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Caminhos para resolver a questão do analfabetismo no Brasil. A constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia do sistema jurídico Brasileiro – assegura os direitos e o bem-estar da população. Entretanto, quando se observa a deficiência de medidas na luta contra o analfabetismo, verifica-se que esse preceito é constatado na teoria e não desejavelmente na prática. Dessa maneira, é evidente que a problemática se desenvolve não só devido ao preconceito, mas também a desigualdade social diante desse quadro alarmante. Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho à consolidação de uma solução, o preconceito. Conforme Pierre Bourdieu, o que foi criado para ser instrumento de democracia não deve ser convertido em mecanismo de opressão. Nessa perspectiva, é capaz de observar que a mídia, em vez de promover debates que elevem o nível de informação da população, influencia na consolidação do problema. Outro ponto relevante, nessa temática, é a desigualdade social. Sob essa lógica, o imperativo categórico, de Kant, preconiza que o individuo deve agir apenas segundo a máxima que gostaria de ver transformada em lei universal. No entanto, no que tange à questão do analfabetismo há uma lacuna no dever moral quanto ao exercício da denúncia. Por tudo isso, faz-se necessária uma intervenção pontual no problema. Assim, especialistas no assunto, com apoio de ONGs também especializadas, devem desenvolver ações que revertam a má influencia mediática sobre o analfabetismo. Tais ações devem ocorrer nas redes sociais, por meio da produção de vídeos que alertem sobre as reais condições da questão, comparando o tratamento que a mídia dá com relatos de pessoas que de fato vivenciaram tal problema. É possível, também, criar uma “hashtag” para identificar a campanha e ganhar mais visibilidade, a fim de conscientizar a população sobre as consequências. Talvez, assim, seja possível construir um país de que Pierre Bourdieu pudesse se orgulhar.
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