+PERMAN%C3%8ANCIA+PARA+IDOSOS%28ILPI%29/8dcf5820-fe26-49dd-adf9-1cee4e6d3096 https://www.saude.gov.br/images/mp4/2020/marco/21/isolamento-idoso-30.mp4 https://www.saude.gov.br/images/mp4/2020/marco/21/isolamento-idoso-30.mp4 https://www.saude.gov.br/images/mp4/2020/marco/21/isolamento-idoso-30.mp4 COVID-19 25 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA As recomendações aos viajantes visam reduzir a exposição e transmissão da doença. Sendo país signatário do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), as autoridades de saúde do Brasil estão monitorando e seguindo as recomendações definidas pela OMS. Você pode conferir atualizações no link direto da OMS: <https://www.who.int/eportuguese/countries/bra/pt/> Link É importante ressaltar também que para as pessoas que estão voltando de uma viagem internacional a orientação é passar sete dias isolado em casa e atentar para os sintomas da COVID19-. Se surgir febre em conjunto com sintomas respiratórios (como tosse e falta de ar, por exemplo), o indivíduo deve procurar atendimento nos serviços de saúde. Por outro lado, para sinais leves e isolados, como coriza, a rea- lização de uma ligação para o número 136 é suficiente. Nesse contato, há profissionais de saúde que darão orientações espe- cíficas, sem expor a pessoa a um ambiente com maior circulação de vírus e risco de contágio da doença. Aos viajantes que se encontram no exterior, é orientado seguir as recomendações das autoridades de saúde locais e as seguin- tes medidas de prevenção e controle para infecção humana pelo coronavírus: • Evitar contato com pessoas com sintomas respiratórios. • Evitar contato com animais (vivos ou mortos). • Evitar o consumo de produtos de origem animal cru ou mal cozido. • Evitar a visitação em locais com registros de transmissão de casos suspeitos ou confirmados para a infecção huma- na pelo novo coronavírus. • Caso necessite de atendimento no serviço de saúde, in- formar detalhadamente o histórico de viagem e sintomas. O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sani- tária (ANVISA) estão divulgando as informações em seus sites oficiais e nas mídias sociais, especialmente para orientar os viajantes sobre as medidas de precaução para doença causada pelo coronavírus. Fique atento e acompanhe as novas publicações no site: <https://coronavirus.saude.gov.br/>. Acesse as orientações para viajantes no site da ANVISA: <http://portal.anvisa.gov.br/dicas-de-saude-para-viagem>. Link http://portal.anvisa.gov.br/dicas-de-saude-para-viagem COVID-19 26 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA tocolo, a serem adotadas pelos serviços de saúde), é necessário seguir critérios atuais que exigem a presença de febre. Todas as pessoas com diagnóstico de Síndrome Gripal deve- rão realizar isolamento domiciliar, portanto faz-se necessá- rio o fornecimento de atestado médico até o fim do período de isolamento, isto é, 14 dias a partir do início dos sintomas. Importante Os contatos domiciliares de paciente com Síndrome Gripal con- firmada também deverão realizar isolamento domiciliar por 14 dias seguindo as precauções do cuidador. Caso seja necessário, os contatos deverão receber atestado médico pelo período dos 14 dias, com o CID 10 - Z20.9 - Contato com exposição a doença transmissível não especificada. O médico deverá fornecer atestado mesmo para as pessoas do domicilio que não estiverem presentes na consulta da pessoa com sintomas. A pessoa sintomática ou responsável deverá informar ao profissional médico o nome completo das demais pessoas que residam no mesmo endereço, assinando um termo de declaração contendo a relação dos contatos domiciliares, sujeitando-se à responsabilização civil e criminal pela prestação de informações falsas. Caso o contato inicie com sintomas e seja confirmada Síndrome Gripal, deverão ser iniciadas as precações de isolamento para Os pacientes que viajaram ao exterior devem monitorar os sintomas por 14 dias e seguir os protocolos nacionais dos países que ingressam. Alguns países, como o Brasil, podem exigir que os viajantes que retornam entrem em quarentena. Se, no período, ocorrerem sintomas, como febre, tosse ou di- ficuldade em respirar, os viajantes devem entrar em contato com os serviços de saúde, preferencialmente por telefone, e informá-los sobre seus sintomas e seu histórico de viagens. Importante 2.4 Isolamento O isolamento é a medida não farmacológica adotada para con- tenção da transmissibilidade da COVID-19 e deve implementar as instruções descritas a seguir. 