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01_fisioterapia_hospitalar

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
FISIOTERAPIA HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
FISIOTERAPIA HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
 
SUMÁRIO 
MÓDULO I 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 A FISIOTERAPIA NO ÂMBITO HOSPITALAR 
2 FISIOLOGIA PULMONAR 
2.1 ESTRUTURA E FUNÇÃO 
2.2 VENTILAÇÃO 
3 SEMIOLOGIA RESPIRATÓRIA 
3.1 EXAME FÍSICO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
3.1.1 Inspeção 
3.1.2 Palpação 
3.1.3 Percussão 
3.2 AUSCULTA PULMONAR. 
3.2.1 Características dos Sons Normais e Relação com a Anatomia 
3.2.2 Características dos Ruídos Adventícios 
3.2.3 Procedimento de Ausculta 
4 AVALIAÇÃO DE SINAIS E SINTOMAS 
4.1 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
4.2 PADRÃO RESPIRATÓRIO 
4.3 RITMO RESPIRATÓRIO 
5 RADIOGRAFIA DE TÓRAX 
5.1 IMAGENS RADIOLÓGICAS PATOLÓGICAS 
 
MÓDULO II 
 
6 TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS 
7 TÉCNICAS DE HIGIENE BRÔNQUICA 
7.1 VIBRAÇÃO 
7.2 COMPRESSÃO TORÁCICA 
7.3 TAPOTAGEM OU PERCUSSÃO 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
7.4 DRENAGEM POSTURAL 
7.5 BAG SQUEEZING 
7.6 ASPIRAÇÃO 
7.7 TOSSE 
8 TÉCNICAS DE HIGIENE BRÔNQUICA NÃO CONVENCIONAIS 
8.1 ELTGOL (EXPIRAÇÃO LENTA TOTAL COM A GLOTE ABERTA EM DECÚBITO 
INFRALATERAL) 
8.2 DRENAGEM AUTÓGENA (DA) 
9 TÉCNICAS DE REEXPANSÃO PULMONAR 
9.1 EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS 
9.1.1 Inspiração Profunda (Deep Inspiration) 
9.1.2 Inspiração Máxima Sustentada (Smi) 
9.1.3 Inspiração em Tempos ou Fracionada 
9.1.4 Soluços Inspiratórios (Sniff Inspiration) 
9.1.5 Expiração Abreviada 
9.1.6 Inspiração desde a CRF 
9.1.7 Inspiração desde o Volume Residual 
9.1.8 Espirometria de Incentivo 
9.2 EXPANSÃO PULMONAR POR PRESSÃO POSITIVA 
9.2.1 Respiração por Pressão Positiva Intermitente (RPPI) 
9.2.2 Máscara de Pep ou Epap (Pressão Positiva ao Final da Expiração em 
Respiração Espontânea) 
9.2.3 PEP Oscilatória (FLUTTER/ SHAKER) 
9.2.4 Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) 
9.2.5 Ventilação com Dois Níveis Pressóricos-Ventilação Não Invasiva (VNI) 
9.3 EXPANSÃO PULMONAR COM TÉCNICA MANUAL NÃO CONVENCIONAL 
9.3.1 EDIC (Exercício com Fluxo Inspiratório Controlado) 
9.4 MÉTODOS INSTRUMENTAIS DE AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA UTILIZADOS 
PELO FISIOTERAPEUTA 
9.4.1 Ventilometria 
9.4.2 Medida da Força Muscular Respiratória (MANOVACUÔMETRO) 
9.4.3 Treinamento Muscular Respiratório (TMR) 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
 
MÓDULO III 
 
10 INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS PARA O 
FISIOTERAPEUTA 
10.1 INTRODUÇÃO 
10.2 HEMOGRAMA COMPLETO 
10.3 GLICOSE 
11 UREIA E CREATININA 
11.1 SÓDIO E POTÁSSIO 
11.2 ENZIMAS CARDÍACAS 
11.3 GASOMETRIA ARTERIAL 
12 FISIOTERAPIA NO PACIENTE CRÍTICO (UTI) 
12.1 INTERVENÇÕES 
12.2 POSICIONAMENTO 
12.3 MOBILIZAÇÃO 
12.4 CONDIÇÕES RESPIRATÓRIAS 
13 GASOTERAPIA 
13.1 OXIGENOTERAPIA 
13.2 HELIOX 
13.3 OXIDO NÍTRICO INALATÓRIO 
 
