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Mobilização das Articulações Periféricas Profª . Esp. Marc ie l le A l ine de Medeiros Br i to Artrocinemática Movimentos entre superfícies articulares. Mobilização Articular ❑ Técnicas de terapia manual ❑ Objetivos: ▪ Modular a dor; ▪ Tratar as disfunções articulares que limitam a ADM, abordando especificamente alterações na mecânica articular. Quando a mecânica articular estar alterada? ❑ Dor ❑Mecanismo de defesa muscular ❑ Derrame articular ❑ Contraturas ou aderências nas cápsulas articulares ou ligamentos de suporte, ou desalinhamento das superfícies ósseas. Princípios da Mobilização Articular ❑ Técnica de terapia manual passiva ❑ Aplicada às articulações e aos tecidos moles com velocidades e amplitudes variadas, usando movimentos fisiológicos ou acessórios com fins terapêuticos. ❑ Velocidades e Amplitudes: Mobilização Amplitude pequena com alta velocidade Amplitude grande com velocidade lenta ❑ Thrust ❑ Não pode ser impedido pelo paciente. ❑ O movimento é realizado no final do limite patológico da articulação e visa a alterar as relações de posicionamento, soltar aderências ou estimular receptores articulares. ❑ Limite patológico significa o final da ADM disponível quando há restrição. Movimento em alta velocidade e curta amplitude ❑ O movimento das superfícies ósseas dentro da articulação é uma combinação variável de rolamento e deslizamento ou giro. ❑ Para que ocorra rolamento, deslizamento ou giro, é preciso haver folga capsular adequada ou mobilidade intra-articular. ❑Movimentos Artrocinemáticos: ▪ Rolamento ▪ Deslizamento/translação ▪ Rolamento-deslizamento combinado em uma articulação ▪ Giro Mobilidade Intra-Articular Côncavo Convexo Regra do Côncavo e Convexo Côncavo Côncavo Convexo Convexo Regra do Côncavo e Convexo ❖ Quando a superfície CONVEXA FOR MÓVEL: • O DESLIZAMENTO ocorre no SENTIDO OPOSTO ao movimento OSTEOCINEMÁTICO. • Deslizamento e rolamento no sentido oposto. Ex.: articulação glenoumeral. Côncavo Convexo ÚmeroCavidade Glenóide Regra do Côncavo e Convexo ❑ Quando a superfície CÔNCAVA FOR MÓVEL: • O DESLIZAMENTO ocorre no MESMO SENTIDO do movimento OSTEOCINEMÁTICO. • Deslizamento e rolamento no mesmo sentindo. Ex.: articulação tíbio-femural. CôncavoConvexo Fêmur Tíbia Formas Articulares ❑ Nas articulações ovoides, uma superfície é convexa e a outra é côncava (Fig. 5.1A). ❑ Nas articulações em sela, uma superfície é côncava em uma direção e convexa na outra, com a superfície oposta convexa e côncava, respectivamente; assemelhando-se a um cavaleiro em oposição complementar à forma da sela (Fig. 5.1B). Movimentos Artrocinemáticos ROLAMENTO: 1. As superfícies são incongruentes. 2. O rolamento é sempre na mesma direção que o movimento de balanço do osso quando a superfície é convexa ou côncava. 3. O rolamento puro não ocorre sozinho, mas em combinação com deslizamento e giro articular. Movimentos Artrocinemáticos DESLIZAMENTO/TRANSLAÇÃO 1. Para um deslizamento puro, as superfícies precisam ser congruentes, plana ou curvas. 2. A direção na qual ocorre o deslizamento depende se a superfície que se move é côncava ou convexa. 3. O deslizamento é na direção oposta ao movimento angular do osso quando a superfície articular que se move é convexa (Fig. 5.5A). 4. O deslizamento é na mesma direção do movimento angular do osso quando a superfície que se move é côncava (Fig. 5.5B). Movimentos Artrocinemáticos ROLAMENTO-DESLIZAMENTO COMBINADO EM UMA ARTICULAÇÃO 1. Quanto mais congruentes as superfícies articulares, maior o deslizamento de uma parte óssea sobre a outra durante o movimento. 2. Quanto mais incongruentes as superfícies articulares, maior o rolamento de uma parte óssea sobre a outra durante o movimento. Movimentos Artrocinemáticos GIRO 1. O giro raramente ocorre sozinho nas articulações, mas em combinação com rolamento e deslizamento. 