2.4.1 Isolamento domiciliar A Portaria nº 454, de 20 de março de 2020, reconheceu, em todo o território nacional, o estado de transmissão comunitária do novo coronavírus. Sobre a referida portaria, que define as condições de isolamento domiciliar, é importante esclarecer que o documento recomenda o isolamento das pessoas com qualquer sintoma respiratório, com ou sem febre, buscando a adoção das medidas de isolamento de maneira mais precoce possível. Contudo, para diagnóstico e notificação de Síndrome Gripal (e demais medidas correspondentes previstas nesse pro- COVID-19 27 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA uso de máscara e medidas de higiene, como a lavagem constante das mãos). • Limitar a movimentação do paciente pela casa. Locais da casa com compartilhamento (como cozinha, banheiro etc.) devem estar bem ventilados. • Utilização de máscara todo o tempo. Caso o paciente não tolere ficar por muito tempo, realizar medidas de higiene respiratória com mais frequência e trocar a máscara sem- pre que esta estiver úmida ou danificada. • Em idas ao banheiro ou outro ambiente obrigatório, o doente deve usar obrigatoriamente máscara. • Realizar higiene frequente das mãos, com água e sabão ou álcool em gel, especialmente antes de comer ou cozinhar e após ir ao banheiro. • Sem visitas ao doente • O paciente só poderá sair de casa em caso de emergência. Caso necessário, sair com máscara e evitar multidões, prefe- rindo transportes individuais ou a pé, sempre que possível. Você deve orientar os pacientes quanto aos cuidados a serem tomados. Assista ao vídeo feito pelo Ministério da Saúde sobre etiquetas de higiene <https://www.youtube. com/watch?v=bUEQrefXzjI>e sobre a maneira correta de lavar as mãos <https://www.youtube.com/watch?v=2h8vc- voPNQ>. Sempre que possível indique esses materiais para seus pacientes. Vídeo paciente, o caso notificado e o período de 14 dias deve ser rei- niciado. Contudo, o período de isolamento das demais pessoas do domicílio é mantido. Ou seja, contatos que se mantenham assintomáticos por 14 dias não reiniciam seu isolamento, mes- mo quem outra pessoa da casa inicie com sintomas durante o período. Veja a seguir quais são as condutas que você deve orientar os pacientes para que adotem no período de isolamento em âmbi- to doméstico. Orientações para o isolamento domiciliar do paciente: • Permanecer em quarto isolado e bem ventilado. • Caso não seja possível isolar o paciente em um quarto úni- co, manter pelo menos 1 metro de distância do paciente. • Dormir em cama separada (exceção: mães que estão amamentando devem continuar amamentando com o https://www.youtube.com/watch?v=bUEQrefXzjI https://www.youtube.com/watch?v=bUEQrefXzjI https://www.youtube.com/watch?v=2h8vc-voPNQ https://www.youtube.com/watch?v=2h8vc-voPNQ COVID-19 28 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA • Todos os moradores da casa devem cobrir a boca e o nariz quando forem tossir ou espirrar, seja com os braços ou máscaras. Lavar as mãos e descartar as máscaras após o uso. • Evitar o contato com as secreções do paciente, se houver contato, lavar as mãos imediatamente. • Quando for descartar o lixo do paciente, utilizar luvas descartáveis. Se não for possível usar luvas, lavar as mãos imediatamente após o descarte e realizar a limpeza dos utensílios tocados (maçanetas, laterais das portas e etc.). • Limpar frequentemente (mais de uma vez por dia) as superfícies que são frequentemente tocadas com solução contendo alvejante (1 parte de alvejante para 99 partes de água). Fazer o mesmo para banheiros e toaletes. • Lavar roupas pessoais, roupas de cama e roupas de banho do paciente com sabão comum e água entre 60 - 90ºC, e deixe secar. • Importante: sempre reportar à equipe de saúde que acompanha o caso o surgimento de algum novo sintoma ou piora dos sintomas já presentes. Orientações para as precauções a serem adotadas pelo cuidador: • O cuidador deve utilizar uma máscara (descartável) quan- do estiver perto do paciente. Caso a máscara fique úmida ou com secreções, deve ser trocada imediatamente. Nun- ca tocar ou mexer na máscara enquanto estiver perto do paciente. Após retirar a máscara, o cuidador deve lavar as mãos. • Deve ser realizada higiene das mãos toda vez que elas parecerem sujas, antes/depois do contato com o paciente, antes/depois de ir ao banheiro, antes/depois de cozinhar e comer ou toda vez que julgar necessário. Pode ser utiliza- do álcool em gel quando as mãos estiverem secas e água e sabão quando as mãos parecerem oleosas ou sujas. • Toda vez que lavar as mãos com água e sabão, dar pre- ferência ao papel-toalha. Caso não seja possível, utilizar toalha de tecido e trocá-la toda vez que ficar úmida. • Caso alguém do domicílio apresentar sintomas de síndro- me gripal, iniciar com os mesmos