MÓDULO IV 
 
14 FISIOTERAPIA APLICADA 
14.1 FISIOTERAPIA APLICADA AO PACIENTE QUEIMADO 
14.2 COMPLICAÇÕES 
15 FISIOTERAPIA APLICADA AO PACIENTE COM DOENÇA NEUROMUSCULAR 
16 FISIOTERAPIA APLICADA AO PACIENTE NEUROLÓGICO 
16.1 TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE) 
16.2 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) 
17 FISIOTERAPIA APLICADA AO PACIENTE PÓS-CIRÚRGICO 
17.1 PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
17.2 CIRURGIAS ABDOMINAIS 
17.3 CIRURGIAS ORTOPÉDICAS 
18 FISIOTERAPIA APLICADA A PACIENTES ONCOLÓGICOS 
 
MÓDULO V 
 
19 PEDIATRIA 
19.1 DIFERENÇAS ANATOMOFISIOLÓGICAS DAS CRIANÇAS EM RELAÇÃO 
AOS ADULTOS 
20 SITUAÇÕES CLÍNICAS COMUNS EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS 
21 FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PEDIATRIA 
22 MANEJO DA VIA AÉREA NA CRIANÇA GRAVE 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
MÓDULO I 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 A FISIOTERAPIA NO ÂMBITO HOSPITALAR 
 
 
O papel do fisioterapeuta é tratar a doença por intermédio de movimentos e 
agentes físicos, como calor, frio e eletricidade. Em um hospital, esse profissional é 
de fundamental importância, pois existem vários distúrbios que necessitam da 
fisioterapia para a recuperação do paciente. Trabalhando em sintonia com a equipe 
multidisciplinar, o fisioterapeuta é o responsável pela avaliação, elaboração e 
execução do tratamento dos mais diversos tipos de pacientes, como os pós-
cirúrgicos, transplantados, ortopédicos, neurológicos, ou clínicos, nos quais se 
trabalha dois aspectos: respiratório que é uma das prováveis causas de complicação 
e o motor que se deteriora rapidamente ao longo de uma internação mais 
prolongada. 
Nas unidades de terapia intensiva, o fisioterapeuta é quem realiza toda a 
assistência respiratória, e em parceria com os demais profissionais como médicos e 
enfermeiros que decidem e executam diversas etapas do tratamento ao doente 
crítico da admissão até a alta. 
Na pediatria o trabalho é mais delicado, pois a criança possui uma grande 
fragilidade respiratória e motora e depende de estímulos para recuperar-se e assim 
sair mais rapidamente da UTI. Uma equipe de fisioterapeutas de 
pediatria/neonatologia precisa ser especializada para tratar desde prematuros de 
baixo peso até adolescentes e com todas as limitações impostas pela doença e pela 
sua imaturidade sistêmica. 
Atualmente, a presença desses profissionais em hospitais que realizam 
procedimentos de grande complexidade, como cirurgias cardíacas, neurológicas e 
transplantes de órgãos, é notória e necessária. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
2 FISIOLOGIA PULMONAR 
 
2.1 ESTRUTURA E FUNÇÃO 
 
 
O pulmão exerce várias funções, a principal é a troca gasosa. As demais 
funções são metabolizar alguns compostos, filtrar materiais indesejáveis da 
circulação e atuar como reservatório de sangue. 
O dióxido de carbono (CO2) e o oxigênio (O2) circulam pela barreira alvéolo 
capilar por diferença de pressão parcial, ou seja, do território de maior para de 
menor pressão, esse mecanismo é chamado de difusão. (Figura 1) 
 
 
FIGURA 1: REPRESENTAÇÃO DA REDE CAPILAR ENVOLVENDO OS 
ALVÉOLOS (ÁCINO) 
 
 
FONTE: Disponível em: <www. asmabronquica.com>. Acesso em: 06 Nov.2010. 
 