2. Três exemplos de giros que ocorrem nas articulações do corpo são: • Ombro: durante a flexão/extensão • Quadril: durante a flexão/extensão • Articulação umerorradial: durante a pronação/supinação. Movimentos acessórios que afetam a articulação ❑ Compressão - diminuição no espaço articular entre as partes ósseas. ❑ Tração/separação - não são sinônimos. ✓ Tração é uma força longitudinal. ✓ Separação é um distanciamento ou força de afastamento. ❑Nas técnicas de mobilização/manipulação articular, a separação é usada para controlar ou aliviar a dor ou realizar o deslizamento. Efeitos da Mobilização Articular A mobilidade articular fornece impulsos sensoriais relativos a: ❑ Posição estática e senso de velocidade do movimento; ❑ Mudança da velocidade do movimento; ❑ Senso de direção do movimento; ❑ Regulação do tônus muscular; ❑ Estímulos nociceptivos. Mobilização/Manipulação Articular INDICAÇÕES • Dor e espasmo muscular; • Hipomobilidade articular reversível; • Falhas de posicionamento e subluxações; • Imobilidade funcional CONTRA-INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES • Hipermobilidade; • Derrame articular; • Inflamação. Precauções Especiais das Técnicas de Mobilização Articular • Enfermidades malignas; • Doenças ósseas; • Fratura não consolidada; • Dor excessiva; • Artroplastias totais; • Tecido conjuntivo recém-formado ou debilitado após trauma; • Doenças sistêmicas do tec. conjuntivo (artrite reumatóide); • Idosos. Como Aplicar a Técnica de Mobilização Articular? Exame e Avaliação ❑ Qualidade da dor ❑ Restrição capsular ❑ Subluxação ou luxação Técnicas da Mobilização Articular Periférica Graus ou Dosagens do Movimento ❑ São usados 2 sistemas de graduação para mobilização: ▪ Técnicas de Oscilação Graduada: As oscilações podem ser feitas usando-se movimentos fisiológicos (osteocinemáticos) ou técnicas intra-articulares (artrocinemáticas). ▪ Técnicas de Mobilização Intra-Articular Sustentada Suave: Esse sistema de graduação descreve apenas técnicas de mobilização intra-articular que separam (tracionam) ou fazem o deslizamento/translação das superfícies articulares. Técnicas de Oscilação Graduada Grau 1 – Oscilações rítmicas (60seg) de pequena amplitude são feitas no início da amplitude; Grau 2 – Oscilações rítmicas (60seg) de larga amplitude são feitas dentro da amplitude, não atingindo o limite; Grau 3 – Oscilações rítmicas (60seg) de larga amplitude são feitas até o limite do movimento disponível, e forçadas dentro da resistência do tecido; Grau 4 – Oscilações rítmicas (60seg) de pequena amplitude são feitas no limite da mobilidade disponível e forçadas dentro da resistência do tecido; Grau 5 – Técnica de manipulação brusca de pequena amplitude e alta velocidade é feita par a romper bruscamente as aderências no limite da amplitude disponível. Indicações ❑ Os graus I e II são usados para tratar a dor ou mecanismo de defesa muscular. ❑ Os graus III e IV são usados primariamente como manobras de alongamento. ❑ Graus I e II - não usam alongamento, ajudam a mover o líquido sinovial para melhorar a nutrição da cartilagem. ❑ Variar a velocidade das oscilações para obter efeitos diferentes, por exemplo, baixa amplitude e alta velocidade para inibir a dor ou velocidade baixa para relaxar uma defesa muscular. Técnica de Mobilização Intra-Articular Sustentada Suave ❑ A velocidade de aplicação é lenta e sustentada por vários segundos, seguida pelo relaxamento parcial e repetida, dependendo das indicações. ❑ Grau 1 (frouxo) – É aplicada uma separação de pequena amplitude onde nenhuma sobrecarga estiver localizada sobre a cápsula; ❑ Grau 2 (tenso) – É aplicada separação ou deslizamento suficiente para tensionar o tecido em torno da articulação (tirar a folga); ❑ Grau 3 (alongamento) – É aplicada separação ou deslizamento com uma amplitude grande o suficiente para alongar a cápsula articular e as estruturas periarticulares ao redor. Indicações ❑ A separação grau I e grau II – alívio de dor; ❑ As separações ou deslizamentos grau III são usadospara alongar estruturas articulares e, assim, aumentar a mobilidade intra-articular. ❑ Em articulações que apresentam restrições, aplicar uma força de alongamento durante no mínimo 6 segundos, seguida pela liberação parcial (para o grau I ou II) e repetição com alongamentos lentos, intermitentes, em intervalos de 3 a 4 segundo. Referência: KISNER, C. COLBY, LYNN. Exercícios Terapêuticos - Fundamentos e Técnicas,. Ed. Manole, SP, 6ª ed, 2016.
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