cuidados de precaução para pacientes e solicitar atendimento. Orientações para precauções gerais a serem adotadas por pa- cientes e cuidadores: • Toda vez que lavar as mãos com água e sabão, dar pre- ferência ao papel-toalha. Caso não seja possível, utilizar toalha de tecido e trocá-la toda vez que ficar úmida. COVID-19 29 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA • Os profissionais de saúde que atuarem na assistência di- reta aos casos suspeitos ou confirmados devem ser orga- nizados para trabalharem somente na área de isolamento, evitando circulação para outras áreas de assistência. • A área estabelecida como isolamento deverá ser devida- mente sinalizada, inclusive quanto às medidas de pre- caução a serem adotadas: padrão, específica e empírica. Acompanhe no infográfico a seguir. Diferentes Estados e Municípios podem estar em diferentes fases da pandemia pelo novo coronavírus, assim, as ações de isolamento domiciliar devem ser implementadas consi- derando este aspectos, conforme informações publicadas no Boletim Epidemiológico n° 7 do MS, disponível no link: <https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/ April/06/2020-04-06-BE7-Boletim-Especial-do-COE- Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdf> Link 2.4.2 Isolamento nos serviços de saúde A medida de isolamento também é útil no atendimento de casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus nos serviços de saúde de Atenção Especializada. Neste caso, o isolamento deve ocorrer, preferencialmente, em quarto priva- tivo com porta fechada e bem ventilado. Cabe ressaltar que a situação ideal seriam quartos isolados de pressão negativa. Caso o serviço de saúde não disponha de quartos privativos em número suficiente para atendimento necessário, deve-se proceder com o isolamento por coorte, ou seja, separar em uma mesma en- fermaria ou área os pacientes com suspeita ou confirmação para COVID-19. Veja, a seguir, quais medidas de precaução devem ser tomadas durante o isolamento de pacientes em serviços de saúde. • Deverá ser respeitada distância mínima de 1 metro entre os leitos e restringir ao máximo o número de acessos à área (inclusive de visitantes). PRECAUÇÕES PADRÃO Devem ser aplicadas no atendimento a todos os pacientes, na presença de risco de contato com sangue; fluidos corpóreos, secreções e excreções (exceção: suor); pele com solução de continuidade; e mucosas. PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS Elaboradas de acordo com o mecanismo de transmissão das patologias e designadas para pacientes suspeitos ou sabidamente infectados ou colonizados - por patógenos transmissíveis e de importância epidemiológica - baseada em três vias principais de transmissão: transmissão por contato, transmissão aérea por gotículas, transmissão aérea por aerossóis. PRECAUÇÕES EMPÍRICAS São indicadas em síndromes clínicas de importância epidemiológica sem a confirmação da etiologia. Fonte: ANVISA, 2020. https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/06/2020-04-06-BE7-Boletim-Especial-do-COE-Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdf https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/06/2020-04-06-BE7-Boletim-Especial-do-COE-Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdf https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/06/2020-04-06-BE7-Boletim-Especial-do-COE-Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdf COVID-19 30 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS Incluem as precauções de contato, para gotículas e para aerossóis PRECAUÇÕES PADRÃO Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de infecções · Óculos· Máscara· Avental· Luvas Caixa pérfuro-cortante Higienização das mãos PRECAUÇÕES PARA GOTÍCULAS PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS PRECAUÇÕES DE CONTATO Higienização das mãos · Avental· LuvasQuarto privativo Higienização das mãos Quarto privativo Máscara cirúrgica · para o profissional· para o paciente durante o transporte Máscara cirúrgica para o paciente Higienização das mãos Máscara PFF2 (N-95) para o profissional Quarto privativo COVID-19 31 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA Para conhecer quais as orientações para afastamento e retorno às atividades, acesse o Boletim Epidemiológico Especial 8, publicado em 09 de abril de 2020, disponível no link: <https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/09/be- covid-08-final.pdf> Link Vários países mostraram que conseguiram reduzir a transmis- são, inclusive a quantidade de óbitos, por meio dessas medidas de restrição social. Você tem o importante papel de sensibilizar os pacientes da sua responsabilidade