 
A difusão é diretamente proporcional à área de troca e inversamente 
proporcional à espessura (Lei de Fick). 
As vias aéreas são como tubos ramificados que se estreitam e se tornam 
mais numerosos à medida que se aprofundam no pulmão1. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
A traqueia, os brônquios e os bronquíolos com suas respectivas subdivisões 
têm a função de conduzir o ar até os alvéolos onde é realizada a hematose. Toda 
essa via de condução recebe o nome de vias aéreas de condução, é nessa região 
que a resistência se faz presente no sistema respiratório1 (figura 2). 
 
 
FIGURA 2: VIAS AÉREAS SUPERIORES, VIAS AÉREAS CONDUTORAS E 
ALVÉOLOS 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <www. colegiosaofrancisco.com.br>. Acesso em: : 06 Nov.2010. 
 
 
 
A região de troca gasosa é chamada de zona respiratória e se inicia nos 
ductos alveolares, essa é a maior região do sistema respiratório, é uma região de 
complacência e volume e pode chegar a acomodar de 2,5 a 3,0 litros de ar (Figura 
3). 1 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
FIGURA 3: HEMATOSE/ BARREIRA ALVEOLOCAPILAR 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <www.infoescola.com>. Acesso em: : 06 Nov.2010. 
 
 
2.2 VENTILAÇÃO 
 
 
Antes de abordar a forma comoo gás se movimenta no sistema respiratório, 
é de fundamental importância verificar os volumes estáticos do pulmão. A 
quantidade de ar que entra durante a fase inspiratória e sai durante a fase 
expiratória em uma respiração tranquila é chamada de volume corrente (VC). Se um 
indivíduo fizer uma inspiração máxima seguida por uma expiração também máxima, 
o volume expirado é chamado de capacidade vital (CV), o volume que ainda 
permanece nos pulmões após esta expiração máxima é chamado de volume 
residual (VR) e o volume de repouso, que é aquele que permanece nos pulmões 
após uma respiração tranquila é a capacidade residual funcional (CRF)1 (figura 4). 
As doenças respiratórias provocam uma alteração direta nos volumes 
dinâmicos e estáticos pulmonar prejudicando a mecânica respiratória. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
FIGURA 4 - VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES. A CRF É O VRE + VR 
 
FONTE: Disponível em: <www.afh.bio.br>. Acesso em: : 06 Nov.2010. 
 
 
Para melhor entendimento e aprofundamento sobre este assunto, sugere-se 
a leitura do livro “Fisiologia Respiratória” – John B. West sexta edição. Editora 
Manole. 
 
 
3 SEMIOLOGIA RESPIRATÓRIA 
 
 
É de fundamental importância para o fisioterapeuta saber avaliar as 
disfunções dos diversos sistemas para eleger o melhor tratamento. A semiologia do 
sistema respiratório é constituída de quatro etapas: 
 
1- Exame Físico do Sistema Respiratório; 
2- Ausculta Pulmonar; 
3- Avaliação de Sinais e Sintomas; 
4- Radiografia de Tórax. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
O exame físico do sistema respiratório é dividido em três etapas: Inspeção, 
palpação e percussão. 
 
3.1 EXAME FÍSICO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
3.1.1 Inspeção 
 
 
A inspeção é a visualização do tórax, o terapeuta não interfere no padrão 
respiratório. Devem-se observar os músculos respiratórios, presença de retrações, 
simetria, deformidades e aumento do diâmetro torácico. (figuras 5, 6,7). Outros 
aspectos importantes são observar se há presença de cianose (figuras 8-1 e 2) e 
baqueteamento/hipocratismo digital (figura 9), além de deformidades pouco comuns 
como pectus escavatum e carinatum (figuras 10 e 11). 
 
 
FIGURA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 2 
1- Durante a inspeção, observa-se um paciente emagrecido, com retração de intercostais e 
encurtamento de músculos acessórios, e tronco inclinado para frente. 
2- tórax em tonel com aumento do diâmetro anteroposterior. 
FONTE: (Atlas Netter) 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
 
FIGURA 6: ASSIMETRIA ANTEROPOSTERIOR POR CIFOSE ACENTUADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (Acta ortop. bras. v.15 n.2 São Paulo. 2007) 
 
 
Faz parte também da inspeção a avaliação da frequência respiratória 
(taquipneia, bradipneia) e ritmo respiratório (resp. de Cheyne-Stokes, Biot e 
Kusmaull) e detectar se há sinais de insuficiência respiratória (taquipneia com uso 
de mm acessória, tiragem e respiração paradoxal). 
Esses termos supracitados serão melhores elucidados nos respectivos 
capítulos de fisioterapia em pacientes neurológicos e insuficiência respiratória. 
 
