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ENGENHARIA DE PETRÓLEO E GÁS ESCOAMENTO MULTIFÁSICO Exercício 1 LUIZ CESAR COUTINHO JUNIOR Rio de Janeiro 2017 Exercício 1 Considere o poço vertical de óleo e os dados abaixo. Dados Fornecidos Qo (STB/dia) 1000 GOR (SCF/STB) 360 D (in) 6 ou D (ft) 0,5 Dados Fornecidos em uma dada profundidade p (psia) 1700 o (lbm/ft3) 47,61 σo (dyna/cm) 8,41 T (oF) 180 g (lbm/ft3) 5,88 ε (ft) 0,00006 Bo (bbl/STB) 1,197 L (-) 0,507 Bg (ft3/SCF) 0,0091 o (cP) 0,97 Rs (SCF/STB) 281 g (cP) 0,016 Calcule o gradiente de pressão utilizando o método de Duns & Ros. Cálculo da área: 𝐴 = 𝜋𝐷2 4 Onde: 𝐷 → 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜, 𝑒𝑚 𝑓𝑡 𝐴 → á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜, 𝑒𝑚 𝑓𝑡2 𝐴 = 𝜋 × (0,5)2 4 𝐴 = 0,1963𝑓𝑡2 Cálculo das velocidades superficiais: Cálculo da velocidade superficial do líquido: 𝑣𝑆𝐿 = 6,5 × 10 −5 × 𝑞𝑜,𝑠𝑐 × 𝐵𝑜 𝐴 Onde: 𝑣𝑆𝐿 → 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜, 𝑒𝑚 𝑓𝑡 𝑠⁄ 𝑞𝑜,𝑠𝑐 → 𝑣𝑎𝑧ã𝑜, 𝑒𝑚 𝑆𝑇𝐵/𝑑𝑖𝑎𝑠 𝐵𝑜 → 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 ó𝑙𝑒𝑜, 𝑒𝑚 𝑏𝑏𝑙/𝑆𝑇𝐵 𝑣𝑆𝐿 = 6,5 × 10 −5 × 1000 × 1,197 0,1963 𝑣𝑆𝐿 = 0,3963 𝑓𝑡/𝑠 Cálculo da velocidade superficial do gás: 𝑣𝑆𝐺 = 1,16 × 10 −5 × 𝐵𝑜 × [𝐺𝑂𝑅 − 𝑅𝑠] × 𝐵𝑔 𝐴 Onde: 𝑣𝑆𝐺 → 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑔á𝑠, 𝑒𝑚 𝑓𝑡 𝑠⁄ 𝐵𝑔 → 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑔á𝑠, 𝑒𝑚 𝑓𝑡 3 𝑆𝐶𝐹⁄ 𝑣𝑆𝐺 = 1,16 × 10 −5 × 1000 × [360 − 281] × 0,0091 0,1963 𝑣𝑆𝐺 = 0,0425 𝑓𝑡 𝑠⁄ Cálculo da velocidade média: 𝑣𝑚 = 𝑣𝑆𝐿 + 𝑣𝑆𝐺 Onde: 𝑣𝑚 → 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎, 𝑒𝑚 𝑓𝑡 𝑠⁄ 𝑣𝑚 = 0,3963 + 0,0425 𝑣𝑚 = 0,4387 𝑓𝑡 𝑠⁄ Cálculo dos números adimensionais: Número da velocidade de líquido: 𝑁𝐿𝑣 = 1,938 (𝑣𝑆𝐿) √ 𝜌𝐿 𝜎𝐿 4 Onde: 𝑁𝐿𝑣 → 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝜌𝐿 → 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜, 𝑒𝑚 𝑙𝑏𝑚 𝑓𝑡 3⁄ 𝜎𝐿 → 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓𝑎𝑐𝑖𝑎𝑙, 𝑒𝑚 (𝑑𝑦𝑛𝑎/𝑐𝑚) 𝑁𝐿𝑣 = 1,938 (0,3963) √ 47,61 8,41 4 𝑁𝐿𝑣 = 1,1846 Número da velocidade de gás: 𝑁𝐺𝑣 = 1,938 (𝑣𝑆𝐺) √ 𝜌𝐿 𝜎𝐿 4 Onde: 𝑁𝐺𝑣 → 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑔á𝑠 𝑁𝐺𝑣 = 1,938 (0,0425) √ 47,61 8,41 4 𝑁𝐺𝑣 = 0,1270 Número do diâmetro do tubo: 𝑁𝑑 = 10,07 (𝑑) √ 𝜌𝐿 𝜎𝐿 Onde: 𝑁𝑑 → 