e colaboração no enfren- tamento da pandemiade COVID-19. Acesse na íntegra a Nota Técnica Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19). Você pode encontrar essas informações na página 14 e 15 do documento, disponível em: <https://www20.anvisa. gov.br/segurancadopaciente/index.php/alertas/item/nota- tecnica-n-04-2020-gvims-ggtes-anvisa-atualizada> Link • Normas e rotinas de procedimento deverão ser elabora- das e disponibilizadas pelo serviço de saúde a todos os profissionais envolvidos na assistência aos casos suspei- tos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus. • A descontinuação das precauções e do isolamento deve ser determinada caso a caso, em conjunto com as autori- dades de saúde locais, estaduais e federais. É sempre importante ressaltar aos pacientes que as medidas de isolamento, em especial, no âmbito domiciliar, não são férias. O Ministério da Saúde definiu uma estratégia de afastamento laboral, para recompor com segurança, a força de trabalho em serviços essenciais, com trabalhadores de serviços de saúde e segurança, seja público ou privada. https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/09/be-covid-08-final.pdf https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/09/be-covid-08-final.pdf https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/alertas/item/nota-tecnica-n-04-2020-gvims-ggtes-anvisa-atualizada https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/alertas/item/nota-tecnica-n-04-2020-gvims-ggtes-anvisa-atualizada https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/alertas/item/nota-tecnica-n-04-2020-gvims-ggtes-anvisa-atualizada COVID-19 32 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA 2.4.3 Orientações para entrada e saída de casa Dentre as ações para a prevenção e controle da COVID-19 estão alguns cuidados ao entrar e sair de casa, bem como cuidados específicos para convivência com pessoas dos grupos de risco. Se sair com seu pet, tente evitar que se esfregue contra superfícies externas Leve lenços descartáveis e use-os para tocar nas superfícies Amasse o lenço e jogue-o em um saco fechado dentro da lata de lixo Ao tossir ou espirrar, não utilize as mãos, cubra a boca com o braço ou lenço descartável Lave ou higienize suas mãos após tocar em qualquer objeto ou superfície Não toque seu rosto, olhos e boca antes de higienizar suas mãos Mantenha distância das pessoas Evite utilizar o transporte público Coloque uma máscara antes de sair de casa Prenda o cabelo e evite usar acessórios como brincos e anéis Ao sair, coloque uma camisa de manga longa (se possível) PROTOCOLOS PARA SAIR DE CASA COVID-19 33 U2 Como prevenir a COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA Agora que você já identificou as principais orientações para os cuidados a serem tomados ao entrar e sair de casa, bem como orientações gerais para o convívio com pessoas dos grupos de risco, vamos conhecer mais sobre as formas de prevenção da COVID-19. Manter distância e dormir em quartos separados Não quebrar a quarentena por 2 semanas. Toda saída de casa é uma reinicialização do contador Manter os ambientes ventilados Ligue para sua a unidade básica de saúde ou para o 136 se houver mais de 38º de febre e dificuldade em respirar Lave roupas, lençóis e toalhas com mais frequência Não compartilhar toalhas, talheres, copos, entre outros objetos Limpe e desinfete, diariamente, superfícies de alto contato Utilizar banheiros diferentes e desinfetá-los com água sanitária Dormir em camas separadas PROTOCOLOS DE CONVIVÊNCIA COM PESSOAS DO GRUPO DE RISCO Ao voltar para casa, não toque em nada antes de se higienizar Tire os calçados antes de entrar Desinfete as patas do seu pet após passear com ele Deixe bolsa, carteira, chaves e outros objetos em uma caixa na entrada Tome banho! Se não puder, lave bem todas as áreas expostas Limpe seu celular e os óculos com sabão e água ou álcool Limpe as embalagens que trouxe de fora antes de guardar Tire a roupa e coloque-a em uma sacola plástica no cesto de roupas Lembre-se, não é possível fazer uma desinfecção total, o objetivo é reduzir o risco PROTOCOLOS PARA CHEGAR EM CASA COVID-19 34 U3 Atuação em rede no cenário da pandemia de COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA As Redes de Atenção à Saúde (RAS) formam arranjos organi- zativos de ações e serviços de saúde, que buscam garantir a integralidade do cuidado da população assistida. Sabemos que a Atenção Primária à Saúde (APS) deve ser a porta de entrada do sistema de saúde e frente à atual situação, o Ministério da Saúde implantou uma série de medidas para o fortalecimento dessa atenção primária, que deve ocorrer no