 
FIGURA 7 - DEFORMIDADE TORÁCICA ESCOLIOSE, E EXPANSIBILIDADE 
PULMONAR DO LADO DA CONCAVIDADE FICA PREJUDICADA 
 
FONTE: Disponível em: <www.colunamg.com>. Acesso em: : 06 Nov.2010. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
 
FIGURA 8 
 
1 2 
1- cianose labial e 2- de extremidades Atlas of Clinical Medicine de BRAMWELL E BYRON, 
Edinburgh: Constable, v. 3, pl. 90(91), p. 116, 1896. 
FONTE: History of Medicine Division. © National Library of Medicine 
 
 
FIGURA 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
baqueteamento digital, alteração das extremidades dos dedos decorrentes de hipóxia crônica seja por 
pneumopatias ou alterações cardíacas congênitas. A causa não é clara, acredita-se no acúmulo de 
plaquetas. FONTE: Disponível em: <www.geocitis.com e pt.wikipedia.org>. Acesso em: : 10 de 
Dezembro 2010 
 
http://www.geocitis.com/
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
 
FIGURA 10 - PECTUS ESCAVATUM FIGURA 11: PECTUS CARINATUM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <www.dovweissberg.com>. Acesso em: 10 de Dezembro 2012 
FONTE: Disponível em: <bms.brown.edu>. Acesso em: 10 de Dezembro 2012 
 
 
3.1.2 Palpação 
 
 
Essa etapa do exame físico consiste na avaliação palpatória das partes 
moles das regiões cervical e torácica com o objetivo de detectar a presença de 
contraturas dos músculos acessórios (mm. Esternocleidomastoídeo/escaleno), 
atrofias, enfisema subcutâneo e presença e/ou aumento de gânglios. 
A sensibilidade torácica, por exemplo, na pesquisa a fratura na costela tem o 
intuito saber se a dor é palpatória ou não. 
A elasticidade torácica é avaliada com uma das mãos nas costas e outra na 
face anterior do tórax, procurando aproximar as duas e observar a resistência. 
A Expansibilidade torácica é avaliada por regiões como, expansibilidade do 
lobo superior, médio e inferior para saber se há simetria entre os pulmões e ter ideia 
se o ar está distribuindo-se de forma homogênea para todas as regiões pulmonares. 
O frêmito é avaliado por meio da colocação das mãos na região torácica 
com intuito de perceber como o som se propaga pela parede torácica, passando 
pelo parênquima pulmonar, dessa forma, pode-se, com outras partes do exame 
físico, deduzir o tipo e local do distúrbio. (Figura 12) 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
 
Frêmitos: 
Frêmito toracovocal (aumentado/condensação/cavidades). 
Frêmito brônquico (secreções brônquicas). 
Frêmito pleural (atrito pleural). 
 
 
FIGURA 12 - POSICIONAMENTO DAS MÃOS PARA AVALIAR FRÊMITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (arquivo pessoal) 
 
 
3.1.3 Percussão 
 
 
A percussão tem como função avaliar de maneira rápida a presença de 
anormalidades por meio da propagação do som pelos tecidos. 
A percussão é classificada em quatro tipos: 
 
Normal: som claro pulmonar aparece em pulmões saudáveis e afecções 
brônquicas em que o parênquima pulmonar é preservado. 
 
Macicez: ocorre em condições extensas e superficiais como atelectasias, 
pneumonias extensas, condensações por infartos pulmonares, massa tumoral, 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
esclerose pulmonar ou por presença de líquido interposto como derrame pleural de 
grande volume. 
 
Submacicez: situações intermediárias, em que há presença de 
líquido/condensação e ar em uma proporção que há alteração do som, porém não o 
bastante para ser uma macicez. 
 
Timpânico: nos casos de Enfisema Pulmonar e Pneumotórax em que há 
pouco ou nenhum tecido pulmonar interposto. 
 