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜 𝑑 → 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜, 𝑒𝑚 𝑖𝑛 𝑁𝑑 = 10,07 (6) √ 47,61 8,41 𝑁𝑑 = 143,76 Número da viscosidade do liquido: 𝑁𝐿 = 0,15726 (𝜇𝐿) √ 1 𝜌𝐿 × 𝜎𝐿 3 4 Onde: 𝑁𝐿 → 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝜇𝐿 → 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜, 𝑒𝑚 𝑐𝑃 𝑁𝐿 = 0,15726 (0,97) √ 1 47,61 × 8,413 4 𝑁𝐿 = 0,0118 Observando em qual padrão de fluxo se encontra o escoamento: Tendo os valores de 𝑁𝐿𝑉 e 𝑁𝐺𝑉 e vendo no gráfico abaixo, e com os valores de 𝑁𝐿𝑣 = 1,1846 e 𝑁𝐺𝑣 = 0,1270: Verifica-se que o padrão de fluxo do escoamento é bubble flow. Cálculo da correlação de parâmetros Para 𝑁𝑑 = 143,76 e de acordo com o gráfico abaixo, encontra-se os valores para 𝐿1 e 𝐿2. Verifica-se que 𝐿1 = 1,0 e 𝐿2 = 1,1, a partir da visualização no gráfico. Para padrão de bolhas, é necessário que 𝑁𝐺𝑉 < 𝑁𝐺𝑉 𝑏𝑜𝑙ℎ𝑎→𝑔𝑜𝑙𝑓𝑎𝑑𝑎. Verificando: 𝑁𝐺𝑉 𝑏𝑜𝑙ℎ𝑎→𝑔𝑜𝑙𝑓𝑎𝑑𝑎=𝐿1 + (𝐿2 × 𝑁𝐿𝑉) 𝑁𝐺𝑉 𝑏𝑜𝑙ℎ𝑎→𝑔𝑜𝑙𝑓𝑎𝑑𝑎=1,0 + (1,1 × 1,1846) 𝑁𝐺𝑉 𝑏𝑜𝑙ℎ𝑎→𝑔𝑜𝑙𝑓𝑎𝑑𝑎=2,30 Como 𝑁𝐺𝑣 = 0,1270 e 𝑁𝐺𝑉 𝑏𝑜𝑙ℎ𝑎→𝑔𝑜𝑙𝑓𝑎𝑑𝑎=2,30, verificamos que 𝑁𝐺𝑉 < 𝑁𝐺𝑉 𝑏𝑜𝑙ℎ𝑎→𝑔𝑜𝑙𝑓𝑎𝑑𝑎 . Assim, ocorre o padrão de bolhas. Determinando o hold-up de líquido: Para determinar o 𝐻𝐿, precisamos calcular o 𝑆 (para isso é necessário calcular e determinar 𝐹1, 𝐹2, 𝐹3, 𝐹4 e 𝐹3 ′) para em seguida calcularmos 𝑣𝑠 e, logo após, 𝐻𝐿. Calculando a velocidade de escorregamento: 𝑆 = 𝐹1 + (𝐹2 × 𝑁𝐿𝑉) + [𝐹3 ′ ( 𝑁𝐺𝑉 1 + 𝑁𝐿𝑉 ) 2 ] Onde: 𝑆 → 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑜𝑢 𝑠𝑙𝑖𝑝) Para podermos obter os valores de 𝐹1, 𝐹2, 𝐹3, 𝐹4 e 𝐹3 ′, temos que observar no gráfico abaixo o valor de 𝑁𝐿. Sendo 𝑁𝐿 = 0,0118: Temos que: 𝐹1 = 1,2; 𝐹2 = 0,24; 𝐹3 = 1,3; 𝐹4 = 26,5 Para o cálculo de 𝑆, precisamos ainda calcular 𝐹3 ′: 𝐹3 ′ = 𝐹3 − 𝐹4 𝑁𝑑 𝐹3 ′ = 1,3 − 26,5 143,76 𝐹3 ′ = 1,116 Assim: 𝑆 = 1,2 + (0,24 × 1,1846) + [1,116 ( 0,1270 1 + 1,1846 ) 2 ] 𝑆 = 1,488 Como 𝑆 = 1,938 × (𝑣𝑆) × √ 𝜌𝐿 𝜎𝐿 4 Então: 1,488 = 1,938 × (𝑣𝑆) × √ 47,61 8,41 4 Assim, 𝑣𝑆 = 0,498 𝑓𝑡/𝑠. Com os dados calculados, podemos enfim calcular o hold-up de líquido com a equação: 𝐻𝐿 = 𝑣𝑆 − 𝑣𝑚 + √(𝑣𝑚 − 𝑣𝑆) 2 + (4 × 𝑣𝑆 × 𝑣𝑆𝐿) 2 𝑣𝑆 𝐻𝐿 = 0,498 − 0,4387 + √(0,4387 − 0,498)2 + (4 × 0,498 × 0,3963) 20,498 𝐻𝐿 = 0,9535 Lembrando que o valor de 𝐻𝐿 nunca ultrapassa o valor 1. Determinação do fator de atrito: Para calcular 𝑓, precisamos calcular 𝑓1, 𝑓2 e 𝑓3, o Número de Reinolds e verificar o Diagrama de Moody. Calculando 𝑓1: Este valor será encontrado no Diagrama de Moody. Para isso, precisamos calcular 𝑁𝑅𝑒 e 𝜀 𝐷⁄ . 