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TERAPIA INTRAVENOSA EM PEDIATRIA Enf. Amanda Valois Enf. Francisca Luana Dificuldades - Formulações comercialmente indisponíveis - Carência na aprovação de uso de medicações em crianças por órgãos reguladores - Insuficiente evidências do uso e apresentação de medicamentos em crianças. - Complexidade dos cálculos (idade, peso, estatura e condições clínicas) Segurança na administração de medicamento em Pediatria Dificuldades - Doses muito fracionadas - Possibilidade de intoxicação Segurança na administração de medicamento em Pediatria Riscos - Erros de prescrição (3-37%), dispensação (5- 58%), administração (72%-75%) - Faixa etária mais acometida com incidentes envolvendo medicação foi de zero a quatro anos. - Erros de dose e ou concentração correspondem a 23% dos eventos que envolvem crianças Segurança na administração de medicamento em Pediatria Terapia Intravenosa em Pediatria Habilidades, Técnicas e Competências para a realização TIV segura: - Conhecimento da condição geral da rede venosa; - Conhecimento da condição hemodinâmica do paciente; - Conhecimento da substância a ser infundido; - Realizar a seleção anatômica das veias periféricas; - Rapidez na identificação das complicações associadas ao acesso venoso Terapia Intravenosa em Pediatria Cateter – Dispositivo implantado cirurgicamente ou não,de localização periférica ou central. Objetivo: Garantir uma via rápida e segura para a infusão de soluções e coleta de sangue para exames. Tipos de cateter Terapia Intravenosa em Pediatria Acesso Venoso Periférico • Mais econômico, rápido, requer pessoal trinado e habilitado • É difícil em lactentes e crianças menores com comprometimento vascular • O calibre do cateter deve ser o maior possível • Nem sempre e possível visualizar a veia periférica Terapia Intravenosa em Pediatria Terapia Intravenosa em Pediatria CATETER SOBRE AGULHA (JELCO) ESCAPLE OU BUTTERFLY - Canhão transparente - Disponível em vários calibres - Menor rico de infecção - Fácil inserção - Útil para a coleta de amostras de sangue - Infiltra mais facimente Acessos venosos mais utilizados em membros superiores Basílica, anticubital mediana e veia cefálica Terapia Intravenosa em Pediatria Acessos venosos mais utilizados em membros inferiores -Raramente devem ser utilizadas (tromboembolia) -Veias marginais mediana e veia do arco dorsal do pé (lactentes) Terapia Intravenosa em Pediatria Terapia Intravenosa em Pediatria Complicações mais frequentes em veias periféricas - Hematoma - Celulite - Trombose - Flebite/celulite - TEP - Embolia gasosa - Infiltração Terapia Intravenosa em Pediatria Veia jugular externa Terapia Intravenosa em Pediatria Sinais de extravazamento: Terapia Intravenosa em Pediatria Fatores que provocam reações locais - Droga com extrema de temperatura - Droga gelada - Vaso fino e frágil utilizada diversas vezes Terapia Intravenosa em Pediatria Tipos de cateter venoso central - Intracath - PICC line - Port a cath (totalmente implantado) Terapia Intravenosa em Pediatria Intracath - UTI / emergência - Não tunelizado - Único lumem / diversos - Média permanência - Subcláva/punção intra clavicular - Sutura para fixação Terapia Intravenosa em Pediatria PICC line - Não tunelizado - Semi implantado - Longa permanência - Poliuretano/silicone - Implantado por enfermeiros - Vários lumens - Cefálica / basílica / mediana Terapia Intravenosa em Pediatria PICC Evitar na infusão de hemocomponentes cateteres com lumem inferior a 3,8Fr. Evitar utilizar seringas menores que 10 m para lavar o cateter. O tempo de permanência da PICC pode ser de algumas semanas até um ano. Atentar para dobras e pinçamentos do cateter. Podo ser único, duplo, triplo ou ´com quatro lumens Port-A Cath - Quimioterapia / protocolos agressivos - Longa permanência - Totalmente implantado - Silicone/poliuretano - Câmara ou reservatório - Punções repetidas - Agulha tipo Huber - Implante cirúrgico Terapia Intravenosa em Pediatria Terapia Intravenosa em Pediatria Terapia Intravenosa em Pediatria Terapia Intravenosa em Pediatria Terapia Intravenosa em Pediatria Veias mais utilizadas Jugular interna Subclávia Cefálica Femural Terapia Intravenosa em Pediatria Jugular Terapia Intravenosa em Pediatria Subclávia Terapia Intravenosa em Pediatria Cefálica / basílica Terapia