nível local, com a adoção do modelo já estabelecido nos protocolos de atenção à COVID-19 e às doenças respiratórias. Para uma melhor atuação das RAS, você deve conhecer os sinais e sintomas e reconhecer os casos suspeitos, leves, moderados e graves para o correto manejo dos pacientes, uma vez que nem sempre eles se dirigem ao nível de atenção adequada. Mas, independente da forma de acesso à RAS pelos pacientes, as orientações sobre prevenção devem sempre ser feitas. Independente do ponto de acesso à RAS utilizada pelo paciente, orientações sobre prevenção devem sempre ser feitas. O fluxo de atendimento será organizado de acordo com a gravidade dos casos. Acesse o documento "Orientações para manejo de pacientes com COVID-19", da página 11 a 15, para saber mais o manejo de pacientes e fluxo de atendimento, no link: <https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/ June/18/Covid19-Orientac--o--esManejoPacientes.pdf>. Link Unidade 3 Atuação em rede no cenário da pandemia de COVID-19 https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/June/18/Covid19-Orientac--o--esManejoPacientes.pdf https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/June/18/Covid19-Orientac--o--esManejoPacientes.pdf COVID-19 35 U3 Atuação em rede no cenário da pandemia de COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA O afastamento/tratamento domiciliar será por 14 dias a contar da data de início dos sintomas e, para tal, faz-se necessário o fornecimento de atestado médico até o final do período. Caso o paciente não tenha sido atendido em serviço de Atenção Pri- mária à Saúde, fornecer Guia de Contrarreferência a ser apre- sentada nesse ponto da rede para fins de acompanhamento e monitoramento da evolução do caso pela APS. A estratégia para acompanhamento e monitoramento deverá levar em consideração as orientações e recomendações do Ministério da Saúde e do gestor local. O MS disponibiliza uma lista de Unidades Básicas de Saúde (UBS) que prestam atendimento nos municípios. Converse com o seu paciente e ajude-o a selecionar a UBS mais acessível. Verifique a lista de UBS disponibilizada pelo MS no endereço eletrônico: <https://portalarquivos2.saude.gov. br/images/pdf/2020/marco/03/Unidades-B--sicas-de-Sa-- de-CORONAV--RUS.pdf>. Link O aplicativo elaborado pelo SUS também auxilia nesta localiza- ção. Faça uso sempre que achar necessário, divulgue e reco- mende para os pacientes. 3.1 Casos leves Deverão ser observados os sinais e sintomas apresentados pelo paciente para condução da melhor terapêutica. É de extrema importância a realização da anamnese, exame físico e exames complementares (conforme disponibilidade) para uma melhor abordagem e conduta. O médico poderá proceder com prescrição a seu critério, con- forme diagnóstico clínico realizado, observando as recomenda- ções locais e as orientações do Ministério da Saúde. https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/03/Unidades-B--sicas-de-Sa--de-CORONAV--RUS.pdf https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/03/Unidades-B--sicas-de-Sa--de-CORONAV--RUS.pdfhttps://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/03/Unidades-B--sicas-de-Sa--de-CORONAV--RUS.pdf COVID-19 36 U3 Atuação em rede no cenário da pandemia de COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA 3.3 Casos graves Os casos classificados como graves devem ser estabilizados e encaminhados, de acordo com o Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (COVID-19) no Ambiente Pré-Hospitalar (disponível em <https://coronavirus.saude.gov.br/>) aos serviços de urgên- cia/hospitalares de acordo com a organização da RAS da sua região. Procure informações junto à Secretaria de Saúde de seu município ou estado acerca dos serviços que foram definidos como Centros de Referência para a COVID-19 em sua região. O MS disponibiliza uma lista dos hospitais que prestam aten- dimento aos casos de COVID-19 no endereço eletrônico: <https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/ marco/03/Hospitais-estaduais-CORONAV--RUS.pdf>. Caso não encontre o hospital de sua localidade entre em con- tato com a secretaria de saude do seu município e estado. Link Os encaminhamentos de contrarreferência são de responsabi- lidade da equipe em que ocorreu o registro de classificação do caso. Deve-se articular na rede local de saúde a necessidade de recepcionamento priorizado do paciente, garantindo transporte sanitário adequado. Lembre-se de que para um correto manejo clínico, desde o contato inicial com os serviços de saúde, é pre- ciso considerar e diferenciar cada caso. 3.2 Casos moderados São aqueles que necessitam de internação hospitalar para