FIGURA 13 - POSICIONAMENTO DAS MÃOS PARA PERCUSSÃO 
 
 
FONTE: (arquivo pessoal) 
 
 
3.2 AUSCULTA PULMONAR 
 
3.2.1 Características dos Sons Normais e Relação com a Anatomia 
 
 
 Traqueal: este som é caracteristicamente presente quando se ausculta 
a traqueia. É um som forte, duro e oco e é o de volume mais alto encontrado e tem a 
duração de todo ciclo respiratório (fase inspiratória e expiratória). 
 Bronquial: é auscultado sobre o manúbrio do osso esterno. É forte, 
porém menos duro que o traqueal, oco e com alto volume. A duração é de todo ciclo 
respiratório. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
 Broncovesicular: Auscultado sobre os brônquios principais. É suave, de 
médio volume e presente em todo ciclo. 
 Vesicular: auscultado na periferia pulmonar. É o mais suave de todos, é 
de baixo volume e está presente na fase inspiratória e no início da expiratória (figura 
14). 
 
 
FIGURA 14 - LOCAIS DE AUSCULTA DOS SONS RESPIRATÓRIOS NORMAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Cortesia de F. Valdez. 
 
 
3.2.2 Características dos Ruídos Adventícios 
 
 Descontínuos: 
 
Crepitantes geralmente são altos e descontínuos.Os grossos são fortes, de baixo volume, audíveis tanto na inspiração como 
na expiração e é resultado da mobilização de qualquer conteúdo líquido presente na 
árvore brônquica, luz dos alvéolos ou em cavidades. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
Os finos são suaves, de alto volume, predominantemente inspiratórios e 
ocorrem devido à presença de exsudato/transudato intra-alveolar e podem ser 
divididos como fisiológicos ou patológicos. 
Atrito pleural som de arranhar, ocorre devido à irregularidade 
(espessamento) da superfície pleural, e ao ocorrer o movimento respiratório origina 
o atrito (audível na inspiração/expiração e não se modifica pela tosse). 
 
 Contínuos: 
 
Sibilosruído de tonalidade aguda, de alto volume e qualidade musical 
semelhante a um chiado ou “gatinhos” (diminuição luz brônquica). 
 
Roncos som com “gargarejo” é um ruído de tonalidade grave, 
predominantemente inspiratório e geralmente acompanhando a tosse (secreção 
espessa que adere às paredes brônquicas maiores). 
 
Estridor som inspiratório de origem extratorácica, como laringe ou glote. 
Comum em laringites ou edema glótico pós-extubação. 
 
 
3.2.3 Procedimento de Ausculta 
 
 O fisioterapeuta se posiciona ao lado do leito do paciente, se for 
possível o paciente deve sentar-se e deixar as costas livres. 
 A orientação é que o paciente respire pausadamente com a boca 
entreaberta e sem fazer ruído, porém existem condições onde isso não é possível, 
como em casos de desconforto respiratório importante com um aumento de 
frequência respiratória, ou bebês. 
 Deve-se realizar a ausculta em linhas horizontais comparando os 
hemitórax. 
 Deve-se evitar colocar o estetoscópio sobre saliências ósseas e 
mamas. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 20 
 
4 AVALIAÇÃO DE SINAIS E SINTOMAS 
 
É de extrema importância a avaliação de sinais e sintomas respiratórios, pois 
são eles que determinam a conduta do fisioterapeuta respiratório. Os sinais e 
sintomas comumente observados são referentes: à frequência respiratória e padrão 
respiratório, uso de mm acessórios, presença de retrações, alteração de ritmo 
respiratório e do estado de consciência. 
 
 
4.1 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
 
Frequência respiratória é definida como o número de incursões respiratórias 
realizadas por uma pessoa em um minuto. Este número de incursões tem variação 
com a idade. 3 
 
 Adultos: 12 a 20 respirações por minuto (rpm). 
 Crianças menores de 2 meses: 35 a 60 rpm. 
 Crianças maiores de 2 meses até 11 meses : 30 a 50 rpm. 
 Crianças de 12 a 59 meses: 20 a 45 rpm. 
 