Intravenosa em Pediatria Femural Terapia Intravenosa em Pediatria Complicações mas frequentes na implantação - Pneumotórax - Hemotórax - Mal posicionamento - Fracasso no procedimento - Hematoma local - Lesão arterial - Quilotórax Terapia Intravenosa em Pediatria Complicações mais frequentes pós- implantação - Obstrução - Ausência de refluxo - Ruptura de pontos de FO - Trombose - Extravasamento - Infecção Terapia Intravenosa em Pediatria Obstrução - Precipitação de medicamentos incompativeis - Coágulos - Acotovelmento ou compressão do cateter (mecânica) - O que fazer? Terapia Intravenosa em Pediatria Ruptura de pontos da FO Terapia Intravenosa em Pediatria Trombose - Lesão do endotélio - Adormecimento - Edema - Dor no lado do cateter Terapia Intravenosa em Pediatria Trombose Terapia Intravenosa em Pediatria Extravasamento - Fratura, cortes ou microfuros no cateter - Deslocamento da agulha de punção - Rompimento da conexão do cateter com o reservatório Terapia Intravenosa em Pediatria O MAIS EFETIVO CONTROLE DE EXTRAVASAENTO É A PREVENÇÃO Extravasamento O que fazer? - Suspender a administração da medicação - Aspirar todo o resíduo da medicação - Evitar pressão local - Aplicar compressas frias / mornas - Comunicar ao médico - Registrar, documentar e acompanhar Terapia Intravenosa em Pediatria Infecção - Febre - Tremores - Hiperemia - Calor - Edema - Calafrio - Secreção local Terapia Intravenosa em Pediatria RECOMENDAÇÕES BASEADAS EM EVDÊNCIA PARA O USO DE CATETER VENOSO PERIFERICO E CENTRAL Terapia Intravenosa em Pediatria CDC – CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION Guidelines for prevention of intravascular device – related infections http://cochrane.bireme.br Guidelines for prevention of intravascular device Educação continuada - Implante e manipulação por pessoas treinadas e capacitadas - Lavar as mãos com técnicas assépticas - Processos de monitoração e avaliação do cuidado Guidelines for prevention of intravascular device Precauções universais - Uso de EPIs - Lavar as mãos com técnicas assépticas com solução antisséptica alcoolica - Uso de barreiras máximas durante a inserção do CVC Guidelines for prevention of intravascular device Evidências - Optar nos MMSS, os vasos a partir do dorso da mão, antebaço, braço e fossa cubital - Vialon e Teflon – flebites e infecção - Agulhas metálicas: risco de extravsamento e infiltração EVITAR VEIAS RIGIDAS, DOLORIDAS E COM ALTERAÇÃO DE COR Guidelines for prevention of intravascular device Evidências - Evitar veias puncionadas a menos de 24h. - Evitar punções em MMII / irradiados/ edemciados/pós cirurgicos/ paralisados / excessivamente puncionados e com lesões de pele - Proteger sempre articulações, tendões e nervos (prejuizo anatômico e funcional) Guidelines for prevention of intravascular device Evidências - Utilizar recursos para diatação dos vasos: aplicar calor, garroteamento. - Evitar “tapinhas” sobre a veia - Provocar maior enchimento venoso: deslizar o polegar no sentido dista para o proximal, baixando o braço, abrindo e fechando a mão e fletindo e estendendo o braço. Guidelines for prevention of intravascular device Educação continuada - Realizar flush comSF à 0,9% - Manter pressão positiva e intermitente ao remover a seringa - Usar sistema de infusão fechado - Usar sistema de tampas sem agulha (needless systems) Guidelines for prevention of intravascular device Educação continuada - Implante e manipulação por pessoas treinadas e capacitadas - Lavar as mãos com técnicas assépticas - Processos de monitoração e avaliação do cuidado Guidelines for prevention of intravascular device Antissepsia da pele - Alcool à 70% - Clorexidina à 0,5%, 1%, 2% e 4% Guidelines for prevention of intravascular device Antissepsia da pele - Alcool à 70% Ação imediata Efeito residual menor Acesso periférico Aplicar 2 vezes Espera 30” Não tocar no local da punção Bactérias / Bacilo TP/HIV/ Hepatite / Fungos / Esporos bacterianos Guidelines for prevention of intravascular device Antissepsia da pele - Gluconato de Clorexidina Primeira escolha para acesso central Efeito residual de 6 a 8h Baixa toxicidade Degeramante 2% e 4% Alcoolica 0,5% a 1% Aquosa 0,5% a 2% Bactérias / Bacilo TP /HIV/ Hepatite / Fungos / Esporos bacterianos Troca de equipos - Sistema de infusão (24 a 72h) - Sangue, hemoderivados, lipideos (após