obser- vação e acompanhamento clínico, mas não preenchem critérios de gravidade para internação em UTI: não têm disfunções orgâ- nicas ou instabilidade hemodinâmica e não estão necessitando de ventilação mecânica ou outros procedimentos de cuidado in- tensivo. Em geral, são pessoas com alguma condição prévia que os coloca em grupo de risco, cuja hospitalização é recomendável até a estabilização clínica (ausência de febre e dispneia por pelo menos 48h) e melhora dos parâmetros laboratoriais. No momento da alta, é importante fazer contato telefônico e fornecer Guia de Contrarreferência a ser apresentada no serviço de Atenção Primária à Saúde ou Serviços de Atenção Domiciliar/ Melhor em Casa para acompanhamento e monitoramento da evolução do caso. Caso o atendimento de um paciente classificado como “caso moderado” ocorra na APS, este deverá ser estabilizado para transporte a serviço de maior complexidade. Deve-se garantir estabilidade ventilatória e hemodinâmica, se necessário for- necendo cateter com O2 e administração de solução fisiológica endovenosa. https://coronavirus.saude.gov.br/ https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/03/Hospitais-estaduais-CORONAV--RUS.pdf https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/03/Hospitais-estaduais-CORONAV--RUS.pdf COVID-19 37 U3 Atuação em rede no cenário da pandemia de COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA O Ministério da Saúde, em parceria com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADISUS), oferece, por meio do Projeto Tele-UTI COVID-19 Brasil, um serviço de rotina/visita horizontal diária utilizando recursos de telemedicina. Informações e cadastramento podem ser realizados pelo te- lefone (61) 3315-9209 ou no site <hospitais.proadi-sus.org. br/covid19>. Também está disponível um “hot-line” aos pro- fissionais de saúde para auxiliar na condução dos casos gra- ves e discussão dos protocolos de segurança todos os dias, das 7 às 19h, pelo número 0800-970-0311. Link 3.4 Serviços odontológicos A assistência odontológica apresenta um alto risco para a dis- seminação do novo coronavírus, devido à grande possibilidade de exposição aos materiais biológicos proporcionada pela geração de aerossóis durante os procedimentos por este mo- tivo é recomendado que os procedimentos odontológicos eletivos sejam adiados. Em casos excepcionais, onde os Centros de Especialidades odontológicas (CEOs) ainda estejam em atividade neste mo- mento, entre em contato com o paciente pelo telefone e apli- que o fluxograma a seguir. Caso o contato telefônico não seja possível, aplique-o antes de iniciar o atendimento do paciente. Para realizar a estratificação da gravidade e manejo clínico dos pacientes, acesse o fluxograma na página 19 do documento "Orientações para manejo de pacientes com COVID-19" no endereço eletrônico: <https://saude.gov.br/images/pdf/2020/ June/17/Covid19-Orienta----esManejoPacientes.pdf>. Link Importante! Se o seu município não dispõem de uma rede de atenção estabelecida para cuidados com a COVID-19, considere conversar com o gestor sobre a prontidão do sistema de refe- rência. A seguir, observe alguns itens a serem discutidos. • Considere estabelecer um centro de triagem para casos sus- peitos e leves. Se possível, separe fisicamente um espaço com entrada e saída que não se comunique com o ambiente físico em que os atendimentos aos demais agravos acontecem. • Discuta a possibilidade de dedicar um veículo de transfe- rência para todos os casos de COVID-19 suspeitos ou confir- mados. Garanta que as medidas do EPI sejam sempre res- peitadas durante a recuperação e o transporte do paciente e que os veículos sejam desinfetados adequadamente. • Localize o hospital de referência estadual que deve rece- ber o encaminhamento de casos graves para isolamento e tratamento. • Acesse os serviços de teleconsultoria para Atenção Espe- cializada para orientação a respeito dos casos graves. hospitais.proadi-sus.org.br/covid19 hospitais.proadi-sus.org.br/covid19 https://saude.gov.br/images/pdf/2020/June/17/Covid19-Orienta----esManejoPacientes.pdf https://saude.gov.br/images/pdf/2020/June/17/Covid19-Orienta----esManejoPacientes.pdf COVID-19 38 U3 Atuação em rede no cenário da pandemia de COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA Para conhecer mais sobre a classificação dos procedimentos odontológicos (urgência e emergência) e medidas a serem adotadas a fim de reduzir o risco de contaminação, acesse o Anexo 4 da Nota Técnica da Anvisa nº 04/2020, por meio do link: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/ Nota+T%C3%A9cnica+n+04-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA/ ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28>. Link 3.5 Notificação imediata No dia 20 de março de 2020, por meio da portaria nº 454, o MS declarou estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pela COVID-19 ao constatar estágio de transmissão comunitária. A partir dessa data, torna-se obrigatório para serviços públi- cos e privados a notificação imediata (em até 24 horas) de todos os casos suspeitos – casos de Síndrome Gripal e de Síndrome Respiratória Aguda Grave –, como determina a Portaria de Consolidação Nº 04, anexo V, capítulo I, seção I. SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS Paciente teve febre, tosse seca ou dificuldade de respirar nos últimos 14 dias? Esteve em contato com alguém diagnosticado com COVID-19? Apresenta febre maior ou igual a 37,8° no momento do atendimento? NÃOSIM NÃO NÃOSIM Adiar o tratamento por 14 dias e encaminhar o paciente a uma UBS Prosseguir com o atendimento odontológico normalmente ATENÇÃO: Ressalta-se que como há a possibilidade de transmis- são do novo coronavírus mesmo em pacientes assin- tomáticos e como a assistên- cia odontológica está no topo da pirâmide de profis- sionais em risco, recomen- da-se que sejam realizados apenas procedimentos de urgência, minimizando os riscos de infecções cruzadas. Fo nt e: A N VI SA (2 02 0) . http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28 http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28COVID-19 39 U3 Atuação em rede no cenário da pandemia de COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA Caso não seja possível realizar a comunicação via e-SUS, buscar outros canais para notificar o caso no prazo estabelecido. Ob- serve informações sobre outros canais de notificação. Meio telefônico (local) Segundo a hierarquia do SUS, se a secretaria de saúde do estado ou município dispor de estrutura e fluxos para receber as notifica- ções de emergências epidemiológicas, inclu- sive nos finais de semana, feriados e período noturno, o profissional deverá notificar, pre- ferencialmente, as vigilâncias locais. Meio telefônico (nacional) Disk Saúde (136) por meio de uma gravação você vai ser guiado e escolher as opções a seguir: opção 1 (informações sobre o corona- vírus) e escolher a opção 3 (se você é profis- sional de saúde e deseja fazer a notificação de casos de coronavirús) logo depois sua li- gação será encaminhada. Meio telefônico (nacional) O Disque Notifica (0800-644-6645) oferece atendimento 24 horas por dia durante todos os dias da semana. Por meio deste serviço, o profissional de saúde será atendido por um técnico capacitado para receber a notificação e dar encaminhamento adequado conforme protocolos estabelecidos no SUS para a in- vestigação local, por meio da Rede Nacional de Alerta e Resposta às Emergências em Saú- de Pública (Rede CIEVS ). Confira o link das duas portarias nos endereços: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/portaria/prt454- 20-ms.htm> e <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/ saudelegis/gm/2017/prc0004_03_10_2017.html> Para conhecer detalhadamente os conceitos de síndrome gripal, vigilância sentinela de síndrome gripais, sistema de vigilância de síndromes respiratórias agudas, acesse o “Guia de Vigilância Integrada de Síndrome Respiratórias Agudas Doenças pelo Coronavírus 2019, Influenza e outros vírus respiratórios”, disponível em: <https://www.saude.gov.br/images/af_gvs_ coronavirus_6ago20_ajustes-finais-2.pdf> Link Para a realização das notificações deve-se priorizar o sistema de informação e-SUS Vigilância Epidemiológica. Conforme orienta- ções a seguir. e-SUS VE O formulário (que pode ser acessado no link: (http://notifica. saude.gov.br) deve ser utilizado para envio das informações pa- dronizadas sobre casos suspeitos do novo coronavírus pelos serviços públicos. Todas as informações inseridas serão dispo- nibilizadas em tempo real para a Rede CIEVS, que será respon- sável por encaminhar para a autoridade local responsável. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/portaria/prt454-20-ms.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/portaria/prt454-20-ms.htm https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0004_03_10_2017.