É considerado taquipneia quando a frequência respiratória ultrapassa a faixa 
ideal para cada idade, bradipneia quando fica abaixo e apneia é a ausência de 
movimentos respiratórios. As três situações chamam atenção e devem ser avaliadas 
quanto às suas causas. 
Situações que podem causar taquipneia são: febre, exercício físico ou 
esforço, acidose metabólica, pneumonias, doenças pulmonares diversas, anemia 
grave, etc. 
A bradipneia pode ocorrer na fase tardia de uma insuficiência respiratória 
antecedendo uma apneia por fadiga muscular respiratória, em situações de alcalose 
respiratória, após anestesia ou sedativos, lesões do sistema nervoso central, em 
pacientes hipotônicos, etc.4 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21 
 
4.2 PADRÃO RESPIRATÓRIO 
 
O padrão respiratório é composto por três variáveis: Volume corrente (VC), 
volume minuto (VE) e Vc/ti que representa o controle neural da respiração. 
O padrão respiratório normal é toracoabdominal, ou seja, os 
compartimentos, torácico e abdominal devem ter um movimento sincrônico durante o 
ciclo respiratório, em casos de alteração em qualquer um desses componentes o 
padrão respiratório pode se tornar superficial, de predomínio torácico ou abdominal e 
paradoxal ou invertido que traduz um grau importante de desconforto respiratório 
(Figuras 15 e 16). 
 
 
FIGURA15 
 
 
 
Padrão respiratório toracoabdominal, durante a descida do diafragma na fase inspiratória, o abdômen 
é projetado para fora e acompanha a expansão do tórax. 
FONTE: Respiratory Care (Dean Hess) 
 
 
 
 
 
 
 
Abdômen 
acompanha 
Tórax 
expande 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
 
FIGURA 16 - PADRÃO RESPIRATÓRIO PARADOXAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (Dean Hess) 
 
 
 
4.3 RITMO RESPIRATÓRIO 
 
 
Podem estar alterado em diversas situações como lesões neurológicas, por 
depressão do centro respiratório causado por drogas (opioides ou 
benzodiazepínicos), fadiga de músculos respiratórios, etc. 
 
 
Na fase inspiratória, quando há disfunção 
diafragmática, com a negativação da pressão 
intratorácica, o diafragma é “sugado” para o interior 
do tórax. As últimas costelas sofrem retração ao 
final da inspiração sinal de Hoover 
 
 
 
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Dispneia suspirosa 
Presença de inspirações profundas esporádicas em um ritmo respiratório 
normal pode ocorrer em pessoas com distúrbios psicológicos ou sob forte emoção. 
 
Ritmo de Cantani 
Caracteriza-se pelo aumento da amplitude do ciclo respiratório de forma 
regular; é o ritmo comum em situações de acidose metabólica como, por exemplo, 
na cetoacidose diabética ou insuficiência renal. Se essa situação se agravar, o ritmo 
pode se modificar para ritmo de Kussmaul que é a alternância sequencial de apneias 
inspiratórias e expiratórias. 
 
Ritmo de Biot 
Ritmo totalmente irregular tanto na frequência como na amplitude. Pode 
aparecer em casos de hipertensão intracraniana e lesões do sistema nervoso 
central. 
 
Ritmo de Cheyne Stokes 
Ritmo caracterizado por períodos de hiperpneia seguidos por períodos de 
apneia. Esse ritmo normalmente ocorre em pacientes com insuficiência cardíaca 
congestiva grave, pacientes com lesão do sistema nervoso central e hipertensão 
intracraniana. 4 (Figura 17). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 17 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS RITMOS RESPIRATÓRIOS 
 
FONTE: (Martinez). 
 
 
5 RADIOGRAFIA DE TÓRAX 
 
 
É um dos exames mais utilizados para avaliação clínica em razão ao baixo 
custo e a facilidade de execução5. 
Incidências utilizadas para RX de tórax: 
 
Posteroanterior (PA): Os feixes de RX entram posteriormente, pelas costas 
do paciente, e a parte anterior do tórax se encontra em contato com o filme 
radiológico. Essa posição possibilita que a escápula fique fora do campo visual e o 
coração fique com um tamanho mais próximo do tamanho real por ser anterior e 
estar em contato com o filme. 5(Figura 18). 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 18 - RX DE TÓRAX EM PA COM TÉCNICA ADEQUADA 
 
FONTE: (Meirelles). 
 