o término da infusão) - Osmolaridade, ph, vesicantes e irritantes ( VP, gluconato de cálcio, glicose, vancomicina) Heparinização Prevenir: trombose, obstrução e infecção Diluição de 50 UI/ml alta – 100 UI/ml Salinização diária Vitamina C Fluidos parenterais Infundir: - Sol. com lipideos – 24h - Sangue/hemoderivados – 4horas - Utilizar via exclusiva para NPT em múltiplos lumens. Troca de cateters CVC rotineira / não recomendado CVP / 72h a 96h REMOVER O CATETER TÃO LOGO SEJA POSSÍVEL RECOMENDAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde Fisiopatogenia Fonte de bactérias - Colonização extraluminal nas duas primeiras semanas - Colonização intralumina após duas semanas - Soluções contaminadas - Colonização da ponta do cateter por disseminação hematogênica Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde Fonte: Adaptado de: Maki, D. G. – In Bennet, J.; Brachman, P.; eds. Hospital Infections, 3rd ed. Boston: Little, Brown, 849-898, 1992 Bundle 1. Higiene das mãos. 2. Precauções de barreira máxima: higiene das mãos, uso gorro, máscara, avental e luvas estéreis e campos estéreis grandes que cubram o paciente. 3. Preparo da pele com gluconato de clorexidina. 4. Seleção do sítio de inserção de CVC: utilização da veia subclávia como sítio preferencial. 5. Revisão diária da necessidade de permanência do CVC, com pronta remoção quando não houver indicação. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde Recomendações para acesso periférico Em pacientes neonatais e pediátricos, além dos vasos supracitados, também podem ser incluídas as veias da cabeça, do pescoço e de membros inferiores (BIII). Em pacientes neonatais e pediátricos não devem ser trocados rotineiramente e devem permanecer até completar a terapia intravenosa, a menos que indicado clinicamente (flebite ou infiltração). Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde Equipo com câmara graduada - A câmara graduada deve apresentar corpo rígido, ser transparente, graduada em mililitro (mL), com filtro de 0,22µ e injetor autosselável, livre de látex. Medicações em Pediatria Doses pra crianças Peso x Dose Não há consenso sobre a determinação de posologia em crianças ( Peso, superfície corporal e idade) Maiores de 10Kg (superfície corporal) Menores de 10Kg (Peso – mg/Kg/dia ou mg/m2/dia) Menor capacidade de manter equilíbrio ácido-básico. Assistência • Veias axilar, poplítea e femural requerem maior habilidade na punção. • Orientar a família para obter melhor adesão ao tratamento. • Medidas não farmacológicas para proporcionar conforto e minimizar a dor. • Ambiente ( livre de ruídos e luminosidade intensa, respeito o ciclo sono e vigília) Atenção a veia a ser puncionada (escolha do paciente, mão dominante) Respeitar o desejo do familiar e estar presente. Acessos distantes das articulações (proteções ou talas) Explicar sinais e sintomas de complicações Preconiza-se até duas tentativas por profissional (registro do número de tentativas) Atentar para soluções com extremos de ph e osmolaridade superior a 500 mOsm /L nas veias do arco da mão e pé. CÁLCULO DE MEDICAÇÕES EM PEDIATRIA Cálculo para medicações Rediulição de medicamentos ⇒ Utilizada no preparo de medicamento por apresentarem prescrições médicas que são calculadas pelo peso ou superfície corpórea. ⇒ Promove maior segurança para aspiração de dose correta Exemplo 1: Fora prescrito para um lactente de 4Kg, uma dose de penicilina cristalina de 30.000 UI. Disponível frasco de 5.000.000UI. Cálculo para medicações 1º passo: PC 5.000.000 ----------8ml+2ml=10ml X ----------- 1ml 10 X = 5.000.000 x = 500.000 Cada 1 ml possui 500.000 Cálculo para medicações 2º passo: PC 50.000 -------- 1ml+9mlAD=10ml X ------- 1ml 10 X = 500.000 x = 50.000 Cada 1 ml possui 50.000 Cálculo para medicações 3º passo: PC 50.000 -------- 1ml+9mlAD=10ml 30.000 ------- X 50.000 X = 300.000 x = 6ml OU Cálculo para medicações 3º passo: PC 5.000 -------- 1ml+9mlAD=10ml X ------- 1ml 10 X = 50.000 x = 5.000 Cada 1 ml possui 5.000 Cálculo para medicações 4º passo: PC 5.000 -------- 1ml 30.000 ------- x 5.000 X = 30.000 x = 6 ml Cálculo para medicações Exercício 1: - Prescrito Garamicina 10mg IV. Disponível em ampola de 80mg/ml. Proceda a rediluição e aspire segundo a dose prescrita. Cálculo para medicações Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82