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0004_03_10_2017.html https://www.saude.gov.br/images/af_gvs_coronavirus_6ago20_ajustes-finais-2.pdf https://www.saude.gov.br/images/af_gvs_coronavirus_6ago20_ajustes-finais-2.pdf http://notifica.saude.gov.br http://notifica.saude.gov.br COVID-19 40 U3 Atuação em rede no cenário da pandemia de COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA Observação: nas unidades públicas, está sendo implementada a integração com o e-SUS atenção básica. Quando estiver em funcionamento, aqueles que utilizam o sistema poderão rea- lizar a notificação diretamente do e-SUS AB. A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) irá informar o momento que o sistema passa a ser a porta de entrada para as notificações. • Nas Unidades de Vigilância Sentinela de Síndrome Gri- pal: Casos de SG devem seguir os fluxos já estabelecidos para a vigilância da influenza e outros vírus respiratórios, devendo ser notificados no Sistema de Informação da Vi- gilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe): <https:// sivepgripe.saude.gov.br/sivepgripe/>. • Em todos os hospitais públicos ou privados: Casos de SRAG hospitalizados devem ser notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP- -Gripe): <https://sivepgripe.saude.gov.br/sivepgripe/> Óbitos suspeitos, independente de internação, devem ser notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe): <https://sivepgripe. saude.gov.br/sivepgripe/> Importante Por determinação da Organização Mundial da Saúde, os países devem enviar informações padronizadas de casos suspeitos que ocorram no seu território. FormSUScap Desativado no dia 27/03/2020. A gestão dos casos anteriormente notificados ainda pode ser feita pelos gestores do CIEVS estaduais, que ainda permanecerão com acesso para a atualização dos dados dos casos aqui registrados (classificação final dos casos e registro de resultados laboratoriais) disponível no link: <https://redcap.saude. gov.br>. Os dados contidos nesta plataforma (REDCap) serão, gradativamente, transferidos para a nova plataforma. Meio eletrônico A notificação também pode ser feita por cor- reio eletrônico, pelo endereço da CIEVS de- signado para tal (notifica@saude.gov.br). Fonte: Ministério da Saúde (2020). De acordo com as informações oriundas do Guia de Vigilância Integrada de Síndrome Respiratórias Agudas Doenças pelo Coronavírus 2019, Influenza e outros vírus respiratórios, estão especificadas as formas de notificação, de acordo com a uni- dade notificadora, veja a seguir: • Nas unidades públicas (atenção primária e pronto atendimento) e unidades privadas (clínicas, consultó- rios etc.): Casos de SG devem ser notificados por meio do sistema e-SUS VE <https://notifica.saude.gov.br>. https://sivepgripe.saude.gov.br/sivepgripe/ https://sivepgripe.saude.gov.br/sivepgripe/ https://sivepgripe.saude.gov.br/sivepgripe/ https://sivepgripe.saude.gov.br/sivepgripe/ https://sivepgripe.saude.gov.br/sivepgripe/ https://redcap.saude.gov.br https://redcap.saude.gov.br https://notifica.saude.gov.br COVID-19 41 U3 Atuação em rede no cenário da pandemia de COVID-19ORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA Caso a notificação seja feita por meio do formulário eletrô- nico, você deve baixar o PDF da ficha de notificação e enviar eletronicamente para a autoridade local, independente de o serviço ser privado ou público. Importante Além da notificação, as informações de todos os pacientes com Síndrome Gripal devem ser registradas no prontuário para possibilitar a longitudinalidade e a coordenação do cuidado. O registro das informações é importante, pois viabiliza a inves- tigação epidemiológica e posterior formulação de políticas e estratégias de saúde. O CID-10 que deve ser utilizado para síndrome gripal inespe- cífica é o J11. Os CID-10 específicos para infecção por corona- vírus são: o B34.2 – Infecção por coronavírus de localização não especificada, e os novos códigos U07.1 – COVID-19, vírus identificado e U07.2 – COVID-19, vírus não identificado, clíni- co epidemiológico, que são os marcadores da pandemia no Brasil. Nos casos em que haja também classificação por CIAP, pode-se utilizar o CIaP-2 r74 (infecção aguda de aparelho res- piratório superior). O MS reforça a recomendação sobre a necessidade de as autoridades de saúde e todo o corpo clínico e de apoio man- terem o sigilo da identidade dos casos. Esta medida visa evitar estigma social aos pacientes e resguardar o direito à inviolabi- lidade de sua privacidade. Siga seus estudos para saber mais sobre este tema. COVID-19 42 U4 Estigma social associado à COVID-19 e saúde mentalORIENTAÇÕES SOBRE A COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA A atual pandemia de COVID-19 provocou estigma social e com- portamentos discriminatórios contra pessoas de determinadas origens étnicas, bem como qualquer pessoa que se entenda estar em contato com o vírus. O estigma social no contexto da saúde é a associação negativa entre uma pessoa ou um grupo que compartilham certas ca- racterísticas ou doença específica. Isso pode significar que as pessoas