𝑁𝑅𝑒 = 124 𝜌𝐿 × 𝑣𝑆𝐿 × 𝐷 𝜇𝐿 Onde: 𝑁𝑅𝑒 → 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑖𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠 𝐷 → 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜, 𝑒𝑚 𝑖𝑛 𝑁𝑅𝑒 = 124 47,61 × 0,3963 × 6 0,97 𝑁𝑅𝑒 = 1,45 × 10 4 𝜀 𝐷 = Onde: 𝜀 → 𝑟𝑢𝑔𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎, 𝑒𝑚 𝑓𝑡 𝐷 → 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜, 𝑒𝑚 𝑓𝑡 𝜀 𝐷 = 0,00006 0,5 𝜀 𝐷 = 0,00012 = 1,2 × 10−4 Com os valores de 𝑁𝑅𝑒 e 𝜀 𝐷⁄ , visualizamos o valor de 𝑓1 no Diagrama de Moody: Com 𝑁𝑅𝑒 = 1,45 × 10 4 e 𝜀 𝐷 = 0,00012 = 1,2 × 10−4, temos: Assim, encontramos o valor de 𝑓1 = 0,0285 Calculando 𝑓3: 𝑓3 = 1 + 𝑓1 4 √ 𝑣𝑆𝐺 50 𝑣𝑆𝐿 𝑓3 = 1 + 0,0285 4 √ 0,0425 50 × 0,3963 𝑓3 = 1,00033 Calculando 𝑓2: Para calcular 𝑓2, precisamos calcular 𝑓1×𝑣𝑆𝐺×𝑁𝐷 𝑣𝑆𝐿 e observar o valor de 𝑓2 no gráfico. 𝑓1 × 𝑣𝑆𝐺 × (𝑁𝐷 2/3) 𝑣𝑆𝐿 0,0285 × 0,0425 × (143,762/3) 0,3963 Com isso, 𝑓1 × 𝑣𝑆𝐺 × (𝑁𝐷 2/3) 𝑣𝑆𝐿 = 0,0838 = 8,4 × 10−2 Observando o gráfico: Assim, encontramos o valor de 𝑓2 de acordo com a linha vertical. 𝑓2 = 1,0 Calculando 𝑓: 𝑓 = 𝑓1 × 𝑓2 𝑓3 Onde: 𝑓 → 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 𝑓 = 0,0285 × 1,0 1,00033 𝑓 = 0,0285 O componente de energia cinética é considerado desprezível para o escoamento no padrão de fluxo de bolha, segundo Duns & Ros. Determinação do gradiente de pressão: ( 𝑑𝑝 𝑑𝑍 ) = ( 6 × 𝑓 × 𝜌𝐿 × (𝑣𝑆𝐿 2) 𝑔𝑐 × 𝑑 + 𝜌𝑆) ( 1 144 ) Onde: ( 𝑑𝑝 𝑑𝑍 ) → 𝑔𝑟𝑎𝑑𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑛𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙, 𝑒𝑚 𝑝𝑠𝑖𝑎 𝑓𝑡⁄ 𝑔𝑐 → 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑔𝑐 → 32,17 𝑙𝑏𝑚 𝑓𝑡 𝑠2⁄ 𝑙𝑏𝑓 𝐷 → 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜, 𝑒𝑚 𝑖𝑛 Antes, precisamos calcular 𝜌𝑆 : 𝜌𝑆 = (𝐻𝐿 × 𝜌𝐿) + [(1 − 𝐻𝐿) × 𝜌𝐺] 𝜌𝑆 = (0,9535 × 47,61) + [(1 − 0,9535) × 5,88] 𝜌𝑆 = 45,67 Sendo: ( 𝑑𝑝 𝑑𝑍 ) = ( 6 × 𝑓 × 𝜌𝐿 × (𝑣𝑆𝐿 2) 𝑔𝑐 × 𝑑 + 𝜌𝑆) ( 1 144) Então: ( 𝑑𝑝 𝑑𝑍 ) = ( 6 × 0,0285 × 47,61 × (0,39632) 32,17 × 6 + 45,67) ( 1 144 ) Com isso: ( 𝑑𝑝 𝑑𝑍 ) = 0,3172 𝑝𝑠𝑖𝑎 𝑓𝑡⁄
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