 
 
Anteroposterior (AP): 
 
Nessa incidência, o dorso do paciente se encontra em contato com o filme, e 
o feixe de radiação entram pela região anterior do tórax. Os problemas dessa 
incidência são de não ser possível analisar algumas estruturas como língula e lobo 
médio, além de “mascarar” um aumento da área cardíaca. Por isso, que esse tipo de 
incidência só é utilizado em pacientes acamados, ou que não assumem a posição 
ortostática, e em crianças pequenas5 (Figura 19). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 19 - RX AP 
 
FONTE: (arquivo pessoal). 
 
 
Perfil: 
 
Essa incidência é usualmente solicitada com a incidência PA, e é bastante 
útil para avaliação. Normalmente é feito o perfil esquerdo pela mesma razão do PA, 
para que o coração não tenha seu tamanho aumentado na imagem. (Figura 20). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 20 - RX PERFIL 
 
FONTE: (Meirelles) 
 
 
Decúbito lateral com raios horizontais: 
 
Incidência utilizada para avaliação de derrame pleural e espessamento. O 
paciente é posicionado sobre o lado a ser avaliado5.(Figura 21). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA21 
1 2 
 
A radiografia 1, mostra uma obliteração de seio costofrênico direito, que pode ser derrame pleural. Na 
figura 2, o derrame é confirmado pelo nível que é formado. 
FONTE: (Meirelles) 
 
 
Dose de radiação: 
 
É muito comum encontrar exames com dose de radiação alta ou baixa. Na 
dose ideal é possível visualizar a sombra das partes superiores da coluna vértebra 
(Figura 23). Exames em que se visualiza toda a coluna, inclusive sobreposta ao 
mediastino, estão muito penetrados5.(Figuras 22-1 e 2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 22 - RX POUCO PENETRADO (1) E MUITO PENETRADO (2) 
1 2 
 
FONTE: (Meirelles). 
 
 
FIGURA 23 - DOSE ADEQUADA DE RADIAÇÃO 
 
FONTE: (Meirelles). 
 
 
 
 
 
 
 
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Inspiração Ideal: 
 
O exame ideal deve ser realizado em máxima inspiração, e tem que ser 
possível visualizar de 9 a 11 costelas posteriores sobrepostas ao parênquima 
pulmonar5. (Figura 24). 
 
 
FIGURA 24 - RX PA EM INSPIRAÇÃO IDEAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: (Meirelles) 
 
 
Alinhamento: 
 
As bordas mediais das clavículas devem estar à mesma distância da coluna 
vertebral. 5 (Figuras 25 e 26). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 25 - RX BEM ALINHADO 
 
FONTE: (Meirelles). 
 
 
FIGURA 26 - RX MAL ALINHADO 
 
FONTE: (Meirelles) 
 
 
5.1 IMAGENS RADIOLÓGICAS PATOLÓGICAS 
 
 
Derrame Pleural extenso à direita: Observa-se na imagem pré uma 
hipotransparência de todo hemitórax direto (D). Sendo anormal (compare com RX 
normal da página 26- figura 24), a imagem pós ainda mantém uma 
hipotransparência no 1/3 inferior, mesmo após punção-toracocentese, mas já se 
visualiza ar (imagem escura nos 2/3 sup de hemitórax D). 
 
 
 
 
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FIGURAS 27 - PÓS E PRÉ-PUNÇÃO 
 
 
 
 
FONTE: (arquivo pessoal). 
 
 
Atelectasia: Hipotransparência (branco) de hemitórax esquerdo (E) com 
redução dos espaços intercostais também a E. 
 
 
FIGURA 28 - ATELECTASIA TOTAL DE PULMÃO E 
 
FONTE: (arquivo pessoal). 
 
D D 
pós pré 
E 
 
 
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Pneumotórax: Observe hipertransparência (imagem mais escura) em 
hemitórax D devido à entrada de ar no espaço pleural e colapso pulmonar. O 
mediastino está deslocado para a esquerda, mostrando a coluna vertebral por trás 
da imagem cardíaca. 
 
 
FIGURA 29 - PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO À D 
 
FONTE: (arquivo pessoal). 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO I 
 
 
 
 
 
D

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